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Victoria Karoline Libório Cardoso Dor torácica Introdução A dor torácica é uma condição de alta morbimortalidade. Condições potencialmente graves: ● Síndrome coronariana aguda. ● Dissecção de aorta. ● Embolia pulmonar. ● Pneumotórax hipertensivo. ● Tamponamento pericárdico. Avaliação inicial da dor torácica 1° abordagem ao paciente: ● Estabilização hemodinâmica. ● Monitorização de PA, FC, FR, temperatura e saturação de O2. ● Acesso venoso calibroso. ● Solicitar marcadores de necrose miocárdica. ● Eletrólitos, glicemia, função renal e coagulação. ● AAS 200 a 300 mastigável. ● ECG de 12 derivações (em no máx. 10 min). ● Raio-X de tórax p/ diagnóstico diferencial. ● Anamnese e exame físico direcionados. Anamnese direcionada Deve-se buscar a caracterização da dor e os fatores de risco para Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Pergunta-se: ● Há quanto tempo começou? ● Teve fator desencadeante? ● Qual a localização? ● Tem irradiação? ● Há melhora com nitrato sublingual? ● Qual a intensidade? ● Quais as características da dor? (em aperto, queimação, ventilatório dependente…) ● Tem sintomas associados? dispneia, palpitações, síncopes… ● (Fatores de risco) É tabagista, tem HAS ou DM, possui passado de IAM…? Classificação da dor Esse é o dado mais importante para verificar a presença de doença coronariana aguda. Caráter da dor: ● Típica: constrição, compressão e queimação. ● Atípica: pontadas, agulhadas, piora ao respirar. Localização da dor: ● Típica: retroesternal. ombro esquerdo, pescoço, face, dentes, região epigástrica. ● Atípica: ombro direito, hemitórax direito. Fator desencadeante: ● Típica: ao repouso. ● Atípica: exercício físico, estresse ao frio. Dor tipo A: definitivamente anginosa - presença de características típicas. Dor tipo B: provavelmente anginosa - presença de 2 características típicas. Dor tipo C: provavelmente não anginosa - presença de 1 característica típica. Dor tipo D: definitivamente não anginosa - nenhuma característica típica. Exame físico Direciona-se o exame físico, para avaliação de sinais de gravidade e exclusão de diagnósticos diferenciais. Avalia-se: ● Estado geral. ● PA nos dois membros. ● Pulso. ● Frequência respiratória. ● Ap. respiratório: crepitações e congestão pulmonar. ● Ap. cardiovascular: 3° bulha cardíaca, hipofonese, sopro e disfunções ventriculares. ● Sinais de má perfusão. ● Função neurológica (Gasglow). obs: a PA deve ser medida nos dois membros e em caso de assimetria a principal suspeita deve ser Dissecção de Aorta. Diagnóstico Inicialmente busca-se identificar ou excluir a SCA, visto que é a principal causa grave de dor torácica. Exames iniciais ● ECG; ● Raio-x de tórax; ● Troponina; ● Angiotomografia; ● Ecocardiograma; ● Enzimas pancreáticas; Obs: ECG e Raio-X são principalmente utilizados para diagnóstico diferencial de SCA, dissecção de aorta e TEP. Tratamento Sínd. coronariana aguda (SCA) ● Morfina: IV 2-4 mg a cada 5-15 minutos. ○ Contraindicação (CI): hipotensão e infarto da parede inferior. ● Oxigenioterapia: quando O2 < 94%. ● Nitrato: 5 mg mastigável. ○ CI: hipotensão, bradicardia, infarto de VD. ● Betabloqueador: metropolol 50 mg. ○ Contraindicação: FC < 60; PAS < 100; BAV de 2° ou 3°. ● Aspirina: 160 a 325 mg. ○ CI: úlcera ativa. ● Aspirina: 300 mg. ● IECA: captopril 2,5 mg. ● Terapia de reperfusão: com angioplastia ou trombolítico. Embolia pulmonar ● Heparina não fracionada: dose de ataque 80 UI/kg; depois: infusão contínua com dose inicial de 18 UI/kg/h. Dissecção da aorta ● Betabloqueador: esmolol, bolus inicial de 500 ug/kg, seguido de infusão de 50-200 ug/kg/min. ● Nitroprussiato de sódio: infusão inicial de 0,5 a 3 ug/kg/min. ○ Não se usa sem o betabloq. devido a taquicardia. ● Morfina: IV 2-4 mg a cada 5-15 minutos.
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