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Edema agudo pulmonar (eap) Msc. Enfª Luana Freitas 1 1- Conceito; 2- etiologia; 3- Quadro clinico; 4- Metodos diagnósticos; 5- Tratamento; 6- Assistência de enfermagem. Roteiro 2 2 O que o enfermeiro deve saber O que muda na minha prática E o Médico Já não fazemos coisas demais “Enfermeiro que só sabe de enfermagem, nem enfermagem sabe” Edema agudo pulmonar (EAP) 4 Edema Agudo de Pulmão (EAP) síndrome clínica em que ocorre acúmulo de fluido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões; pode ser decorrente de causas diversas. 4 Edema agudo pulmonar (EAP) 5 Edema Excesso de líquido Agudo Pulmonar Minutos; horas Pulmão encharcado de líquido 5 Edema agudo pulmonar (EAP) 6 Caracterizado por hipoxemia; aumento no esforço respiratório; redução da complacência pulmonar; redução da relação ventilação perfusão (V/Q) 6 Edema agudo pulmonar (EAP) O EAP poderá ser classificado como origem cardíaca ou não cardíaca. Relacionado, na maioria das vezes CAUSAS CARDÍACAS 7 Edema agudo pulmonar (EAP) Forças de Starling – interação entre forças oncóticas e hidrostáticas dentro dos vasos que ajudam a manter o volume vascular e evitar extravasamento de líquido para os espaços intersticiais Forças físicas envolvidas Força Hidrostática – quanto maior a pressão dentro do vaso, maior a tendência o liquido extravasar para o interstício e, depois, alvéolo. Força Oncótica – proteínas (albumina) que tem efeito osmótico de “puxar” o liquido, deixa-lo dentro do vaso. 8 Edema agudo pulmonar (EAP) 9 Etiologia – Origem Cardíaca As principais causas cardíacas são: ICC descompensada; síndrome coronariana aguda; emergências hipertensivas. Quando a origem conhecida é cardíaca, ocorre um desequilíbrio das Forças de Starling, ou seja: aumento da pressão capilar pulmonar; queda da pressão oncótica do plasma; aumento da pressão negativa intersticial. Isso pode resultar na diminuição da força muscular cardíaca, gerando alteração do padrão da circulação. Qualquer causa que aumente a pressão em câmaras cardíacas esquerdas Não quer dizer que tem cardiopatia associada 9 Pressões nas câmaras cardíacas normais + aumento da permeabilidade vascular = EAP não cardiogênico Edema agudo pulmonar (EAP) 10 Etiologia Não-Cardiogênico Já no EAP de origem não cardiogênica, estão associadas as seguintes situações: Endotoxemia; Infecção pulmonar; Afogamento; Aspiração pulmonar; Anafilaxia; SARA; Não tem aumento de pressão em câmaras cardíacas esquerdas 10 Edema agudo pulmonar (EAP) 11 Estágios do EAP 11 Edema agudo pulmonar (EAP) 12 Exames Complementares: Exames bioquímicos: hemograma completo, função renal, eletrólitos (Na, K, Ca), glicemia, gasometria arterial, lactato, troponina, BNP/NT-pro-BNT (somente para os casos duvidosos de dispneia não cardiogênica). Eletrocardiograma: avaliar distúrbios de condução, alterações compatíveis com isquemia, infarto antigo, sobrecargas, arritmias entre outros. Radiografia de tórax: procura-se por achados compatíveis com congestão (consolidação alveolar com predomínio na região peri-hilar e nas bases, derrame pleural, linha de B de Kerley, cardiomegalia. Auxilia, ainda, na identificação de possíveis diagnósticos alternativos. Ecocardiograma: útil na investigação do mecanismo/etiologia do EAP, tais como alterações valvulares, avaliação da função ventricular, hipertrofia, dimensões das câmaras cardíacas etc (ECO-TE: apenas em casos selecionados). 12 Edema agudo pulmonar (EAP) 13 Quadro clínico EAP O quadro clínico do EAP pode variar, porém algumas características são mais relevantes, como: instalação rápida dos sintomas, que apresentam pouco melhora com as medidas adotadas pelos pacientes. Há piora da dispneia com esforço ou ao deitar-se; insuficiência respiratória fraca, com paciente inquieto e angustiado; expectoração rósea; antecedentes, como episódios prévios de EAP, ICC prévia e angina ou infarto prévios aumentam a possibilidade de o episódio atual ser EAP. 13 Edema agudo pulmonar (EAP) 14 Exame físico No exame físico é possível encontrar: quadro de insuficiência respiratória; uso de musculatura acessória, esforço ventilatório e batimento de asa de nariz; na ausculta pulmonar, são comuns estertores crepitantes bilaterais; pode haver também roncos e sibilos esparsos; na ausculta cardíaca, podemos encontrar 3ª bulha e ritmo cardíaco irregular; a pressão arterial pode ser normal ou estar elevada ou baixa, dependendo da causa do edema agudo; cianose de extremidades; taquicardia e taquipneia. 14 Edema agudo pulmonar (EAP) 15 Tratamento – EAP O tratamento inicial, no APH, consiste em: contato com a regulação médica; O2 a 100% sob máscara*; monitorização + oximetria + acesso venoso; se pressão arterial > 90 mmHg, dinitrato de isossorbida 5 mg SL, a cada 5 a 10 min; sulfato de morfina: 2 mg IV (infusão lenta, em 3 min) 5/5 min máx. de 20 mg (suspender se: rebaixamento de consciência, hipotensão ou bradicardia); furosemida 40-0 mg IV bolus. 15 Edema agudo pulmonar (EAP) 16 16 Edema agudo pulmonar (EAP) 17 Dobutamina oferece efeito inotrópico positivo maior que o cronotropismo positivo; Furosemida diurético de alça fundamental na redução da pré-carga; 17 Edema agudo pulmonar (EAP) Morfina trata-se de um opioide de extrema importância para a redução do retorno venoso e diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio; A morfina possui, além de seu efeito ansiolítico e analgésico, ação vasodilatadora reduzindo em até 40% o retorno venoso. Ela também age em receptores pulmonares de opioides, reduzindo a sensação de dispneia. Cuidados com rebaixamento de consciência e hipotensão devem ser tomados. 18 Edema agudo pulmonar (EAP) Tratamento – EAP Ventilação mecânica não invasiva as modalidades mais usadas são Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP), Pressão Positiva Bifásica nas Vias Aéreas (BiPAP) e modo Pressão de Suporte (PSV). Outro aspecto importante do tratamento do paciente com EAP é a utilização da VNI, que diminui a necessidade de intubação orotraqueal, diminui riscos de infarto, diminui mortalidade, não possui efeitos colaterais, possui baixo custo e é relativamente fácil de usar. 19 Edema agudo pulmonar (EAP) 20 Edema agudo pulmonar (EAP) Outras intervenções de enfermagem incluem: assegurar acesso venoso calibroso para a administração dos medicamentos; coletar amostras de sangue para exames laboratoriais; monitorar o nível de consciência e tempo de enchimento capilar; manter o paciente em posição fowler (geralmente em um ângulo de 90°) com pernas pendentes para redução do retorno venoso. 21 REFERÊNCIAS MacIver DH, Clark AL. The vital role of the right ventricle in the pathogenesis of acute pulmonary edema. Am J Cardiol. 2015 Apr 1;115(7):992–1000. Ware LB, Matthay MA. Clinical practice. Acute pulmonary edema. N Engl J Med. 2005 Dec 29;353(26):2788–96. Marcus GM, Gerber IL, McKeown BH, et al. Association between phonocardiographic third and fourth heart sounds and objective measures of left ventricular function. JAMA. 2005 May 11;293(18):2238–44. Ponikowski P, Voors AA, Anker SD, et al. 2016 ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure. 2016 Jul 14;37(27):2129-200. doi: 10.1093/eurheartj/ehw128. Epub 2016 May 20. Sureka B, Bansal K, Arora A. Pulmonary edema - cardiogenic or noncardiogenic? J Family Med Prim Care. 2015 Apr;4(2):290. Committee Members, Cheitlin MD, Armstrong WF, et al. ACC/AHA/ASE 2003 Guideline Update for the Clinical Application of Echocardiography: Summary Article. Circulation. American Heart Association Journals; 2003 Sep 2;108(9):1146–62. Picano E, Pellikka PA. Ultrasound of extravascular lung water: a new standard for pulmonary congestion. Eur Heart J. 2016 Jul 14;37(27):2097-104. doi: 10.1093/eurheartj/ehw164. Epub 2016 May 12 Peacock WF, Cannon CM, Singer AJ, et al. Considerations for initial therapyin the treatment of acute heart failure. Crit Care. 2015 Nov 10;19:399. 22 ObrigadA luanadasilvafreitas17@gmail.com 23
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