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DIREITO DOS ADVOGADOS

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Aluna: Rafaela Seixas 
Professora: Anna Paula Moreno Reis 
 
DIREITO DOS ADVOGADOS 
 
Temos a lei 13.869/2019, que em seus a artigos 20, 32 e 43 classifica a figuras 
típicas no direito penal. Assim como a Lei nº 13.869/19, na qual tem como o objetivo de 
tutelar a atuação do advogado e suas prerrogativas e, por conseguinte, a defesa de 
direitos fundamentais. 
Impedimento de entrevista pessoal e reservada do preso com advogado, no artigo 
20 Lei 13.869/2019, o tipo consiste em impedir, ou seja, interromper, obstaculizar, 
obstruir, perturbar. Pode ser praticado por qualquer agente público, como por exemplo 
o diretor do presídio. O elemento normativo “sem justa causa” torna a conduta atípica 
quando houver justificativa legal para a restrição. Em seu parágrafo único pune a 
conduta daquele que impedir o defensor, por um período razoável, de reservadamente 
conversar com o acusado, investigado, indiciado ou preso antes do seu interrogatório. A 
captação ambiental e/ou gravação da conversa também configura a conduta típica. 
 
Negativa de acesso aos autos da investigação preliminar 
o art. 32 da Lei 13.869/2019, o sujeito ativo pode ser qualquer uma das autoridades que 
presidam esses procedimentos investigatórios (autoridade policial; membro do 
Ministério Público; magistrados, autoridade militar etc.), bem como eventuais 
serventuários e demais agentes públicos, como escrivão de polícia, que tiverem o 
controle dos autos no âmbito administrativo. Além da conduta de negar acesso aos autos 
da investigação preliminar, o tipo penal pune a conduta de impedir a obtenção de cópias 
ou fotocópias, por exemplo fornecendo autos incompletos, de modo a obstaculizar o 
direito de defesa (vide art. 7º §12 do Estatuto da OAB). 
 
Violação de prerrogativas, o art. 43 13.869/2019 incluiu o art. 7º-B na Lei nº 8.906/94, 
alcança a violação da inviolabilidade do escritório, instrumentos de trabalho, 
correspondências relativas ao exercício da advocacia, comunicação com seu cliente 
reservadamente, mesmo sem procuração, a presença de representante da OAB, quando 
preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, e de não ser recolhido 
preso, antes do trânsito em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e 
comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar. 
Temos também os direito e garantias do advogado, previsto na Lei n.º 13.363 de 
2016, para estipular direitos e garantias para a advogada gestante, lactante, adotante ou 
que der à luz e para o advogado que se tornar pai. 
I - gestante: a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e 
aparelhos de raios X; b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; 
 
É relevante salientar, entretanto, que medidas como a submissão a detectores de 
metais destinam-se a preservar a segurança coletiva, no caso, em fóruns e tribunais. O 
mais adequado, assim, seria a aplicação dos avanços tecnológicos a respeito, 
autorizando somente a utilização de equipamentos que não acarretem riscos à pessoa, 
notadamente quanto à saúde da gestante e do nascituro. 
 
II - lactante, adotante ou que der à luz: acesso a creche, onde houver, ou a local 
adequado ao atendimento das necessidades do bebê; 
 
Quanto a esse aspecto, como a redação é abrangente, o dispositivo não 
especifica os destinatários do dever estabelecido, pois não restringe a sua incidência 
apenas aos fóruns dos tribunais, diversamente do inciso I anteriormente indicado. 
Assim, a repartição que receber advogadas nas referidas condições deve permitir 
o acesso a creches ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê, 
tomando providências nesse sentido, o que nem sempre pode ser tão simples. 
 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz: preferência na ordem das 
sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante 
comprovação de sua condição; 
 
O dispositivo não exige que essa preferência seja requerida com antecedência 
pela advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, o que, apesar de positivo, 
pois facilita o exercício desse direito, pode gerar certa dificuldade na gestão, 
principalmente, das pautas de audiências. 
 
IV - adotante ou que der à luz: suspensão de prazos processuais quando for a única 
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
 
Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto 
perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. 
Os direitos assegurados nos incisos II e III do art. 7ºA da Lei 8.906/1994 
à advogada adotante ou que der à luz são concedidos pelo prazo previsto no art. 392 da 
CLT, ou seja, de 120 dias. 
Não se vislumbra pertinência lógica a respeito desse reduzido prazo de 120 dias, 
uma vez que os direitos em questão não apresentam qualquer ligação com o direito à 
licença-maternidade, o qual tem natureza trabalhista. 
Durante a licença-maternidade não há prestação de serviço, ficando o contrato 
de trabalho interrompido, embora haja o recebimento do salário-maternidade, de 
natureza previdenciária, situação que, naturalmente, também deve ser observada em se 
tratando de advogada empregada. 
Vale ressaltar que os direitos e garantias estabelecidos pela Lei 13.363/2016, por 
serem relativos ao exercício profissional, são assegurados à advogada (gestante, 
lactante, adotante ou que der à luz) e ao advogado (que se torna pai) em sentido 
amplo, e não apenas à advogada e ao advogado que sejam empregados. 
Desse modo, não basta a mera previsão abstrata dos direitos e garantias 
estudados.

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