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Transtornos psicoticos e Esquizofrenia

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Transtornos psicóticos 
e Esquizofrenia
Vídeo:
• https://www.youtube.com/watch?v=gsZwfzZPK3Q
• https://www.youtube.com/watch?v=5HCX1w5LlhA (Entrevista 
com paciente do Caps).
https://www.youtube.com/watch?v=gsZwfzZPK3Q
https://www.youtube.com/watch?v=gsZwfzZPK3Q
https://www.youtube.com/watch?v=5HCX1w5LlhA
https://www.youtube.com/watch?v=5HCX1w5LlhA
Esquizofrenia:
• A esquizofrenia é o principal transtorno psicótico.
• Acomete pessoas precocemente com relação à idade,
conduzindo a alterações graves do pensamento, afeto e
vontade. Muitas delas são conduzidas a um longo
afastamento da realidade externa, com enorme desgaste para
família, paciente e a sociedade.
• Os grandes avanços da bioquímica, genética e terapêutica
psicofarmacológica vêm reforçando a crença na etiologia
biológica da EZF. Sabemos, entretanto, que fatores
psicossociais influenciam o início, o tratamento, as recaídas e
o prognóstico, alterando todo o curso da enfermidade.
Esquizofrenia:
• A esquizofrenia caracteriza-se por uma combinação de sinais e
sintomas, nenhum dos quais encontra-se necessariamente presente.
Neste sentido, ela difere de muitos outros distúrbios psiquiátricos
definidos por uma única característica proeminente. A depressão,
por exemplo, caracteriza-se por humor triste; a mania, por humor
exaltado; e o distúrbio de pânico, pela presença de ataques de
pânico. A ausência de uma característica singular para a
esquizofrenia às vezes torna difícil para os estudantes conceituá-la.
• O que o senso comum chamou sempre “louco” é o que os
psiquiatras hoje chamam de esquizofrênico.
• O termo esquizofrenia (“mente cindida”) expressava a dissociação
do pensamento, dos afetos e da expressão motora.
Histórico:
• Kraepelin, Bleuler, Schneider e Crow – Cada um enriqueceu o 
conceito da doença enfatizando um aspecto.
Emil Kraepelin:
• Dementia praecox: doença que tendia a COMEÇAR 
relativamente cedo e a produzir um prejuízo persistente em 
aspectos das funções cognitivas e comportamentais. No início 
ele considerava a doença, de ter curso crônico e desfecho 
pobre, porém no decorrer de sua vida profissional, 
acompanhou uma grande amostra de pacientes e observou 
que 12,5% se recuperaram. Em consequência disto, acabou 
concordando com Bleuler no sentido de que alguns pacientes 
podiam se recuperar.
Bleuler:
• Cunhou a palavra esquizofrenia (mente cindida).
• Ele estava particularmente interessado em tentar identificar
quais, entre a multiplicidade de sintomas, poderiam ser
considerados os mais básicos ou fundamentais (exclusivos da
esquizofrenia). Por começarem todos com a letra “A”, esses
sintomas receberam a denominação de “os quatro As
Bleulerianos”.
• Associação do pensamento
• Distúrbios afetivos
• Ambivalência
• Autismo
- Associação do pensamento:
As associações perdem a sua coerência. Dos mil fios condutores do 
pensamento a doença interrompe [cinde] de forma irregular ora uns 
tantos, ora muitos, ora a maior parte deles.” (Eugen Bleuler, 1911) 
- Distúrbios afetivos:
Comprometimento afetivo típico da esquizofrenia: empobrecimento; 
indiferença e a superficialidade afetivas, e uma desregulação dos afetos. 
Modulação e labilidade afetivas. Inadequação afetiva (Eugen Bleuler, 
1911).
- Ambivalência:
Este sintoma complementa a descrição da afetividade dos esquizofrênicos 
e estende o conceito de presença simultânea de sentimentos antagônicos 
(ou múltiplos: ‘multivalência’). Comportamentais volitivos, ambivalência e 
cognitivos. A ambivalência e é resultado da desregulação dos afetos e 
contribui para a mesma desregulação.
- Autismo:
“Chamamos Autismo ao desligamento da realidade combinado com a 
predominância relativa ou absoluta da vida interior.”(e mais adiante) “Para 
os doentes o mundo autístico é tão verdadeiro como o mundo real ainda 
que por vezes uma outra realidade.” (Eugen Bleuler, 1911) 
KURT SHNEIDER:
• O esforço dos fenomenologistas no sentido de procurar
descrever com precisão as experiências vividas pelos paciente
teve em Kurt Shneider o resultado mais bem sucedido do
ponto de vista clínico.
• Interessado em identificar sintomas patognomônicos, como
Bleuler. Ele estabeleceu uma hierarquia de sintomas, de
acordo com sua importância para o diagnóstico da
esquizofrenia – Sintomas de 1ª Ordem (considerados bastante
sugestivo de esquizofrenia) e Sintomas de 2ª Ordem (com
menor valor para o diagnóstico da doença). Ele dizia que a
presença de sintomas de 1ª Ordem não era obrigatória para o
diagnóstico de esquizofrenia.
Kurt Shneider:
• Sintomas de primeira ordem:
1- Ouvir os próprios pensamentos falados de fora
2- Alucinações que comentam atos dos pacientes
3- Roubo do pensamento (influência externa)
4- Experiências de ações controladas de fora
5- Percepções delirantes
6- Experiências somáticas de passividade
7- Publicação do pensamento
8- Outras experiências que envolvam imposição de afetos, ações ou pensamentos
• Sintomas de segunda ordem
1- Perplexidade
2- Ideias delirantes repentinas ou eventuais
3- Sentimento de empobrecimento emocional
4- Alterações depressivas ou eufóricas do humor
5- Vários outros
Crow:
• Mais recentemente, Crow (1980) classificou esquizofrenia com 
Tipo I (com sintomas positivos – delírios, alucinações) e Tipo II 
(com sintomas negativos – embotamento afetivo, pobreza de 
discurso).
SINTOMAS POSITIVOS E NEGATIVOS:
• Há dois subgrupos de esquizofrenia (Crow):
Dominância de sintomas positivos.
Dominância de sintomas negativos.
Subtipo I (positivos): delírios, alucinações, distúrbios da forma 
do pensamento. (BOA resposta aos fármacos)
Subtipo II (negativos): embotamento afetivo, retraimento social, 
distúrbio da vontade, conteúdo pobre do pensamento. (RUIM –
resposta aos fármacos)
CID 10
• Características essenciais (primeira ordem)
PRESENÇA DE PELO MENOS UM DOS SEGUINTES SINTOMAS, DURANTE 
PELO MENOS UM MÊS:
a) Eco do pensamento, inserção ou roubo do pensamento
b) Delírios de controle, influência ou passividade claramente referindo-se ao 
corpo ou movimentos dos membros ou pensamentos específicos, ações 
ou sensações; percepção delirante.
c) Vozes alucinatórias comentando o comportamento do paciente ou 
discutindo entre elas sobre o paciente ou outros tipos de vozes 
alucinatórias vindo de alguma parte do corpo.
d) Delírios persistente de outros tipos que são culturalmente inapropriados 
e completamente impossíveis, tais como identidade política ou religiosa 
ou poderes e capacidade sobre-humanas.
CID 10:
• Subgrupos (segunda ordem):
Presença de pelo menos dois sintomas no período mínimo de um 
mês
e) Alucinações persistentes de qualquer modalidade, quando 
acompanhada por delírios “superficiais” ou parciais (sem claro 
conteúdo afetivo ou por ideias sobrevalorizadas).
f) Intercepções ou interpolações no curso do pensamento resultando 
em discurso incoerente ou neologismos.
g) Comportamento catatônico, tal como excitação, postura 
inadequada, negativismo, mutismo e estupor.
h) Sintomas “negativos” (apatia, embotamento, rebaixamento social).
Obs1- Ausência de sintomas depressivos ou maníacos nítidos.
Obs2- Ausência de doenças cerebrais, intoxicação por drogas ou 
síndrome de abstinência. 
Esquizofrenia Paranóide F20.0:
• É o tipo de esquizofrenia mais comum em todo o mundo!
• Presença de delírios ou alucinações auditivas proeminentes no
contexto de uma relativa preservação do funcionamento
cognitivo e do afeto. Os delírios são tipicamente persecutórios
ou grandiosos, ou ambos, mas, delírios envolvendo outros
temas (por ex.: ciúme, religiosidade ou somatização) também
podem ocorrer. As alucinações também são tipicamente
relacionadas ao conteúdo do tema delirante, principalmente
auditivas.
Esquizofrenia hebefrênica 
F20.1:
• Alterada principalmente a afetividade do paciente, com
delírios e alucinações fragmentários, comportamento bizarro
ou pueril e maneirismos; o afeto é superficial com risos
imotivados; o pensamento é desorganizado, e o discurso,
fragmentário. Essa forma se instala usualmente entre os 15e
os 25 anos de idade.
Esquizofrenia Catatônica 
F20.2:
• O quadro é dominado por transtornos da psicomotricidade;
um ou mais dos seguintes sintomas deve dominar o quadro
clínico : estupor ou mutismo, excitação, posturas bizarras ou
inapropriadas, negativismo, rigidez.
Esquizofrenia Indiferenciada 
F20.3:
• Reservado para aqueles pacientes que não se enquadram em
nenhum dos subtipos descritos ou apresentam sintomas de
mais de um dos subtipos, sem predominância de nenhum
deles.
Esquizofrenia Residual F20.5:
• Consiste no estágio crônico da esquizofrenia, em que houve
progressão clara de um quadro inicial para um quadro tardio
em que ocorrem predominantemente sintomas negativos.
Diagnóstico diferencial:
 Transtornos Psiquiátricos:
- Episódio depressivo com sintomas psicóticos; mania com 
sintomas psicóticos; outras psicoses; TOC; transtorno 
esquizoafetivo; transtorno de personalidade.
Medicamentos:
- Corticóides, estimulantes, anticolinérgicos, inibidores de 
apetite.
Condições Clínicas:
- Sífilis, AIDS, Tuberculose, traumatismo craniano, deficiências 
vitamínicas (tiamina), insuficiência renal.
Exames Complementares:
• Não há! Somente para diagnóstico diferencial!
• A Anamnese e o exame mental fazem parte da prática!
Etiologia:
• Desconhecida, mesmo com os diversos avanços!
• Base biológica, que por si só não explicam todos os fatores envolvidos.
• Aspectos bioquímicos: ligados à dopamina. Evidências mostram que a 
potência das drogas antipsicóticas está ligada á capacidade de bloquear 
os receptores de dopamina.
• Incidência maior de esquizofrenia na família de pacientes:
Risco de desenvolver esquizofrenia:
- População em geral: 1%
- Um dos pais esquizofrênico: 12%
- Irmão gêmeo (dizigótico) ou comum: 8% a 12%
- Irmão gêmeo (monozigótico): 47%
- Pai e mãe esquizofrênicos: 40%
* O fato de irmãos gêmeos monozigóticos não beirar os 100% sugere a 
importância de outros fatores ambientais de natureza física e psicológica.
TRATAMENTO
• Farmacológico: 
- O objetivo da terapia medicamentosa é o tratamento da
sintomatologia produtiva ou positiva, de modo a reduzir
drasticamente o período agudo e crítico, permitindo que o paciente
se trate dentro de sua comunidade, visando a reintegração social
(família, trabalho e sociedade).
- Uso concomitante com anticolinérgicos (biperideno ou prometazina)
- Internação: também a diminuição da sintomatologia. A internação
tem por objetivo proteger o paciente, propiciando-lhe um ambiente
tranquilo e com pouca estimulação sensorial; ela deve ter a menor
duração possível, tendo em vista minimizar o afastamento do
paciente de seu meio sociofamiliar temporariamente.
Farmacologia:
• NEUROLÉPTICOS TRADICIONAIS :
•
• Clorpromazina (Amplictil)
• Levomepromazina (Neozine)
• Flufenazina (Anatensol)
• Tioridazina (Melleril)
• Periciazina (Neuleptil)
• Haloperidol (Haldol)
• Pimozide (Orap)
•
• NEUROLÉPTICOS NOVOS : 
•
• Quetiapina (Seroquel)
• Amisulprida (Socian)
• Olanzapina (Zyprexa)
• Risperidona (Risperdal)
• Clozapina (Leponex)
Principais efeitos colaterais:
• Sistema nervoso (sedação, convulsão, déficit de atenção)
• Efeitos anticolinérgicos (constipação, boca seca, retenção 
urinária; visão turva)
• Sistema endócrino (ganho de peso e impotência)
Estratégia PSICOSSOCIAL:
• Equipe multidisciplinar!
• Centro de Atenção PSICOSSOCIAL (CAPS) – integração,
socialização. Alternativa ao modelo centrado no hospital!
Outros transtornos Psicóticos:
• Outros transtornos que apresentam sintomas psicóticos que 
se observam na prática clínica.
Transtorno psicótico agudo e transitório
Transtorno esquizofreniforme
Transtorno esquizoafetivo
Transtorno delirante
Transtorno delirante induzido (“folie à deux”) 
Psicose pós-parto.
Transtorno psicótico agudo e 
transitório
• Raro e pouco compreendido na psiquiatria!
• Sintomas psicóticos intensos (delírios, alucinações ou distúrbios do
pensamento) que aparecem subitamente e duram entre um dia e um
mês!
• Já recebeu outros nomes: psicose atípica, psicose psicogênica, psicose
histérica.
• Fatores estressores têm importância!
• Bom prognóstico, evoluindo para remissão total, podendo ou não fazer
uso de antipsicóticos.
• -Início agudo, presença de síndrome psicótica, mas não suficiente para
preencher outro critério diagnóstico, presença de estresse agudo
associado.
Transtorno esquizofreniforme
• Pelo CID10 – são quadros semelhantes à esquizofrenia, com duração de 
no máximo 1 mês. Se os sintomas permanecerem por maior período o 
diagnóstico será de esquizofrenia.
• Pelo DSMIV e V – a duração é de um a seis meses.
• Raro, atinge 0,1% da população.
• Bom prognóstico. Não há deterioração progressiva do afeto e da 
vontade como nos esquizofrênicos.
• Diagnóstico diferencial: constar demais quadros psicóticos agudos, 
transtornos mentais por uso de SPAs, epilepsia, doenças metabólicas, 
endócrinas.
• Tratamento: antipsicótico. (pouco tempo de uso, estabelecer caso a 
casao)
Transtorno esquizofreniforme
• Diretriz Diagnóstica pelo CID 10:
- Inicio dos sintomas psicóticos deve ser agudo: duas semanas 
ou menos.
- Sintomas que preenchem os critérios para EZF devem estar 
presentes na maior parte do tempo, desde o estabelecimento 
do quadro clínico
- Sintomas durarem mais de um mês, altera-se o diagnóstico 
para EZF
Transtorno Esquizoafetivo:
• Sintomas Esquizofrênicos (delírios, alucinações, distúrbios do
pensamento) e transtorno de humor (depressivos e
maníacos). Os sintomas devem ser relevantes dentro do
mesmo episódio da doença e, após o desaparecimento das
manifestações do humor, as psicóticas permanecem por um
período maior que duas semanas.
• Dificuldade para identificá-lo, porém, atentar-se para o fato de
que, para estes casos, o diagnóstico de esquizofrenia ou
transtorno de humor não descreve completamente o quadro
apresentado.
• 0,5 %, com muitas internações psiquiátricas.
Transtorno Esquizoafetivo:
• Diretriz Diagnóstica pelo CID 10:
• Diagnóstico apenas quando ambos sintomas esquizofrênicos e 
afetivos definitivos são proeminente simultaneamente.
• Episódio não satisfaz os critérios para Esquizofrenia ou 
Episódio depressivo ou maníaco.
• Alguns pacientes apresentam episódios esquizoafetivos
recorrentes, os quais podem ser do tipo maníaco ou 
depressivo recorrente ou mescla dos dois.
Transtorno Delirantes:
• O paciente dificilmente apresenta desintegração da personalidade 
ou das atividades de vida diária. Às vezes hostil, desconfiado ou 
excêntrico!
• Humor coerente com delírio e as alucinações são raras.
• Não apresenta alterações do pensamento, embora, possa se mostrar 
circunstancial ou loquaz quando relata de seu delírio.
• Conteúdos: erotomaníaco, grandioso, ciúmes, persecutório e 
somático.
• Obs: Avaliar ideias agressivas, homicidas e destrutivas.
• Obs: O terapeuta deve estimular o paciente a receber ajuda, sem 
desafiá-lo ou concordar com os delírios. A terapia deve focar a 
relação de confiança entre.
• Tratamento: Haloperidol ou risperidona (antipsicótico)
Transtorno Delirantes:
• Diretriz Diagnóstica pelo CID 10:
• Desenvolvimento de um delírio isolado ou de um conjunto de 
delírios relacionados entre si, que são usualmente 
persistentes e muitas vezes duram toda a vida.
• Os delírios são frequentemente persecutórios, hipocondríaco 
ou grandiosos, mas podem estar relacionados com ciúmes, 
litígios etc.
• Alucinações claras e persistentes, delírio de controle e 
embotamento afetivo marcante são incompatíveis com esse 
diagnóstico.
• Início geralmente na meia idade.
• Com exceção das atitudes ligadas ao delírio que se apresenta, 
o afeto, a fala e o comportamento são normais. 
Transtorno delirante induzido 
(Folie à Deux):
• Transtorno raro compartilhado por duas pessoas (ou mais) que
mantêm laços emocionais! Uma pessoa apresenta um sistema
delirante inicial (dominante) e induz a outra (submissa) às mesmas
ideias. Esta apresenta grande dependência da primeira, além de,
inteligência limítrofe, abusode álcool etc.
• Delírios: persecutório, hipocondríaco ou grandeza.
• O dependente: excessivamente impressionável e sugestionável.
• O dominante: tratamento com antipsicótico.
Diretrizes diagnósticas pelo CID 10:
- Duas ou mais pessoas partilham o mesmo delírio ou sistema
delirante e apoiam-se reciprocamente nessa crença.
- Elas mantém um relacionamento íntimo
- Existe uma evidência temporal ou outra contextual de que o delírio
foi induzido no(s) membros(s) passivo.
Psicose Pós Parto:
• Ocorre após o parto, caracteriza-se por delírios e depressão 
grave. Pensamentos de agressão à criança podem ocorrer.
• 1 em cada mil partos. (risco aumentada em casos na família, 
ou transtorno de humor)
• Etiologia desconhecida (fatores hormonais e psicológicos 
associados).
• Não confundir com tristeza pós parto (síndrome depressiva 
leve em 50% das mulheres).
• É uma emergência psiquiátrica! Tratamento: antipsicótico
e/ou antidepressivo e psicoterapia após a fase aguda.
• Prevenção é importante em grupos de risco (mulheres com 
história de psicose pós parto, transtorno de humor e quadros 
semelhantes nas família) – pré-natal!
Psicose Pós Parto:
Diretriz Diagnóstica da CID 10 para Psicose Pós Parto:
Deve ser usada apenas para transtornos mentais associados no 
puerpério (seis semanas após o parto) e que não satisfaçam os 
critérios para outros transtornos.
DSM V?
“O DSM-5 abandonou a divisão da esquizofrenia em subtipos: paranóide, desorganizada, catatônica
indiferenciada e residual. Os subtipos apresentavam pouca validade e não refletiam diferenças
quanto ao curso da doença ou resposta ao tratamento”. (p. 72)
“O diagnóstico de Transtorno Esquizoafetivo sofreu uma pequena alteração em seu texto, sendo
exigido que um episódio de alteração importante do humor (depressão ou mania) esteja presente
durante a maior parte do curso da doença”. (p.72/73)
“Os critérios para o Transtorno Delirante não exigem mais que os delírios apresentados não sejam
bizarros. A demarcação entre o Transtorno Delirante e outras variantes psicóticas foi reforçada
com a presença de critérios de exclusão que impedem que o diagnóstico seja efetuado na
presença de quadros como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e o Transtorno Dismórfico
Corporal”. (p. 73)
“A Catatonia não é mais apresentada como um subtipo da Esquizofrenia ou uma classe
independente. Aceita-se que o quadro possa ocorrer em diversos contextos e o diagnóstico
requer a presença de no mínimo três de doze sintomas listados. O DSM-5 permite que a Catatonia
seja empregada como um especificador no Transtorno Depressivo, Transtorno Bipolar e
Transtornos Psicóticos, ou diagnosticada de forma isolada no contexto de outras condições
médicas”. (p. 73)
ALVARO, C. A., FRANCISCO, L. N. A Nova Classificação Americana Para os
Transtornos Mentais – o DSM-5. ISSN 1982-3541 2014, Vol. XVI, no. 1, 67 – 82. Revista Brasileira
De Terapia Comportamental e Cognitiva.
Bibliografia:
• Nunes P.. Bueno R., Nardi. Esquizofrenia in Psiquaitria e Saúde 
Mental – conceitos clínicos e terapêuticos fundamentais. 1ª 
Ed. Atheneu, SP, RJ e BH, 2000.
• _____________________. Outros transtornos Psicóticos in 
Psiquiatria e Saúde Mental – conceitos clínicos e terapêuticos 
fundamentais. 1ª Ed. Atheneu, SP, RJ e BH, 2000.

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