Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA GERAL Prof. Rodrigo Lima Patologia significa, literalmente, o estudo (logos) do sofrimento (pathos). Saúde e Doença Adaptação: irritabilidade, variações bioquímicas e biológicas Saúde: estado de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social (saúde subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações orgânicas (saúde objetiva) Doença: Inverso Divisão da patologia: Patologia Geral Patologia Sistêmica ou Especial Patologia Geral: Reações básicas das células e dos tecidos aos estímulos anormais relacionados às doenças. Patologia Sistêmica ou Especial ou Anatomia Patológica: Estuda a resposta específica de órgãos e tecidos especializados a estímulos definidos. Causas Mecanismos Lesões Alterações Funcionais Sinais e Sintomas PATOLOGIA Diagnóstico Prognóstico Terapêutica Prevenção M E D I C I N A Etiologia PropedêuticaPatogênese Fisiopatologia Anatomia Patológica Quatro aspectos das doenças que formam o cerne da patologia: Causas (etiologia); mecanismos de seu desenvolvimento (patogenia), alterações estruturais induzidas nas células e órgãos (alterações morfológicas: macro e microscópicas) e as consequências funcionais das alterações morfológicas (significado clínico). CÉLULA NORMAL (HOMEOSTASIA) Estresse, Estímulo nocivo aumento de demanda ADAPTAÇÃO LESÃO E MORTE CELULAR • HIPERPLASIA E HIPERTROFIA – demanda energética estímulos externos • ATROFIA – A atrofia muscular é caracterizada pela diminuição do volume muscular causado pela inatividade. • Hiperplasia: Aumento do número de células de um órgão ou tecido com aumento do seu volume. Pode ser fisiológica ou patológica. • Hiperplasia fisiológica: (1) Hiperplasia hormonal: Mama feminina na puberdade e gravidez e útero gravídico. (2) Hiperplasia compensatória: Aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial: hepatectoma parcial, nefrectoma unilateral. • Mecanismo de hiperplasia: Produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores de fatores de crescimento ou a ativação de determinadas vias de sinalização intracelular Todos levam a produção de fatores de transcrição que ativam genes celulares Que codificam os fatores de crescimento, receptores para fatores de crescimento e reguladores do ciclo celular Resultando na proliferação celular. • Na hiperplasia hormonal Hormônios atuam como fatores de crescimento Desencadeiam a transcrição de genes celulares. • O aumento do volume tecidual após perda tecidual ocorre tanto através da proliferação das células remanescentes, como também pelo desenvolvimento de novas células a partir de células-tronco. • Hiperplasia patológica: • Estimulação excessiva das células-alvo por hormônios ou por fatores de crescimento. Ex.: * Hiperplasia endometrial Hiperplasia hormonal anormal; * Hiperplasia prostática benigna Androgênios; * Hiperplasia do tecido conjuntivo na cicatrização; * Hiperplasia epitelial associada a infecções virais (Papilomavirus Verruga cutânea). • A hiperplasia patológica pode representar solo fértil para proliferação cancerosa (Hiperplasia endometrial Adenocarcinoma endometrial). • Hipertrofia: Aumento no tamanho das células, resultando no aumento do tamanho do órgão. Pode ser fisiológica ou patológica. • Hiperplasia fisiológica: Músculos hiperdesenvolvidos dos fisiculturistas (aumento da demanda funcional), útero na gravidez (estímulo hormonal específico). • Hiperplasia patológica: Hipertrofia muscular cardíaca na hipertensão arterial ou valvas cardíacas defeituosas (sobrecarga hemodinâmica crônica). • Mecanismos de hipertrofia: Hipertrofia cardíaca: Vias de transdução de sinais indução de vários genes estimulação de proteínas • Atrofia ou Hipotrofia: Redução no tamanho da célula devido perda de substância celular. Pode ser fisiológica ou patológica. • Atrofia fisiológica: Involução do timo, notocorda e o ducto tireoglosso sofrem atrofia durante o desenvolvimento embrionário. • Atrofia patológica: Diminuição da carga (atrofia por desuso); perda da inervação (atrofia por desnervação); diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia); nutrição inadequada (marasmo, caquexia); perda estimulação endócrina (menopausa); envelhecimento (atrofia senil); pressão (atrofia por compressão tumores). • Mecanismos de atrofia: • Mecanismos bioquímicos • Provavelmente afetam o equilíbrio entre a síntese e degradação de proteínas. • Metaplasia: Alteração reversível na qual um tipo de célula adulta (epitelial ou mesenquimal) é substituída por outro tipo de célula adulta. • Exs.: * Epitélio colunar substituído por epitélio escamoso Epitélio da traquéia e brônquios dos fumantes; * Cálculos dos ductos excretores de glândulas salivares, pâncreas ou ductos biliares Substituição de epitélio colunar por epitélio escamoso. * Deficiência de vitamina A Metaplasia escamosa no epitélio respiratório. * Epitélio escamoso do esôfago substituído por epitélio colunar Esôfago de Barrett * Metaplasia do tecido conjuntivo Osso no músculo (miosite ossificante). OBS.: Se as influências que predispõe a metaplasia persistirem, elas podem induzir transformações malignas no epitélio metaplásico. Mecanismos de metaplasia: Reprogramação das células- tronco Diferenciação de células-tronco por meio de sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular. LESÃO E MORTE CELULAR • Causas de lesão celular: 1) Hipóxia ou anóxia; 2) Agentes físicos: trauma mecânico, temperaturas extremas (queimadura ou frio intenso), mudança de pressão atmosférica, radiação e choque elétrico; 3) Agentes químicos e drogas: glicose, sal, arsênico, cianeto, sais de mercúrio, poluentes ambientais (inseticidas, herbicidas, monóxido de carbono, abestos, álcool, narcóticos etc.); 4) Agentes infecciosos: vírus, riquétsias, bactérias, fungos, protozoários etc.); 5) Reações imunológicas: reação anafilática, doenças auto-imunes etc.; 6) Distúrbios genéticos: anormalidades cromossômicas, anormalidades enzimáticas etc.; 7) Desequilíbrios nutricionais: deficiências protéico-calóricas, vitamínicas e excessos nutricionais. CÂNCER NO BRASIL • Tumores malignos são responsáveis por morbidade e mortalidade elevadas na população de todo o mundo, afetando em diferentes proporções, pessoas em idades produtivas ou idosas. O desenvolvimento socioeconômico e o aumento da expectativa de vida são fatores que contribuem para o aparecimento de um maior número de casos de doenças malignas. • No Brasil, em 2005, a freqüência relativa dos óbitos por câncer foi de 12,4%. O Brasil situa-se, portanto, em um padrão intermediário entre as taxas verificadas em países de melhor ou pior nível socioeconômico. CÂNCER • As células dos diversos órgãos do nosso corpo estão constantemente se reproduzindo, isto é, uma célula adulta divide-se em duas e por este processo, chamado mitose, vai havendo o crescimento e a renovação das células durante os anos. • A mitose é realizada controladamente dentro das necessidades do organismo, porém, em determinadas ocasiões e por razões ainda desconhecidas, estas células reproduzem-se com uma velocidade maior desencadeando o aparecimento de massas celulares denominadas neoplasias ou, mais comumente, tumores. NEOPLASIAS • Nas neoplasias malignas o crescimento é mais rápido, desordenado e infiltrativo; as células não guardam semelhança com as que lhes deram origens e têm capacidade de se desenvolver em outras partes do corpo, fenômeno este denominado metástase, que é a características principal dos tumores malignos. CÂNCER • O câncer é fundamentalmente em doença genética. Quando o processo neoplásico se instala, a célula mãe transmite para as células filhas a características neoplásicas. Isto quer dizer que, no início de todo o processo estáuma alteração no DNA de uma única célula. Célula normal Como surge o câncer Membrana celular Célula cancerosa Núcleo Citoplasma Agente cancerígeno Agente cancerígenoAgente cancerígeno Carcinogênese Estágios: 1 2Iniciação A célula sofre alteração no seu DNA, espontaneamente ou por ação de agentes cancerígenos iniciadores. Promoção A célula alterada continua a sofrer ação de agentes que estimulam a sua multiplicação (agentes promotores) e transforma-se em células malignas ou cancerosas Agentes promotores Agentes iniciadores Estágio 3 Progressão Estágio de progressão Multiplicação descontrolada das células alteradas Acúmulo de células cancerosas Formação Tumoral Órgão Tecido Tecido infiltrado Célula Célula cancerosa câncer Tecido alterado Tumor Estágios evolução celular até à metástase 1 2 3 Multiplicação acelerada Célula cancerosa Invadem tecido vizinho Desprendem-se Metástase Como o organismo se defende ... • Capacidade de reparar o DNA danificado • Ação de enzimas na transformação e eliminação de substâncias cancerígenas • Integridade do sistema imunológico. Mecanismos de defesa O câncer é O câncer é O câncer é Todo tumor é Hereditário Contagioso Incurável Câncer O q u e c a u s a c â n c e r Fatores externos Fatores internos Predisposição genética. Meio ambiente Fatores de risco Alimentação 35% Comportamento sexual e reprodutivo 7% Infecção 10% Exposições ocupacionais 4% Exposição excessiva ao sol 3% Álcool 3% Radiações 1% Outras causas 7% Tabaco, fumo 30% PATOLOGIAS: Cabeça e Pescoço. Tórax Abdômen Pelve Ósseas Muscular Cabeça e Pescoço 1 x Etmoide 1 x Frontal 1 x Occipital 2 x Parietais 1 x Esfenoide 2 x Temporais 2 x Conchas Nasais Inferiores 2 x Ossos Lacrimais 1 x Mandíbula 2 x Maxilas 2 x Ossos Nasais 2 x Ossos Palatinos 1 x Vomer 2 x Ossos Zigomáticos Avaliação de acidente vascular por ressonância magnética Prof. Rodrigo Lima rodrigorm09@hotmail.com AVE AVC AVCH AVCI Irrigação: – Sistema carotídeo interno – Sistema vértebro-basilar – Parede arterial com menos fibras musculares e mais fibras elásticas (amortece ) – Tortuosidade das artérias (amortece) – Espaços perivasculares com líquido cerebrospinal (amortece) Acidente vascular (AV) Definição: Interrupção súbita do suprimento sanguíneo do encéfalo Tipos: Isquêmico Hemorrágico • Hipertensão • Diabetes • Tabagismo • Alcoolismo • Obesidade • Colesterol • Doenças cardíacas prévias Causas Fatores de risco Alimentação 35% Comportamento sexual e reprodutivo 7% Infecção 10% Exposições ocupacionais 4% Exposição excessiva ao sol 3% Álcool 3% Radiações 1% Outras causas 7% Tabaco, fumo 30% • A cada seis segundos uma pessoa sofre um acidente vascular cerebral (AVC) no Brasil. O AVC é o que costumamos chamar de derrame, provoca mais de cem mil mortes por ano. http://saude.hsw.uol .com.br http://saude.hsw.uol.com.br/ • Há dois tipos: 85% são isquêmicos, quando há a obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro, provocada pelo acúmulo de placas de colesterol. http://saude.hsw.uol .com.br http://saude.hsw.uol.com.br/ • Apesar de ser a principal causa de mortes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, os médicos têm uma boa notícia sobre o AVC: em 90% dos casos, os derrames podem ser evitados com prevenção. http://saude.hsw.uol .com.br http://saude.hsw.uol.com.br/ • Perceber os sintomas é fundamental para socorrer o paciente em caso de derrame: boca torta, dificuldade na fala, dormência em pernas e braços, perda da visão e desmaio. “Uma vez que ocorre o acidente vascular cerebral, no máximo em três horas o paciente tem que estar em tratamento, porque o cérebro morre rapidamente”. Doença cerebrovascular isquêmica • As imagens ponderadas em difusão melhoraram dramaticamente a habilidade do diagnóstico do infarto cerebral. – As imagens de RM convencionais podem estar normais nas primeiras 8-12 hs. – As imagens ponderadas em difusão podem ser positivas minutos após o início do infarto. Doença cerebrovascular isquêmica • A experiência clínica com a DWI dentro das primeiras 6 horas do infarto, revelou: – sensibilidade de 94%, e – especificidade de 100%. • Alguns investigadores tem mostrado as vantagens da DWI no diagnóstico de infartos subagudos e crônicos. • A redução da difusão na isquemia aguda estaria relacionada ao edema citotóxico e encolhimento do espaço extracelular. Doença cerebrovascular isquêmica • Infarto agudo e crônico. Imagem de uma paciente de 69 anos de idade 6 horas a pós o desenvolvimento de hemiparesia direita e afasia mostrando um infarto hiperagudo • Algumas indicações para a técnica de difusão: infarto, neoplasias, infecções, doença desmielinizantes. Aneurisma gigante TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO Doença Endêmica; Trauma com grau elevado de energia; Fratura craniana (neurocrânio), comprometimento meníngeo e encefálico. CLASSIFICAÇÃO DO TCE LEVE MODERADO GRAVE CRÍTICO ESCALA DE GLASGOW Classificação da gravidade do TCE ECG e outros achados Mínima ECG = 15 sem perda de consciência ou amnésia Leve ECG = 14 ou 15 com amnésia transitória ou breve perda de consciência Moderada ECG = 9 a 13 ou perda consciência superior a 5 minutos ou déficit neurológico focal Grave ECG = 5 a 8 Crítico ECG = 3 a 4 DADOS DATASUS - TCE SP (2007-2008): 52.872 internações por TCE; 21.541 na região da Grande SP; 4.708 óbitos (9,8%). BR (2007-2008): 500.000 internações por TCE; 100.000 óbitos; 70 – 95 mil pessoas com lesões irreversíveis. EM CRIANÇAS REPRESENTA 75 – 95% DE MORTES http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/blogs/bandeira_sp.jpg&imgrefurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/blogs/identidade/index.php?blog=13&mes=&pagina=6&usg=__DOqOgcgIqC9WOObi3G3J-Qshrmw=&h=290&w=465&sz=57&hl=pt-br&start=2&zoom=1&itbs=1&tbnid=O6ANlLGtfBz6hM:&tbnh=80&tbnw=128&prev=/images?q=estado+de+sp&hl=pt-br&gbv=2&tbs=isch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/blogs/bandeira_sp.jpg&imgrefurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/blogs/identidade/index.php?blog=13&mes=&pagina=6&usg=__DOqOgcgIqC9WOObi3G3J-Qshrmw=&h=290&w=465&sz=57&hl=pt-br&start=2&zoom=1&itbs=1&tbnid=O6ANlLGtfBz6hM:&tbnh=80&tbnw=128&prev=/images?q=estado+de+sp&hl=pt-br&gbv=2&tbs=isch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/blogs/bandeira_sp.jpg&imgrefurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/blogs/identidade/index.php?blog=13&mes=&pagina=6&usg=__DOqOgcgIqC9WOObi3G3J-Qshrmw=&h=290&w=465&sz=57&hl=pt-br&start=2&zoom=1&itbs=1&tbnid=O6ANlLGtfBz6hM:&tbnh=80&tbnw=128&prev=/images?q=estado+de+sp&hl=pt-br&gbv=2&tbs=isch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/blogs/bandeira_sp.jpg&imgrefurl=http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/blogs/identidade/index.php?blog=13&mes=&pagina=6&usg=__DOqOgcgIqC9WOObi3G3J-Qshrmw=&h=290&w=465&sz=57&hl=pt-br&start=2&zoom=1&itbs=1&tbnid=O6ANlLGtfBz6hM:&tbnh=80&tbnw=128&prev=/images?q=estado+de+sp&hl=pt-br&gbv=2&tbs=isch:1 CASUÍSTICA - TCE 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS QUEDAS VIOLÊNCIA ESPORTES E RECREAÇÃO Causas FATORES PREVENTIVOS - TCE Cinto de segurança; Air Bags; Uso do capacete; Lei seca. Redução de 60 – 80% V%C3%ADdeo 2 carcrashes.avi V%C3%ADdeo 2 carcrashes.avi MohVisuals 3D Litigation and Trial Graphics Animation.avi MohVisuals 3D Litigation and Trial Graphics Animation.avi PROGNÓSTICO - TCE Incapacidades; Alterações da personalidade; Alterações cognitivas; Óbito. FATORES AGRAVANTES - TCE Hipotensão= PAS < 90mmHg; Hipoxemia; PPC = < 50 mmHg; PIC = > 20 mmHg; Hiperpirexia = > 38ºC. Cateter intraventricular; Parafuso ou pino subaracnóideo; Sensor epidural. MONITORAÇÃO DA PIC - TCE Valores da PIC: o< 10mmHg - valor normal; o11 e 20 mmHg - levemente elevada; o21 e 40 mmHg - moderadamente elevada; o> 41mmHg - gravemente elevada. ATENDIMENTO E AVALIAÇÃO - TCE Advanced Trauma Life Support (ATLS) oVias aéreas; oVentilação; o Cardiovascular; oAvaliação neurológica 1ª fase ECG Reflexo pupilar AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - TCE Escala de Coma de Glasgow Pontos 1. Abertura ocular Espontânea 4 Comando verbal 3 Estímulo doloroso 2 Ausente 1 2. Melhor resposta motora Obedece comandos 6 Localiza estímulos dolorosos 5 Flexão/retirada inespecíf ica 4 Postura de decorticação 3 Postura de descerebração 2 Ausente 1 3. Melhor resposta verbal Conversa orientada 5 Conversa desorientada 4 Palavras inapropriadas 3 Sons incompreensíveis 2 Ausente 1 Total (3-15 PONTOS) Escala de coma de Glasgow (ECG) Gravidade do TCE ECG Mínima ECG = 15 Leve ECG = 14 ou 15 com Moderada ECG = 9 a 13 Grave ECG = 5 a 8 Crítico ECG = 3 a 4 Graham Teasdale e Bryan J. Jennett (1974) - University of Glasgow AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - TCE Reflexo Pupilar LESÕES CAUSADAS PELO TCE Contusões cerebrais; Lesão axonal difusa (LAD); Hematoma epidural; Hematoma subdural; Hematoma intraparenquimatoso; Hemorragia subaracnóidea. EXAME DE IMAGEM Tomografia Computadorizada (TC) HEMATOMA EPIDURAL Sangramento agudo – epidural; Lesão da artéria meníngea média (85%); Lesão venosa diplóica (15%); Geralmente temporoparietal. HEMATOMA EPIDURAL 3D Injury Reconstruction - Automobile Accident.avi 3D Injury Reconstruction - Automobile Accident.avi HEMATOMA EPIDURAL Forma convexa (biconvexa); Efeito de massa e desvio da linha média; Hiperdenso e hipodenso; Não cruza as linhas de suturas; Obstrução liquórica; Perda do limite de substância branca e cinzenta. HEMATOMA EPIDURAL HEMATOMA EPIDURAL HEMATOMA SUBDURAL Extravasamento venoso no espaço subdural; 95% são lesões supratentoriais; Cruzam as linhas de suturas; Efeito de massa; Obstrução liquórica; Forma de lua crescente. HEMATOMA SUBDURAL TCE = HEMATOMA? Alzheimer Parkinson SINUSITES -Processo inflamatório/infeccioso; • Mucosa Intacta • Produção Normal de Muco • Função Ciliar Normal • Óstio Livre FISIOPATOLOGIA Espessamento de secreção Alteração no metabolismo da mucosa Lesão do epitélio ciliado Crescimento bacteriano e obstrução Inflamação dos tecidos Espessamento de mucosa Fechamento dos óstios Congestão e edema da mucosa Bloqueio do fluxo aéreo e drenagem Estagnação da secreção Sinusite Aguda Sinusite Sub-aguda Sinusite Crônica TEMPO DE EVOLUÇÃO – resolução completa em até 12 semanas – múltiplos episódios entre os quais não há sintomas - sintomas em menor intensidade que ultrapassam 12 semanas QUADRO CLÍNICO -Tosse, -Cefaléia, -Fetidez; -Febre; -Otite -Dor periorbital; -Extravasamento de secreção aquosa/viscosa Fratura da órbita Fraturas de LE FORT Hidrocefalia Definição: • Dilatação do sistema ventricular; • Obstrução ou deficiência na absorção do LCE. Obstrutivas não comunicantes: • Obstrução do forame interventricular, aqueduto do mesencéfalo ou IV ventrículo; • Criança: a obstrução congênita do aqueduto do mesencéfalo. Obstrutivas comunicantes: • Causas: meningites e hemorragias subaracnóideas. Hidrocefalia Achados de imagem em TC: • Dilatação ventricular; • Arredondamento dos ventrículos; •Compressão dos giros – diminuição dos sulcos. Hidrocefalia Hidrocefalia Coluna Patologias de cabeça e pescoço Síndrome da sela vazia • Causas: -primária: abertura do diafragma selar com líquor penetrando dentro da sela -secundária: pós- cirúrgico • Disfunção pituitária é rara • Sintomas visuais: -prolapso do quiasma óptico (nos casos de sela vazia secundária) • Diagnóstico diferencial (cistos supra-selares): -cisto aracnóide, abscesso, craniofaringioma cístico, cisto dermóide, meningocele trans-esfenoidal OBS: presença de haste hipofisária difere de outros cistos supra-selares Síndrome da sela vazia - Importante redução da espessura do parênquima T1 Pós-contraste Craniofaringioma • 3-5% dos tumores cerebrais primários • 50% dos tumores supra-selares pediátricos • Mais de 50% dos casos ocorre em crianças (pico 8 a 12 anos) • Localização: -supra-selar, infra-selar e intra-selar -linha média (pode ter localização excêntrica) • RM (vários componentes): sinal variável -cístico (pode ter conteúdo protéico) -sólido (realce do contraste paramagnético) -calcificação (melhor visto no TC) -componente sanguíneo Craniofaringioma - Lesão cística em topografia supra-selar. Não há componente sólido nesta lesão T1 Pós-contraste Adenoma hipofisário • Tamanho: -microadenoma: < 1.0 cm -macroadenoma: > 1.0 cm • Sintomas: -não funcionante: comum no macroadenoma (sintomas neurológicos por compressão) -funcionante: comum no microadenoma (sintoma mais comum é secreção nas mamas - aumento da prolactina) Microadenoma hipofisário • Achados de RM: -hipossinal em T1 pós-contraste (às vezes só é evidenciado no estudo dinâmico) T1 Pós-contraste Macroadenoma hipofisário • Achados de RM: -sinal heterogêneo dependendo do conteúdo no interior do tumor (sólido, cístico, calcificação e sangramento) -podemos ter extensão: -supra-selar: compressão do quiasma óptico e desvio da haste -infra-selar: compressão / envolvimento do seio esfenoidal -para-selar: envolvimento do seio cavernoso Macroadenoma hipofisário - Lesão selar com extensão supra-selar, condicionando compressão do quiasma óptico T1 Macroadenoma hipofisário - Lesão selar com extensão infra-selar, obliterando o seio esfenoidal T1 Pós-contraste Macroadenoma hipofisário T2 - Lesão selar com extensão para-selar esquerda, obliterando o seio cavernoso PESCOÇO Lesões tumorais ou infecciosas • O importante do ponto de vista da imagem não é saber o tipo de lesão, e sim sua topografia exata e fazer corretamente o estadiamento • A qualidade das imagens é fundamental nos detalhes anatômicos, pois a anatomia do pescoço é bastante complexa • Normalmente dividimos em espaços anatômicos (detalhado na anatomia topográfica desta apostila) Tumor da base da língua T2 Supressão de gordura - lesão acometendo a musculatura da base da língua Adenoma pleomórfico (Tumor no lobo profundo da parótida) STIR - lesão acometendo o lobo profundo da parótida, obliterando o espaço parafaríngeo Tumor do espaço submandibular T1 Pós-contraste - lesão expansiva acometendo o espaço submandibular esquerdo Pólipo de laringe T2 Supressão de gordura - lesão nodular vegetante na topografia da laringe è esquerda Abscesso retrofaríngeo T1 Pós-contraste - Formação cística na topografia retrofaríngea Cisto de TORNWALDT - Pequena formação cística de linha média, na parede posterior da rinofaringe T2 Mucocele sublingual (rânula) T2 - Pequena formação cística na topografia de glândula sublingual à esquerda ORBITA • Lesões tumorais ou pseudotumorais: -importante definir a localização exata (intra- conal ou extra-conal) -detectar acometimento de estruturas locais como nervo óptico, musculatura extrínsica, globo ocular e glândula lacrimal • Lesões infecciosas: -normalmente origina-se dos seios paranasais ou pele, acometendo por contigüidade a órbita • Oftalmopatia tireoidea: -espessamento difuso da musculatura extrínsica com exoftalmia Cisto dermóide T1 STIR - Lesão com sinal de gordura na topografia da glândula lacrimal Tumor de glândula lacrimal T1 T1 -Lesão sólida na topografia da glândula lacrimal (quadrante súpero-externo da órbita) Hemangioma STIR -Lesão retro-orbitária intra-conal condicionando exoftalmia do globo ocular Gliomaóptico (neurofibromatosa tipo I) -Lesão tumoral sólida, na topografia do nervo e quiasma óptico Nervo óptico Quiasma óptico Linfoma T1TC -Lesão sólida retro-orbitária sem planos de clivagem com o nervo óptico e parede posterior do globo ocular condicionando exoftalmia OUVIDO Schwanoma do acústico • 10 % tumores intra-cranianos • Local mais comum: ângulo ponto-cerebelar • Neurofibromatose tipo II ( Schwanomas do acústico bilateral e outros pares cranianos, meningiomas cranial múltiplos) • RM: -Schwanoma pequeno: intenso realce -Schwanoma grande: degeneração cística e cisto • Diagnóstico diferencial (lesões expansivas do ângulo ponto-cerebelar): -meningioma (mais comum) Schwanoma do acústico T1 pré-contraste T1 pós-contraste -Lesões sólidas com intenso realce do contraste, na topografia dos condutos auditivos internos bilateralmente coronal Schwanoma do acústico -Lesões sólidas com intenso realce do contraste, na topografia dos condutos auditivos internos bilateralmente axial T1 pré-contraste T1 pós-contraste Schwanoma do acústico • Schwanoma do acústico (intra- canalicular): -localiza-se no interior do meato acústico interno -estende-se para a cisterna do ângulo ponto-cerebelar -realce homogêneo -quando maiores, comprimem o tronco cerebral e o seio cavernoso (topografia do V par craniano) Schwanoma do acústico T1 pós-contraste axial coronal -Lesão nodular com realce do contraste no interior do conduto auditivo interno à esquerda Neurite do facial • Às vezes é possível ver realce do contraste no trajeto do nervo facial, especialmente no ramo descendente T1 pós-contraste Otomastoidite e colesteatoma • Bastante sensível para detectar alterações inflamatórias, porém baixa sensibilidade em avaliar estruturas ossiculares • Melhor avaliação do ouvido interno em relação ao ouvido médio e externo T2 Seios paranasais Sinusopatia • Sinusopatia inflamatória (sinusite): -RX e TC é o método de escolha, porém a RM é bastante sensível T1 pós-contraste -Sinusopatia maxilar esquerda caracterizado por cisto de retenção Polipose • O método de escolha é a TC, porém a RM apresenta sensibilidade para detectar a lesãoT1 STIR -Lesão sólida obliterando a fossa nasal, seio maxilar e células etmoidais à direita Mucocele • Acúmulo de secreções em seios paranasais especialmente no maxilar e frontal, apresentando características de lesão expansiva T1 T2TC -Lesão expansiva no seio frontal à direita, com remodelação óssea e hipersinal em T1 devido alto teor protêico Lesão tumoral • Importante determinar a extensão exata da lesão e o acometimento das estruturas adjacentes • O tipo de realce e as alterações de sinal em T1 e T2 ajudam a caracterizar o tipo histológico Lesão tumoral -Lesão sólida e vegetante obliterando parcialmente a rinofaringe e orofaringe à esquerda PÓLIPO NASAL Lesão tumoral Pós-contrastePré-contraste NASOANGIOFIBROMA JUVENIL - Intenso realce do contraste, com obliteração da fossa pterigopalatina à esquerda Lesão tumoral T1 pós-contraste T1 LINFOMA NASAL - Extensa lesão sólida com realce heterogêneo, na topografia da fossa nasal direita, comprimindo o lobo frontal adjacente Atresia coanal TC T1 DIREITO ESQUERDO - Obstrução nasal congênita sendo característico o diagnóstico pela TC, porém a RM pode ser útil principalmente por ser multiplanar ATM Luxação disco articular T2T2 NORMAL LUXADO -Após a manobra de boca aberta observamos luxação anterior do disco articular Luxação disco articular BOCA FECHADA BOCA ABERTA -Luxação anterior do disco articular com boca fechada, e recaptura com a manobra de boca aberta T2 T2 Artropatia degenerativa NORMAL ARTROSE -Irregularidade da superfície articular têmporo-mandibular, com lesão do disco articular e espessamento sinovial T2T2 Lesão do disco articular T2T1 -Deformidade e alterações de sinal no corno posterior do disco articular, porém sem sinais de luxação Excursionamento do côndilo mandibular NORMAL REDUÇÃO -Excursionamento: deslocamento fisiológico do côndilo mandibular com a manobra de boca aberta T2T2 APLICAÇÕES CLINICAS DA RM • TODO PROFISSIONAL DA ÁREA DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NECESSITA DE UM AMPLO CONHECIMENTO ANATÔMICO CAVIDADE SELAR HIPÓFISE ANATOMIA NORMAL T1 pós-contraste HIPÓFISE T1 pós-contraste MICROADENOMA HIPOFISÁRIO Formação nodular no parênquima hipofisário à esquerda, condicionando infra-desnivelamento do seio esfenoidal HIPÓFISE T1 MACROADENOMA HIPOFISÁRIO Lesão expansiva selar com extensão supra-selar, condicionando suave compressão no quiasma óptico HIPÓFISE T1 pós-contraste SELA VAZIA Importante redução difusa da espessura do parênquima hipofisário INFUNDÍBULO T1 pós-contraste ANATOMIA NORMAL INFUNDÍBULO T1 pós-contraste HISTIOCITOSE X Espessamento difuso do infundíbulo hipofisário QUIASMA ÓPTICO T1 pós-contraste ANATOMIA NORMAL QUIASMA ÓPTICO MACROADENOMA HIPOFISÁRIO T1 pós-contraste Lesão expansiva selar com extensão supra-selar, condicionando compressão sobre o quiasma óptico SEIO CAVERNOSO T1 pós-contraste ANATOMIA NORMAL SEIO CAVERNOSO T1 pós-contraste MENINGEOMA Lesão sólida com realce do contraste, na região para-selar esquerda, envolvendo o vaso carotídeo NEUROHIPÓFISE Parte posterior da hipófise, sendo difícil diferenciar da adenohipófise devido ao realce do contraste paramagnético Caso haja interesse na avaliação desta estrutura, conveniente realizar série pós-contraste T1 pós-contraste NEUROHIPÓFISE NEUROHIPÓFISE ECTÓPICA T1 pós-contraste PESCOÇO GLÂNDULAS SALIVARES TIREÓIDE NORMAL T2 GLÂNDULAS SALIVARES SUBMANDIBULAR NORMAL T1 GLÂNDULAS SALIVARES PARÓTIDA NORMAL T1 GLÂNDULAS SALIVARES T2 TUMOR DO ESPAÇO SUBMANDIBULAR T1 pós-contraste Lesão expansiva deslocando a glândula submandibular esquerda GLÂNDULAS SALIVARES ADENOMA PLEOMÓRFICO LOBO PROFUNDO PARÓTIDA Lesão expansiva na topografia do lobo profundo da parótida direita, obliterando o espaço parafaríngeo STIR BASE DA LÍNGUA (SOALHO DA BOCA – OROFARINGE) T1 ANATOMIA NORMAL BASE DA LÍNGUA (SOALHO DA BOCA – OROFARINGE) HEMANGIOMA T1 pós-contraste Lesão com áreas de ‘flow void” no soalho da boca STIR BASE DA LÍNGUA (SOALHO DA BOCA – OROFARINGE) NEOPLASIA BASE DA LÍNGUA T2 Supressão de gordura Lesão infiltrativa no soalho da boca à esquerda BASE DA LÍNGUA (SOALHO DA BOCA – OROFARINGE) RADIODERMITE T2 Supressão de gordura Alterações inflamatórias pós-radioterapia, junto ao ramo submandibular esquerdo RINOFARINGE ANATOMIA NORMAL T1 RINOFARINGE Lesão cística na parede posterior da rinofaringe T1 pós-contraste ABSCESSO RETROFARÍNGEO RINOFARINGE T1 pós-contraste T1 Lesão com intenso realce do contraste na topografia da fossa nasal, com obliteração da fossa pterigopalatina NASOANGIOFIBROMA JUVENIL LARINGE ANATOMIA NORMAL T1 T1 LARINGE T1 STIR PÓLIPO DE LARINGE Lesão polipóide na parede lateral esquerda da laringe FIM HIPOFARINGE ANATOMIA NORMAL T1 ÓRBITA GLOBO OCULAR ANATOMIA NORMAL T1 GLOBO OCULAR NEUROBLASTOMA T2 Lesões sólidas no interior dos globos oculares, com predomínio à direita RETROBULBAR (INTRA-CONAL) ANATOMIA NORMAL Estruturas localizadas entre os músculos extrínsicos da órbita, tendo vasos, gordura e nervo óptico no interior T1 RETROBULBAR (INTRA-CONAL) T1 GLIOMA ÓPTICO (NEUROFIBROMATOSE TIPO I) Lesão expansiva sólida na topografia do nervo óptico esquerdo e quiasma óptico RETROBULBAR (INTRA-CONAL) STIR HEMANGIOMA Lesão expansiva sólida na topografia da gordura retro-bulbar esquerda RETROBULBAR (INTRA-CONAL) LINFOMA NÃO-HODGKIN T1 Lesão sólida retrobulbar direita GLÂNDULA LACRIMAL T1 ANATOMIA NORMAL GLÂNDULA LACRIMAL CISTO DERMÓIDE T1 STIR Lesão com sinal de gordura na topografia da glândulalacrimal direita GLÂNDULA LACRIMAL T1 TUMOR SÓLIDO LACRIMAL ESQUERDO Lesão sólida na topografia da glândula lacrimal esquerda, deslocando o globo ocular OUVIDO OUVIDO INTERNO ANATOMIA NORMAL T1 T2 OUVIDO INTERNO SCHWANOMA DO ACÚSTICO Lesão sólida com realce do contraste na topografia da cisterna do ângulo ponto-cerebelar e conduto auditivo interno direito T1 pós-contraste OUVIDO INTERNO T1 pós-contraste SCHWANOMA DO ACÚSTICO INTRA- CANALICULAR Lesão com realce do contraste no interior do conduto auditivo interno esquerdo OUVIDO MÉDIO E EXTERNO ANATOMIA NORMAL T2 OUVIDO MÉDIO E EXTERNO T2 COLESTEATOMA Lesão acometendo o ouvido médio à esquerda OUVIDO MÉDIO E EXTERNO CARCINOMA ESPINOCELULAR T1 pós-contrasteT1 Lesão sólida com realce do contraste na topografia do ouvido interno esquerdo OUVIDO MÉDIO E EXTERNO T1 pós-contraste NEURITE FACIAL Realce do contraste na topografia ramo descendente nervo facial esquerdo SEIOS PARANASAIS FOSSA NASAL ANATOMIA NORMAL T1 T2 FOSSA NASAL POLIPOSE NASAL STIR Material obliterando a fossa nasal direita e seios paranasais homolaterais FOSSA NASAL LINFOMA NASAL T1 pós-contraste T1 Lesão sólida obliterando a fossa nasal direita e seios paranasais homolaterais, e compressão dural frontal FOSSA NASAL PÓLIPO NASAL T1 Lesão vegetante obliterando parcialmente a fossa nasal e rinofaringe, especialmente à esquerda FOSSA NASAL T1 ATRESIA COANAL Atresia das fossas nasais, especialmente à esquerda SEIOS DA FACE ANATOMIA NORMAL MAXILARES FRONTAL ESFENOIDAL ETMOIDAL T1 T1 T2 SEIOS DA FACE CISTO DE RETENÇÃO T1 pós-contraste Formação cística no interior do seio maxilar esquerdo SEIOS DA FACE MUCOCELE FRONTAL Formação cística expansiva com conteúdo espesso no seio frontal à direita T 2 T1 ATM CÔNDILO MANDIBULAR ANATOMIA NORMAL T 2 CÔNDILO MANDIBULAR ARTROPATIA DEGENERATIVA T 1 Irregularidade na superfície articular do côndilo mandibular E. DIR ESQ CÔNDILO MANDIBULAR DIR ESQ OSTEOMIELITE ATM ESQUERDA T 1 Edema difuso no côndilo mandibular E. DISCO ARTICULAR T 2 ANATOMIA NORMAL DISCO ARTICULAR LUXAÇÃO T 2 T 1 Luxação anterior do disco com a manobra de boca aberta DISCO ARTICULAR DISCOPATIA T 2 T 1 Deformidade e alterações de sinal no disco articular Skaf et al, Rev Bras Psiquiatria, 1999 Paciente de sexo feminino, 43 anos: -Síndrome depressiva de início insidioso + alterações cognitivas discretas; - Alucinações visuais de início recente RM (T2): lesão expansiva bilateral em região frontal. Exemplo: lesões expansivas cerebrais Exemplo: esclerose múltipla (EM) • Comum: perda visual, fadiga, espasticidade, disfunção vesical e disfunção sexual. • Sintomas psiquiátricos: • Alterações de humor e personalidade, déficits cognitivos, sintomas psicóticos. – Em alguns casos, os sintomas psiquiátricos podem representar a primeira manifestação da forma encefalítica da doença, sendo causados por placas de desmielinização em áreas cerebrais específicas. • RM: muito sensível para detectar o comprometimento cerebral. Placas de desmielinização (imagens pesadas em T2 Síndrome de imunodeficiência adquirida (HIV) – Manifestações psiquiátricas mais comuns: • Depressão e apatia • Déficits cognitivos com padrão de demência sub-cortical – Comprometimento cerebral pode ser de vários tipos: • Encefalite por HIV • Outras infecções (criptococo, toxoplasma, citomagalovírus, etc). • Linfoma cerebral primário. – TC/RM podem revelar presença e tipo de comprometimento cerebral. RM T1 RM T2 Sinais de encefalite em substância branca Síndrome de imunodeficiência adquirida (HIV) – As técnicas de Medicina Nuclear podem também ter valor na avaliação neuro-psiquiátrica: • Acometimento cerebral discreto, inicial, pode não ser diagnosticados com TC ou RM, mas sim por SPECT ou PET RM (T2) é normal SPECT cerebral revela focos difusos e discretos de hipoatividade cortical e sub- cortical - ENCEFALITE Referência ............. Traumatismo crânio-encefálico (TCE) • Correlação clínico-anatômica pode ser documentada com exames de neuroimagem estrutural (TC e RM). • Atenção: em alguns casos, o acréscimo de exames de PET ou SPECT pode permitir uma delineação mais completa da extensão do dano cerebral funcional, mostrando comprometimento maior. Catafau, J Nuclear Medicine 2001 Imagem de TC mostrando áreas hipodensas em córtex frontal em paciente com histórico prévio de TCE (acidente de trânsito). Imagem de SPECT cerebral mostrando diminuição importante de fluxo sanguíneo cerebral em córtex frontal no mesmo paciente. Alterações do neurodesenvolvimento detectadas em exames de neuroimagem • Mas na prática, pouco ou nenhum impacto clínico: • Não são passíveis de correção • O tratamento clínico permanece o mesmo. • A presença da alteração não indica necessariamente prior prognóstico. Crippa, Zuardi e cols, FMUSP-Ribeirão Preto A B Adhesio interthalamica A B Cavum septum pellucidum Demência fronto-temporal – Segunda causa mais comum de demência degenerativa de início pré-senil (20% ); início: 45 a 65 anos (inclui doença de Pick). – Alterações profundas de caráter e conduta social. • Conduta inter-pessoal inadequada; comportamentos estereotipados, perseverativos; mudanças de padrào alimentar; perda de crítica; embotamento. – Aspectos neurológicos / neuropsicológicos: • Alterações da linguagem expressiva; tarefas “frontais”; reflexos primitivos. – Preservação relativa de: • Outros aspectos cognitivos incluindo memória. • Condiçao física. – Neuropatologia: atrofia frontal e temporal anterior Demências - Neuroimagem estrutural • TC ou RM – investigação diagnóstica de quadros demenciais • Doença de Alzheimer – a informação prática mais importante – exclusão de outras causas para (como tumores, alterações vasculares, hidrocefalia de pressão normal, etc). University of Missouri - http://www.vhct.org TC em paciente com hidrocefalia de pressão normal: grande alargamento de ventrículos, com discreta ou nenhuma atrofia cortical TC em paciente com DA: alargamento de ventrículos menos acentuado, acompanhado de significativa atrofia cortical http://www.ipa- online.org/ Demência vascular - Neuroimagem estrutural Sinais de doença cerebrovascular (melhor visualizados à RM) reforçam hipótese diagnóstica de demência vascular: – múltiplos infartos, ou infarto localizado único; – lacunas múltiplas em gg base ou s. branca; – lesões (hiperintensidades) de s. branca peri-ventricular (“leucoaraiose”, “leucoencefalopatia”): provavelmente consequência de micro-lesões vasculares cerebrais SUBSTÂNCIA BRANCA Hiperintensidades de substância branca em imagens pesadas T2 em paciente com diagnóstico de demência vascular Doença de Alzheimer - Neuroimagem estrutural • Alterações na TC ou RM podem reforçar o diagnóstico doença de Alzheimer (DA)? • Atrofia cerebral (sem sinais de doença cerebrovascular): detectada em porcentagens próximas de 80% dos casos de DA SENSIBILIDADE ACEITÁVEL • CUIDADO! Achados de atrofia podem surgir com frequência em idosos saudáveis, e em outros transtornos neuropsiquiátricos associados ao envelhecimento. ESPECIFICIDADE BAIXA www.geri- ed.com/modules/Assess/ assess/mri_scans.htm Atrofia e alargamento de sulcos e ventriculos em imagem de RM de paciente com provável diagnóstico de DA Doença de Alzheimer - Neuroimagem estrutural • A progressão da atrofia cerebral é mais acelerada na doença de Alzheimer (DA) em comparação com o envelhecimento normal. • Portanto, medidas repetidas de TC ou RM de crânio (depois de um ano ou mais) podem aumentar a confiança no diagnóstico de DAprovável (McKhann et al, 1994). www.geri- ed.com/modules/Assess/ assess/mri_scans.htm Atrofia e alargamento de sulcos e ventriculos em imagem de RM de paciente com provável diagnóstico de DA Doença de Alzheimer - RM estrutural • As alterações da DA são mais precoces e proeminentes no hipocampo e outras estruturas do córtex temporal medial. • Atrofia destas regiões pode ser vista em exames de RM estrutural, e é proporcional à intensidade dos déficits cognitivos. • Este tipo de achado tem sensibilidade e especificidade suficientes para ter utilidade prática na avaliação diagnóstica da DA? www. rst.gsfc.nasa.gov/Intro/ Part2_26c.htmlAtrofia hipocampal e alargamento de sulcos e ventriculos Controle saudavel 25 anos Controle saudavel 85 anos Pac com D. Alzheimer 75 anos Doença de Alzheimer - RM estrutural • Muitas pesquisas quantitativas de RM têm avaliado o volume do hipocampo e outras estruturas temporais mediais: • Estudos inicias, com amostras pequenas, reportaram acurácia de até 100% para diferenciar pacientes com DA de idosos saudáveis (Seab et al, 1988; Kesslak et al, 1991). • Nos estudos subsequentes, com amostras maiores (Jack et al, 1992; O´Brien et al, 1997; Bottino et al, 2002): – Sensibilidade para identificar pacientes com DA fica próxima de 85%. – Há limitações de especificidade: atrofia hipocampal pode surgir em outras doenças que cursam com déficits de memória. – Conclusão: estudos quantitativos não são aplicados rotineiramente na prática clínica! Região de interesse desenhada manualmente ao redor do hipocampo; desenhos seriados em vários cortes contíguos fornecem medida do volume do hipocampo. Bottino et al, 2002 Diagnóstico diferencial das demências PET e SPECT = Alzheimer Pequenos, múltiplos infartos corticais podem ser visualizados com mais detalhe no exame de SPECT em alguns pacientes com demência vascular RM estrutural – T2 SPECT cerebral PET e SPECT no diagnóstico diferencial das demências Costa e Bressan, Rev Bras Psiquiatria 2001
Compartilhar