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Consequências das Deficiências no Sistema Complemento

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Consequências das deficiências do Sistema Complemento 
As deficiências do complemento não são muito prevalentes. Quando se suspeita que o indivíduo tem 
alguma imunodeficiência, é importante a investigação à procura do HIV, se HIV deu negativo, 
investigar anticorpo – pedir a dosagem sérica de IgGs. Depois de tudo normal, investigamos o 
complemento. 
Deficiências da Via Clássica 
Cerca de 50% das deficiências do complemento são da via clássica, principalmente em C2 e C4.
Indivíduos com deficiência dessas proteínas (C2 e C4) têm uma ativação defeituosa da via clássica e 
são mais propensos a infecções piogênicas.
Os indivíduos com deficiência de C3 são ainda mais propensos a essas infecções, pois quem tem 
deficiência de C2 e C4 “perde” o C3b de duas vias do complemento, existindo uma para “compensar” 
(via alternativa). Já quem tem deficiência de C3, tem uma diminuição dos C3bs das três vias – 
diminuindo a opsonização que culminaria na eliminação do patógeno.
As principais hipóteses para explicar a associação do lúpus eritematoso sistêmico e a deficiência dos 
componentes da via clássica são:
• Eliminação dos complexos imunes: esse indivíduo com defeito na via clássica tem uma menor pro- 
dução de C3b, logo, não consegue eliminar muito bem os complexos imune;
• Formação de MAC: a formação do MAC é importante para a eliminação de corpos apoptóticos. Uma 
deficiência na via clássica leva a uma menor formação do MAC. Associado a isso, a “sobrevivência” 
desses corpos apoptóticos pode culminar na exposição de antígenos nucleares, antígenos que 
desencadeiam a resposta autoimune.
Proteínas Anormalidades Doenças associadas 
Via Clássica 
C1QRS, C2, C4
C3
Ativação defeituosa 
da Via Clássica 
Infecções Piogênicas (menos 
frequentes)
 Glomerulonefrite
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Ativação defeituosa 
da Via Clássica/
Alternativa 
Infecções Piogênicas (mais 
frequentes) 
Glomerulonefrite
Deficiências da Via Alternativa 
As deficiências da via alternativa predispõem o indivíduo a infecções piogênicas porque a properdina 
é a molécula que estabiliza a C3-convertase da via alternativa, logo, a sua deficiência leva a:
• Produçã ineficiente de C3b -> baixa taxa de opsonização -> maior suscetibilidade a infecções.
O Fator D também é importante na formação da C3-convertase da via alternativa, ele atua clivando o Fa- 
tor B, dando origem a uma molécula essencial para a C3-convertase: a Bb; a deficiência de Fator D 
promove os mesmos déficits da deficiência de properdina.
Vale ressaltar que a deficiência dessas moléculas não é tão grave, pois, esses fatores são exclusivos da 
via alternativa. Com isso, ainda existem as vias clássica e da lectinaligadora de manose para compensar.
Proteínas Anormalidades Doenças associadas 
Via Alternativa 
Propedina, Fator D Ativação defeituosa 
da Via Alternativa 
Infecções Piogênicas
Deficiências de Componentes Terminais 
Há também a deficiência dos componentes terminais. Em que os indivíduos com essas deficiências 
terão uma alta suscetibilidade, e isso é bem marcante, a infecções por Neisseria sp.
As bactérias do gênero Neisseria têm uma parede celular bem delgada, logo o MAC é bem efetivo no 
combate a elas. Com isso, a formação deficiente do MAC leva a uma maior suscetibilidade à infecção.
Esses indivíduos podem também desenvolver glomerulonefrite e lúpus eritematoso sistêmico não se 
sabe ao certo o porquê.
Proteínas Anormalidades Doenças associadas 
Componentes 
Terminais (C5B-C9)
Formação 
Defeituosa do MAC
Infecções por Neisseria Sp 
Glomerulonefrite 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Deficiências de Fatores Reguladores 
A deficiência de fatores reguladores do complemento também pode causar doenças. A hemoglobinúria 
paroxística noturna é uma síndrome hemolítica causada pela deficiência da exposição/expressão das 
proteínas reguladoras DAF e CD59.
A ausência da ação do DAF nas hemácias faz com que o C3b atue nela, levando à sua destruição - 
hemólise.
Esses indivíduos produzem DAF e CD59 normalmente, mas possuem uma deficiência na proteína 
âncora que “prende” o DAF e o CD59 na membrana da hemácia – o GPI.
Vale ressaltar que o CD59 é um inibidor da formação do MAC. Logo, uma baixa expressão da CD59 faz 
com que o MAC atue na hemácia.
Outra deficiência marcante é a deficiência do inibidor de C1, sem esse inibidor regulador da via clássica, 
o indivíduo terá uma ativação desregulada dessa via. Essa deficiência causa o angioedema hereditário – 
edema intermitente na pele e nas mucosas associado a vômito, diarreia e até dificuldades 
respiratórias (casos mais graves).
O mecanismo que leva ao edema, provavelmente, está associado a uma maior produção de bradicinina. 
Pelo fato de que, quando o indivíduo não tem C1, ainda não se sabe ao certo como, ele tem uma 
produção maior de bradicinina, que é um potente ativador da permeabilização vascular, o que leva ao 
edema nesses indivíduos.
Proteínas 
Reguladoras 
Anormalidades Doenças
DAF, CD59
Aumento da Lise das 
hemácias pelo MAC
Hemoglobina 
Paroxística Noturna 
Inibidor de C1
Ativação desregulada 
da Via Clássica 
Angiodema 
Hereditário

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