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Gabriela Vieira RELEMBRANDO • Estomago: Organização estrutural • A cárdia é revestida por células mucosas que secretam mucina que formam as glândulas superficiais. • As glândulas antrais são semelhantes, mas também contem cels. Endócrinas, como células G, que liberam gastrina para estimular a secreção de acido luminal pelas células parietais dentro do fundo gástrico e do corpo. • As glândulas bem desenvolvidas do corpo e fundo também contem células principais que produzem e secretam enzimas digestivas como a pepsina. • Glândulas gástricas: - Células mucosas: secretam muco e HCO3- - Células oxínticas ou parietais: secretam HCl e fator intrínseco - Células principais ou zimogênicas: secretam pepsinogenio I e II - Células enteroendócrinas (G): secretam gastrina e grelina. Gabriela Vieira • Mecanismo de secreção de HCl • Mecanismo de proteção da mucosa gástrica: GASTRITES • A Gastrite aguda ou crônica pode ocorrer após a ruptura de qualquer um desses mecanismos de proteção (camada de muco que mantem o epitélio “impermeável”, pH neutro por causa da secreção de íon carbonato, rico suprimento vascular para a mucosa gástrica, etc) • Modificações da mucosa gástrica: - Erosão: defeito superficial em mucosa, restrito a mucosa. - Úlcera: Defeito profundo em mucosa, se estende até a muscular da mucosa, submucosa ou mais profunda Gabriela Vieira GASTRITE AGUDA • Etiologias possíveis: AINEs (anti-inflamatorios não esteroidais), álcool, agentes quimioterápicos, irradiação, remia, infecções sistêmicas, choque, trauma mecânico. - AINEs: Podem interferir na citoproteção normalmente fornecida por prostaglandinas ou reduzir a secreção de bicarbonato, sendo que ambos aumentam a suscetibilidade da mucosa gástrica á gastrite. - Substancias químicas hostis (tentativa de suicídio): Lesão gástrica grave predominantemente como consequência de danos diretos ás células epiteliais e estromais da mucosa. - Álcool: Lesão celular direta. • Geralmente transitória (processo inflamatório transitório da mucosa), pode ser assintomático ou provocar graus variáveis de dor epigástrica, náuseas e vômitos. • Em casos mais graves: erosão da mucosa, ulceração, hemorragia, hematêmese, melena ou, raramente, perda maciça de sangue. • Ela pode ser mais difícil de reconhecer, pois a lâmina própria exibe apenas edema modelado e congestão vascular discreta. • O epitélio da superfície está íntegro, mas pode ter presença de neutrófilos dispersos. • Neutrófilo em contato direto com as cels. Epiteliais é anormal, significa inflamação ativa. • Formação de erosão ou perda de epitélio superficial, levando a formação de infiltrados neutrofílicos nas mucosas e exsudatos purulentos. • Presença concomitante de erosão e hemorragia é denominada Gastrite hemorrágica erosiva aguda. Gabriela Vieira GASTRITE CRONICA • Etiologias possíveis: infecção pelo H. pylori, autoimunidade, pós-gastrectomias (gastrenterostomias com refluxo de secreções biliares e duodenais), disfunções motoras e mecânicas (obstrução e/ou atonia gástrica), irradiação, doenças granulomatosas... • Os sinais e sintomas são menos graves porem mais persistentes do que da gastrite aguda. • Alteração inflamatória crônica da mucosa gástrica (alterações regenerativas, atrofia, metaplasia intestinal, com ou sem displasia). • Gastrite crônica por H. Pylori o 90% dos pacientes com gastrite crônica tem H. pylori que afeta o antro. o O aumento da secreção ácida que ocorre na gastrite por H. pylori pode resultar em doença de ulcera péptica do estomago ou duodeno; o A infecção pelo H. pylori também confere risco aumentado de câncer gástrico. o Alta produção de ácido. o Características ligadas a virulência de H. pylori: - Flagelos (bactérias moveis no muco viscoso), uréase (devido a geração de amônia, o pH gástrico local em torno do microrganismo e o protege no pH do estomago), adesina (aumento da aderência) e toxinas (podem estar envolvidas do desenvolvimento de ulcera ou câncer) o Morfologia: - O organismo é concentrado no muco superficial que cobre o epitélio da superfície e do colo das criptas. - A reação inflamatória inclui um numero variável de neutrófilos na LP, alguns atravessas a membrana basal e assumem uma localização intraepitelial. - Os infiltrados inflamatórios podem criar espessamento das pregas da mucosa, simulando lesões infiltrativas. o Tratamento eficaz inclui combinações de antibióticos e inibidores de bomba de prótons. • Gastrite crônica: alterações regenerativas Gabriela Vieira • Gastrite crônica: atrofia glandular • Gastrite crônica: metaplasia intestinal Gastrite autoimune o A causa mais comum de gastrite atrófica. o Representa menos de 10% dos casos de gastrite crônica. o Restrita ao corpo e fundo o Hipergastrinemia o Hiperplasia das células endócrinas antrais. o Vitamina B12 deficiente. o Anticorpos contra as células parietais. o Associada com outras doenças autoimunes. o Redução dos níveis séricos de pepsinogenio I o Risco aumentado de adenocarcinoma e tumor neuroendócrino gástrico tipo I. o Ela está associada a perda de células parietais, que secretam ácido e fator intrínseco. • Morfologia: - Danos difusos da mucosa oxíntica (produtora de ácido) dentro do corpo e fundo. - Com atrofia difusa, mucosa adelgaçada e perda das pregas rugais. - Pode ter neutrófilos, mas o infiltrado inflamatório é mais comumente composto de linfócitos, macrófagos e células plasmáticas. - Pode ter extensa perda de células parietais e células principais e podendo haver desenvolvimento de metaplasia intestinal. Gabriela Vieira • Hiperplasia de células G (imuno-histoquímica cromogranina) - A produção deficiente de acido estimula a liberação de gastrina, resultando em hipergastrinemia e hiperplasia de células G produtores de gastrina antral. CARACTERISTICAS DE GASTRITE ASSOCIADA A H PYLORI E AUTOIMUNE DOENCA ULCEROSA peptica • Ulceração crônica da mucosa • H. pylori, AINEs, stress, cigarro, álcool, DPOC, drogas, hiperplasia de células endócrinas. • Pode ocorrer em qualquer parte do TGI exposto a sucos gástricos ácidos, mas é mais comum no antro gástrico e primeira porção do duodeno. • Os desequilíbrios de defesas das mucosas e as forças prejudiciais que causam gastrite crônica também são responsáveis pela DUP. • Queimação epigástrica ou dor forte, anemia por deficiência de ferro, hemorragia ou perfuração, anorexia ou perda de peso. • Apesar de mais de 70% dos casos de DUP estarem associados a H. pylori, apenas 5-10% das pessoas infectadas por H. pylori desenvolvem ulceras. • A hiperacidez gástrica é fundamental para a patogenia da doença ulcerosa péptica. A acidez que impulsiona a DUP pode ser causada por infecção por H. pylori, hiperplasia de células parietais, respostas secretórias excessivas ou inibição prejudicada de mecanismos estimuladores, como liberação de gastrina. • Síndrome de Zollinger-Ellison: caracterizada por ulcerações pépticas múltiplas no estomago, duodeno e ate mesmo jejuno, é causada pela liberação descontrolada de gastrina por um tumor e a resultante produção maciça de acido. • Tabagismo: prejudica o fluxo sanguíneo da mucosa e a cicatrização; • Altas doses de corticosteroides, suprimem a síntese de prostaglandinas e prejudicam a cicatrização. • DUP são mais frequentes em pessoas com cirrose alcoólica, DPOC, insuficiência renal crônica e hiperparatireoidismo. • Hipercalcemia estimula a produção de gastrina e, por conseguinte aumenta a secreção de acido. Gabriela Vieira • O estresse psicológico pode aumentar a produção de acido gástrico exacerbar a DUP. • MORFOLOGIA: - As ulceras gástricas são quatro vezes mais comunsno duodeno proximal do que no estômago. - Na região gástrica são predominantemente localizadas próximas da interface do corpo e do antro. - As ulceras são solitárias em mais de 80% dos pacientes, - A ulcera peptica clássica é um defeito definidamente em saca-bocadom redonda oval. A base das ulceras pépticas é lisa como resultado da digestão peptica do exsudato, e ao exame histológico é composta de tecido de granulação ricamente vascularizado. O sangramento continuo dentro da base da ulcera pode causar hemorragia ameaçadora a vida A perfuração é uma complicação que requer intervenção cirúrgica de emergência. • Características clinicas: - As ulceras pépticas são lesões crônicas, recorrentes, que ocorrem mais frequentemente em adultos de meia- idade, sem condições precipitantes evidentes, diferente da gastrite crônica. Gabriela Vieira POLIPOS E ADENOMA GASTRICO POLIPOS • Inflamatórios, hiperplásicos ou neoplásicos. • Associados á gastrites, refluxo. • Polipos, nódulos ou massas que se projetam acima do nível da mucosa circundante, são identificados em até 5% das endoscopias do TGI Superior. • Polipos inflamatórios e hiperplásicos: - Aproximadamente 75% dos pólipos gástricos - Acometem pessoas entre 50-60 anos geralmente proveniente de gastrite crônica que inicia a lesão e a hiperplasia reativa que causa o crescimento do pólipo. - Se associados a gastrite por H. pylori, os pólipos podem regredir após erradicação da bactéria. • Polipos de glândulas fúndicas: - Ocorrem esporadicamente e em pessoas com pólipo de adenomatosa familiar (PAF), mas não tem potencial neoplásico. - Uso de inibidores de prótons. - Resulta provavelmente da secreção aumentada de gastrina e em resposta a acidez reduzida e hiperplasia glandular impulsionada pela gastrina. - Podem ser assintomáticos ou associados a náuseas, vômitos ou dor epigástrica. - Ocorrem no corpo gástrico e fundo, são múltiplos e compostos por glândulas irregulares, cisticamente dilatadas, revestidas por células parietais planas e principais. Gabriela Vieira ADENOMA GASTRICO • 10% de todos os pólipos • Geralmente entre 50-60 anos de idade e homem trem 3x mais frequente que mulher. • Associados a PAF e à gastrite crônica com atrofia e metaplhasia intestinal • Quanto maior o tamanho, maior o risco de adenocarcinoma • Anto • São compostos de epitélio colunar do tipo intestinal. • Displasia epitelial, que pode ser classificada como de baixo ou alto grau (ambos o graus podem incluir alargamento, alongamento e hipercromasia de núcleos de células epiteliais, aglomeração epitelial e pseudoentratificação). REFERENCIA Robbins. Patologia Básica, Capítulo 14, Cavidade oral, pagina 564, Vinay Kumar, Abul K. Abbas, Jon C. Aster and James A. Perkins,https://www.evolution.com.br/epubre ader/9788535268409
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