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NEOPLASIAS DO ESTÔMAGO

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FISIOPATOLOGIA 2 
NEOPLASIAS DO ESTÔMAGO 
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Definições 
➔ 4 regiões básicas 
➔ junção gastroesofágica: cardia 
● tumores que acometem o esofago 
● metaplasia que caminha para displasia, caso o processo lesivo seja contínuo 
● adenocarcinoma é o mais comum 
➢ se nao tiver sua estrutura definida, podem haver células isoladas 
produtoras de mucina 
➔ as células oxínticas produtoras de muco estão mais presentes no fundo gástrico 
➔ 
➔ as neoplasias de estômago tem prevalência muito alto, havendo redução devido a 
tratamentos que impedem a evolução maligna 
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Adenocarcinomas (90-95%) 
➔ células mais prevalentes do tecido gástrico serão afetadas 
➔ os sintomas e sinais clínicos irão depender do tipo celular afetado 
➔ estreitamento de interação com resposta ao agente etiológico 
➔ fatores que influenciam: ambientais são importantes para se transformarem a 
agentes mutagênicos das células gástricas, levando a neoplasia e também ao 
aumento do risco de infecções 
● H. pylori - fator de virulência: CagA - vacA s1/i1 (cepa relacionada à indução 
de proliferação na célula do hospedeiro - dano ao DNA) 
● fator genético: polimorfismo em citocinas e receptores de citocinas IL-1B, 
TNF-alfa, IL-10, IL-8 e TLR-4 - APC (polipose adenomatosa coli) - E. 
caderina, causando inflamação, desenvolvimento de pólipos, metástase 
alterada 
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● fator ambiental: dieta rica em sal e baixa em vitamina, cigarro, carcinógenos 
n-nitrosos, obesidade, nitratos, causando a formação de amônia e radicais 
livres 
➔ patogênese: a junção de todos os fatores influenciadores causam modificações e 
formação de adenocarcinoma 
● gastrite: acontecerá com o aumento de radicais livres, moléculas 
inflamatórias e fatores de necrose tumoral (TNF-alfa, IL-6, IL-10) 
● metaplasia: acontecerá com aumento da expressão de moléculas 
supressoras devido a mutação estimulada, além de uma instabilidade 
genética grande 
● displasia: acontecerá devido a mutações acumuladas nos oncogenes, 
supressores de tumor e reguladores da apoptose 
● adenocarcinoma: acontecerá devido a continuidade do estímulo que 
provocou as alterações de adaptação celular e mutações nos genes citados 
na displasia, além da estimulação de genes de fator de crescimento e 
proliferação celular 
● 
 
➔ classificação morfológica de Laurén: pode haver formação de carcinoma intestinal 
após a displasia e carcinoma tipo difuso, causado pelos fatores genéticos 
● carcinoma intestinal: incidência variável associada a fatores ambientais e 
predisposição familiar, infecção pelo H. pylori, nitritos derivados de nitratos 
(conservas), alimentos salgados ou defumados, tabaco, adenomatose 
poliposa familiar - mutação do gene wnt/beta-catenina e alterações em outros 
genes (BAX,betaRII, p16/INK4a etc), formação de estruturas glandulares 
multicelulares 
FISIOPATOLOGIA 2 
● tipo difuso: incidência similar em várias regiões, patogênese pouco 
conhecida (mutação no gene CDH1 codificador da E-caderina (responsável 
por unir as células, causa metástase)), CDH1 multados em 50% dos casos 
esporádicos, expressão de E-caderina reduzida por alterações epigenéticas, 
formação de estrutura glandular unicelular (células em anel) 
● 
● 
● 
FISIOPATOLOGIA 2 
● 
➔ características 
● macroscópicas: massa exofítica (vegetante) 
➢ vegetante: massa única exofítica 
➢ úlcero-vegetante: parte central ulcerada com bordas alongadas 
➢ úlcero-infiltrativo: úlceras com características infiltrativas/difusas 
➢ infiltrativo-difuso: difusa 
● microscópicas: glândulas, produção de muco e núcleos polimórficos 
➔ evolução 
● continuidade: fígado, pâncreas e peritônio 
 
● metástase: linfonodo sentinela supraclavicular (nódulo de Virchow) - pulmão, 
fígado e ovários (tumor de krukenberg) - região periumbilical (sinal da irmã 
Mary Joseph) 
 
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Tumores do estroma gastrointestinal (GIST) 
➔ derivam de células intersticiais de Cajal 
● funcionam como marcapasso: estimulam a contração 
● tem origem de célula muscular mas não é muscular 
● correlacionado a proliferação causando o tumor 
● correlacionado a neurofibromatose: mutação no gene NF1 gerando vários 
nódulos tumorais pelo corpo 
● a principal mutação no GIST é no gene KRAS=CD117 (KIT) 
● caracterizado por tumores de massa grande 
FISIOPATOLOGIA 2 
● são raros 
➔ morfologia 
● macroscopia: tumor grande de massa cremosa, que se projeta sozinho, 
circunscrito e delimitado (até 30cm), tendendo a ser intacto 
 
● microscopia: células em aspectos fusiforme ou epitelioide pleomórfico 
(marcador CKIT/CD117) 
 
 
➔ aspecto clínico 
● perda sanguínea, anemia ou sintomas relacionados 
● podem ser descobertos como achados acidentais 
● resseccao cirurgica completa como tratamento (localizado) 
● prognóstico dependendo do tamanho, índice mitótico e localização 
● tem metástase rara em tumores menores que 5cm e metástase comum em 
tumores maiores que 10cm 
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Linfoma MALT (3%) 
➔ linfoma células B (CD20+) 
● tipo não Hodgkins (extranodal) 
● linfoma das células da marginal 
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● é o segundo mais prevalente tumor gástrico 
● deriva ao tecido MALT organizado ou o tecido se organiza após essa 
"interação" com o agente 
➔ patogenia 
● H. pylori vai gerar uma resposta do sistema imune 
● inflamação crônica gerada pela lesão e infecção 
● recrutamento de células do sistema imune (neutrófilos, linfócitos etc) 
● geração de radical livre, que podem ser retidos com ingestão de vitamina, 
porem se nao ha, eles continuam 
● H. pylori continuam tentando manter o processo infeccioso 
● as células T e B são recrutados para auxiliar no processo 
● radicais livres + proliferação de linfócitos B + infecção + lesão = 
translocações de regiões de cromossomos, onde uma região do cromossomo 
11 com o 18, junta dois genes, API2-MLT (gera proteína malt1 que induz a 
via do NF-Kappa beta, correlacionada com a proliferação e sobrevivência de 
linfócito B) 
● o tratamento da infecção por H.pylori auxilia na diminuição do linfoma 
➔ associado a infecção pelo H. Pylori 
● dando origem ao linfoma MALT quando tenta defender o organismo 
● agressão linfoepitelial 
● estreitamente de interação com resposta a agente etiológico 
➔ características morfológicas 
● microscopia: proliferação linfocitária que lesiona o epitélio, fazendo ele 
penetrar a massa linfocitária (lesão linfoepitelial) - pode evoluir para linfoma 
de alto grau 
● macroscopia: pequenos nódulos espalhados na parede gástrica 
● 
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Tumor carcinóide 
➔ surgem de componentes difusos do sistema endócrino 
● células disseminadas (delta, ex.) que secretam hormônios, moléculas 
bioativas, neurotransmissores (neuroendócrinas difusas) 
● derivadas do SN 
● associado à gastrite crônica autoimune: hiperplasia de células endócrinas 
➔ patogênese 
● anticorpos da gastrite autoimune levam a destruição das células parietais 
(HCL) 
FISIOPATOLOGIA 2 
● diminuição do HCl consequentemente faz que as somatostatinas diminuam 
(células delta), estimulando a célula G a produzir gastrina, que age em 
células neuroendócrinas 
● as células neuroendócrinas secretan moléculas, como histamina, para 
estimular a produção de HCl 
● a gastrina, estimulada pela ausência das células parietais, vai induzir mais 
ainda as células neuroendócrinas, produzindo moléculas neuroativas e 
causando o tumor 
● a regiãodo tumor dependerá da molécula secretada 
➔ morfologia 
● macroscopia: massas intramurais ou submucosas que criam pequenas 
lesões polipoides, tendem a ser amarelos ou acastanhados e são muito 
firmes, como consequência de uma reação desmoplásica intensa 
● microscopia: ilhas, trabéculas, cordões, glândulas ou ninhos de células 
uniformes, com citoplasma granular rosado escasso e um núcleo pontilhado, 
de redondo a oval (positivas em marcadores de grânulos endócrinos, como 
sinaptofisina e cromogranina A) 
 
 
➔ localização 
● os sintomas são determinados pela localização do hormônio produzido 
● tumores carcinóides do intestino anterior 
● tumores carcinóides do intestino médio 
● tumores carcinóides do intestino inferior

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