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Clostridium tetani - Bacilos Gram Positivos

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Bacilos Gram-Positivos
Clostridium tetani
Clostridium 
• INTRODUÇÃO
• Existem quatro espécies de importância médica:
• Clostridium tetani
• Clostridium botulinum
• Clostridium perfringens
• Clostridium difficile
• Todos são formadores de esporos
Clostridium tetani
• Características Gerais
• Bacilo anaeróbio estrito
• Gram-positivo
• Esporulado
• Produtor de toxinas
• Não fermentador de carboidratos
• Encontrados no solo, poeira e fezes de humanos e animais
• Microbiota exógena
• Durante seu crescimento, os bacilos possuem flagelos abundantes com
movimentos lentos;
• Na forma vegetativa se apresenta como um bacilo de extremidades
arredondadas (formato de raquete).
Clostridium tetani
• Doença
• Tétano - doença infecciosa não-contagiosa;
• Sinais Clínicos: intensas contrações musculares (paralisia espástica)
• Causa: Toxina tetânica (tetanospasmina) produzida por células vegetativas (C.
tetani) no local do ferimento (porta de entrada).
• Transmissão:
• A porta de entrada geralmente é um sítio de ferimento, por exemplo, o local
onde um prego ou outro material perfurocortante penetra no tecido (ex. pé);
• Compartilhamento de agulhas por dependentes químicos a fim de injetar
droga na pele.
Clostridium tetani
• Caracterização clínica do tétano:
• TÉTANO LOCALIZADO: o início dos sintomas ocorre com
mialgia por contrações involuntárias dos grupos
musculares próximos ao ferimento, podendo ficar restrito
a um determinado membro.
• TÉTANO CEFÁLICO: ocorre devido a ferimentos em couro
cabeludo, face, cavidade oral e orelha, levando a paralisia
facial ipsilateral à lesão, trismo, disfagia e
comprometimento dos pares cranianos:
• Nervo oculomotor (NC III) – Motor
• Nervo troclear (NC IV) – Motor
• Nervo glossofaríngeo (NC IX) – Misto
• Nervo vago (NC X) – Misto
• Nervo hipoglosso (NC XII) – Motor
Clostridium tetani
• Diagnóstico Clínico:
• TÉTANO GENERALIZADO: caracterizado pelo trismo (limitação
de abertura bucal), devido à contração dos masseteres e músculos
da mímica facial, ocasionando o riso sardônico.
• Outros grupos musculares são acometidos, como os retos
abdominais e a musculatura paravertebral, podendo ocasionar
opistótono (característico das crianças);
• Com a evolução da doença, os demais músculos do organismo são
acometidos progressivamente.
• Febre, quando presente, indica mau prognóstico ou infecção
secundária.
• Manifestações de hiperatividade simpática: taquicardia, hipertensão
arterial lábil, sudorese profusa, vasoconstrição periférica, arritmias
cardíacas e até hipotensão arterial.
Riso sardônico
Opistótono
Clostridium tetani
• Diagnóstico clínico:
• TÉTANO NEONATAL: é causado pela aplicação de
substâncias contaminadas na ferida do coto umbilical.
• O período de incubação é de aproximadamente sete dias e
tem como característica principal o opistótono.
• No início, a criança pode apresentar apenas dificuldade
para se alimentar.
• Geralmente ocorre em filhos de mães não-vacinadas ou
inadequadamente vacinadas no pré-natal.
• É importante o diagnóstico diferencial com meningite e
sepse do período neonatal, já que os quadros infecciosos
graves neste período podem cursar com opistótono.
TÉTANO NEONATAL
Esta toxina, no SNC, inibe a liberação da glicina e ácido gama-aminobutírico (neurotransmissor GABA) que é
responsável pela inibição da neurotransmissão, fazendo com que exista uma constante ação da acetilcolina,
causando uma contração espástica dos músculos extensores e flexores simultaneamente.
• A toxina (polipeptídica) é liberada no
ferimento.
• É transportada intra-axonalmente
(via retrógrada) ao sistema nervoso
central.
• Se liga a receptores de gangliosídeos,
bloqueando a liberação de
mediadores inibitórios (p. ex., glicina
e GABA) nas sinapses espinais.
Patogênese 
Clostridium tetani
• Diagnóstico laboratorial
• Não há diagnóstico microbiológico nem sorológico.
• Os organismos raramente são isolados a partir do sítio do ferimento.
• Tratamento
• Imunoglobulina antitetânica é utilizada para neutralizar a toxina.
• Na dosagem de 20.000 UI IV (independente do peso do paciente ou da gravidade do caso).
• O papel dos antibióticos é incerto: quando utilizados, metronidazol ou a penicilina G
• Benzodiazepinas, p. ex., diazepam, devem ser administradas para prevenir os espasmos.
• No caso de tétano neonatal, o curativo do coto umbilical deve ser feito com água oxigenada
ou permanganato de potássio.
• Tratamento da hiperatividade simpática: utilizam-se beta-bloqueadores, como o propranolol
ou atenolol, nas taquicardias acima de 140 bpm.
• Suporte respiratório deve ser fornecido – quando necessário.
Clostridium tetani
• Prevenção
• O tétano é prevenido pela imunização (vacina DTP – difteria, tétano e
coqueluche) com o toxoide tetânico (toxina tratada com formaldeído) na
infância e, em seguida, a cada 10 anos;
• Quando ocorre um trauma, o ferimento deve ser limpo e debridado, e um
reforço do toxoide tetânico deve ser administrado;
• Quando o ferimento encontra-se altamente contaminado, a imunoglobulina
tetânica (soro), bem como o reforço de toxoide (vacina) devem ser
administrados (imunidade passiva-ativa), assim como penicilina;
• A imunoglobulina tetânica (antitoxina tetânica) é produzida em humanos a
fim de evitar as reações de doença do soro que ocorrem quando se utiliza a
antitoxina produzida em cavalos.
FIM

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