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Embriologia - revisao de conceito - gametogênese e fecundação

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Natália Giacomin Lima - medicina UFES 101 
 
Gametogênese e fecundação 
OOGÊNESE (OVOGÊNESE) 
Sequência de eventos pelos quais as ovogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em 
ovócitos maduros. 
Todas as ovogônias se desenvolvem em ovócitos primários antes do nascimento; sendo que nenhuma se 
desenvolve após o nascimento. A ovogênese continua até a menopausa, que é a interrupção permanente do 
ciclo menstrual 
Durante a vida fetal inicial as OVOGÔNIAS se proliferam por mitose. As ovogônias (células germinativas 
primordiais) crescem e se tonam os OVÓCITOS I antes do nascimento. 
Assim que o ovócito 1º se forma células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de 
células achatadas (as células foliculares) 
Conforme o ovócito primário cresce durante a puberdade, as células foliculares se tonam cubicas e depois 
cilíndricas formando assim o folículo primário. O ovócito 1º é envolvido por material glicoproteico, acelular 
e amorfo, a zona pelúcida. 
Os OVÓCITOS PRIMÁRIOS iniciam a 1ª divisão meiótica antes do nascimento, mas o termino da prófase 
não ocorre até a adolescência (puberdade) pois as células que envolvem esse ovócito secretam uma 
substancia que inibe a maturação do ovócito – ovócitos 1º estacionados na prófase suspensa (dictióteno) 
OBS: nenhum ovócito primário se forma após o nascimento!! (a mulher nasce , contrastando com a produção 
continua de espermatócitos I. 
 
 
 
 
 
Os ovócitos I permanecem em repouso nos 
folículos ovarianos até a puberdade. Quando a 
partir dessa fase geralmente um folículo 
ovariano amadurece a cada mês e ocorre a 
ovulação (liberação do ovócito do folículo 
ovariano) – Em condições normais isso sempre 
irá ocorrer, exceto quando em uso de 
contraceptivos orais. 
Quando um folículo matura, o ovócito I aumenta 
de tamanho e, imediatamente, antes da 
ovulação completa a I divisão meiótica para dar 
origem ao OVÓCITO II e ao PRIMEIRO CORPO 
POLAR. Diferentemente do estagio 
correspondente na espermatogênese, a divisão 
 Os ovócitos 1º em dictióteno são vulneráveis a agentes ambientais tais como radiação 
 A longa duração da meiose I (até os 45 anos) pode ser responsável, em partes, pela alta frequência de 
erros meióticos, tais como a não disjunção (falha na separação das cromátides irmãs) que ocorre com o 
aumento da idade materna 
Natália Giacomin Lima - medicina UFES 101 
 
do citoplasma é desigual (o 
ovócito II recebe quase 
todo o citoplasma e o I 
corpo polar – destinado a 
degeneração – recebe 
muito pouco). 
Na ovulação o núcleo do 
ovócito II inicia a segunda 
divisão meiótica mas 
progride somente até a 
METÁFASE, quando a 
divisão é interrompida. 
Quando um 
espermatozoide penetra o 
ovócito secundário a 
divisão é completada e a maior parte do citoplasma é mantido no ovócito fecundado. Há a formação de outra 
célula o glóbulo polar 2ª (que assim como o 1º irá se degenerar) 
 
ESPERMATOGÊNESE 
Sequência de eventos pelos quais as espermatogonias (células germinativas primordiais) são transformados 
em espermatozoides maduros. As espermatogônias permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos 
testículos durante os períodos fetal e pós-natal 
o Início da espermatogênese: puberdade – atuação hormonal (testosterona) 
o Fim: espermatócitos I são produzidos durante toda a vida. A quantidade produzida pode reduzir com a 
idade, contudo, diferem dos ovócitos I que só são produzidos durante a vida fetal do individuo 
 
Sequência de eventos: Espermatogônias (2n) → espermatócitos I (2n) → divisão reducional (M1) → 2 
espermatócitos 2º (n) com cromátides irmãs → M2 meiose → 4 espermátides (n) → espermiogênese → 
espermatozoide → luz dos túbulos seminíferos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Par de 
cromossomos 
homólogos 
Célula mãe 
diploide 
Par de 
cromossomos 
homólogos 
replicados 
Troca de material genético 
(crossing-over) par de 
cromossomos homólogos 
replicados se separa 
Separação das cromátides 
irmãs 
Natália Giacomin Lima - medicina UFES 101 
 
As células sexuais primárias ou 
ESPERMATOGONIAS estão 
armazenadas nos túbulos 
seminíferos dos testículos 
desde o nascimento. É na 
puberdade que se inicia a 
espermatogênese (processo de 
diferenciação dessas células 
primordiais no gameta 
masculino) estimulada pela 
testosterona. 
As espermatogonias, ou células 
primordiais, aumentam em 
numero durante a puberdade 
(mitoses), e após várias 
divisões, crescem e sofrem 
modificações dando origem aos ESPERMATÓCITOS I que são as maiores células germinativas do testículo. 
Em seguida cada espermatócito I sofre uma DIVISÃO REDUCIONAL (R!) – meiose – e da origem a 2 
ESPERMATÓCITOS II (haploides). Os espermatócitos II irão dar origem as ESPERMÁTIDES, precursoras dos 
espermatozoides. 
Espermatogônias (46 cromossomos duplicados) → MITOSES → Espermatócito I (46 cromossomos 
duplicados) → MEIOSE (R!) → Espermatócito II (23 cromossomos duplicados) → MEIOSE (E!) → Espermátide 
(23 cromossomos únicos) 
ESPERMATOZÓIDE OVÓCITO II 
Móvel (flagelo) Imóvel 
Célula pequena Célula grande 
É composto por cabeça, peça intermediária e flagelo. 
Mas somente a cabeça e a cauda penetram o ovócito 
Envolvido pela zona pelúcida e por uma camada de 
células foliculares 
Dois tipos: 
23, X (22 A + 1 sexual) 
23, Y (22 A + 1 sexual) 
Um tipo: 
23, X (22 A + 1 sexual) 
 
 FECUNDAÇÃO 
Espermatozoides recém ejaculados são incapazes de fecundar um oócito. Devem passar por um processo 
de capacitação ou condicionamento (com duração aproximada de 7 horas) que se inicia quando os sptz 
estão no útero ou nas tubas uterinas. A capacitação remove a capa glicoproteica e proporciona a 
hipermobilidade dos sptz. OBS: morfologicamente sptz capacitados e não capacitados são semelhantes/ 
indistinguíveis. Sendo que os gametas capacitados são mais ativos 
A fecundação pode ser definida como a união de um espermatozoide e um ovócito 2º, que normalmente 
ocorre na ampola da tuba uterina formando o zigoto (célula-ovo). Suas fases são: 
1. Penetração da corona radiata: espermatozoides capacitados atravessam livremente a corona radiata. 
Acredita-se que a enzima hialuronidase (acrossomo) participa desse processo. 
Natália Giacomin Lima - medicina UFES 101 
 
Essa camada de células participa do processo de quimiotaxia (atrai o gameta masculino em direção ao 
ovócito) 
 
2. Penetração da zona pelúcida (ZP): A zona pelúcida é uma camada glicoproteica que cerca o oócito, e 
só desaparece com a formação do blastocisto embrionário. A zona pelúcida facilita e mantem a ligação 
do sptz ao ZP3 (proteína ligante da ZP) o qual induz a reação acrossômica 
• Reação acrossômica: A ligação do sptz a ZP3 leva a exocitose e liberação das enzimas proteolíticas 
contidas no acrossoma (acrosina, esterases e neuraminidase) → digestão parcial da ZP, sptz penetram 
a ZP e entram em contato com a membrana do oócito 
• Reação zonal: Quando a cabeça do espermatozoide contata o ovócito ocorre a liberação de enzimas 
lisossomais dos grânulos corticais (próximos da membrana do ovócito) e que alteram as 
propriedades da ZP (“altera as glicoproteínas ZP2 e ZP3”) tornando-a impermeável a outros sptz. 
 
3. Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do sptz: a cabeça e a cauda do sptz. penetram a 
membrana do ovócito, e chegam ao citoplasma do ovócito. Contudo a membrana plasmática e as 
mitocôndrias do gameta masculino não. 
 
4. Termino da segunda divisão meiótica 
do ovócito e formação do pronúcleo 
feminino: quando o sptz penetra o 
ovócito esse é ativado e termina a 
segunda divisão meiótica formando um 
ovócito maduro e um segundo corpo 
polar. Em seguida os cromossomos 
maternos se descondensam formando o 
pronúcleo feminino 
 
5. Formação do pronúcleo masculino: é 
formado pelo núcleo do sptz que cresce 
quando dentro do citoplasma do ovócito6. Fusão dos pronúcleos masculino e feminino (cariogamia) e formação do zigoto (célula ovo): O 
zigoto é geneticamente único porque metade dos cromossomos é materna e metade é paterna 
(emparelhamento dos pares) – é a base da herança biparental e da variabilidade da espécie humana 
 
 
 
 
 
 
 
o A fecundação: 
• Estimula o oócito a completar a segunda divisão meiótica 
• Restaura o número diploide de cromossomos (2n) do zigoto 
• Resulta da variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos maternos e paternos 
• Determina o sexo cromossômico do embrião (definido pelo tipo de espermatozoide X ou Y que 
fecunda o ovócito) 
OBS: VALIDADE DOS GAMETAS 
 Ovócitos não fecundados acabam se degenerando após 24 horas 
 A maioria dos sptz não sobrevive a mais do que 48 horas no trato genital feminino. Sendo que após 
a ejaculação alguns espermatozoides são armazenados nas pregas da mucosa do colo e 
gradualmente liberados (aumentando assim as chances de que ocorra a fecundação) 
 A fecundação ocorre na ampola da tuba uterina (quimiotaxia dos sptz) 
Natália Giacomin Lima - medicina UFES 101 
 
• Causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÚTERO, TUBAS UTERINAS E OVÁRIOS – CONSIDERAÇÕES GERAIS 
1. ÚTERO 
o Órgão muscular com formato de pera 
o mede 7-8 cm comprimento x 5-7 cm largura na porção superior e 2-3 cm de espessura 
o Retrovesical 
o É dividido em duas porções: 
• Corpo – 2/3 superiores 
• Colo – 1/3 inferior (formato cilíndrico) → o colo é 
a porção terminal vaginal. O lúmen do colo, o canal 
do colo uterino, possui uma estreita abertura em 
cada extremidade. O óstio interno comunica-se com 
o corpo uterino e o externo com a vagina 
• OBS: Istmo – região estreita – 1 cm de comprimento 
– separa corpo e colo do útero 
 
A parede do útero é composta por três camadas: 
• Endométrio – camada interna (delgada) 
• Miométrio – camada muscular lisa 
• Perimétrio – camada peritoneal (firmemente aderida ao 
miométrio) 
 
 
 
o Durante a fase lútea (secretora) do ciclo menstrual é possível diferenciar microscopicamente as três 
camadas do endométrio: 
• Camada compacta – tecido conjuntivo disposto densamente em torno dos colos das glândulas 
uterinas 
 A idade materna considerada ideal para reprodução está entre 18-35 anos – de forma que a 
probabilidade de anomalias cromossômicas no embrião aumenta gradualmente com o avanço 
da idade materna 
 Mães mais velhas -  risco de ocorrência de sd. de Down ou outras trissomias 
Natália Giacomin Lima - medicina UFES 101 
 
• Camada basal – fundo cego das glândulas uterinas – possui seu próprio suprimento sanguíneo e 
não se desintegra durante a menstruação 
• Camada esponjosa – tecido conjuntivo edematoso (formado pelas porções dilatadas das 
glândulas uterinas) 
 
o No pico do seu desenvolvimento o endométrio tem de 4-5mm de espessura. A camada basal possui 
seu próprio suprimento sanguíneo e não se desintegra com a menstruação. As camadas compacta 
e esponjosa juntas formam a camada funcional – que se desintegra com a menstruação e após o 
parto 
 
2. TUBAS UTERINAS 
o Cada tuba se abre na porção distal dentro da cavidade peritoneal 
o É dividida em 4 porções: infundíbulo, ampola, istmo e porção uterina 
o Conduzem o ovócito de um dos ovários / o sptz ao encontro do ovócito e o zigoto em clivagem 
para a cavidade uterina 
 
3. OVÁRIOS 
o São as glândulas reprodutivas 
o Formato de amêndoas 
o Localizados perto das paredes pélvicas laterais 
o Produzem os ovócitos, estrogênio e progesterona (hormônios responsáveis pelo desenvolvimento 
das características sexuais 2ª e regulação da gestação

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