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3 Índice 1.Introdução 2 2.Formas bilineares e formas quadráticas 3 2.1.Formas bilineares 3 2.1.1.Definição 3 2.1.2.Formas Bilineares Simétrica e Anti-simétrica 5 2.1.3.Resultados Importantes 5 3.Formas quadráticas 7 3.1.Redução da quadrática a forma canónica 7 3.2.Cónicas 10 3.3.Equação reduzida de uma canónica 11 3.4.Classificação das cónicas 14 4.Conclusão 15 5.Referencias Bibliográficas 16 1.Introdução A álgebra linear é na verdade um ramo muito importante da matemática pois sem ela na saberíamos certos conteúdos da matemática. Por exemplo formas bilineares e quadráticas, neste trabalho de pesquisa aborda e desenvolve assuntos relacionados com formas bilineares e quadráticas.E o presente trabalho tem como objectivos gerais conhecer as formas bilineares e quadráticas e os específicos são identificar formas bilineares simétricas das anti-simétricas, distinguir as quadráticas. 2.FORMAS BILINEARES E FORMAS QUADRÁTICAS 2.1.Formas bilineares 2.1.1.Definição Seja V um espaço vectorial. Uma funçãof : V × V → R que satisfaz f(λu,v) = λf(u,v), para todo u,v ∈V,λ ∈R; f(u,λv) = λf(u,v), para todo u,v ∈V,λ ∈R; f(u + w,v) = f(u,v) + f(w,v), para todo u,v,w ∈V ; f(u,v + w) = f(u,v) + f(u,w), para todo u,v,w ∈V ; Segundo CALLIOLI, C. A (1995) é chamada forma bilinear sobre V, ou simplesmente forma bilinear. Nota: B (V) = {f:V × V → R é uma forma bilinear}. Verifique que B(V) munido das operações de adição, (f + g)(u,v) := f(u,v) + g(u,v), Para todo (u,v) ∈V × V e de multiplicação por escalar, (λf)(u,v) =λf(u,v), Para todo (u,v) ∈V × V e λ ∈R, ´e um espaçovectorial. Exemplo 1:Seja f : R2 × R2 → R uma função definida por f((x,y),(a,b)) = 3xa − 2xb + 5ya + 7yb. Vamos mostrar que f é bilinear. De fato, para (x,y),(a,b) e (c,d) ∈R2 e λ ∈R, temos: i. f(λ(x,y),(a,b)) = f((λx,λy),(a,b)) = 3(λx)a− 2(λx)b + 5(λy)a + 7(λy)b = λ(3xa − 2xb + 5ya + 7yb) = λf((x,y),(a,b)). ii. f((x,y),λ(a,b)) = f((x,y),(λa,λb)) = 3x(λa) − 2x(λb) + 5y(λa) + 7y(λb) = λ(3xa − 2xb + 5ya + 7yb) = λf((x,y),(a,b)). iii. f((x,y),(a,b) + (c,d)) = f((x,y),(a + c,b + d)) = 3x(a + c) − 2x(b + d) + 5y(a + c) + 7y(b + d) = (3xa − 2xb + 5ya + 7yb) + (3xc − 2xd + 5yc + 7yd) = f((x,y),(a,b)) + f((x,y),(c,d)). iv. f((x,y) + (c,d),(a,b)) = f((x + c,y + d),(a,b)) = 3(x + c)a − 2(x + c)b + 5(y + d)a + 7(y + d)b = (3xa − 2xb + 5ya + 7yb) + (3ca − 2cb + 5da + 7db) Pela Definição dada no exemplo anteriormente, concluímos que f é uma forma bilinear. Exemplo2:Seja f : R2 × R2 → R dada por f((x,y),(a,b)) = −2xb + 2ya. Sejam (x,y),(a,b),(c,d) ∈R2 e λ ∈R. Note que f ´e uma forma bilinear, pois: i. f(λ(x, y),(a, b)) = f((λx, λy),(a, b)) = −2(λx)b+ 2(λy)a = λ(−2xb + 2ya) = λf((x, y),(a, b)). ii. f((x, y),λ(a, b)) = f((x, y),(λa, λb)) = −2x(λb) + 2y(λa) = λ(−2xb + 2ya) = λf((x, y),(a, b)). iii. f((x, y),(a, b) + (c, d)) = f((x, y),(a + c, b + d)) = −2x(b + d) + 2y(a + c) = (−2xb + 2ya) + (−2xd + 2yc) = f((x, y),(a, b)) + f((x, y),(c, d)). iv. f((x,y) + (c, d),(a, b)) = f((x + c, y + d),(a, b)) = −2(x + c)b + 2(y + d)a = (−2xb + 2ya) + (−2cb + 2da) = f((x, y),(a, b)) + f((c, d),(a, b)). 2.1.2.Formas Bilineares Simétrica e Anti-simétrica Definição: Seja V um espaço vectorial. Seja f:V ×V → R para CALLIOLI, C. A (1995) uma forma bilinear. Dizemos que i. fé simétrica se f(u, v) = f(v, u), para todo u, v ∈V ; ii. fé anti-simétrica se f(u, v) = −f(v, u), para todo u, v ∈V. Exemplo 1: (Forma Bilinear Não-simétrica). A forma bilinear do exemplo 1 não é simétrica. Com efeito, f((1,0),(0,1)) = −2 e f((0,1),(1,0)) = 5, pela definição da forma no exemplo 1. Consequentemente, f((1,0),(0,1)) ≠f((0,1),(1,0)). Portanto, f, definida no exemplo 1, não é uma forma bilinear simétrica. Exemplo 2. Seja V um espaçovectorial com produto interno (.,.). Vimos anteriormente que o produto interno é uma forma bilinear. Pela Definição, temos que (u,v) = (v,u), para todo u,v ∈V. Logo, (.,.) é uma forma bilinear simétrica. 2.1.3.Resultados Importantes Teorema: Seja V um espaço vectorial com produto interno (.,.) e dimensão finita. Seja f: V × V → R uma forma bilinear. Então existe um único operador linear T: V → V tal que f(u, v) = (T(u),v), para todo u,v ∈ V. Além disso, f ´e simétrica se, e somente se, T é auto adjunto. SILVA, A (2007) Demonstração. Seja v ∈ V um vector fixado. Seja g: V → R uma aplicação definida por g(u) = f(u, v), para todo u ∈ V. Note que, através da Definição, chegamos a g(λu + w) = f(λu + w, v) = λf(u, v) + f(w, v) = λg(u) + g(w), para todo u, w ∈ V e λ ∈R. Consequentemente, g é um funcional linear. Logo, pelo Teorema, existe um único w ∈ V tal que g(u) = (u, w), para todo u ∈ V. Defina o operador S : V → V dado por S(v) = w. Como dimV é finita, então existe única S∗: V → V. Seja T = S∗. Consequentemente, pela Definição, obtemos: , para todo u,v ∈ V. Vamos verificar que T éúnico. Suponha que existe um operador P: V → V linear tal que: para todo u,v ∈ V. Por conseguinte, (P(u)−T(u),v) = 0, para todo u,v ∈ V. Pela Proposição, temos que P(u)−T(u) = 0, para todo u ∈ V. Por fim, T(u) = P(u), para todo u ∈ V. Ou seja, T ´e o único que satisfaz f(u,v) = (T(u),v), para todo u,v ∈ V. Assim,f(u,v) = f(v,u) se, e somente se, (T(u),v) = (T(v),u). Portanto, T éAuto adjunto. Exemplo: Seja f : R2 → R dado por f((x, y),(a, b)) = −2xb + 2ya. Vimos no exemplo anterior, que f é uma forma bilinear. Seja T: R2 → R2 um operador linear definido por T(x,y) = (2y,−2x), entao f((x, y),(a, b)) = −2xb + 2ya = ((2y,−2x),(a, b)) = (T(x, y),(a, b)), para todo (x, y),(a, b) ∈R2. Vimos no exemplo anterior, que é anti-simétrica. Na Observação da Definição de formas bilineares, informamos que B(V) é um espaço vectorial. Com o Teorema, faz sentido perguntarmos se é possível compararmos dimL(V) com dimB(V ) (aqui L(V ) = {T : V → V é linear} e dimVé finita), já que existe uma relação entre uma forma bilinear e um operador linear. Vejamos o corolário a seguir que responde a esta indagação. SILVA, A (2007) Corolário: seja V um espaço vectorial com produto interno (.,.) e dimensão finita. Então B(V) é isomorfo a L(V). Em particular, dimB(V) = dimL(V ) = (dimV)2. 3.Formas quadráticas A matriz simétrica real, Associa ao vector , referido a base canónica O polinómio , que é um polinómio do 2º grau x e y chamado forma quadrática no plano. Na forma matricial esse polinómio é representado por: Sendo a matriz simétrica A, a matriz da forma quadrática, assim a cada vector corresponde um numero real: Para BUENO, H. P (2006) estamos designando tanto o par quanto a matriz simplesmente por . É fácil identificar em que contexto cada um estará sendo usado. Exemplo:A matriz simétrica real , define no IR2 a forma quadrática Ou, na forma matricial: Ao vector 3.1.Redução da quadrática a forma canónica A forma quadrática no plano pode ser expressa por: Onde:são os valores próprios da matriz A;são as componentes do vector V na base , isto é, Sendo os vectores próprios unitários associados a e. De facto, Tendo uma vista que a matriz P para S, pois: E, portanto: , Podemos escrever: , ou ainda: Como P diagonaliza A ortogonalmente (conforme as propriedades) , Conclui-se que: , ou: ou, ainda: A forma é denominada forma canónica da forma quadrática no plano ou também forma quadrática diagolizada. Exemplos: 1. A forma quadrática:, pode ser expressa por: De facto: A forma quadrática é definida pela matriz: Mas os valores próprios da matriz A, conforme o problema resolvido no numero anterior são . Logo, a forma canónica da forma quadrática é: 2. Por outro lado, os vectores próprios unitários associados a e são, respectivamente, . Logo: Como equivale , em Pois Pt = P-1 pelo facto de P ser matriz . façamos calcular VP a partir de Vs. Supondo que , vem: Isto é, Assim: Na verdade o que acabamos de fazer foi uma mudança de base ou uma mudança de referencial. O vector V, que na base canónica S é Vs= (1, 2), a baseP dos vectores próprios unitários e Vp = (–1, 2). Como na base canónica individualiza o sistema cartesiano rectangularxOy e a base P o sistema rectangular x’Oy’, podemos dizer que um ponto tem coordenadas (1, 2) em relação ao próprio sistema tem coordenadas (–1, 2) em relação ao segundo sistema. BUENO, H. P (2006) A figura abaixo ilustra este exemplo. Essa mudança de referencial corresponde a uma rotação de um angulo do sistema xOy para o sistema x’Oy’. A matriz responsável por essa rotação é a matriz ortogonal P. Se tivermos o cuidado de dispor os vectores próprios unitários da matriz P de modo que det P = 1, ela sempre representara uma rotação e a transformação e coordenadas Que ira ocorrer no estudo das cónicas, a seguir, será sempre uma rotação. 3.2.Cónicas As coordenadas x e y dos pontos M do plano são componentes dos vectores V que satisfazem a equação de uma canónica. Como ilustra a figura abaixo. 3.3.Equação reduzida de uma canónica Segundo BUENO, H. P (2006), o nosso propósito é o reconhecimento e a análise da equação de uma canónica. Dividimos esse trabalho em duas etapas, sendo a primeira constituída de três passos. Seja a equação de uma canónica: 1ª etapa: eliminação do termo em xy 1º passo: escrever a equação na forna matricial. (os colchetes serão dispensados nas matriz 1×1: [t] e [0].) Ou: , onde: 2º passo: calculam-se os valores próprios de e e os valores próprios unitários e da matriz simétrica A. 3º passo: substitui-se na equação do 1º passo a forma quadrática. , pela forma canónica: , e: , por: Tendo o cuidado para que det P = 1. A fim que essa transformação seja uma rotação. Assim, a rotação do 1º passo se transforma em: Ou: Que é a equação cónica dada anteriormente, porem referida ao sistema x’Oy’, cujos eixos são determinados pela base P = {u1, u2}, conforme sugere a figura. Observamos que enquanto a equação do 1º passo apresenta o termo misto xy, a equação acima é desprovida dele, portanto, na passagem da equação do 1º passo para a equação acima ocorreu uma simplificação. 2ª etapa: transição de eixos Conhecida a equação da cónica Para obter-se a equação reduzida efectua-se uma nova mudança de coordendas, que consiste na translação do ultimo referencial x’Oy’ para o novo, o qual chamaremos XO’Y. a analise das duas possibilidades é feita a seguinte. 1º. Sundo e diferentes de zero, pode-se escrever: , ou: Fazendo:. E, por meio das formula de translação: Vem: E, finalmente: A equação acima é a equação reduzida de uma cónica do centro e, como se ve, o primeiro membro é forma canónica da forma quadrática no plano. 2º. Se um dos valores próprios for igual a zero, , por exemplo, a equação conhecida da cónica fica: . Ou: Fazendo, por meio de um translação: Vem: Esta é a equação reduzida de uma cónica sem centro. Observação: se em lugar de fosse , a equação reduzida da cónica sem centro seria: 3.4.Classificação das cónicas 1. A equação de uma cónica de centro é: a) e forem de mesmo sinal, a cónica será do género eclipse. b) e forem de sinais contrários, a cónica será do género hipérbole. 2. A equação de uma cónica sem centro é: Ou: Uma equação representada por qualquer uma dessas equações é do género parábola. 4.Conclusão Chegando ao fim do trabalho, conclui que para um espaço vectorial é chamada forma bilinear sobre V, ou simplesmente forma bilinear quando obedece algumas propriedades, e está dividida em formas bilineares simétricas e anti-simétrica: f é simétrica se f (u, v) = f (v, u), para todo u, v ∈V; e f é anti-simétrica se f (u, v) = −f (v, u), para todo u, v ∈V. O espaço vectorial V. para a funçãof : V × V → R sendo uma forma bilinear simétrica. Também uma aplicação Q:V → R, definida por q(v) = f(v, v), para todo v ∈V, é chamada forma quadrática sobre V. 5.Referencias Bibliográficas CALLIOLI, C. A., DOMINGUES, H. H.,COSTA, R. C. F. Álgebra Linear. 6ª. ed, São Paulo, Editora Actual, 1995. SILVA, A.Introdução `a Álgebra. 1ª. Ed. Editora Universitária UFPB, João Pessoa. 2007. BUENO, H. P. Álgebra Linear - Um Segundo Curso. 1ª. ed. Rio de Janeiro, SBM. 2006.
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