Buscar

TCC21

Prévia do material em texto

Faculdade de Estudos Avançados do Pará
Curso de Bacharel em Ciências Contábeis
KamillyDilize Andrade de Oliveira
Larissa Rafaele Silva Leão
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO: UMA ANALISE COMPARATIVA DE TRIBUTAÇÃO PARA UMA EMPRESA DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS.
Belém/PA
2017
KamillyDilize Andrade de Oliveira
Larissa Rafaele Silva Leão
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO: UMA ANALISE COMPARATIVA DE TRIBUTAÇÃO PARA UMA EMPRESA DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS.
Trabalho científico apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Estudos Avançados do Pará.
Orientador: Edna Torres de Araujo.
Belém/PA
2017
Lista de Ilustrações 
Quadro 01: Tipos de Tributos.................................................................................................11
Quadro 02: Aplicações de alíquotas internas e interestadual................................................18
Quadro 04: objetivos do planejamento tributário....................................................................23
Quadro 05: tipos de Regimes tributários................................................................................24
Quadro 06: Lucro Real trimestral x Anual...............................................................................29
Quadro 07: Percentuais sobre Receita Bruta mensal............................................................31
Quadro 08: exemplo da apuração trimestral e anual..............................................................32
Quadro 09: onde se podem obter descontos de PIS/PASEP................................................39
Quadro 10: empresas que não recolhem o PIS e COFINS do lucro real...............................40
Quadro 11: onde se podem obter descontos de COFINS......................................................43
Quadro 12: empresas que não recolhem o PIS e COFINS do lucro real...............................44
Quando 13: Resumo Lucro Real............................................................................................45
Quadro 14: Taxas de base de cálculo do Lucro Presumido..................................................48
Quando 15: Resumo Lucro presumido..................................................................................55
Quadro 16: tributos simples nacional.....................................................................................58
Quadro 17: Resumo Simples Nacional...................................................................................60
Quadro 18: Percentuais – Lucro arbitrado..............................................................................62
Quadro 19: tributos no Real e no Presumido.........................................................................65
Quadro 20: vantagens e desvantagens..................................................................................66
Quadro 21: perfil dos Entrevistados............................................................................79
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	7
2.	REFERENCIAL TEÓRICO	10
2.1.	DEFINIÇOES DE MICROEMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)	10
2.2.	FUNDAMENTOS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (STN)	11
2.3.	TRIBUTO	11
2.3.1.	Tipos de Tributos	12
2.3.1.1. Impostos	13
2.3.1.2. Taxas	14
2.3.1.3. Contribuições de Melhoria	14
2.3.1.4. Contribuições Especiais	14
2.3.1.5. Empréstimos Compulsórios	15
2.3.1.6. Imposto de Renda retido na fonte – IRRF	15
2.3.1.6.2.	Rendimento do Trabalho – Autônomo	16
2.3.1.6.3.	Rendimento de Serviços – PJ	16
2.3.1.6.4.	Dispensa de Retenção	17
2.3.1.7. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS Fundamentos	17
2.3.1.7.1.	Alíquota de ICMS	18
2.3.1.7.2.	Imposto não cumulativo	19
2.3.1.8. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS– IPI	20
2.3.1.8.1.	Contribuinte, alíquota e a base de cálculo	21
2.4.	FATURAMENTO - TRIBUTOS INCIDENTES	22
2.5.	PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO	22
2.6.	TIPOS DE TRIBUTAÇÃO	26
2.6.1.	Lucro Real	26
2.5.1.1.Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR	27
2.5.1.2.Adições, Exclusões e Compensações	28
2.5.1.3.Obrigatoriedade de apuração pelo Lucro Real	29
2.5.1.4.Trimestral x Anual	29
2.5.1.5.Lucro Real Anual	31
2.5.1.6.Cálculo sobre Receita Bruta	32
2.5.1.7.Lucro Real Trimestral	33
2.5.1.8.IRPJ - Lucro Real	34
2.5.1.8.1.	Base de Cálculo - IRPJ	34
2.5.1.8.2.	Alíquotas - IRPJ	35
2.5.1.8.3.	Adicional	35
2.5.1.9.CSLL – Lucro Real	35
2.5.1.9.1.	Descontos no CSLL	36
2.5.1.10.Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PASEP)	38
2.5.1.10.1.	Base de Cálculo	39
2.5.1.10.2.	Regime não cumulativo- PIS/PASEP	40
2.5.1.10.3.	Não incidência do PIS	41
2.5.1.10.4.	Alíquota PIS/PASEP	42
2.5.1.11.Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)	43
2.5.1.11.1.	Alíquota COFINS	43
2.5.1.11.2.	Regime não cumulativo – COFINS	43
2.5.1.12.Credito PIS e COFINS – regime não cumulativo	46
2.5.2.	Lucro Presumido	47
2.5.2.1.Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)	48
2.5.2.1.1.	Base de Calculo do IRPJ	49
2.5.2.1.2.	Acréscimos à Base de Cálculo	50
2.5.2.1.3.	Alíquota e Adicional	51
2.5.2.2.Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL)	51
2.5.2.2.1.	Base de Cálculo do CSLL	52
2.5.2.3.Programa de Integração Social (PIS) /Programa de Formação do Patrimônio do Servidor...................................................................................................................................53
Publico (PASEP)	53
2.5.2.3.1.	Base de Cálculo - PIS	53
2.5.2.3.2.	Alíquotas – PIS	54
2.5.2.4.Contribuição para financiamento da Seguridade Social (COFINS)	54
2.5.2.4.1.	Base de Cálculo – COFINS	55
2.5.2.4.2.	Alíquota – COFINS	55
2.5.2.5.Créditos de PIS e COFINS	55
2.5.3.	Simples Nacional	57
2.5.3.1.Vedações ao Simples Nacional	57
2.5.3.2.Impostos recolhidos pelo Simples Nacional	58
2.5.3.3.Empresas de Comercio, Indústria e Serviços Prestados.	60
2.5.4.	Lucro Arbitrado	61
2.6.4.1.Apuração do IRPJ e CSLL – Arbitrado	63
2.7.	FORMA DE CALCULAR	64
2.7.1.	Contabilização de PIS/PASEP e COFINS	65
2.8.	COMPARAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE TRIBUTAÇÃO	66
2.9.	VANTAGENS E DESVANTAGENS	67
3.1.	QUANTO AOS OBETIVOS DA PESQUISA	69
3.2.	QUANTO AO OBJETO DA PESQUISA	69
3.3.	POPULAÇÃO E AMOSTRA	69
3.4.	INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS	71
3.5.	CRITÉRIOS A SEREM UTILIZADOS PARA ANALISE DOS DADOS	71
4.	A EMPRESA EM ESTUDO	73
5.	ANALISE DOS RESULTADOS	74
6.	CONCIDERAÇOES FINAIS	74
7.	RECOMENDAÇOES PARA FUTUROS ESTUDOS	74
REFERÊNCIAS	75
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, o Brasil tem passado por uma profunda crise econômica. Muitas empresas fecham as portas todos os dias, um dos fatores principais são as altas cargas tributárias e as más gestões tributárias das empresas.
Os empresários buscam cada vez mais profissionais qualificados, o setor de contabilidade tributária tem muita importância e responsabilidade para contribuir com a sobrevivência das empresas no mercado, é importante os profissionais se manterem sempre atualizados com a legislação para assim criarem planejamentos eficazes para que consigam satisfazer os clientes com a obtenção demais lucros e menos impostos altos. Desse modo, a escolha pela forma de tributação da empresa é fundamental na economia tributaria (CREPALDI, et al 2014).
Diante desse contexto, tem-se o seguinte tema de pesquisa: Formas de tributação: Uma análise comparativa de tributação em uma empresa Distribuidora de Alimentos. Portanto o estudo apresenta a seguinte questão de pesquisa: Qual a melhor forma de tributação para uma empresa distribuidora de alimentos?
São quatro formas de tributação disponíveis: Lucro Leal, Lucro Presumido, simples Nacional e Lucro Arbitrado, porém esse último tipo de tributação não se inclui como objeto de estudado para comparação, devido sua característica de ser punitiva/ imposta as empresas que não estão em conformidade com a legislação, não se enquadrando nesse caso.
Vezaro e Olivo (2014) relatam que o governo brasileiro buscou criar programas padronizados para simplificar a tributação, com o tempo simplificando a burocracia no setor de impostos, com o objetivode contribuir no desenvolvimento e crescimento das empresas e pequeno e médio porte.
Desse modo, o objetivo geral da pesquisa é identificar o melhor regime de tributação para uma empresa do ramo de distribuição de alimentos no município de Belém/PA. Já os objetivos específicos são: descrever o Sistema Tributário Nacional e sua função na prática; apresentar um detalhamento amplo sobre os regimes de tributação existentes no Brasil para uma empresa distribuidora de alimentos; Comparar as formas de tributação entre o Simples Nacional, Lucro Presumido e o Lucro Real, e identificar o melhor regime tributário para uma empresa de distribuição de alimentos.
Parte-se da suposição que é necessária uma análise cuidadosa para a escolha do regime de tributação para uma empresa no ramo de distribuição de alimentos atacadista. Desse modo, acredita-se que em uma empresa distribuidora de alimentos a forma mais vantajosa se dá através do lucro Real; Pressupõe- se que o Lucro Real seja a forma de tributação menos trabalhosa, porém mais criteriosa a ser utilizada na tributação de uma empresa distribuidora de alimentos; e tem- se como suposição que a forma de tributação menos rentável para uma empresa de distribuição de alimentos é o Simples Nacional e Presumido.
A carga tributária brasileira é considerada a maior da América Latina e uma das maiores do mundo. Diante disto, as empresas precisam buscar alternativas para reduzir seus gastos com os tributos existentes. Uma das possibilidades de melhorar essa situação é a utilização do planejamento tributário, visando encontrar medidas eficientes e legais para diminuir os tributos devidos.
A contribuição teórica deste estudo consiste em identificar os fatores que devem ser analisados pelas empresas quando da opção pelo Lucro Real, Lucro Presumido, ou simples Nacional, além de possibilitar melhor entendimento das formas de tributação existentes no país. 
Do ponto de vista prático, esta pesquisa é importante, pois seus resultados auxiliarão outras empresas comerciais no ramo de distribuição de alimentos no processo de escolha da melhor forma de tributação a ser utilizada, visando diminuir a carga tributária e possibilitando a economia de recursos financeiros. Sendo assim, este estudo alcança também significativa relevância no âmbito social, pois a carga tributária brasileira ainda é muito elevada se comparada ao rendimento das empresas e ao retorno dos recursos arrecadados à sociedade.
Desta forma, este estudo busca orientar a empresa a reduzir seus gastos com tributos, a fim de poder investir mais na aplicação da atividade comercial.
O trabalho será iniciado com uma revisão bibliográfica com uma revisão bibliográfica sobre a classificação do porte das empresas e sobre o planejamento tributário, entender o papel da contabilidade na escolha mais apropriada do regime de tributação e das formas de tributação disponíveis para as empresas brasileiras, o que envolve o sistema tributário nacional, a legislação vigente e cálculo dos impostos.
Posteriormente será feito um trabalho de campo na empresa de Alimentos e Cia, localizada na cidade de Belém, estado do Pará, na qual serão levantados dados que se encontram no perfil da empresa estudada e será proporcionada uma comparação entre dois regimes de tributação escolhido, lucro real e lucro presumido e os respectivos cálculos de apuração do resultado do exercício, para assim analisar qual o melhor regime para a empresa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
	Este capítulo está fundamentado para atender de forma clara as principais características da tributação brasileira. Primeiramente, descrevem-se os Princípios Constitucionais Tributários e o Sistema Tributário Nacional, juntamente com as espécies tributárias. Focando nos impostos e contribuições federais: tais como, Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (CSLL). Também são abordados, o Planejamento Tributário, dando ênfase aos regimes de tributação do IRPJ e da CSLL existentes no Brasil, Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e o Simples Nacional.
2.1. DEFINIÇOES DE MICROEMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)
São sociedades empresas, sociedades simples, individual, de responsabilidade limitada, que são registradas no registro de Empresas Mercantis ou no Registro civil de pessoas jurídicas, definido pela lei complementar referente ao art. 966 da lei nº 10.406 (JUNIOR E PUJALS, 2015).
As microempresas devem extrair no em cada ano-calendário uma receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Já as empresas de pequeno porte devem apresentar um faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões no cada ano- calendário. Se a EPP não exceder a receita bruta determinada no ano ela passará a no próximo ano a se enquadrada como ME (JUNIOR E PUJALS, 2015).
A opção deverá ser feita no momento em que a empresa for registrada através de emissão de declaração de enquadramento, onde a empresa poderá definir qual será o regime adotado, caso a empresa já esteja em funcionamento e queira optar pelo enquadramento poderá fazer a qualquer tempo desde que atenda as exigências da Junta Comercial de seu estado.
Diante desse contexto a lei geral também criou o microempreendedor individual, na qual é um individuo que trabalha por sua conta e devidamente legalizado como pequeno empresário e adota o regime simples Nacional, com uma receita anual bruta de 60 mil. Para ser microempreendor o individuo não pode ser sócio titular em qualquer outra empresa e só pode ter um único funcionário.
Segue abaixo, dando continuidade aos conceitos que envolvem o tema deste trabalho, como de grande importância entende-se os fundamentos do sistema tributário no Brasil, tem-se a seguir um breve parágrafo com as informações principais acerca da STN.
2.2. FUNDAMENTOS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (STN)
Entende- se por STN o conjunto de leis e normas tributarias onde são estabelecidas as regras de tributação tanto no âmbito federal, como no estadual e municipal. Torna- se inviável tratar tal tema de maneira isolada, pois um depende do outro para o perfeito funcionamento (REIS, 2013).
O sistema tributário brasileiro fundamenta- se em três princípios o princípio das espécies tributárias as quais foram divididas em cinco tipos, tais como impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios; o principio da lei complementar e o principio da capacidade contributiva (MARTINS, 2013).
Assim, para que a discussão desse estudo seja apresentada os preceitos da legislação têm-se a seguir alguns tributos argumentados sobre.
2.3. TRIBUTO
O tributo é como um pagamento obrigatório aos órgãos competentes de arrecadação autorizados por lei, vinculados, como aos Estados ou Entidades publicas, pode ser em moeda ou em algo que expresse valor, sem ser pagamentos por atos ilícitos. A lei complementar 104/2001 acrescentou no inciso XI ao art. 156 do Código Tributário Nacional que os créditos tributários poderiam ser pagos com bens imóveis, de acordo com a definição de tributo. Logo o CTN permite também esses meios de quitação dos créditos tributários (ALEXANDRE, 2016).
Desse modo, o dever de pagar os tributos é imposto por lei, que é fonte direta e imediata e obrigatória, tem como objetivo de arrecadação para investimentos sociais e econômicos. No art. 4 do CTN relata a natureza jurídica depende do fato gerador e da obrigação, que são adotadas pelas leis. O fato gerador é analisado de acordo com a classificação do tributo, podendo ser vinculada – quando a cobrança esta vinculada a uma atividade estatal voltada ao contribuinte - e não vinculada – quando não esta vinculada a uma atividade estatal (ALEXANDRE, 2016).
De acordo com o fato gerador a natureza do tributo é determinada e cobrada de acordo com a vinculação da atividade (BONFANTE 2013).
Desse modo, relata - se abaixo os tipos de tributos.
2.3.1. Tipos de Tributos
Asespécies tributárias são classificadas como vinculadas e não vinculadas, apresentando naturezas jurídicas distintas que esta constituída as definições no Art. 4 CTN. No quadro 01 a seguir, estar informados os tipos de tributos.
Quadro 01: Tipos de Tributos.
	Tipos de Tributos
			Definição
	
Impostos
	É um tributo não vinculado, incorrem sobre a receita do devedor. O fato gerador da tributação é uma atividade estatal especifica que não está relacionada ao contribuinte.
	
	Tipos de Impostos
	
	Ordinária
	Extraordinária
	Residual
	
	Municípios: IPTU
(Art. 156) ITBI
ISS
Estados: ITCMD
ICMS
IPVA
DF - competência cumulativa(Art.147)
	
Impostos extraordinários de guerra
	
São novos tributos
Criados por lei complementar, com novos “fatos geradores” e bases de calculo, e sal não cumulativo.
	
Taxas
	As taxas apresentam natureza jurídica de que a atividade é um exercício do poder de política ( taxa de política) ou se trata de uma prestação de serviços ou uma disponibilização de serviços públicos (taxa de serviços), podendo ser cobrado pelo Estado que tem competência tributaria residual para de instituir taxas. 
	Contribuições de melhorias
	A definição da natureza jurídica do tributo classifica uma atividade sendo uma obra na qual tenha valorização imobiliária.
	Empréstimos Compulsórios
	De acordo com a Constituição Federal os empréstimos compulsórios são feitos para atender despesas extraordinárias, por ocorrência de calamidades publicas, guerras, situações urgentes que sejam de interesse nacional.
Fonte: criado pelos autores, a partir Alexandre (2016).
	
O quadro acima apresentou os tipos de tributos de forma resumida e algumas definições, para auxiliar neste trabalho e para termos uma visão dos tipos de impostos que os contribuintes, pessoas jurídicas brasileiras podem e são cobrados, todos criados e aplicados de acordo com a lei regente maior constituição Federal do Brasil.
Com base nesses conceitos pode-se fazer as respectivas analises sobre as diversas bases de formas de tributação que existem no Brasil. Para isso o planejamento tributário é fundamental para se obter a melhor escolha e assim se manter no mercado.
Os tributos Indiretos são aqueles recolhidos ou pagos pelos usuários do tributo, mas por intermédio dos comerciantes, indústrias, os prestadores de serviço, entre outros, pois os tributos são imbuídos no preço de cada produto comercializado e nos serviços oferecidos e são pagos pelas mesmas, mesmo o tendo influencia significativa dos consumidores finais na hora da compra. De acordo com o regime de tributação os tributos são determinados, tais como Simples Nacional, Lucro Real, Arbitrado e Presumido (BARBOZA, 2017).
Após o quadro segue em aspectos mais detalhados os impostos, para que se tenha maior compreensão.
2.3.1.1. Impostos
Os impostos estão decretados no art. 16 e art. 17 do Código Tributário Nacional, onde informam que a destinação da arrecadação é designada para contribuição das despesas das pessoas a quem competem, não estando desse modo vinculado a nem um exercício do estado (BONFANTE, 2013).
Os impostos não cumulativos são aqueles que são pagos na hora da compra, quando compramos pagamos o imposto ao fornecedor, quando for vender a cobrança do imposto, isso no preço, passa para o cliente, desse modo o valor cobrado pelo cliente é sempre maior que o valor pagado ao fornecedor, o recolhimento da diferença entre esses dois valores é repassado para o Estado. Os impostos são IPI e ICMS, PIS e COFINS (BARBOZA, 2017).
2.3.1.2. Taxas
É de competência da União, Estados, Municípios e Distrito Federal a cobrança de taxas aos usuários de serviços públicos, contribuintes, tendo vinculação estatal, porem são exercidas pelos órgãos públicos. 
Como regra as taxas não podem ser calculadas igual aos impostos, não podendo ter de modo a base de calculo e nem o fator gerador igual e não se deve calcular em cima do capital da pessoa jurídica, de acordo com o art. 77 da CTN (BONFANTE, 2013).
2.3.1.3. Contribuições de Melhoria
As contribuições de Melhorias têm como natureza a tributação para pagar as obras publicas resultantes de valorização de imóvel, tendo como limitação o valor das despesas com a respectiva obra publica, sendo assim tendo um valor de custo em conformidade com o valor resultante ao imóvel, conforme descrito no art. 81 do Código Tributário Nacional (BONFANTE, 2013).
2.3.1.4. Contribuições Especiais
As contribuições especiais é um tributo voltado para os financiamentos de programas para a população, com o controle do Estado, a arrecadação é repassada para as contribuições sociais, de assistência social, seguridade social e para a saúde, atendendo as classes profissionais outras classes de contribuintes (BONFANTE, 2013).
2.3.1.5. Empréstimos Compulsórios
Os empréstimos Compulsórios como o próprio nome já diz, obrigatório, pois a arrecadação é investida em situações de desastres públicos, tem particularidade de urgência os principais interessados é a população, as despesas que fundamentaram a instituição devem está obrigatoriamente vinculada (BONFANTE, 2013).
2.3.1.6. Imposto de Renda retido na fonte – IRRF
Marchezin, Azevedo e Concórdia (2013) salientam que o Imposto de renda é de competência da união para a criação desse imposto sobre a renda, logo, os Estados e Municípios não podem criar nem um imposto sobre a renda, decretado no art. 153 da constituição Federal (CF).
O governo federal tem a competência determinada pela legislação de ordenar as pessoas jurídicas de fazerem a redução do Imposto de Renda Retido na Fonte em cima da renda em seguida pagar para o governo.
Há dois tipos de impostos retidos na fonte: imposto retido na fonte por antecipação e o imposto retido na fonte conhecido como “Exclusiva na fonte” onde no primeiro é permitido inferir do imposto abatido na apuração na Declaração de Ajuste anual ou na DIPJ (Declaração de Pessoa Jurídica), já na segunda o favorecido do rendimento não pode ressarcir o imposto de que foi abatido na DIPJ.
Prescrito no art. 647 do RIR/99, o importo de renda é compromisso das empresas que sevem serviços a outras empresas, podendo ser mercantil, prestadoras de serviços ou civil. O imposto pode ser compensado com o imposto retido pessoa jurídica calculado no trimestre, visto como antecipação (BONFANTE, 2013). 
A seguir alguns tipos de rendimentos do IRRF.
2.3.1.6.1. Rendimento do Trabalho – PF
São rendimentos referentes ao pagamento assalariado como: Salário, Férias, 13º salário, Participação nos lucros, pró-labore e outros. No documento de arrecadação federal (DARF) o código destinado é de numero 0561. A fonte pagadora é a responsável pelo recolhimento do imposto, de acordo com art.717 do RIR/99, seguindo com o prazo de recolhimento, decretado na lei 11.933/2009 (MARCHEZIN, AZEVEDO E CONCORDIA, 2013).
2.3.1.6.2. Rendimento do Trabalho – Autônomo
Para o trabalhador autônomo o rendimento é obtido por meio de serviços prestados, porem sem a vinculação empregatícia. O código no DARF é 0588. Aplicando uma tabela de alíquotas com base no salário, para a base de cálculo (MARCHEZIN, AZEVEDO E CONCORDIA, 2013).
2.3.1.6.3. Rendimento de Serviços – PJ
Esse rendimento é correspondente para pessoas jurídicas que prestam serviços a outras pessoas jurídicas. A base de cálculo é o rendimento, sobre o qual se aplica uma alíquota de 1,5%.
O Fato gerador do IR fonte é na ocasião do pagamento ou no crédito do rendimento, logo, é a obtenção de economia ou renda proveniente de seja qual for a receita (MARCHEZIN, AZEVEDO E CONCORDIA, 2013).
O conceito as aplicações do imposto de renda retido na fonte é um assunto muito abrangente, existem muitas outras incidências que são fatos geradores para a retenção do imposto, mas que não foram todos abordados neste trabalho. Para mais informações a respeito desse assunto segue nas referencias a fonte de informação para estudos mais avançados.
Em seguida são informadas as dispensas de retenção.
2.3.1.6.4. Dispensa de Retenção
A retenção na fonte nada mais é que uma obrigação tributária destinadaàs pessoas jurídicas que tomaram serviços de prestadores que são obrigados a declarar imposto de renda. Nos casos em que o valor proporcional de retenção for inferior a R$ 10,00 (Dez reais) a pessoa jurídica ficará dispensada da retenção do IRRF, porém a dispensa não impede que a fonte pagadora efetue o pagamento ainda que o valor seja inferior ao mínimo (CRC RJ, 2015.)
Também estarão isentas das retenções os prestadores de serviços que estejam isentos ou imunes do IR. Quanto aos condomínios e igrejas por não terem personalidade jurídica também estão dispensados de tal retenção, uma vez que eles estejam na condição de tomadores de serviços.
A lei 9.340/96 do art. 67, e no art. 724 do RIR/99 decretam que o contribuinte esta com dispensa de retenção de imposto, quando o rendimento incidir na fonte e deverá ser integrada quando do imposto for menor ou igual a 10 reais.
O ICMS é uns todos principais e impostos importantes para analise desse trabalho, de acordo com o ramo da empresa de estudo, uma distribuidora de alimentos, a empresa faz diversas compras de produtos no âmbito interno e no interestadual, onde sofre incidência de varias alíquotas sobre as compras e vendas das mercadorias seguem a baixo algumas informações a respeito do ICMS.
2.3.1.7. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS Fundamentos 
Angelim (2015) relata que a obrigação tributaria só ocorrerá de fato no momento em que o bem ou serviço passa a circular como mercadoria e com finalidade mercantil, o que caracteriza a transferência de domínio de um estado para o outro. 
2.3.1.7.1. Alíquota de ICMS
Trata- se de um imposto puramente fiscal, sancionado pelo congresso nacional 1996 através da chamada Lei Kandir nº 87/1996, lei esta que dá aos estados e distrito federal o direito de cobrar tal imposto sob alíquotas próprias, com base na circulação de mercadorias, prestação serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de meio de comunicação. 
O ICMS é gerido por meio de convênios, cuja regulamentação é feita através do CONFAS que por sua vez é gerido pelas secretarias de finanças de cada estado, ou seja, cada estado tem livre direito de estabelecer seus parâmetros de tributação, desde que as sejam respeitados os princípios contábeis.
Pode ser classificado como ICMS normal, onde calcula- se o valor integral da alíquota dentro do estado, na maioria dos estados a alíquota é de 17%;
O ICMS diferencial de alíquota ocorre no deslocamento da mercadoria de um estado para o outro, onde no estado de origem a alíquota é de 12% ao dar entrada no estado do Pará a empresa deverá pagar mais 5%, uma vez que no Pará a alíquota é de 17%;
O ICMS substituição tributária poderá ocorrer no caso de o governo atribuir ao comprador da mercadoria a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido.
É um percentual determinado pela legislação vigente, na qual se aplica a base de calculo de uma determinada tributação obtendo como resultado um tributo devido na operação ou na prestação sujeita, como no ICMS.
No ICMS a aplicação é para cada tipo de produto, de acordo com as prestações e operações, a uma alíquota afim, tendo característica de ser um imposto seletivo. Deve-se atentar se a operação ou a prestação acontece de maneira interna ou interestadual para se aplicar de forma devida as alíquotas correspondentes a região.
Abaixo segue um quadro 02 um resumo das aplicações dos percentuais de alíquotas de ICMS, expondo as diferenças da interna para a interestadual.
Quadro 02: aplicações de alíquotas internas e interestadual.
	Aplicação das Alíquotas
			INTERNA
	a) Quando o remetente ou o prestador e o destinatário de mercadorias, de bens ou de serviços esta localizado neste Estado;
b) Quando há importação do exterior de bens ou mercadorias;
c) Na prestação de serviços de transporte são contratados no exterior com emissão no estrangeiro mais recebidas nos país;
d) Na arrecadação de bens ou mercadorias apreendidas.
			Alíquota
	12% - Prestações e operações fornecimento de refeições;
Veículos automotores novos são sujeitos de substituição quando realizadas pelo regime- jurídico tributário e retenção do imposto.
17% - operações e aplicações internas, regra geral;
21% - operações com refrigerantes;
25% - energia elétrica e álcool combustível;
28% - gasolina;
30% - Produtos supérfluos serviços de comunicação.
	INTERESTADUAL
	Nas operações e prestações interestaduais realizadas pelos contribuintes na região do estado do Pará, com destino para qualquer região do país mercadorias ou serviços a alíquota adotada é de 12%.
	Alíquota
	7% - Regiões norte, Nordeste e centro-oeste e estado do espírito santo;
4% - transporte aéreo; bens e mercadorias importados do exterior
12% - veículos e automóveis.
Fonte: criado pelos autores, a parti de lei Kandir (2017).
Conforme como virmos no quadro, são apresentadas as diferentes alíquotas aplicadas em região interna e interestadual de acordo com a atividade exercida pela empresa. No caso da empresa em estudo, sendo uma Distribuidora de alimentos, ela compra mercadorias na região interna e de regiões interestadual, aplicando assim as respectivas alíquotas no quadro informado.
A seguir informações dos impostos não cumulativos.
2.3.1.7.2. Imposto não cumulativo
Para Como regra geral nesta modalidade compensa- se o valor do imposto devido em cada operação relacionada a circulação de bens e serviços juntamente com o montante cobrado nas fases anterior. Neste caso o princípio da não cumulatividade será caracterizado pela compensação do imposto relativo a fase anterior com o imposto apurado na nova etapa (ANGELIN, 2015).
A apuração da compensação pela qual será realizada a não cumulatividade deverá ocorrer por meio de sistema eletrônico de escrituração, desta forma teremos o imposto relativo à operação que está sendo realizada a qual será representada como um débito e o imposto apurado na operação anterior representará um crédito, desta forma a diferença entre os dois será o valor devido de imposto. Vale ressaltar que a apuração do ICMS poderá ser feita por operação de circulação ou pelo acumulo de operações dentro de um determinado período o qual denomina- se período de apuração (ANGELIM, 2015).
Segue abaixo um exemplo no quadro 03 de como o princípio da não- cumulatividade é realizada em uma venda de mercadoria.
Quadro 03: Exemplo – principio da não cumulatividade em venda de mercadorias
		Exemplo do movimento do princípio da Não-cumulatividade do ICMS
 “A” vende um produto para a “B” por um preço de R$ 100,00. Posteriormente “B” vende o produto para o “C” no valor de R$ 150,00 e depois “C” vende para “D” por R$ 200,00.
	1º venda
	2º venda
	3º venda
	
ICMS=18,00.(alíquota de 18%)
Sem descontos o pagamento de ICMS é de R$ 18,00.
	ICMS = 27,00.(alíquota de 18%)
Para efeito de pagamento do imposto, na segunda venda será compensado o ICMS da 1º venda, logo, 27-18=9. Desse modo R$ 9,00 a ser pago.
	ICMS =36,00.(alíquota de 18%)
Seguindo o mesmo raciocínio da 2º venda, será descontado o ICMS, logo, 36-27=9, sendo assim pagando apenas no final R$ 9,00 de ICMS.
Fonte: criado pelos autores, a partir ANGELIM (2015).
Desse modo, o não cumulatividade é realizado de acordo com a constituição, é feito pela compensação do imposto de acordo com o período anterior com o imposto de referencia no novo período.
Dando sequência nos tributos por fora, tem-se a seguir conceitos do imposto sobre produtos industrializados
2.3.1.8. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS– IPI
Trata- se do imposto federal instituído pela união incidente sobre uma categoria determinada categoria de bens que são os chamados produtos industrializados tanto os nacionais quanto os importados. Sua principal função é extrafiscal, ou seja, trata- se de uma readequação quanto a imposição tributária com o intuito de melhorar a economia (MUNIZ, 2014). 
Barboza (2017) alega que o IPI tem uma mudança de natureza de acordo com o regime de comutatividade e ou não comutatividade, que a empresa opta, podendo ter atividade comercial ou industrial,e não assim pela forma de tributação, Lucro Real, Presumido, Simples Nacional ou Arbitrado. Os tributos PIS e COFINS mudam a natureza com a forma de tributação (Lucro Real ou Lucro Presumido).
Diante desse contexto, há os impostos que geram direito de obter créditos não compra de materiais e ou de mercadorias, o ICMS é um desses impostos, pois as empresas Comerciais e as industriais em sua maioria elas obtém títulos de créditos de ICMS e descontam esses valores na venda e assim repassando para o governo a diferença. Segue o mesmo para o IPI em relação a compras de matérias-primas e insumos. No caso de PIS e COFINS quando a empresa apura pelo regime real pode-se ter créditos nas aquisições de mercadorias e produtos obtidos para a revenda (BARBOZA, 2017).
2.3.1.8.1. Contribuinte, alíquota e a base de cálculo
De acordo com o decreto 7.212/10 caracterizam- se como contribuintes industriais as empresas que comercializam produtos que efetivam a industrialização dentro de estabelecimento próprio ou de terceiros, através de fornecimento de remessa de materiais e insumos necessários para a produção de um produto.
Além das indústrias propriamente ditas são equiparados aos estabelecimentos industriais os importadores de produtos, os atacadistas e varejistas de origem internacional, os atacadistas ou varejistas que receberem diretamente da  alfândega estrangeira a qual realizou o procedimento de entrada ou saída do produto, empresas Filiais atacadistas que comercializem produtos importados ou industrializados por outro estabelecimento da mesma firma; Estabelecimentos comerciais atacadistas de pedras preciosas.
No que diz respeito a alíquota utilizada ela pode variar de produto a produto por diversos fatores, no caso de produtos considerados fundamentais para o crescimento econômico do pais como por exemplo a produção alimentos como açúcar que tem alíquota de 5%.
Com base foi verificados acima, no Brasil a vários impostos sobre cada atividade exercida no país, para cada situação há carga tributaria, e com isso, o planejamento tributário vem para auxiliar as pessoas jurídicas, tanto as que querem ingressar no mercado como as que já estão e quem se manter. Segue abaixo informações a respeito de planejamento tributário, para facilitar o estudo.
2.4. FATURAMENTO - TRIBUTOS INCIDENTES 
Os impostos definidos como incidentes pelo faturamento são, PIS\PASEP e COFINS, ISS e a forma de arrecadação unificada do simples nacional (para empresas de pequeno porte e microempresas, todos são incidentes, pois no momento da ocorrência de entrega de bens ou serviços e são emitidos as notas fiscais os impostos são calculados sobre essa receita (OLIVEIRA, 2009).
Com base a todas as informações quanto aos tributos, os tipos de tributos, um assunto de muita importância para auxiliar no desenvolvimento positivo da empresa e ajudar a se manter no mercado e ingressar no mesmo, seguem abaixo um tópico sobre o planejamento tributário, onde descreve a sua importância nas empresas.
2.5. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Para a tomada de decisões o planejamento tributário utiliza um método para estimar os tributos por meio de informações simples, acessível para os contribuintes ou gestores da área financeira. A simulação é uma simplificação de uma situação obtida através de informações e premissas.
As informações necessárias para os cálculos são estimar informações anuais de receita e de despesas; autenticar as alíquotas básicas dos impostos e validar os cálculos realizados, por fim analisar.
O planejamento tributário é o meio pelo qual a empresa pode se tornar mais competitiva, reduzindo seus custos com encargos de maneira lícita. Sendo este um estudo do complexo sistema tributário e através deste estudo consiga se reduzir ou eliminar ônus tributários ou até mesmo postergar seus pagamentos. Para execução deste processo, visa-se buscar um questionamento legal e eventuais incentivos fiscais, fazendo uso legal de diferentes formas de tributação. Assim busca-se dentro das possibilidades legais, uma maneira de se reduzir ou eliminar, ou até mesmo adiar os ônus tributários, que para as empresas acaba podendo ser um grande diferencial competitivo no mercado (GUIMARÃES, 2014).
Para se apurar os valores dos tributos deve-se possuir dois elementos fundamentais, a base de cálculo e a alíquota. Difini (2006) relata que a base de cálculo faz parte do elemento material da hipótese de incidência, sendo esta um caráter mensurável da hipótese de incidência, uma definição quantitativa, este deve ser algo passível de medida e quantificação. Normalmente na base de cálculo é utilizado um valor, mas pode ser também volume, peso, superfície. Sendo assim, por fim o valor o qual incidirá o percentual do imposto para que se calcule o valor devido. Já a alíquota, para Rodrigues (2011) é um critério legal, geralmente um percentual que incidirá sobre a base de cálculo.
A receita bruta, que é uma informação essencial para se obter a base de cálculo. Eventualmente, inclusive, a própria receita bruta poderá ser a base de cálculo. Segundo o Art. 3º da Instrução Normativa da RFB nº 1515/14, a receita bruta compreende: o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço da prestação de serviços em geral, o resultado auferido nas operações de conta alheia; e as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendida no produto da venda de bens nas operações de conta própria e o preço da prestação de serviços em geral.
De acordo com o contexto, Crepaldi e Crepaldi (2015), corroboram com os autores acima citados, informando que no planejamento tributário, faz-se uma analise cuidadosa da empresa, onde faz enfoque na estrutura da empresa e sua parte organizacional e o mercado onde ela esta inserida, para assim saber quando e como reduzir as cargas de impostos e saber lidar com os eventuais problemas tributários. 
Crepaldi e Crepaldi (2015) relatam que no que se refere a gestão dos tributos, o gestor reconhece que isso faz de algum modo envolver todos os departamentos da empresa, sendo assim o mesmo tem como base pra a gestão os conceitos de contabilidade e judiciários. O trabalho é constante de analise geral de todos os tributos que envolvem a empresa seguindo de vários objetivos na qual um quadro abaixo informar.
Segue a baixo o quadro 04 informando os objetivos na gestão tributaria:
Quadro 04: objetivos do planejamento tributário 
	Gestão Tributaria e seus objetivos
	· Resgatar creditos obtidos para quitar despesas com tributos que já passaram da data de vencimento e daqueles que vão vencer, para assim diminuir o desembolso financeiro de anos anteriores;
· Conduzir todo o processo de apuração dos impostos ate a entrega das obrigações acessórias da empresa;
· Acompanhar as revisão de declaração do IRPJ, DIPJ, Escrita Fiscal, ICMS, IPI, ISS;
· Dar suporte para a classificação dos produtos no fiscal;
· Dar apoio nos movimentos de importação e exportação;
· Fazer gerenciamentos dos impostos incidentes indiretos, tais como, ICMS, IPI e ISS. Faz-se por controles fiscais, identificando os creditos, as obrigações ocultas e fazer análises dos produtos, mercadorias e serviços prestados, durante o processo de apuração;
· Verificar as variações dos regimes cumulativos e não cumulativos de PIS/PASEP e COFINS, para assim ser feito de forma adequada os seus recolhimentos;
· Assinalar possíveis erros cometidos e evitar eventuais situações de contingências na administração e no setor jurídico;
· Fazer a apuração de IRPJ, CSLL pelos regimes tributários de apuração que podem ser lucro real ou presumido e dos tributos PIS/PASEP, COFINS dentro do regime cumulativo e não cumulativo;
· Fazer as verificações dos cumprimentos das obrigações acessórias;
· Dar assessoria para a interpretação adequada das leis;
· Fazer as avaliações de procediementos adotados pela empresa que envolve na apuração de IRPJ e CSLL;
· Fazer analise das receitas e das despesas afim de reduzir a base de calculo para o imposto de renda pessoa jurídica e da contribuição social;
· Incentivara empresa dando auxilio para obterem incentivos fiscais e se enquadrarem no regime especial.
Fonte: crido pelos autores, a partir de CREPALDI E CREPALDI (2015).
O quadro a cima apresentou os objetivos que um gestor tributário tem para com a empresa que trabalha.
A seguir será apresentado em um quadro 05 um resumo acerca dos tipos de regimes tributários disponíveis para os contribuintes brasileiros.
Quadro 05: tipos de Regimes tributários:
	Tipos de Regime
	
Lucro Real
	- lucro líquido do período; 
- impostos federais: PIS, COFINS, IRPJ e CSLL;
-receita total acima de R$48.000.000,00 ou proporcionais inferior a 12 meses;
-receita proveniente de capital externo;
-benefícios fiscais.
	
Lucro Presumido
	- presunção do lucro
- alíquotas variáveis em função da atividade geradora de receita;
- receita bruta total inferior ou igual a 48.000.000,00 ou 4.000.000,00 multiplicada pelo 
número de meses inferior a 12 meses;
Impostos federias: PIS, COFINS, IRPJ e CSLL.
	
Simples Nacional
	-forma simplificada e unificada de pagamento de imposto;
-única base de calculo sobre a receita bruta;
-criado para favorecer microempresas com ate R$360.000,00 como empresa de pequeno 
porte receita bruta anual entre R$ 360.000,01 e R$ 3.600.000,00.
-apuração e arrecadação de oito tributos administrados pela União e cada um com um 
percentual, somados, formam a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo a fim de 
calcular o valor devido.
Fonte: criado pelos autores, a partir de LEITE (2017).
Desse modo, foi apresentado um pequeno resumo dos três tipos de regimes tributários vigentes no país que serão usados como base para fazer à analise da comparação de tributação para uma empresa do ramo distribuidora de alimentícios.
Diante desse contexto, quando uma empresa pratica o planejamento tributário, ela faz a analise dos estoques e assim consegue deduzir os valores de custo corretamente dos produtos, sem que a carga tributaria tenha influencia na administração financeira na escolha de preços dos produtos para a venda. Sendo assim, a elisão fiscal não deve ser confundida com a evasão fiscal, pois uma trata-se do planejamento tributário, seguindo com as leis tributarias e a outra sonegação fiscal, processos ilícitos, respectivamente, sendo assim o planejamento de acordo com a lei pode diminuir ou evitar o fato gerador para a tributação (BARBOZA, 2017).
A seguir serão abordados os tipos de regime de tributação de forma mais detalhada, assinalando os seus respectivos tipos de impostos a recolher pelas empresas. 
2.6. TIPOS DE TRIBUTAÇÃO
Existem quatro tipos de regimes tributários disponíveis no complexo sistema tributário vigente no país, entre eles estão o lucro real, lucro presumido, simples nacional e lucro Arbitrado, sendo o ultimo não entra como objeto de estudo, em virtude da forma de sua aplicação ás empresas.
Desse modo, seguimos a baixo com o Lucro Real e suas informações detalhadas, posteriormente o Lucro presumido, em seguida o Simples Nacional e por fim o Lucro Arbitrado.
2.6.1. Lucro Real
Parte- se do princípio que o Lucro Real nada mais é que o lucro líquido apurado na escrituração contábil, tendo por base as normas e a legislação vigente no Brasil, considerando-se as exclusões, adições e compensações que são autorizadas pelo CTN.
Para a apuração da base de calculo do Lucro Real, parte-se do resultado elaborado pela contabilidade, de acordo com as regras e normas estabelecidas para a contabilidade, desse modo o resultado lucro ou prejuízo terá que passar por modificações de adições e exclusões de acordo com a legislação fiscal (ALVES, 2017).
Oliveira (2009) expõe que em conformidade com a lei em vigor, o lucro real é um seguimento contábil liquido dos trimestres durante o ano- calendário que antecede o imposto de renda pessoa jurídica e a contribuição social, escriturado em livro exclusivo conhecida como LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real), acertada com as adições, exclusões e compensações ditada pela legislação, a parti desses acertos tem-se como sustentação para os cálculos de imposto de renda pessoa jurídica. E informa que no art. 246 estão as informações de definição das pessoas jurídicas obrigadas a apurarem o imposto de renda pelo lucro real.
Segue a baixo as informações sobre o livro único de apuração, exclusivo do lucro real.
2.5.1.1. Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR
O Livro de apuração do lucro Real ou também como conhecida por LALUR é um documento obrigatório de escrituração decretado pela lei nº 1.598/77, prevista no §2º., do art. 177 da Lei nº. 6.404/76, criado para anotar informações contábeis de apuração do lucro real com incidência de tributação de imposto de renda em todas as apurações e contendo informações quem poderão influenciar em outros períodos (BARBOZA, 2017).
O objetivo principal de escrituração do livro é encontrar o lucro real, pois a pessoa jurídica pode ter colocado informações não aceitáveis pelo fisco, tanto de receitas como despesas. A escrituração são ajustes que equivalem em assinalar as adições no qual faz aumentar o lucro contábil que conseguintemente faz aumentar o tributo e as exclusões onde faz diminuir o lucro e por consequência o tributo diminui. Sendo assim no final do período a empresa deve emitir os documentos de demonstração contábil, onde apresentara um lucro contábil, o mesmo não deve ser usado para ser base de calculo de IRPJ e CSLL, pois devera ser feito os devidos ajustes, tirando e colocando informações indevidas (BARBOZA, 2017).
E importante ressaltar que na contabilidade devem-se seguir a normas de apuração contábil, os CPCs e a lei nº 6404/14, pois na contabilidade devem-se registrar todos os acontecimentos ocorridos na empresa durante o período de exercício, obtendo assim algumas informações que para o fisco não é adequada, desse modo, a escrituração é feita na só no LALUR de forma digital, de acordo com a lei 12.973/2014 informando essa obrigatoriedade.
Diante desse contexto, verifica-se que a base de calculo usada para o IRPJ não é a mesma base do produto arrecadado pela empresa. Com isso, verifica-se a importância da contabilidade, do registro dos fatos que ocorreram durante o período de exercício e de apuração da empresa, de acordo com legislação tributaria, desse modo, a legislação comercial e a contabilidade, monitoram e dão orientações para as empresas para que evitem fazer os registros de forma inadequada para assim na comprometer a apuração dos tributos (OLIVEIRA, 2009).
Oliveira (2009), exprime que para o fisco algumas despesas e receitas não devem ser acrescentadas e nem e ou excluídas das demonstrações apuradas pela empresa, o art. 249 do RIR\ 2004 estabelece os rendimentos a serem somados ao lucro liquido do período.
A seguir os conceitos de adições, exclusões e compensações no ajustamento do lucro real.
2.5.1.2. Adições, Exclusões e Compensações
As adições são conceituadas pelo fisco como despesas dispensáveis para a atividade da empresa, sendo assim são adicionas na base de calculo do imposto de renda do lucro real (BONFANTE, 2013).
As exclusões são receitas mensuradas para o lucro liquido consideradas como não tributáveis, desse modo devem ser excluídas da base de calculo do IR (imposto de Renda).
Bonfante (2013) relata que as compensações são descontos de 30% (trinta por cento) no lucro liquido devido a apuração anterior ter sido considerada pelo fisco um prejuízo. A pessoa jurídica tem esse direito de reduzindo 30% do lucro futuros após as adições e reduções.
A baixo segue as informações do obrigatoriedade de algumas empresas que atuam no Brasil a fazerem as apurações pelo regime tributário real, e não pelas outras formas disponíveis a outras empresas.
2.5.1.3. Obrigatoriedade de apuração pelo Lucro Real
Conforme Lei complementar art. 14 da Lei 9.718/98, estão obrigadas ao regime de apuração pelo lucro real as empresas cuja receita total no ano calendário sejam igual ou superior a R$ 78.000.000,00; cujo as atividades estejam relacionadas instituições financeiras; as que tiverem lucro ou rendimento oriundosdo exterior;  as que são devidamente autorizadas pela legislação tributária, a utilizarem créditos e benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; as empresas que no decorrer do ano calendário, tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto; e por ultimo as empresas que possuam atividade seja de “factoring” (IOB, 2016).
Alguns negócios são obrigados a serem enquadradas pelo regime Lucro Real essas empresas são bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, investimento e financiamento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, empresas de arrendamento mercantil ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Na apuração do prejuízo no trimestre anterior será 30% nos trimestres consequentes. O adicional no imposto de renda que exceder 20.000,00 de acordo com a multiplicação dos meses apuração do período soma mais 10% a alíquota de IR. Desse modo no lucro real trimestral o total de isenção é de R$ 60.000,00 no trimestre (HIGUCHI, et. al 2010).
2.5.1.4. Trimestral x Anual
A apuração do lucro real trimestral está relatada no art.1° da lei 9430/96, onde autoriza as pessoas jurídicas que escolheu a apuração por estimativa mensal, podem optar por apurar de forma trimestral, com o período de encerramento no ultimo dia do ultimo mês de cada trimestre do ano- calendário (BONFANTE, 2013).
O contribuinte tem duas escolhas de apurar o Lucro Real como: trimestralmente ou anualmente. O esquema no quadro 06 a seguir mostras as diferenças resumida das duas formas. 
Quadro 06: Lucro Real trimestral x Anual.
	Lucro Real
	Trimestral
	-O Período de Apuração é um trimestre;
-Pagamento Trimestral;
-Compensação sobre lucro do trimestre;
-Prejuízo Fiscal Acumulado nos trimestres anteriores ((-) 30% Lucro do Trimestre Antes compensações)
-Data de vencimento: Um mês após o término do trimestre em quota única. O valor pode ser dividido em 3 parcelas mensais, com acréscimo de Selic + 1%.
	Anual
	-período de apuração: ano calendário;
-apurações parciais mensais;
-Pagamento Adiantamentos Mensais por Estimativa Ou por Balancete de Suspensão / Redução-> pagamento de eventual diferença no ano seguinte.
- ajuste anual: Saldo do Imposto de Renda apurado em 31 de dezembro-> Pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subsequente;
- Pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subsequente.
Fonte: criado pelos autores, 2017.
O quadro apresentou uma particularidade de forma de apuração do lucro real, podendo ser trimestral ou anual. 
Abaixo pode-se ter mais informações detalhadas acerca do assunto.
2.5.1.5. Lucro Real Anual
A apuração do lucro real anual é feita pelo ano – calendário durante seu exercício, mas os pagamentos dos impostos são pagos mensalmente, o IRPJ e CSLL são calculados por pressupostos com base na receita bruta ou por balancetes ou balanços de redução ou suspensão (CREPALDI e CREPALDI, 2015).
Na apuração do IR o valor do lucro apurado deve-se aplicar uma alíquota de 15% (quinze por cento). No lucro real anual ultrapassar o valor de R$ 240.000,00 aplicara a taxa de excedente de 10%, por fim a soma das duas parcelas será o imposto.
Barboza (2017) informa que o esquema de cálculo do imposto de renda é apropriado para pessoas jurídicas de faturamentos estacionais, onde pode escolher o recolhimento mensal por estimativa, assim sendo capaz de gerar balancetes e ou balanços mensais, o imposto devido é inferior ao imposto pago no ano desse modo pode-se suspender ou diminuir o pagamento dos tributos no período de exercício atual. Com isso, no planejamento tributário se a empresa utilizar essa pratica, ela estará dentro das conformidades da lei, desse modo tendo uma visão se caso a empresa apresentar um prejuízo como, por exemplo, ela não precisara recolher as parcelas por mês dos impostos. Outra vantagem de optar pela estimativa mensal, é retirar a remuneração dos sócios sem tributação de IR sobre, já que essa tributação é paga no final da apuração do resultado.
Oliveira (2009), informa que o optante pela forma de tributação anual não poderá trocar de forma de tributação como por exemplo, trocar para o lucro presumido, deverá fazer pagamentos mensais da parcela do imposto por antecipação, no mês de doze ser por estimativa, tais parcelas com data de vencimento para o próximo mês da apuração.
Explica também que, quando a soma dos pagamentos por estimativa durante o ano-calendário se der positivo, paga-se quota única ate no ultimo dia útil de março do ano seguinte com soma de juros (taxa selic) que foi aglomerada mensalmente ( primeiro de fevereiro ao ultimo dia do mês anterior a pagamento, alíquota de 1,0%( um por cento) no mês que pagar. Caso dê negativo será feito uma compensação do imposto, somado ao saldo uma taxa de 1,0% no mês da compensação ou inscrição (OLIVEIRA, 2009).
2.5.1.6. Cálculo sobre Receita Bruta
São aplicados percentuais sobre a soma de resultados faturados no mês, ganhos de capital e outras receitas, de acordo com a atividade das empresas o percentual aplicado varia descrito assim no art. 15 da Lei nº 9.249/1995. 
Em seguida apresenta-se um quadro 07 dos percentuais aplicados sobre a receita bruta mensal:
Quadro 07: Percentuais sobre Receita Bruta mensal
	Aplicações
	Percentuais	
	Revenda, consumos, combustível derivado do petróleo, álcool etílico, gás natural;
	
1,6%
	Venda de mercadorias e produtos de fabricação própria, mercadorias pra revenda, industrialização com matérias fornecidos por quem encomendou, atividade rural, serviços de transporte de cargas, serviços hospitalares, atividades de loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis adquiridos oi construídos pra revenda, atividades na caracterizadas como prestação de serviços;
	
8%
	Serviços de transporte, exceto de cargas;
	16%
	Prestação de serviços em geral, por civis regulamentados; Intermediação de negócios; Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; construção por administração ou por empreitada, unicamente de mão-de-obra; prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de credito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas de mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
	
32%
Fonte: criado pelos autores, a partir de CREPALDI (2015).
Foi abordado acima um quadro informando a taxa de alíquota para ser aplicada sobre o valor da mercadoria ou serviço, de acordo com a atividade da empresa. Posteriormente será retratada o Lucro Real Trimestral.
2.5.1.7. Lucro Real Trimestral
A opção por este regime de apuração dar- se à no momento do pagamento da primeira quota via DARF, sendo que não é possível fazer a mudança de opção de apuração durante o ano calendário corrente.
Durante o inicio do ano as empresas comercias passam por dificuldades de lucratividade devido o fraco movimento levando a distorções tributarias que devem ser levadas em consideração na hora da escolha do regime, no lucro real trimestral há algumas limitações podendo desse modo acabar pagando a mais o IR e CSLL. Por exemplo, se a empresa tiver um prejuízo fiscal no primeiro trimestre do ano, só poderá se feita a compensação de apenas 30% do lucro nos trimestres consequentes. Dessa forma, a estimativa mensal, pagará menos impostos (ALVES, 2017).
Segue a baixo o quadro 08 mostrando os resumos dos dois tipos de apuração do lucro real.
Quadro 08: exemplo da apuração trimestral e anual.
	Exemplo:
	Lucro Real Trimestral
	1º trimestre
	Prejuízo fiscal de R$ 500.000,00.
	2º trimestre
	Lucro Real de R$ 100.000,00
Prejuízo Compensável30% x 100.000,00= 30.000,00
Lucro Real após a compensação de prejuízo do 1º trimestre = 70.000,00
IRPJ-> 70.000,00 x 15% = 10.500,00 adicional de IRPJ 70.000,00 – 60.000,00 =10.000.00X 10% = 1.000,00 IRPJ + Adicional = 10.500,00 + 1.000,00 = 11.500,00
CSLL-> 70.000,00 x 9% = 6.300,00
	Carga Tributária Total (IRPJ + CSLL) = 11.500,00 + 6.300 = 17.800
	Lucro Real Anual (com balancete de suspensão mensal)
	Se a empresa optasse pelo Lucro Real Anual, poderia levantar balancetes mensais, suspendendo o IRPJ e a CSLL.
O prejuízo em 30.03.20x1 = 500.000,00
(1º mês = 30.000,00; 2ª mês = 30.000,00 e 3º mês = 40.000,00) 100.00,00.
(de 4º mês =100.000 5º mês = 200.000,00 e 6º mês = 100.000,00) = 400.000,00 de prejuízo
	Tributária Total = ZERO
Fonte: criado pelos autores, a partir de ALVES (2017).
O quadro acima exemplifica as duas formas de apuração dos impostos no regime lucro real, sendo assim pode-se analisar para servir como base de escolha na hora de optar por qual regime de apuração, mesmo não podendo ter uma visão futura dos lucros e prejuízos, o exemplo é importante para que a empresa tenha conhecimentos dos possíveis acontecimentos que ela poderá passar.
Barboza (2017) informa que as empresas que optarem pelo pagamento pela apuração trimestral, a mesma poderá fazer o pagamento em três parcelas nos três meses subsequentes, onde nas ultimas duas parcelas serão acrescentadas juros e correção monetária, de acordo com os termos do regulamento, isso para as empresas que apresentam uma receita contínua. A confirmação pela escolha de regime tributário (real ou presumido) se dá quando a empresa paga o primeiro imposto de renda no ano.
2.5.1.8. IRPJ - Lucro Real
Recolhem o imposto de renda pessoa jurídica empresas com fins lucrativos, empresas individuais. De acordo com o disposto da constituição federal no art. 173 § 1º, são aplicadas para todas as sociedades empresarias, são sujeitas a recolherem os tributos aplicados a elas pessoas jurídicas, durante o período de atividade, sendo assim também para as empresas publicas e de sociedade mista (BARBOZA, 2017).
2.5.1.8.1. Base de Cálculo - IRPJ
Determinado pela lei vigente a base de calculo do imposto de renda na data do fato gerador pelas formas de tributação, lucro real, presumido ou arbitrado com base na etapa de atividade de apuração. Em regra geral, são somados a base todos os ganhos de capital, rendimentos de capital, em decorrência de negócios que seguem as normas de incidências de impostos (BARBOZA, 2017).
O período de apuração do imposto é determinado pelos períodos de apuração no lucro real a empresa pode optar em apurar trimestralmente, encerrando nos ultimo dia de cada mês do trimestre como: 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12 ou pode optar em apurar o imposto anualmente, porem recolher mensalmente os impostos por estimativa, já para as outras formas de tributação (presumido ou arbitrado) apura-se trimestralmente (BARBOZA, 2017).
2.5.1.8.2. Alíquotas - IRPJ
As empresas pagarão o imposto de renda pessoa jurídica com alíquota de 15% (quinze por cento), sobre o lucro arrecadado de acordo com as normas. Aplica-se também para empresas rurais 
Barboza (2017) informa que para empresas optantes pelo lucro real, com base no art. 17 da medida provisória 413\08 a mesma aplicará uma porcentagem de 15% sobre a base de calculo.
2.5.1.8.3. Adicional 
Em casos de adicional no lucro real, se ultrapassar o valor de 20.000,00 reais multiplicados pelo quantidade de meses do exercício da empresa devera aplicar uma porcentagem de 10% (dez por cento) sobre o valor excedente, esta sujeita a aplicar a alíquota em acontecimentos de fusão, cisão ou incorporação, também para empresas de atividade rural, sendo pago o adicional junto com IRPJ (BARBOZA, 2017).
2.5.1.9. CSLL – Lucro Real
A união é órgão competente por esse tributo, foi formada pela lei 7.689\88, tendo como objetivo principal o financiamento da seguridade social através dos lucros obtidos pelas empresas e das companhias por ela equiparadas pela legislação do IR. 
Com a isenção das instituições financeira, aplica-se uma porcentagem de 9% do CSLL após os acertos de adição, exclusões da receita para empresas optantes do lucro real aplicam-se a mesma alíquota para empresas do setor rural, de acordo com as normas previstas (BARBOZA, 2017).
São descontados da receita bruta, impostos não cumulativos como o IPI e o ICMS por substituição, as vendas canceladas, os descontos incondicionais, possíveis outras situações, a receita bruta poderá ser pelo regime de caixa de acordo com a Instrução Normativa 104\98 (BARBOZA, 2017).
2.5.1.9.1. Descontos no CSLL
Uma pensa que esta enquadrada no regime do Lucro real, a mesma apresenta uma vantagem, tal como um obter um desconto no CSLL, da seguinte forma, se a empresa adquirir máquinas, equipamentos, instrumentos novos, que tenha alguma relação com o poder executivo e que foram contraídos entre 01/10/2004 a 31/12/2006 de acordo com o art. 35 da lei 11.196/2005, a empresa pode ter 25% (vinte e cinco por centro) da depreciação desses aparelhos novos, na qual são designados para o ativo imobilizado, para uso nos processos industriais da empresa. o credito poderá ser utilizado quando começa a ser utilizado na operação, a parti desse mês ate o 4 anos do mês mencionado (CREPALDI e CREPALDI, 2015).
Segue a exemplificação a seguir:
	EXEMPLO:
Depreciação de maquinas – valor Contabilizado R$ 2.000,00
Credito da CSLL R$ 2.000,00 x 25% = R$ 500,00
CSLL apurada R$ 3.000,00
CSLL a recolher R$ 3.000,00 – R$ 500,00 = R$ 2.500,00
Há um limite para saber o valor do credito da CSLL, como a empresa apurar um credito da CSLL superior ao saldo a pagar da CSLL, prevalecerá o valor menor.
	EXEMPLO:
Credito da CSLL: R$ 400,00
CSLL apurado no mesmo período do credito da CSLL citada 200,00
Como pode-se verificar no exemplo acima prevalecera o valor menor, nesse caso o credito da CSLL será de R$ 200,00.
	
Como citado a cima a forma de pagamento pode ser pelo regime trimestral ou anual, diante desse contexto, pode-se pagar por estimativa mensal o credito da CSLL, esse valor tem limitações, será de acordo com a apuração do período de encerramento (CREPALDI e CREPALDI, 2015).
Crepaldi e Crepaldi (2015), explica que se as empresas que não seguem a legislação com o valor adequado ou não fazer a compensação na base de calculo negativa de um período antecedente são vetadas em usar o credito da CSLL.
	No caso de reversão do credito a empresa após o termino do beneficio de creditos da CSLL a empresa deverá somar o valor que foi de credito nos anos de do beneficio e do período de apuração da contribuição, adicionar passar a pagar a parcela no valor integral da contribuição social mesmo a empresa ainda tenha apurado o pela base negativa da contribuição social (CREPALDI e CREPALDI, 2015).
Segue abaixo a exemplificação:
EXEMPLO:
· Credito da contribuição social de 2013 a 2017 referente ao equipamento incitada: R$ 30.000,00.
· Quantidade de anos do beneficio: 5 anos ( com vantagem de descontos durante todos os anos ).
· Valor de reversão: R$ 30.000,00/5 = 6.000,00 por ano.
· No caso da apuração da CSLL ser apurada no primeiro período do ano de 2016, apurou a CSLL no valor de R$ 1.000,00.
· Logo a contribuição a pagar será:
R$ 6.000,00 (soma da CSLL no período) + R$ 1.000,00 (CSLL devida de apuração) = R$ 7.000,00.
Pode acontecer de a apuração do CSLL no primeiro período do ano anterior ao termino do beneficio, apure com uma base de calculo negativa da contribuição nesse caso no final será somado R$ 0,00 ( zero reias).
2.5.1.10. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
O PIS/PASEP foi instituído pela Lei Complementar nº 07/1970 é de competência da união, esta fundamentada na constituição Federal art. 195 tendo por finalidade, possibilitar que os trabalhadores tenham participação no desenvolvimento da empresa por meio de benefícios distribuídos entre os empregados.No Lucro Real aplica-se o regime de incidência não cumulativa. Desse modo, se deve aplicar a alíquota de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) sobre o faturamento mensal da pessoa jurídica.
Os valores e gastos pela aquisição de mercadorias,insumos e prestação de serviço geram direitos de créditos de PIS/PASEP. O percentual de créditos também será de 1,65% para o PIS (YOUNG, 2009).
Oliveira (2009), informa baseadas na Constituição Federal no art.195. o programa de integração social e o programa de formação do patrimônio do serviço publico (PIS/Pasep) e a Contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS).
As empresas e por elas equiparadas de acordo IR são as responsáveis pela contribuição do PIS e da COFINS. Existem duas modalidades de apuração dos PIS e COFINS que incide sobre o faturamento das empresas, uma se aplica sobre a receita bruta e a outra são com destinos a empresas com regime do lucro real, dentro da sistemática da não cumulatividade, na qual esta decretada na lei 10.637/02 e 10.833/03 e com as modificações da lei 10.865/04 (OLIVEIRA, 2009). 
Oliveira (2009) também informa que a contribuição dos tributos incidentes sobre o faturamento deve ser feita o recolhimento no documento DART, na qual se centraliza na matriz e deve ser feita ate a primeira quinzena do dia útil do mês seguinte que ocorre o fato gerador.
2.5.1.10.1. Base de Cálculo
Conforme a lei 9.718/98 a base de calculo é a receita bruta da empresa, independente do ramo da empresa e a forma como são classificadas pela contabilidade, cabe dizer que há algumas exclusões e deduções da receita, como:
· Vendas canceladas e descontos concedidos na hora da venda, incondicionais (descontos incondicionais são aqueles aparecem após a emissão de nota fiscal, no caso quando recebe a mercadoria antes em casos de venda a prazo);
· Destaque do IPI nas notas fiscais (NF) de venda cobrança do vendedor de substituição tributário do ICMS;
· Recuperação dos creditos obtidos que não entram como nova receita, pois foram marcados como perdas e reversões de provisões passadas;
· Receitas de participação por método de custeio de aquisição e os resultados de participação em sociedades de ações que são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial;
· Venda d bens do ativo permanente que geram receita;
· Títulos que são repassados que geram receita, na qual são oriundos do Distrito Federal, Municípios, da União, sociedades de economias s e empresas públicas;
· Receitas que são provenientes de mercadorias exportadas para o exterior.
· Pessoas físicas ou jurídicas que prestam serviços no exterior que arrecadam receita, por meio de pagamentos que representa ingressos de divisas;
· Serviços prestados ou venda de mercadorias para embarcações ou aviões trafego internacional para o uso ou consumo, receitas recebidas por moedas conversíveis;
· Transporte internacional de pessoas ou cargas que geram a receita;
· Recebimento de receitas provenientes de manutenção, restauração, construção de embarcações dos estaleiros navais brasileiros que são registrados;
· Receitas com fretes de mercadorias para o exterior, com os devidos registros, dentre outros (OLIVEIRA, 2009).
2.5.1.10.2. Regime não cumulativo- PIS/PASEP
De acordo com a lei 10.637/2002 decreta que acaba com a cumulatividade do PIS/PASEP para aquelas empresas que optam pelo regime de tributação lucro real, nesse caso as empresas passam a entrar no regime da não cumulatividade, aplicando uma alíquota que antes era 0,65% passa a ser 1,65% em cima do faturamento mensal da empresa (OLIVEIRA, 2009).
Desse modo, a empresa poderá ter os descontos de creditos do PIS por meio da aplicação da alíquota acima mencionada (1,65%), sobre os respectivos valores:
Quadro 09: onde se podem obter descontos de PIS/PASEP.
	Descontos de créditos
Sobre valores:
	· nos encargos de depreciação e amortização de edifícios e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando os custos de Mão-de-obra tenha sido paga pela locatária,
· Nos encargos de depreciação de maquinas e equipamentos comprados para serem utilizados na produção de produtos para a venda e a outros bens quer são incorporado no imobilizado da empresa.
· Em despesas financeiras, geradas no mês, provenientes de empréstimos, financiamentos, e de operações em arrendamento mercantil;
· Energia elétrica que foi consumida no mês na empresa;
· Dos bens recebidos de devolução, na qual a receita da venda do produto já tenha sido somado ao faturamento da empresa no mês atual ou anterior de acordo com o disposto na lei (lei nº 10.637/02);
· Bens e serviços adquiridos no mês que foram utilizados como insumos na produção do produto que tem como destino a venda ou para a prestação de serviços, inclusos os combustíveis e lubrificantes;
· Dos alugueis de imóveis, maquinas equipamentos, que são usados no ramo da pessoa jurídica; e 
· De bens adquiridos no mês para a revenda, com exceção de mercadorias e ou produtos adquiridos por uma exigência da empresa vendedora, na qual há uma substituição tributaria, ou com incidência monofásica de PIS.
Fonte: criado pelos autores a partir de OLIVEIRA (2009).
O quadro a cima apresentou em onde as empresas poderão ter o desconto de credito do PIS aplicando a alíquota de 1,65% sobre esses valores faturados nos eventos citados no quadro.
2.5.1.10.3. Não incidência do PIS 
O PIS não incidirá sobre alguns faturamentos adquiridos pelas empresas, nas quais são:
· Empresas que exportam mercadorias para o exterior;
· Prestação de serviços para pessoas físicas ou jurídicas que residem no exterior; e 
· Empresas que vendem para outras empresas comerciais exportadora que tem como especifico a exportação, do produto ou mercadoria.
Desse modo, existem também empresas que estão enquadradas no lucro real, mas que não estão sujeitas ao regime de não comutatividade do PIS e COFINS.
Segue abaixo um quadro 10 informando algumas dessas empresas:
Quadro 10: empresas que não recolhem o PIS e COFINS do lucro real.
	Empresas não aplicada
	· Empresas com receitas adquiridas por venda de veículos usados, recebido por empresas que tenham objetivos sociais, onde são declarados nos atos constitutivos, compra e venda de veículos;
· Receitas de sistemática especial de tributação que são aplicadas ao mercado atacadista de energia elétrica (MAE);
· Receitas oriundas de serviços prestados em telecomunicação;
· Receitas de venda de jornais, empresas jornalísticas, de rádios e sons e imagens;
· Receita oriunda de venda de bens permanentes (a parti de 01/02/2003);
· Receitas oriundas de contratos firmados antes de 31 de outubro de 2003;
· Receitas oriundas de transporte coletivos, rodoviárias, metroviário, ferroviário e hidroviário de passageiros;
· Receita de serviços prestados de hospitais, pronto-socorro, clinica medicas, odontológica, fisioterapia, fonoaudiologia, laboratórios, entre outros relacionados com a saúde da população;
· Receitas oriundas da educação infantil, fundamental, médio e superior;
· Receitas de empresas Call Center, telemarketing, telecobrança, teleatendimento, em geral;
· Receita de obras de construções civis, empreitadas ou subempreitada ate 31 de dezembro de 2006;
· Empresas com receitas de parques temáticos, hotelarias,organizações de feiras de eventos, de acordo com o Ministério da Fazendo e do Turismo;
· Lojas francas referidas no art. 15 do decreto da lei 1.455/76;
· Receitas decorrentes de serviços prestados com aeronaves de uso agrícola registradas; dentre outras.
Fonte: criado pelos autores a parti de OLIVEIRA (2009).
O quadro 14 a cima apresentou informações de empresas que tributam pelo regime Lucro real, mas que não estão na modalidade de apuração do PIS/PASEP e da COFINS, como anteriormente citado.
2.5.1.10.4. Alíquota PIS/PASEP
Para o PIS/PASEP aplica-se uma alíquota de 0,65% para regime de incidência cumulativa exceto lucro real, na qual se aplica uma alíquota de 1,65%. De acordo com a lei 10.637/02 decreta que depende do regime tributário da empresa. As alíquotas são aplicadas sobre a receita bruta e se aplica 1% sobre a folha de pagamento para empresas sem fins lucrativos. 
Se abaixo informações da contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS)
2.5.1.11. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
Instituída pelaLei Complementar (LC) 70/91 de competência da união, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) foi criada com o objetivo de financiar a seguridade social, é devida pelas empresas ou a quem se equiparam, conforme legislação e incide sobre a folha de salário e nos demais rendimentos dos trabalhos pagos ate mesmo a pessoas físicas que prestam serviços sem vinculo empregatício. O recolhimento da COFINS é de atribuição da União e esta informada no art.195 da Constituição Federal (BONFANTE,2013). 
2.5.1.11.1. Alíquota COFINS
No regime de tributação Lucro real o COFINS é aplicado sobre a receita bruta. Sendo assim, Oliveira (2005) cita para os optantes pelo regime não cumulativo calcula-se a alíquota utilizada no COFINS é de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), conforme disposto na lei 10.833/2003. Desse modo a pessoa jurídica poderá utilizar-se de créditos. Na incidência cumulativa a alíquota é de 3%.
Os valores e gastos pela aquisição de mercadorias, insumos e prestação de serviço geram direitos de créditos de COFINS. O percentual de créditos também será de 7,6% para a COFINS (YOUNG, 2009).
2.5.1.11.2. Regime não cumulativo – COFINS
De acordo com a lei 10.833/2003 decreta que acaba com a cumulatividade do COFINS, a parti de 01/02/2004, para aquelas empresas que são optes pelo regime de tributação lucro real, elas passam a tributar o COFINS pelo regime da não cumulatividade, aplicando uma alíquota que antes era 3% passa a ser 7,6% em cima do faturamento mensal da empresa (OLIVEIRA, 2009).
Desse modo, a empresa poderá obter os descontos de creditos do COFINS por meio da aplicação da alíquota acima mencionada (7,6 %), sobre os respectivos valores:
Quadro 11: onde se podem obter descontos de COFINS
	Descontos de créditos
Sobre valores:
	· nos encargos de depreciação e amortização de edifícios e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando os custos de Mão-de-obra tenha sido paga pela locatária,
· Nos encargos de depreciação de maquinas e equipamentos comprados para serem utilizados na produção de produtos para a venda e a outros bens quer são incorporado no imobilizado da empresa.
· Em despesas financeiras, geradas no mês, provenientes de empréstimos, financiamentos, e de operações em arrendamento mercantil;
· Energia elétrica que foi consumida no mês na empresa;
· Dos bens recebidos de devolução, na qual a receita da venda do produto já tenha sido somado ao faturamento da empresa no mês atual ou anterior de acordo com o disposto na lei (lei nº 10.637/02);
· Bens e serviços adquiridos no mês que foram utilizados como insumos na produção do produto que tem como destino a venda ou para a prestação de serviços, inclusos os combustíveis e lubrificantes;
· Dos alugueis de imóveis, maquinas equipamentos, que são usados no ramo da pessoa jurídica; e 
De bens adquiridos no mês para a revenda, com exceção de mercadorias e ou produtos adquiridos por uma exigência da empresa vendedora, na qual há uma substituição tributaria, ou com incidência monofásica de PIS.
Fonte: criado pelos autores a parti de OLIVEIRA (2009).
Desse modo, assim como para o PIS/PASEP as formas de obter os credito é para o COFINS, como é aprestado no quadro acima.
Segue abaixo a não incidência do COFINS não qual também é a mesma para o PIS/PASEP.
2.5.1.11.3. Não incidência do COFINS
O PIS não incidirá sobre alguns faturamentos adquiridos pelas empresas, nas quais são:
· Empresas que exportam mercadorias para o exterior;
· Prestação de serviços para pessoas físicas ou jurídicas que residem no exterior; e 
· Empresas que vendem para outras empresas comerciais exportadoras que tem como especifico a exportação, do produto ou mercadoria.
Desse modo, existem também empresas que estão enquadradas no lucro real, mas que não estão sujeitas ao regime de não comutatividade do PIS e COFINS.
Segue abaixo um quadro 12 informando algumas dessas empresas:
Quadro 12: empresas que não recolhem o PIS e COFINS do lucro real.
	Empresas não aplicada
	· Empresas com receitas adquiridas por venda de veículos usados, recebido por empresas que tenham objetivos sociais, onde são declarados nos atos constitutivos, compra e venda de veículos;
· Receitas de sistemática especial de tributação que são aplicadas ao mercado atacadista de energia elétrica (MAE);
· Receitas oriundas de serviços prestados em telecomunicação;
· Receitas de venda de jornais, empresas jornalísticas, de rádios e sons e imagens;
· Receita oriunda de venda de bens permanentes (a parti de 01/02/2003);
· Receitas oriundas de contratos firmados antes de 31 de outubro de 2003;
· Receitas oriundas de transporte coletivos, rodoviárias, metroviário, ferroviário e hidroviário de passageiros;
· Receita de serviços prestados de hospitais, pronto-socorro, clinica medicas, odontológica, fisioterapia, fonoaudiologia, laboratórios, entre outros relacionados com a saúde da população;
· Receitas oriundas da educação infantil, fundamental, médio e superior;
· Receitas de empresas Call Center, telemarketing, telecobrança, teleatendimento, em geral;
· Receita de obras de construções civis, empreitadas ou subempreitada ate 31 de dezembro de 2006;
· Empresas com receitas de parques temáticos, hotelarias,organizações de feiras de eventos, de acordo com o Ministério da Fazendo e do Turismo;
· Lojas francas referidas no art. 15 do decreto da lei 1.455/76;
· Receitas decorrentes de serviços prestados com aeronaves de uso agrícola registradas; dentre outras.
Fonte: criado pelos autores a parti de OLIVEIRA (2009).
O quadro 14 a cima apresentou informações de empresas que tributam pelo regime Lucro real, mas que não estão na modalidade de apuração do PIS/PASEP e da COFINS, como anteriormente citado.
2.5.1.12. Credito PIS e COFINS – regime não cumulativo
Crepaldi e Crepaldi (2015), relatam que de acordo com as leis 10.637/2002 e lei 10.833/2003, por meio delas foi criado o regime não cumulativo das COFINS e PIS. Quando a empresa faz as apurações dos créditos desses impostos, ela poderá pagar os débitos com tributos com valores anteriores. Os autores afirmam que não são adicionados a base de calculo da receita vendas de bens do ativo circulante, ganhos financeiros oriundos de ajuste a valor presente, receita em decorrência de avaliação ao valor justo.
Segue abaixo um resumo de Lucro Real:
Quando 13: Resumo Lucro Real
	Lucro Real
	· Lucro liquido do período de exercício após ajustes de adição, exclusão e compensação de acordo com as leis vigentes;
· A apuração pode ser trimestral ou anual;
· São obrigadas a aderirem o regime real as empresas que apresentam receita igual ou superior a 78 milhões no período de atividade.
· Impostos: IRRF – é calculado sob o rendimento de comissão ou qualquer receita decorrente de serviços comerciais, prestadores de serviços ou mercantis. Alíquota de 15% sobre a base de cálculo. Fato gerado a parti de pagamentos ou reconhecimentos das despesas. No caso de isenções imunidades e dispensas são estabelecidas por lei para as empresas que estarão devidamente enquadradas nos requisitos para terem esse beneficio (exemplo: igrejas e condomínios); PIS/PASEP – foi criado pela lei complementar nº 7/1970 para incentivar os trabalhadores a se sentirem fazendo parte do desenvolvimento da empresa recebendo benefícios, aplica-se o regime de incidência não cumulativa permitindo o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP 1,65%; COFINS – foi criado para financiar a seguridade social por parte das empresas sobre a folha de salário também com direito a descontos de créditos e com alíquota de 7,6%.
Fonte: criado pelos autores (2017).
2.5.2. Lucro Presumido
O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada, que poderá ser exercida pelas empresas que não estiverem obrigadas a exercer a forma de tributação pelo lucro real (PINTO, 2012).
Para optar pela forma de tributação do lucro Presumido é necessária esta enquadrada nos requisitos estabelecidos pelo art.13 da lei 9.718/98,

Continue navegando