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Espaço e método - Resumo

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RESUMO 
Texto: Espaço e Método 
Autor: Milton Santos 
O espaço sendo tratado como uma totalidade, possui diversos elementos. O 
Esses elementos permitem a aplicação de uma análise fragmentada do todo, 
proporcionando a reconstituição do próprio todo. Será apresentado a seguir, as 
características e ações desses elementos na estrutura do espaço, e como essa 
estrutura é moldada a partir de sua constituição. 
Os elementos do espaço são: os homens, as firmas, as instituições, o meio 
ecológico e as infraestruturas. Os homens são os determinantes fornecedores 
de trabalho, e mesmo quando estão sem emprego, atuam como demanda de 
trabalho para outros, por estarem presentes em determinado lugar. As firmas 
representam a produção de bens, serviços e ideias, as instituições produzem 
normas, ordens e legitimações. O meio ecológico é o agrupamento de conjuntos 
territoriais que sofrem as ações do trabalho humano. As infraestruturas são a 
realização do trabalho humano na forma de casas, plantações e rodovias, por 
exemplo. Entre eles, ocorre uma intensa relação de dependência, que gera 
ações, sendo essas ações, frutos do processo social no qual a totalidade está 
inserida. 
Tem-se por exemplo, que as firmas também produzem normas, assim como as 
instituições, também produzem bens e serviços. Ou a própria noção de natureza 
primeira, que já se tornou natureza segunda, através da produção social dada 
pela ação do homem, o que retira o caráter de natureza natural e confirma a 
relação de dependência no processo de transformação do meio ecológico. 
Porém, essa interdependência, por assim dizer, é influenciada pelo momento 
histórico de cada elemento, pois ele muda seu papel e sua posição a cada 
momento. 
A partir desse ponto de variabilidade, torna-se necessário exercer uma 
classificação quanto ao valor dos elementos. O homem, de acordo com sua 
idade, sexo, nível de instrução, entre outras características, mantém relações 
distintas com o Estado. O mesmo vale para todos os outros elementos. 
Fazendo-se a análise dos elementos constituintes do espaço e suas funções, 
torna-se possível tratar o espaço como uma estrutura. Essa estrutura sofre 
transformação quando o espaço também se transforma, por meio da ação de 
fatores externos e fatores internos, como a chegada de novos capitais ou a 
imposição de novas regras, na economia por exemplo. A partir daqui, nota-se a 
realidade objetiva do espaço e o modo de organização do todo, permitindo a 
compreensão da produção do espaço. 
Para tal compreensão, são estabelecidas categorias, tais como a estrutura, o 
processo, a função e forma. A relação dada entre eles, ocorre da seguinte 
maneira: A sociedade sofrendo uma mudança, vê as suas formas assumirem 
novas funções, com isso a totalidade dessa mudança, cria um novo modelo 
organizacional espacial. Com isso, a estrutura torna-se espaço-temporal, onde 
aquilo que se tem como produto, é um resultado de acumulação de várias 
adaptações, que ocorrem em diferentes velocidades e diferentes direções. 
Em vista dessas categorias, é possível definir o espaço, através da análise 
simultânea delas. A forma, por exemplo, se torna relevante na medida em que a 
sociedade confere a ela o seu valor social, o que seria sua função, que é 
determinado a partir das necessidades da estrutura. Estrutura essa que irá 
mudar, através dos processos constantes, em tempos e intensidades diferentes. 
Portanto, a totalidade do espaço, está atrelada a maneira como se dá as relações 
dos seus atributos. Os atributos, não podem ser observados de forma separada 
uns dos outros, pois estão eles, interligados tão intensamente, que a falta ou 
menosprezo de um deles, pode acarretar a quebra da totalidade. Em 
contrapartida, uma nova organização será montada, buscando alcançar uma 
nova totalidade, em que os atributos não serão os mesmos, consequentemente, 
o espaço também não será o mesmo, e o método de observação aplicado 
anteriormente, tem a obrigação de se adaptar. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SANTOS, Milton. Espaço e método. 3a. edição. São Paulo: Nobel, 1985. 88p.

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