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MARIA KAROLINA PALITOT TEIXEIRA DE CARVALHO DEBORAH CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA MedEasy Segunda Unidade Clínica Cirúrgica Índice MedEasy CA TIREOIDE CA PULMAO ISQUEMIA MESENTERICA HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL ABDOME AGUDO Clínica Cirúrgica DEBORAH OLIVEIRA MARIA KAROLINA PALITOT Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Câncer de Tireoide ➔ O câncer da glândula tireóide é a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino, afetando mais freqüentemente as mulheres do que aos homens, sendo que a maioria dos casos ocorre entre pessoas de 25 a 65 anos de idade. À anamnese, deve ser dada atenção para o desenvolvimento biológico, irradiação prévia e história familiar de câncer da tireóide. ➔ O prognóstico quase sempre é favorável, sendo melhor nos casos de adenocarcinomas diferenciados, em que os fatores de risco têm papel importante na conduta terapêutica. Os casos de carcinomas diferenciados de baixo risco têm excelente resultado com o tratamento conservador, sendo que apenas 10% dos pacientes apresentam recidiva tumoral, em décadas de seguimento, e 2% podem vir a falecer do tumor tireoidiano. Já os de alto risco permitem sobrevida de 10 anos, variando de 0% a 60%, sendo de grande importância os fatores de risco presentes em cada caso. ➔ Por sua vez, os carcinomas indiferenciados (anaplásicos) têm um prognóstico ruim, sendo que a morte geralmente é conseqüência de doença incontrolável no pescoço, com invasão de estruturas nobres, e ocorre freqüentemente pouco tempo após o diagnóstico. O carcinoma medular pode ocorrer nas formas familiar ou esporádica. A forma esporádica quase sempre é unilateral, e sem outras manifestações endócrinas. Já a forma familiar freqüentemente é bilateral, e pode estar associada a outros tumores malignos e benignos do sistema endócrino, situação referida como Síndrome da Neoplasia Endócrina Múltipla (MEN, tipo II), sendo que as outras alterações mais frequentes são Feocromocitoma e Hiperplasia das paratireóides. ➔ A capacidade do tumor medular de secretar Calcitonina pode facilitar a sua detecção, funcionando esta como um marcador biológico. É recomendada a investigação dos familiares dos pacientes, como forma de detectar-se outros casos da forma familiar. Metástases cervicais podem ser encontradas em aproximadamente 50% dos casos. ➔ Nos casos de carcinomas indiferenciados (anaplásicos), o prognóstico é ruim, sendo que a morte geralmente é conseqüência de doença incontrolável no pescoço, com invasão de estruturas nobres, e que freqüentemente ocorre pouco tempo após o diagnóstico. Já o prognóstico do carcinoma medular depende da extensão da doença, da presença ou ausência de linfonodos metastáticos, e da totalidade da ressecção cirúrgica. ➔ A sobrevida de 05 (cinco) anos varia de 40% a 95%, sendo melhor nos pacientes da forma esporádica do que nos portadores da forma familiar. Deve-se lembrar que a glândula tireóide também pode ser sede de outros tipos de neoplasias primárias, como sarcomas, linfomas, carcinoma Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot epidermóide e teratomas; além de ser local de metástases de outros tumores malignos, particularmente aqueles originados nos pulmões, mamas e rins. ➔ EXAMES DE AVALIAÇÃO ● CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA · Ultrassonografia da glândula tireóide; · Dosagem sérica de calcitonina (se há suspeita de carcinoma medular); · Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) para exame patológico; Nota: os carcinomas indiferenciados de pequenas células devem ser cuidadosamente distinguidos dos linfomas, por meio de exames de imuno-histoquímica. ● EXTENSÃO DA DOENÇA · Palpação da glândula tireóide e dos linfonodos cervicais; · Laringoscopia indireta (para estabelecer a mobilidade das cordas vocais); · Cintilografia tireoidiana (se há suspeita de nódulo hiperfuncionante); · Radiografia (RX) simples de tórax; · Tomografia computadorizada (TC) de tórax ou de mediastino (se há suspeita de acometimento intratorácico); · Cintilografia de corpo inteiro com iodo 131 (de há suspeita de metástases). ● CONDIÇÕES CLÍNICAS DO DOENTE · Exame físico e exames laboratoriais de rotina; · Dosagem sérica de T3, T4 e TSH; · Dosagem sérica de calcitonina (exame de exceção). ESTADIAMENTO Feito conforme a 5a Edição de TNM - Classificação de Tumores Malignos - UICC, 1997; Ministério da Saúde, 1998. GRUPOS DE RISCO A determinação dos grupos de risco, nos casos de tumores diferenciados, facilita a seleção de pacientes para cirurgia radical ou parcial da tireóide. Os fatores de risco têm valor prognóstico, e apresentam algumas diferenças entre os carcinomas papilífero e folicular. A idade na época do diagnóstico se constitui no fator de maior importância, mostrando que há um aumento de taxa de mortalidade no grupo mais idoso e prognóstico mais favorável nos pacientes com menos de 40 anos. O tamanho do tumor também adquire importância nos mais idosos, porém, não tem valor de mau prognóstico nos mais jovens. Os índices utilizados para os carcinomas diferenciados são aqueles adotados no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center: Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Baixo Risco · Idade menor que 45 ano · Carcinoma papilífero; · Carcinoma que não de células de Hürthle; · Tamanho menor que 4cm; · Tumor intra-glandular; · Metástase ausente (M0) Risco Intermediário · Idade maior que 45 anos; · Carcinoma papilífero; · Carcinoma que não de células de Hürthle; · Tumor menor que 4cm; · Tumor intra-glandular; · Metástase ausente (M0). ou · Idade menor que 45 anos; · Carcinoma de células de Hürthle; · Tumor extra-glandular; · Tumor maior que 4cm; · Metástase presente (M1) Alto Risco · Idade maior que 45 anos; · Carcinoma de células de Hürthle; · Tumor maior que 4cm; · Tumor extra-glandular; · Metástase presente (M1) TRATAMENTO A modalidade terapêutica dos tumores malignos da glândula tireóide varia com o tipo histológico e o estadiamento clínico do tumor. A seguir, apresentam-se as indicações cirúrgicas e radioterápicas. No INCA, não se indica quimioterapia de carcinoma da tireóide. A iodoterapia vem detalhada na conduta a seguir. CARCINOMAS DIFERENCIADOS No tratamento dos carcinomas diferenciados da glândula tireóide, deve-se levar em consideração a análise dos fatores de risco de cada caso: Baixo Risco Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot · Lobectomia + Istmectomia - nos casos de metástases para linfonodos cervicais, proceder também ao esvaziamento cervical seletivo (níveis II, III, IV e V, e linfonodos do compartimento central). Alto Risco Tireoidectomia Total mais: · Em casos de linfonodos cervicais metastáticos: esvaziamento cervical seletivo (níveis II, III, IV e V, e linfonodos do compartimento central). · Complementação terapêuticacom: 131I (tumor captante). · Radioterapia de tumores não captantes de iodo. A dose requerida para controle local é de 70 Gy para doença macroscópica. O volume de tratamento inclui a região cervical e o mediastino. A dose na medula espinhal tem de ser limitada em 45 Gy. · Metástases a distância: 131I em tumores captantes ou Radioterapia em tumores não captantes de iodo. As lesões metastáticas extranodais e as nodais irressecáveis tratáveis pela radioterapia recebem 30 Gy em 10 frações. Risco Intermediário · Tratamento individualizado, após a análise dos fatores de risco. CARCINOMAS INDIFERENCIADOS (ANAPLÁSICOS) São tumores agressivos e de difícil tratamento. Cirurgia · Tireoidectomia Total (quando possível); · Traqueostomia (que é freqüentemente necessária). Radioterapia Indicada em casos de tumor irressecável. A dose requerida para controle local é de 70 Gy para doença macroscópica. O volume de tratamento inclui a região cervical e o mediastino. A dose na medula espinhal tem de ser limitada em 45 Gy. CARCINOMA MEDULAR Cirurgia · Tireoidectomia Total + Esvaziamento seletivo do compartimento central. · Em casos de linfonodos cervicais metastáticos: esvaziamento cervical seletivo (níveis II, III, IV, V, central e mediastinal superior). · Metástases à distância: radioterapia. A dose administrada para paliação com radioterapia é de 30 Gy em 10 frações. SEGUIMENTO O seguimento do doente é feito na clínica em que o doente é primeiramente atendido. A reposição de hormônio tireoidiano é feita com L-tiroxina, sendo o Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot indivíduo mantido sob seguimento clínico, cujo intervalo varia com as suas condições clínicas gerais e é feito de acordo com o seu diagnóstico. CARCINOMAS DIFERENCIADOS Baixo Risco · Exame clínico trimestral; · Dosagem semestral de T3, T4 e TSH. Alto Risco · Exame clínico trimestral; · Dosagem semestral de T3, T4, TSH; · Dosagem semestral de tireoglobulina; · Cintilografia de corpo inteiro com 131I anualmente; · RX de tórax anual. CARCINOMA INDIFERENCIADO (ANAPLÁSICO) · Intervalo entre consultas é dado pelas condições clínicas do doente, pois não há como controlar este tumor e, na maioria dos casos, a rápida evolução não o permite. CARCINOMA MEDULAR · Durante os dois primeiros anos: Exame físico trimestral; T3, T4, e TSH semestral; Dosagem de calcitonina; Cintilografia com meta iodo benzil biguanidina (131IMIBG) ou 123IMIBG semestral; TC do tórax e US abdominal total semestral. · De 2 a 10 anos: Os mesmos exames, feitos anualmente. · Após 10 anos: Consulta médica anual. Classificação Bethesda Categoria diagnóstica: l - Amostra não diagnóstica ● Repetir de 3 a 6 meses ● 2 punções = l é indicação de cirurgia, pois o médico não está conseguindo firmar o diagnóstico. ll – Benigno ● Repetir de 3 a 6 meses ● Depende da característica do exame físico; se for pétreo ou se for misto (cístico com conteúdo espesso dentro) tem indicação cirúrgica; Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot lll – Atipia / lesão folicular de significado indeterminado ● Pode puncionar novamente de 3 - 6 meses depois. lV - Suspeita ou confirmação de neoplasia folicular ● Fazer cintilografia (nódulo frio = cirurgia). V - Suspeita para malignidade ● Fazer cirurgia, de preferência, com biópsia de congelação na sala (não é considerado errado fazer tireoidectomia total se o serviço não oferecer biópsia de congelação). Vl – Maligno ● Tireoidectomia total ● Na tireoidectomia total posso levar a um hipoparatireoidismo que vai exacerbar a hipocalcemia (risco de osteoporose ou piora da mesma), além de acelerar e complicar mais ainda a menopausa, além dos riscos de paralisia bilateral. Valores laboratoriais e patologias associadas TSH alto e T4 livre baixo = Hipotireoidismo primário TSH alto e T4 livre normal (1, 2 e 3) 1) Hipotireoidismo subclínico (+ comum, sem sintomas) 2) Erro laboratorial 3) Uso irregular de medicação TSH baixo e T4 livre baixo = Hipotireoidismo secundário ou terciário TSH baixo e T4 livre alto = Hipertireoidismo (clássico) TSH baixo e T4 livre normal = Solicitar T3 total ou livre (1 ou 2) 1) Normal = Hipertireoidismo subclínico (sem sintomas) 2) Alto = Tireotoxicose por T3 TSH alto e T4 livre alto = Solicitar T3 total ou livre = Alto = Secreção inapropriada de TSH ou resistência hipofisária aos hormônios tireoidianos. Radioiodoterapia Deve ser feita como complemento da cirurgia Tem as doses para doenças benignas e doses para doença maligna. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Benigna =máximo de 30 ml Maligna = 100 a 200 ml ● Pcte fica internado e deixa até a roupa que tomou radioiodo no hospital ● Faz uma dieta pobre em iodo, o pct ingere iodo radioativo e faz a captação entra na célula e faz apoptose celular. Mata todos os tipos de células tireoidianas (saudáveis ou não) = Dessa forma, as taxas de recidivas caem para perto de 0. Na cirurgia pode-se deixar de 1 a 3 % da glândula para pode queimar com radioiodo. Complicações do radioiodo: Xerostomia (queima as glândulas salivares) = baixo índice. Faz a pesquisa de corpo inteiro Negativo = não faz radioiodo Positivo em leito tireoidiano ou pulmão faz= radioidoterapia. Acompanhamento pós-operatório ● É para o resto da vida (dosagens e reposições de hormônios). ● Manter em dia as dosagens de TIREOGLOBULINA, ANTITIREOGLOBULINA, TSH e T4 livre. ● Faz 2 cintilografias caso use radioiodo. ➔ Se negativas = seguimento apenas sanguíneo = dosagens de TIREOGLOBULINA, ANTITIREOGLOBULINA, TSH e T4 livre. ➔ OBS.: O motivo pelo qual se pede a antitireoglobulina no CA de tireóide é: as dosagens desse anticorpo anulam a tireoglobulina (evitar falso-negativo). Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Câncer de pulmão Epidemiologia: ★ Terceiro tipo mais incidente ★ Primeiro tipo mais letal ★ 14% de todos os tumores malignos novos são de pulmão ★ Incidência mundial aumentando em 2% ao ano ★ No Brasil, em 2016: incidência de 28 mil casos ★ No Brasil, em 2013: 24 mil mortes ★ Prognóstico: sobrevida de 7-10% em 5 anos ★ Idade média de surgimento: 65+ ★ Chance de desenvolver doença: - Homens 1:14 - Mulheres 1:17 ★ Letalidade: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 1,6 milhão de mortes por ano são atribuíveis ao câncer de pulmão. É um dos poucos tipos de câncer com uma causa bem conhecida - o tabagismo. -3ª mais incidente em homem e mulher: 1º câncer de pele não-melanoma e 2º mama/próstata -Primeiro tipo mais letal: cada 4 mortes por câncer, 1 é por pulmão -No Brasil, em 2016: 28 mil casos: sendo 18 mil em homens Tipos patológicos: ★ Agrupamento quanto ao prognóstico e tratamento: ● Tipo Não-pequenas Células (90%) - ADENOCARCINOMA: Apresenta localização periferica e é o tipo histológico mais comum em países desenvolvidos, assumindo a segunda posição em nosso meio. - Carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC): É o subtipo mais comum em não fumantes, sendoo tipo mais frequente em países subdesenvolvidos. Pode manifestar-se em exames de imagem na forma de cavitações. Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira - GRANDES CÉLULAS: É o tipo histologico menos comum. São pouco diferenciados. - ● Tipo Pequenas Células: (10%) - É o mais agressivo dentre as neoplasias pulmonar sendo um tumor indiferenciado que se associa intimamente com o tabagismo. É inoperável, mas apresenta uma boa resposta a radioterapia OBS.: É muito comum manifestar-se clinicamente através das síndromes paraneoplásicas já que este tumor indiferenciado é na verdade uma massa de células que sintetizam grande quantidade de hormônios Fatores de risco: ★ Tabagismo* ★ Ex-tabagismo* ★ Tabagismo passivo ★ Tabagismo não-industrializado ★ Radio-exposição ocupacional ★ Exposições ocupacionais ( ex.: asbesto) ★ História pessoal ★ História familiar ★ Idade ★ Raça OBS.: -Tabagismo: quanto mais tempo e quanto mais maços, maior o risco -Tabagismo passivo: second-hand smoking (A mistura de fumaça liberada pelo cigarro e expelida pelo fumante é extremamente prejudicial) -Ex-Tabagismo: < 15 anos -Tabagismo não-industrializado: pé de burro: o risco não é menor, inclusive é maior o risco de CA de CP -História pessoal: se você teve CA, tem sério risco de ter de novo -Idade: 65+ -Gênero: não há suscetibilidade independente em não-tabagistas -Etnia/Raça: Raça negra com maior risco -Idade e Gênero Sinais e sintomas: Insidioso: sintomas objetivos apenas na doença localmente avançada Ao diagnóstico: 5% doença em estágio inicial; 15% doença localmente avançada; 25% metástases regionais; 55% com metástases a distância Tumores centrais versus tumores periféricos: sinais e sintomas ★ Sintomas locorregionais: -Tosse -Dor Torácica crônica -Dispneia: Lembrar da invasão do nervo frênico -Hemoptise -Rouquidão Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira -Disfagia -Pneumonia de repetição -Síndrome de VCS - Síndrome de Horner / Síndrome de Pancoast -Síndromes de compressão medular e nervosa ★ Sintomas sistêmicos -Perda ponderal -Dores ósseas generalizadas -Sintomas neurológicos ★ Sintomas neurológicos: cefaléia, ataxia, convulsão ★ Síndrome de VCS: Síndrome da Veia Cava Superior (SVCS) representa um conjunto de sinais Dispneia, tosse, dilatação de veias cervicais e tórax, papiledema, cianose facial, pletora, edema conjuntival ★ Síndromes paraneoplásicas (SPN): É definida como uma síndrome endócrina que ocorre concomitante com as neoplasias seja pela produção hormonal ou pela compressão gerada pelo crescimento do tumor. Ocorre em 10-20% dos casos - SPN mais comum: tipo pequenas células •Principais exemplos de SPN: •Hipercalcemia: Comum em epidermóide •Síndrome de Trousseau •Osteoartropatia pulmonar hipertrófica •SIADH: Muito comum no carcinoma de pequenas células •Produção ectópica de ACTH e síndrome de Cushing: Muito comum no carcinoma de pequenas células •Síndrome miastênica de Eaton-Lambert 1. Síndrome de horner: Ptose palpebral, miose, anidrose e enoftalmia. Os sintomas são causados em decorrência da compressão pelo tumor do tronco simpático. 2. Síndrome de Pancoast: Dor no ombro, parestesia. Causados pelo tumor no sulco superior que comprime o plexo braquial, pode ocorer simultaneamente com a Sind. de horner. É causada principalmente pelo carcinoma broncogênico 3. Síndrome da Veia Cava Superior: Edema em face e membros superior, turgência jugular, dispneia que se agrava quando o paciente se deita ou a se inclinar. sensação de aumento de volume da cabeça. Os sintomas são causados pelo crescimento do tumor que leva a obstrução/compressão do fluxo sanguíneo na VCS. Causados principalmente pelo carcinoma broncogênico Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ➔ Sítios de Metástases •Ossos: Fratura óssea sem trauma •Fígado •Adrenais •Cérebro OBS.: - O sinal de Trousseau de malignidade é um sinal médico encontrado em alguns cânceres e é associado com hipercoagulabilidade . - O sinal de Trousseau de tetania latente pode ser observado em pacientes com hipocalcemia , quando espasmos carpais pode ser provocados ao se ocluir a artéria braquial. - Osteoartropatia: síndroma de periostite proliferativa crónica dos ossos longos, baqueteamento dos dedos das mãos, dos pés ou ambos, e oligoartrite ou poliartrite. - A síndrome miastênica de Lambert-Eaton é uma doença auto-imune caracterizada por: - fraqueza e fadiga dos músculos proximais Principais apresentações clínico-patológicas: •Nódulo em vidro fosco •Nódulo pulmonar solitário •Massa pulmonar •Tumor endobrônquico •Linfonodo ou bulk mediastinal •Derrame pleural •Metástases à distância Principais testes para diagnóstico e estadiamento: •Radiografia simples de tórax •Tomografia computadorizada de tórax https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal_m%C3%A9dico https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ncer https://pt.wikipedia.org/wiki/Coagula%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipocalcemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Carpo https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_braquial Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira •Ressonância Magnética de tórax •Tomografia com emissão de pósitrons (PET) •PET/CT •Broncofibroscopia flexível •Ultrassonografia endobrônquica (EBUS) e ultrassonografia endoscópica (EUS) •Mediastinoscopia cervical •Pleuroscopia diagnóstica •Biópsia pulmonar percutânea •Ultrassonografia de abdome •TC/RNM de crânio e abdome •Cintilografia óssea OBS.: Com resultados comparáveis à mediastinoscopia, a Ecoendoscopia (EUS – Endoscopic Ultrasound) e Ecobroncoscopia (EBUS - Endobronchial Ultrasound) são considerados atualmente opções de primeira escolha para o estadiamento invasivo do mediastino. Devido aos bons resultados e por serem técnicas minimamente invasivas, estes métodos foram muito bem aceitos pela comunidade médica no mundo. EBUS e EUS podem ser considerados exames que se complementam no estadiamento invasivo do mediastino. Os linfonodos paratraqueais direitos, principalmente aqueles localizados anteriormente à traqueia, são mais facilmente abordadas por EBUS. As cadeias subcarinal e paratraqueais esquerdas, apesar de serem acessíveis pelos dois métodos, são mais bem toleradas pelos pacientes quando exploradas pelo esôfago devido uma menor manipulação da via aérea. Estadiamento TNM 8ª Edição para não pequenas células: ★ Status T Importante quando se avalia a ressecabilidade Geralmente T1-T3 tem ressecabilidade; T4 apresenta-se como irressecável. TC Tórax e a broncoscopia como principais meios de estadiamento Tx - Tumor provado pela presença de células neoplásicas nas secreções broncopulmonares ou em lavados broncoalveolares, porém não identificado pela radiografia ou broncoscopia, ou qualquer tumor que não possa ser localizado. T1s - Carcinoma in situ. T1 - Tumor com menos de 3cm no seu maior diâmetro, circundado por pleura ou tecido pulmonar em toda a sua extensão, sem evidência de invasão proximal a um brônquio lobar ao exame endoscópico. ➔ T1a – Tumor < 1cm ➔ T1b– Tumor > 1cm < 2cm ➔ T1c – Tumor > 2cm < 3cm Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira T2 - Tumor com qualquer das seguintes características: Mais de 3cm e menor que 5cm Invade a pleura visceral; Provoca atelectasia ou pneumonite crônica obstrutiva; Estende-se à região hilar, porém, à broncoscopia, o tumor deve estar a pelo menos 2 cm distal à carina principal ➔ 2a – Tumor > 3cm < 4cm ➔ T2b – Tumor > 4cm < 5cm T3 - Tumor com qualquer das seguintes características Tamanho: >5cm e <7cm Invasão direta da parede torácica (pleura parietal), nervo frênico e pericárdio parietal, sem invadir estruturas viscerais (grandes vasos, pericárdio visceral, esôfago) ou corpo vertebral; Tumor de Pancoast SEM envolvimento de c8, plexo braquial, vasos subclávios ou medula espinhal Mais de um tumor no mesmo lobo pulmonar T4 - Tumor com as seguintes características: Tamanho > 7cm Tumor de Pancoast COM envolvimento de c8, plexo braquial, vasos subclávios ou medula espinhal Tumor de qualquer tamanho que invade: vísceras mediastinais (coração, grandes vasos, esôfago, traqueia), diafragma e carina Presença de nódulos em diferentes lobos pulmonares ipsilaterais ★ Status N Principal “divisor de águas” entre o tratamento cirúrgico e não-cirúrgico. Fluxo linfático ascendente, centrípeto e contínuo Exceção: “Skipping Metastasis” TC de Tórax, PET/CT, Mediastinoscopia e EBUS/EUS como meios para estadiamento N1 - Metástases linfonodais para a região peribrônquica, linfonodos hilares ipsilaterais ou ambos, incluindo extensão direta (cadeias 10, 11). N2 - Metástases para linfonodos mediastinais ipsilaterais ou subcarinais (cadeias 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9 homolaterais). Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira N3 - Metástases para linfonodos contralaterais, mediastinais ou hilares; ou linfonodos cervicais ou pré-escalênicos,ipsilaterais ou contralaterais. ★ Status M Imprescindível a pesquisa a fim de evitar cirurgia desnecessária Principais métodos de estadiamento: TC de Cranio, TC ou USG de Abdome, Cintilografia Óssea Classificação: ➔ M1a: Nódulo em pulmão contralateral, derrame ou implantes pleurais e/ou pericárdicos ➔ M1b: Metástase extratorácica única ➔ M1c: Metástases extratorácicas múltiplas Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira IMPORTANTE: Lembrar do estadio 0 = Carcinoma in situ Estadiamento para pequenas células: ★ Quando é localizado, ou seja, está resumido ao hemitórax ipsilateral, podem ser enquadrados em um campo de radiação. Possui Melhor prognóstico; ★ Quando é disseminado, ou seja, apresentam doença metastática que se torna evidente em exames. Os órgãos envolvidos não podem ser enquadrados de maneira segura no campo de única radioterapia. Rastreamento: •Não há consenso para o screening de neoplasia pulmonar •Recomenda rastreamento anual com TCBD •População-alvo: idade 55 a 80 anos, tabagistas > 30 maços-ano ou ex-tabagistas < 15 anos •Fatores de risco adicionais: pneumopatias, história familiar de câncer de pulmão, história pessoal de câncer, exposição ao asbesto, contato com radiação, tabagismo passivo •Desvantagens do rastreamento - Excesso de falsos positivos - Morbidade associada ao screening - Custo Tratamento: ★ Tratamento cirúrgico curativo ➔ Segmentectomia ➔ Lobectomia ➔ Bilobectomia ➔ Pneumonectomia Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira ➔ Técnicas combinadas: Toracectomia-Toracoplastia, Vertebroplastia, Arterioplastia, Broncoplastia ➔ Abordagens: Aberta, VATS e Robótica ★ Tratamento clínico: ➔ Quimioterapia adjuvante, neoadjuvante e definitvo ➔ Radioterapia adjuvante, neoadjuvante e definitvo ➔ Radiocirurgia e terapia estereotáxica OBS.: Quimioterapia e Radioterapia no Small Cell Lung Cancer ★ Tratamento cirúrgico paliativo ➔ Pleurodese ➔ Próteses endobrônquicas ➔ Dilatações e tunelização endobrônquica ➔ Terapias-alvo ➔ Anti-angiogênicos (anti-VEGF): bevacizumab ➔ Inibidores da tirosino-quinase (anti-EGFR): erlotinib, gefitinib ➔ OBS.: VEGF: fator de crescimento vásculo-endotelial ➔ EGFR: Fator de crescimento relacionado ao epitélio ➔ Imunoterapia ➔ Induzir o sistema imune atacar células malignas: Prembrolizumab (PDL1+) ★ Cirurgia (perspectiva curativa): Em casos de IIB e IIIA é aconselhável fazer uma quimio neoadjuvante antes = Câncer de não pequenas células ★ Quimioterapia para câncer de não pequenas células: Quimioterapia Carboplatina + Paclitaxel OBS.: Em casos de adenocarcinomas específicos, faz-se o uso de bevacizumab em conjunto com a carboplatina e a paclitaxel ★ Quimioterapia: Carboplatina + Etoposide = Câncer de pequenas células Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Isquemia Mesentérica Primeiro entender: ➔ A isquemia mesentérica resulta do envolvimento de vários fatores, acarretando apresentação clínica diversa e consequente dificuldade em ser diagnosticada. O prognóstico da isquemia mesentérica, por conseguinte, dependerá da detecção oportuna e de uma abordagem específica antes que seus efeitos deletérios se instalem. ➔ A isquemia mesentérica ocorre quando a perfusão dos principais órgãos irrigados pela circulação mesentérica (artéria celíaca, artéria mesentérica superior, artéria mesentérica inferior e ramos colaterais), incluindo intestino delgado, intestino grosso, estômago, fígado, vesícula biliar e pâncreas, é insuficiente para supri-los em suas necessidades metabólicas . Essa insuficiência pode ocorrer por mecanismos diferentes, como obstruções arteriais, venosas e da microcirculação, ou mesmo na ausência de obstrução vascular, quando existe um transtorno expressivo da perfusão tecidual, como acontece nos casos de insuficiência cardíaca, choque, desidratação e hipotensão arterial. ➔ As lesões intestinais, por sua vez, são consequentes à falta de suprimento sanguíneo (isquemia) e, também, da reperfusão. A isquemia mesentérica representa uma variedade de distúrbios e talvez seja esse o motivo da dificuldade em classificá-la. Muitos trabalhos classificam-na em aguda e crônica; entretanto, as manifestações clínicas da isquemia mesentérica dependem não apenas da rapidez do processo, mas do envolvimento de outros fatores, tais como: segmento afetado, vaso envolvido, grau de comprometimento, e etiologia do processo isquêmico. ➔ A aterosclerose é a principal causa de morte no mundo ocidental. É caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sangüíneo aos tecidos irrigados por elas. Seu desenvolvimento é lento e progressivo, e é necessário haver uma obstrução arterial significativa, de cerca de 75% do calibre de uma artéria, para que surjam os primeiros sintomas isquêmicos (sintomas derivados da falta de sangue). A aterosclerose é uma doença sistêmica, acometendo simultaneamente diversas artérias do ser humano. ➔ A circulação mesentérica oferece múltiplas possibilidades de colateralização, que podem ser demonstradas angiograficamente. Entre a artéria mesentéricasuperior e o tronco celíaco, a colateralização se dá principalmente através Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot dos vasos gastroduodenais e pancreaticoduodenais. Já entre a artéria mesentérica superior e a artéria mesentérica inferior, a maior rede de anastomose ocorre através da artéria marginal de Drummond, uma artéria contínua ao cólon, formada por ramos da ileocólica e das cólicas direita, média, esquerda e sigmóidea. ➔ A presença de alargada artéria marginal de Drummond à angiografia sugere oclusão de uma das artérias mesentéricas. Nessa situação, outra comunicação que pode ser evidenciada é a arcada de Riolan, geralmente formada por ramos da cólica média e da cólica esquerda. Além da intercomunicação na própria circulação mesentérica, há importante colateralização com a circulação sistêmica. No território da artéria mesentérica inferior e da artéria ilíaca interna, essa comunicação se dá através das artérias hemorroidárias; já no território do tronco celíaco com aorta descendente, a comunicação ocorre através das artérias frênicas. ➔ Decerto, o suprimento sanguíneo da porção intra abdominal do trato gastrointestinal é ricamente dotado de intercomunicações e anastomoses, que ajudam a protegê-lo. No entanto, se essa verdadeira rede se tornar insuficiente, seja por um processo obstrutivo seja por uma condição que leve ao baixo fluxo nesse território vascular, ocorre a isquemia mesentérica. APRESENTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO DA ISQUEMIA ARTERIAL MESENTÉRICA O diagnóstico de isquemia intestinal é frequentemente realizado pela exclusão de afecções mais comuns. O paciente pode se queixar de dor abdominal isolada ou associada a outros sintomas, como náuseas, vômitos e diarreia; entretanto, tais queixas representam um quadro clínico amplo e que pode estar presente em outros distúrbios do trato gastrointestinal, como obstrução intestinal, complicações da litíase biliar, diverticulite ou, simplesmente, gastroenterite. Na avaliação laboratorial de rotina são solicitados hemograma, bioquímica do soro, coagulograma, gasometria arterial, amilase, lipase, ácido láctico, tipo sanguíneo, prova cruzada e enzimas cardíacas. Todavia, alterações nesses exames não são específicas para isquemia mesentérica. Informações adicionais podem ser obtidas por meio de métodos de imagem, como ultrassonografia com ecocardiograma Doppler bidimensional, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e angiografia. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA: A isquemia mesentérica crônica é caracterizada classicamente por dor abdominal ou angina intestinal, que se agrava com a alimentação. Essas manifestações clínicas costumam ocorrer cerca de 30 minutos após a refeição, perdurando por uma a três horas, período no qual o consumo de oxigênio é aumentado pela digestão. Além da dor, a perda de peso, decorrente da diminuição da ingesta alimentar, é também uma condição associada. Vômitos, diarreia e constipação estão presentes em uma minoria de pacientes. No entanto, como existem inúmeras causas de dor abdominal acompanhada de perda de peso, e porque a isquemia mesentérica crônica é uma doença rara, o diagnóstico de isquemia mesentérica crônica quase sempre é atrasado. Atualmente, não há testes que estabeleçam o diagnóstico definitivo, mas é a combinação entre a apresentação clínica e o achado de obstrução arterial mesentérica na ausência de outra causa óbvia que leva ao diagnóstico. A ultrassonografia com ecocardiograma Doppler bidimensional dos vasos viscerais pode auxiliar o diagnóstico de isquemia mesentérica crônica. Fatores de Risco: - Idade -Tabagismo - Diabetes - Hipertensão - Obesidade - Sedentarismo - Hipercolesterolemia Introdução: Desordem inflamatória Paciente assintomático Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ARCADA DE RIOLAN ➔ A conexão periférica mais próxima e paralela ao intestino grosso seria a arcada marginal. A mais medial, anastomosando as artérias cólicas média e esquerda, foi definida como artéria anastomótica central. Aquela conexão localizada na raiz do mesocólon transverso, unindo a artéria cólica média ao ramo ascendente da cólica esquerda, seria a arcada de Riolan. ➔ A presença de alargada arcada de Riolan é um sinal arteriográfico de obstrução arterial mesentérica superior ou inferior, estabelecendo, portanto, a circulação colateral. QUESTÃO: (Cesp – UNB 2013) A arcada de Riolan é uma importante via natural de anastomoses dos ramos viscerais que se forma entre: A - a artéria hepática comum e a artéria mesentérica superior. B - a artéria cólica direita e a cólica esquerda, ramo da artéria mesentérica inferior. C - a artéria cólica média, ramo da artéria mesentérica superior, e a cólica direita. D - a artéria cólica esquerda e a cólica média, ramo da artéria mesentérica superior. E - a artéria cólica direita e a artéria gastroepiplóica. QUADRO CLÍNICO: -Dor pós-prandial -Emagrecimento -Sopro na fossa ilíaca esquerda (arcada de Riolan) Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot EXAMES COMPLEMENTARES: -Eco-Doppler -Angio-TC -Arteriografia ( PADRÃO OURO ) TRATAMENTO: -Dieta fracionada e pouco volumosa -AAS/Cilostazol -Revascularização ➢ O objetivo do tratamento para a IMC é a revascularização mesentérica. O procedimento deve ser considerado em pacientes com angina intestinal (IMC sintomática), com estenose crítica documentada em pelo menos um dos três vasos mesentéricos principais e nos quais outras causas de dor abdominal crônica foram excluídas. Além disso, a revascularização pode ser considerada em pacientes assintomáticos que foram submetidos à reconstrução aórtica por doença oclusiva aortoilíaca e nos quais significativa oclusão mesentérica está presente, porque eles têm um risco aumentado de infarto após a cirurgia. Porém, a indicação para cirurgia em pacientes assintomáticos na ausência de uma necessidade de reconstrução aórtica não está clara. ➢ O tratamento com estatinas e a terapia antitrombótica são administradas a todos os pacientes, exceto para aqueles com contra-indicações. A anticoagulação oral também pode ser iniciada. Analgésicos e os nitratos intravenosos podem ser usados para o controle temporário da dor. Tratamento clínico ➢ Visa o alívio dos sintomas, tendo caráter meramente paliativo. ➢ Podem ser úteis: 1. Dieta pouco volumosa e fraccionada 2. Antiespasmódicos 3. Vasodilatadores Revascularização mesentérica Tratamento endovascular (Angioplastia com balão e/ou stent) A ATP, com ou sem colocação de stent, é indicada em pacientes com risco cirúrgico alto, tendo a vantagem de ser pouco invasiva, não requerer anestesiageral, laparotomia ou grandes procedimentos operatórios, além de, usualmente, reduzir significativamente os dias de hospitalização no período pós-operatório. O alívio sintomático imediato ocorre em 63-100% dos casos. Entretanto, complicações ocorrem em 18% dos casos, com mortalidade perioperatória de 4% e chance maior de reestenose (17-50% no primeiro ano), com recorrência dos sintomas. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Tratamento cirúrgico Tradicionalmente, o tratamento de escolha da IMC é cirúrgico, especialmente para os pacientes com risco cirúrgico baixo. Os procedimentos incluem bypass mediante enxerto via retrógrada ou anterógrada, a reimplantação da AMS na aorta e a endarterectomia mesentérica transparietal. A complicação mais temida pós-operatória é o infarto do intestino devido à falha técnica. ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA: DEFINIÇÃO A IMA é uma isquemia intestinal que ocorre como conseqüência da deficiência abrupta de fluxo sanguíneo nos territórios irrigados pela AMS, podendo, assim, afetar o intestino delgado ou a parte direita do intestino grosso. O TC e a AMI também podem ser afetados, mas, graças à circulação colateral, geralmente não produzem lesão isquêmica aguda, a menos que se afete também a AMS. Representa cerca de 30% de todas as formas de IM. É uma emergência catastrófica abdominal com uma taxa de mortalidade alta, em torno de 60-70%. INCIDÊNCIA A incidência real da doença é difícil estabelecer. A IMA tende a ocorrer com mais freqüência em mulheres do que em homens (2:1) e aumenta exponencialmente com a idade. A doença é rara antes dos 45 anos de idade e a maioria dos óbitos ocorre após a 7ª década. A maioria dos casos ocorre por embolia arterial (50%), seguida por trombose arterial (10%), trombose venosa (10%) e isquemia não-oclusiva (25%). TIPOS (FORMAS CLÍNICAS) Os diversos tipos de IMA são classificados de acordo com a sua origem vascular (arterial ou venosa) e com o tipo da oclusão vascular (embolia, trombose ou não oclusiva). A embolia das artérias mesentéricas ocorre predominantemente no território da AMS, em decorrência de seu calibre maior e de sua obliquidade ao se originar da aorta, seguida pela obstrução do TC e da AMI. Trombose Arterial Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Isquemia não oclusiva ➔ Ocorre por hipoperfusão, e está relacionada a pacientes cardiopatas na maioria das vezes, o quadro clínico é caracterizado por dor abdominal, fezes com sangue e distensão abdominal. Diagnóstico O paciente apresenta um quadro de dor desproporcional a alterações no exame físico, a tríade de dor abdominal, esvaziamento intestinal e doença cardíaca embolígena não estão presentes. Normalmente o quadro e dor abdominal inespecífica. Embolia Arterial– Fonte Cardíaca DIAGNÓSTICO: -Dor desproporcional ao exame físico -Diminuição da temperatura retal em relação à axilar -Leucocitose e acidose metabólica Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot TROMBOSE ARTERIAL: Normalmente são pacientes idosos e com aterosclerose, o quadro clínico é insidioso com dor abdominal, vômitos e inapetência. Podem ocorrer episódios de enterorragia. A oclusão trombótica normalmente ocorre junto ao óstio, o que leva a uma isquemia grave. EMBOLIA ARTERIAL: A embolia, predominantemente, tem origem nas cavidades cardíacas, geralmente é causada por um trombo mural associado a infarto do miocárdio ou fibrilação atrial. A extensão da lesão intestinal é variável e depende da localização topográfica do alojamento do êmbolo na AMS. Frequentemente, os êmbolos são grandes e se localizam alguns centímetros após a emergência da AMS, ao nível da cólica média raramente têm localização ostial e esporadicamente, alojam-se nas artérias distais. O paciente normalmente apresenta quadro de dor abdominal de início súbito e de forte intensidade, vômitos podem estar associados. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot TROMBOSE VENOSA: CONCLUSÃO: A interrupção da perfusão sanguínea mesentérica pode resultar em isquemia e necrose intestinal, diagnóstico difícil de estabelecer mas que é imperativo para o manejo adequado do paciente. Assim, o fator determinante para obtenção de sucesso no tratamento é o diagnóstico precoce. Ademais, é importante compreender que a isquemia mesentérica aguda e a isquemia mesentérica crônica são entidades distintas, sendo de fundamental importância o conhecimento da anatomia e da fisiopatologia dessas formas da doença. Na isquemia mesentérica aguda oclusiva, o prognóstico é reservado, permanecendo a cirurgia como método de tratamento padrão. No entanto, cada vez mais a abordagem percutânea tem sido considerada em pacientes selecionados. Na forma crônica da isquemia mesentérica, a intervenção percutânea é uma opção muito atraente, com taxas de sucesso e de sobrevivência comparáveis aos resultados cirúrgicos, e riscos de complicações menores. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot FIXANDO SEU CONHECIMENTO: (UFRJ 2004) Mulher, 80 anos, hipertensa, acamada, vem à emergência com dor abdominal difusa de forte intensidade há 12 horas. Exame físico: distensão abdominal, ausência de peristalse e fibrilação atrial. A gasometria arterial mostra ph 7,25, PACO2 35 mmHg. Leucócitos 13.000. O diagnóstico mais provável é: A - Diverticulite aguda B - Úlcera gástrica perfurada C - Infarto entero-mesentérico D - Colecistite alitiásica (FESP 2003) Dentre os achados abaixo, o mais típico da isquemia intestinal aguda é: A - Vômito B - Taquicardia C - Diarréia sanguinolenta D - Dor desproporcional ao exame físico (HMOBMG – 1998) Com relação à isquemia mesentérica aguda é incorreto afirmar que: A - a dor é difusa e intensa logo no início do quadro, e pode não responder a opióides. B - a palpação do abdômen é difícil desde o início do quadro clínico devido à intensa rigidez abdominal. C - o conteúdo gástrico ou fezes contêm sangue em alguma etapa do quadro. D - a amilase está frequentemente elevada. PARABÉNS, VOCÊ É UM CAMPEÃO! Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Hérnias da parede abdominal ● As hérnias inguinais são um problema frequente e o seu reparo representa a cirurgia mais comumente realizada por cirurgiões gerais. Nos últimos anos, novos princípios, produtos e técnicas têm mudado a rotina dos cirurgiões que precisam reciclar conhecimentos e aperfeiçoar novas habilidades. ● Hérnia da parede abdominal é definida como protrusão anormal de órgão ou víscera intra-abdominal recoberta por peritônio através de um orifício natural ou anômalo. A protrusão é resultante da pressão intra-abdominal sermaior que a externa e que, ao contrapor-se a parede abdominal, resulta em aumento da sua área de fraqueza. ➔ Traduzindo: Refere-se a um defeito na parede abdominal (orifício) devido a falha na musculatura e o conteúdo abdominal se insinua sobre essa falha, causando a hérnia. ETIOPATOGENIA: Defeitos congênitos e adquiridos Persistência do processo vaginal - Inguinal Indireta = O processo vaginal aparece por volta da 8ª semana do desenvolvimento fetal, sendo uma evaginação do peritônio parietal, o qual se insinua caudalmente pela parede abdominal para dentro das cavidades testiculares. Prematuridade e baixo peso Anormalidades congênitas: deformidades pélvicas, extrofia de bexiga OBESIDADE, TABAGISMO, DESNUTRIÇÃO = mais frequentes Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● A maioria das hérnias da parede abdominal está localizada na região inguinal. As hérnias ventrais, causadas por fraquezas da parede abdominal anterior, são classificadas como primárias (hérnia umbilical, hérnia epigástrica, hérnia de Spieghel) e secundárias (hérnia incisional). As hérnias lombares são as causadas por defeitos na parede abdominal póstero-lateral. O foco deste fascículo está direcionado para hérnias da parede abdominal, com exceção das hérnias inguinais, femorais e incisionais, que são delineadas em outros fascículos. ( Falaremos mais adiante ) APRESENTAÇÃO CLÍNICA: “Caraço” Dor discreta ou desconforto = protrusão de órgãos abdominais Parestesia = compressão dos nervos inguinais DIAGNÓSTICO: ➢ Redutível: quando é possível reposicionar o conteúdo da hérnia entre a musculatura circundante = conteúdo regressa espontaneamente ou após manipulação para a cavidade abdominal. ➢ Encarcerada/irredutível : quando não é possível reposicionar o conteúdo da hérnia entre a musculatura circundante = protrusão crônica ou irredutível à manipulação. ➢ Estrangulada: quando há comprometimento do suprimento sanguíneo para seus conteúdos. É uma complicação grave = DOR SÚBITA. ENCARCERADA + COMPROMETIMENTO DA VASCULARIZAÇÃO = NECROSE = PERFURAÇÃO = ABDOME AGUDO = MORTE. QUANTO À LOCALIZAÇÃO: ❏ Externa: protrusão através de todas as camadas da parede abdominal ❏ Interna: protrusão do intestino através de defeito na cavidade peritoneal ❏ Intraparietal: saco herniário contido na camada musculoaponeurótica da parede abdominal. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● A manobra de Valsalva, amplamente difundida, é realizada ao se exalar (emitir ou lançar fora de si forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, forçando o ar em direção ao ouvido médio se a tuba auditiva estiver aberta. Esta manobra aumenta a pressão intratorácica, diminui o retorno venoso ao coração e diminui a pressão arterial, além de evidenciar sopros e hérnias abdominais. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvido_m%C3%A9dio https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuba_auditiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_arterial Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● A técnica de Mayo consiste na imbricação das bordas aponeuróticas, para propiciar uma maior superfície de adesão. PARA HÉRNIAS MAIORES DE 3 CM: USAR TELAS = maior consistência da parede abdominal diminuindo o risco de recidivas. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● As pessoas que têm hérnia Ventral são geralmente capazes de observar uma saliência na região Anterior do abdome (Ventral). Essa saliência fica embaixo da pele e se torna mais evidente quando a pessoa tosse, ergue peso ou faz força. Muitos indivíduos sentem desconforto ou dor (fraca ou forte) quando fazem esforço físico excessivo. Após alguns meses ou anos, a hérnia pode aumentar de volume. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● As hérnias de Spiegel (HS) apresentam-se como um defeito da parede abdominal, ocorrendo através da aponeurose spigeliana, entre a linha semilunar (que marca a transição do músculo para a aponeurose no músculo transverso abdominal) e a borda lateral do músculo reto, logo abaixo da linha arqueada de Douglas e, geralmente, acima dos vasos epigástricos superiores, em zona denominada de o “cinturão da hérnia spigeliana”. Este defeito pode se estender desde a nona cartilagem costal até a espinha púbica. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● A região lombar é definida superiormente pela 12ª costela, medialmente pelo músculo eretor da espinha, inferiormente pela crista ilíaca e lateralmente pelo músculo oblíquo externo. Os defeitos das hérnias lombares, congênitos ou adquiridos, têm como base a aponeurose do músculo transverso do abdome e, com a expansão da hérnia, subseqüente envolvimento das camadas mais superficiais. ● O diagnóstico clínico das hérnias lombares é considerado difícil, sobretudo em pacientes obesos e nos assintomáticos. A apresentação clínica mais comum da hérnia lombar é a presença de abaulamento na parede abdominal Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot póstero-lateral que se torna mais evidente com a tosse e o esforço físico. A região abaulada usualmente é redutível e desaparece com o decúbito. As queixas referidas pelo paciente incluem o desconforto abdominal, fadiga e dor na região dorsal. Ocasionalmente, as hérnias lombares são assintomáticas. Ao exame físico, a palpação do abdome não é considerada um meio apropriado de diagnóstico de hérnia lombar, porque não permite a diferenciação entre a hérnia verdadeira e o adelgaçamento da parede abdominal por atrofia muscular. ● Embora menos comum, a hérnia lombar pode estar associada com um quadro clínico de obstrução intestinal, caracterizada por náuseas, vômitos, distensão abdominal e palpação de um abaulamento não redutível na parede abdominal póstero-lateral. Quando se palpa um tumor não redutível, torna-se fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial com outros processos patológicos comuns, tais como lipomas, fibromas, hematomas e abscessos, tumores renais e hérnias musculares. ● As hérnias lombares ocorrem através do trígono lombar inferior de Petit e através do trígono lombar superior de Grynfeltt. No trígono de Petit, o limite inferior ou base do espaço triangular é a crista ilíaca, o limite lateral é a margem posterior do músculo oblíquo externo, o limite medial é a margem anterior do músculo latíssimo do dorso (grande dorsal) e o assoalho é formado pelas aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome. O trígono de Grynfeltt distingue-se por ter uma localização superior e medial e por ser um espaço triangular mais largo,em comparação ao trígono de Petit. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot HÉRNIA INGUINAL INDIRETA (mais frequentes): são formadas quando o conduto peritônio vaginal e não se torna uma estrutura obliterada completamente, por isso, quando é feito algum esforço abdominal, estruturas intra-abdominais se passam pelo anel inguinal interno e descem o canal inguinal. HÉRNIA INGUINAL DIRETA: quando estruturas abdominais empurram a fáscia transversalis na região do triângulo de Hesselbach e cai no canal inguinal. TRIÂNGULO DE HESSELBACH: área na fáscia transversalis ainda mais vulnerável a ser projetada pelas estruturas peritoneais. Essa área é formada pelos vasos epigástricos inferiores, projeção posterior do lig. Inguinal e pela borda lateral do reto abdominal. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● A hérnia de Richter, também conhecida como enterocele parcial, é a protrusão com encarceramento ou estrangulamento da borda antimesentérica intestinal por meio de um pequeno defeito da parede abdominal. A hérnia de Richter é uma condição rara, com sintomas e sinais atípicos, de instalação insidiosa, que podem levar a diagnósticos errôneos ou tardios, podendo progredir rapidamente para necrose e perfuração. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ➔ Orifício miopectíneo de Fruchaud: Foi descrito por Fruchaud em 1956, e corresponde aos locais comuns para o surgimento de todas as hérnias na região inguinal, sendo delimitado medialmente pelo músculo reto abdominal, inferiormente pelo ligamento pectíneo, lateralmente pelo músculo psoas e superiormente pelos músculos transverso abdominal e oblíquo interno (arco transversal). ● Hérnia Inguinal Externa: lateralmente aos vasos epigástricos inferiores ● Hérnia Inguinal Direta: medialmente aos vasos epigástricos inferiores ● Hérnia Inguinal Femoral: abaixo do trato íleo-pectíneo, junto a lacuna dos vasos epigástricos. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Manobra de Landivar: obstrui o anel interno por cima da pele e pede para fazer Valsalva. Se houver abaulamento trata-se de hérnia direta, pois o orifício de saída do saco herniário indireto (anel interno) está obstruído. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● Se sentir o abaulamento na ponta do dedo é uma hérnia inguinal indireta, se sentir na porção lateral do dedo consiste numa hérnia inguinal direta. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Região vermelha = localização dos vasos Região amarela = localização dos nervos Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Abdome Agudo Definições: 1.“Aquele que requer uma decisão aguda” (Moore, 1959) 2.“Afecção aguda intra-abdominal que necessita de uma operação imediata” (Bostford & Wilson, 1979) 3.“Síndrome caracterizada por dor abdominal difusa ocorrendo em pleno estado de saúde ou como complicação de uma doença conhecida ou não, indicando uma intervenção cirúrgica de urgência” (Alves, 1980) 4.“É toda condição dolorosa de início súbito” (Abrantes, 1984) •“Condição mórbida súbita, inesperada, manifestada por dor abdominal aguda, que requer tomada de decisão urgente quanto à terapêutica a ser instituída de imediato” (Zuccaro, 1993) = mais correta •“Abdome agudo é um síndrome dolorosa aguda de intensidade variável, que leva o doente a procurar médico ou serviço de emergência, e requer tratamento imediato clínico ou operatório. Não tratado, evolui para piora dos sintomas e progressiva deterioração do estado geral” (Rasslan, 2001) Dor abdominal: •5 a 10% de adultos que procuram o PS •18 a 42% de consultas há internações-mais idosos •40 % não se consegue etiologia •ABDOME É UMA CAIXA DE SURPRESAS Situações especiais: •IDOSO •PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO OU COM HIV •MULHERES EM FASE REPRODUTIVA OU GRÁVIDA CLASSIFICAÇÃO •Abdome Agudo Inflamatório •Abdome Agudo Obstrutivo •Abdome Agudo Perfurativo Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot •Abdome Agudo Hemorrágico •Abdome Agudo Vascular Abdome Agudo: Tipos DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO NO ABDOME AGUDO: PRINCIPAIS EXAMES SUBSIDIÁRIOS: •Hemograma •Lipase e amilase Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot •Urina tipo I •Radiografia de abdome •Ultrassonografia •Tomografia abdominal •Laparoscopia Subtipos de Abdome Agudo Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot HISTÓRIA E EXAME FÍSICO: •São os meios mais efetivos para se diagnosticar o abdome agudo. •É possível identificar entre 75 a 90% das causas de abdome agudo. SINAIS PERITONEAIS: •Dor a descompressão, sensibilidade de 81% e especificidade de 50% •Na FID tem de 63 a 82% de sensibilidade e 69 a 90% de especificidade para Apendicite. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Diagnóstico diferencial de dor abdominal Abdome Agudo TRATO GASTRO-INTESTINAL Apendicite Aguda Obstrução Intestinal Úlcera Perfurada Hérnia Encarcerada Perfuração Intestinal Infarto Mesentérico Diverticulite Doença Inflamatória Intestinal Síndrome De Mallory-Weiss Gastroenterite Gastrite Adenite Mesentérica Infecção Parasitária Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot FÍGADO, VIA BILIAR, PÂNCREAS , BAÇO E TRATO URINÁRIO Colecistite Aguda Colangite Abscesso Hepático Ruptura Hepática Cólica Biliar Hepatite Aguda Infarto Esplênico Ruptura Esplênica Pancreatite Aguda Cólica Renal Pielonefrite Cistite Infarto Renal GINECOLOGIA, VASCULAR, PERITONEAL E RETROPERITONEAL Gravidez Ectópica Tumor Ovariano Cisto Ovário roto Salpingite Endometriose Dismenorréia Aneurismas Abscessos Intra Abdominais Peritonite Primária Tuberculose Peritoneal Hemorragia Retroperitoneal Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot DOENÇAS QUE SIMULAM ABDOME AGUDO ● Pielonefrite ● Ureterolitíase ● Pneumonias ● Uremia ● Tuberculose Peritoneal ● Febre tifóide ● Anemia Falciforme ● Colagenoses ● Herpes Zoster ● Cetoacidose diabética Tipos de dor • profunda • bem localizada • difusa • mal definida, •linha média do abdome ou nos quadrantes da parede abdominal (dependendo da inervação da víscera de onde partem os estímulos) • cólica Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Estímulos para Dor Abdominal • Distensão • Isquemia • Inflamação • Infiltração neural dos plexos nervosos Irritação Peritoneal 1. suco gástrico 2. bile 3. pancreático 4. pus 5. sangue Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot Exame físico•Inflamatório: DB+, defesa abdominal, RHA↓ •Obstrutivo: distensão abdominal, RHA↑ •Perfurativo: abdome em tábua, Joubert + •Vascular: distensão e defesa abdominal, RHA↓ •Hemorrágico: palidez cutânea, DB+ Exames bioquímicos Exames Radiológicos •RX abdome e tórax Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot ● OBSTRUÇÃO CÓLON INTUSSUSCEPÇÃO CÓLON A intussuscepção é uma emergência médica que envolve a obstrução do intestino. Pode ser fatal se não for tratada. Ocorre com mais frequência em crianças. Os sintomas incluem choro alto e repentino recorrente a cada 15 a 20 minutos, vômitos e fezes misturadas com sangue e muco. Pode ser possível reposicionar o intestino utilizando um enema. Se isso não der certo, poderá ser necessário realizar uma cirurgia. Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: VIDEOLAPAROSCOPIA CONDUTA 1.Caracterizar diagnóstico sindrômico 2.Definir se tratamento é operatório 3.Não retardar intervenção Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot CONSIDERAÇÕES FINAIS: 1.Diagnóstico é clínico baseado na anamnese e exame físico 2.Dor abdominal é o “sintoma-guia” 3.Existem afecções clínicas que se manifestam com dor e podem simular abdome agudo Deborah Oliveira Maria Karolina Palitot 4.Pode ser a primeira manifestação de uma doença crônica 5.Mais importante que o diagnóstico etiológico, é definir a conduta (necessidade de tratamento operatório).
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