Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tecido Sanguíneo PLAQUETAS: - São pedaços de células. - Relacionadas intimamente com a coagulação sanguínea. - Produzidas na medula óssea vermelha. - Originam da fragmentação dos megacariócitos (células grandes) → megacariócitos tentam entrar nos sinusóides da medula óssea vermelha e lançam prolongamentos que se fragmentam e formam as plaquetas. - Entre 15 a 20 microtúbuos delimitam a forma das plaquetas, conferindo o aspecto característico de meia lua → conjunto de microtúbulos recebe o nome de hialômero. - Possuem mitocôndrias. - A membrana plasmática dessa célula sofre uma série de dobras internamente, formando um sistema tubular → túbulos com a abertura na superfície para aumentar a superfície de contato. - As plaquetas apresentam três tipos de grânulos: ✓ Grânulos lambda: lisossomos → hidrolases participam da remoção de coágulos; ✓ Grânulos delta e grânulos alfa: possuem moléculas relacionadas aos mecanismos de coagulação sanguínea (como adenosina, tromboplastina, ADP). - Plaquetas ativas degranulam e liberam as superfícies presentes nos grânulos - Em condições normais, as plaquetas entram em ação quando há a lesão do endotélio → plasma entra em contato com o colágeno e desencadeia uma série de reações químicas que levam à formação do coágulo, que retém o sangue que estava saindo do vaso → muitas moléculas são utilizadas para promover o fechamento do vaso, por isso não precisa ter destruição completa do vaso. - Quando o vaso não está lesado, as células endoteliais possuem as moléculas que inibem a coagulação sanguínea, mas quando há lesão, essas moléculas deixam de ser produzidas, permitindo a ação das plaquetas → ajudam no mecanismo de coagulação. - Ativação plaquetária → degranulação. - Com a lesão, células endoteliais liberam endotelina (substância vasoconstritora) e trombopastina tecidual. - No local da lesão, há um aumento na quantidade de plaquetas, e as moléculas que estavam presentes nos grânulos alfa são liberadas para auxiliar na coagulação. - Degranulação: liberação de ADP e trombospondina, que aumentam a adesão plaquetária - Fator plaquetário 3: liberado para proporcionar superfície adequada para organização do fatores da cascata de coagulação, formando a fibrina (que forma uma malha para reter as células do sangue) e o retículo de coágulo (tecido temporário) → atua na membrana plasmática das plaquetas. - Coágulo formado estanca o sangue, que volta a circular dentro do vaso. Posteriormente, deve ocorrer o mecanismo de regeneração da parede do vaso. - Actina e miosina → retração do coágulo – contraem, puxando as partes lesadas uma para mais perto da outra. Posteriormente, as células endoteliais promovem mitoses para reconstituir a parede do vaso. - Parede do vaso reconstruída: células endoteliais liberam moléculas que convertem plasminogênio em plasmina (enzima) → remoção do coágulo (auxiliada pela degranulação dos grânulos lambda, que liberam hidrolases). - Quando o coágulo for removido, a superfície do vaso torna-se lisa novamente. HEMÁCIAS: - Disco bicôncavo → 7,4μm de diâmetro, 20 μm de espessura na região mais larga, menos de 1 μm no centro. - Esta forma dá grande superfície em relação ao seu volume, aumentando assim sua capacidade de efetuar trocas gasosas. - A principal função da hemácia é o transporte de gases: O2, CO2, CO, NO. - Produzidas na medula óssea vermelha (2 milhões de hemácias produzidas por segundo). - Quando maduras, não possuem núcleo e são desprovidas de organelas. - Possuem a enzima anidrase carbônica. OBS: tempo médio de vida das hemácias é de 120 dias. - À medida que a hemácia envelhece, o ácido ciálico presente nos oligossacarídeos do glicocálice dessa célula desaparece, tem seus resíduos retirados e expõe a glicose, sinalizando para que os macrófagos fagocitem essa glicose (processo feito principalmente pelo baço, mas também pelo fígado e medula óssea vermelha). - 1/3 da hemácia por dentro é composta por moléculas de hemoglobina. - Quando a hemácia é destruída, a globina da hemoglobina vai para o fígado para produção de bile e o ferro do radical hemi é transportado para a medula óssea vermelha para formar mais hemácias. - Hemácias jovens são mais maleáveis para passar pelos capilares, e conforme envelhecem, vão perdendo essa maleabilidade → relacionado à interação entre o citoesqueleto e as proteínas de membrana. - Membrana plasmática com proteínas transmembranas acopladas ao citoesqueleto da célula (banda 3 – canal aniônico que permite a saída do bicarbonato e entrada do cloreto - antiporte) → confere flexibilidade à membrana plasmática da hemácia. - Oligossacarídeos presentes no glicocálice determinam os grupamentos sanguíneos do sistema ABO e fator RH. - Alterações na forma, no número, na quantidade de ferro e hemoglobina da hemácia são causas de anemia. - 42 a 45% do sangue é composto por hemácias → elemento figurado mais numeroso. LEUCÓCITOS: - Células de defesa do corpo. - 6500 a 10000 leucócitos por mm3 de sangue. - Usam a corrente sanguínea como meio de transporte de uma região para a outra do corpo, chegam ao seu destino e abandonam a corrente sanguínea. - Polimorfonucleares: possuem núcleos de diferentes formas. - São classificados em 2 tipos: ✓ Granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Nomes dados de acordo com a afinidade pelo corante. Eosina – corante ácido (eosinófilo ou acidófilo). ✓ Agranulócitos: linfócitos e monócitos → não são observados grânulos na microscopia. - Nomes das células são dados pela afinidade com o corante. - Neutrófilos são os mais encontrados no sangue dentre as células brancas. • : - Núcleos são divididos em lóbulos. - Quanto mais lóbulos no núcleo, mais velha é a célula. - Lóbulos são ligados por uma fina cromatina. - Possui de 9 a 12 µm de diâmetro. - Cromatina sexual: corresponde ao cromossomo X inativo → determinação citológica do sexo. - Grânulos azurófilos, específicos e terciários. - Esses grânulos azurófilos são os lisossomos. - Grânulos específicos: contêm substâncias específicas que variam conforme o tipo de célula analisada. - Neutrófilo é produzido na medula óssea vermelha e liberado na corrente sanguínea quando maduro → uma parte desses neutrófilos fica circulando e outra parte fica marginada (presa na parte interna do vaso sanguíneo). - Atuação do mecanismo de defesa: macrófago possui fatores quimiotáticos com o neutrófilo, atraindo-o → neutrófilo sai do vaso em direção ao local de ação dos macrófagos. - O neutrófilo se associa ao endotélio, que começa a produzir moléculas de selectina, CAM’s para que a membrana do neutrófilo se ligue à célula endotelial: rolling → adesão → transmigação. Nesse percurso, o neutrófilo deforma entre as células endoteliais e atravessa a parede do vaso. Esse processo é denominado diapedese. - A célula cumpre sua função após se aderir à matriz conjuntiva → ativação do mecanismo de defesa. • Mecanismo de ação dos neutrófilos: - Membrana plasmática com receptores de selectina → selectina de células endoteliais → expressam CAM 1 → integrinas de neutrófilos prendem-se a CAM 1 → grânulos terciários liberam a enzima gelatinase para romper a lâmina basal → neutrófilos atravessam a parede dos vasos → degranulação de neutrófilos que estão na matriz extracelular do tecido conjuntivo → libera grânulos específicos, que contêm leucotrienos, prostaglandinas, histamina, bradicinina (moléculas vasodilatadoras) → aumenta a permeabilidade do vaso para a diapedese das outras células brancas, mas também promovem extravasamento do plasma → início da inflamação. - Diapedese → fagocitose → digestão intracelular (grânulos azurófilos) para realizar a destruiçãodo antígeno → morte de bactérias e neutrófilos. - Explosão respiratória → produção e liberação de radicais livres na matriz extracelular do tecido conjuntivo para destruir o antígeno, como superóxido, peróxido de hidrogênio e ácido hipocloroso, mas acaba machucando o tecido → catalase e peróxido de glutationa diminuem o dano tecidual após a explosão respiratória, neutralizando a ação dos radicais livres. - Morte de bactérias e leucócitos no final do processo inflamatório → gera o pus. - Desde o início da inflamação, já está ocorrendo uma modulação do processo inflamatório, que atinge um ponto máximo e depois começa a regredir. • - Possui cromatina delgada, núcleo bilobulado e grânulos azurófilos e específicos no citoplasma. - Apresentam de 10 a 14 µm de diâmetro. - São 4% dos leucócitos - Células muito comum em alergias e verminoses. - A região central do grânulo específico é mais escura, enquanto a periferia é mais clara. ✓ Região interna – densa – internum. ✓ Região externa – pouco densa – externum. • Mecanismo de ação dos eosinófilos: - Fator quimiotático de eosinófilos (histamina e leucotrienos) → vasodilatação e aumento da permeabilidade da membrana → ligação com receptores da membrana plasmática dos eosinófilos → migração de eosinófilos para locais parasitados por vermes ou de reação alérgica → diapedese → degranulação → liberação das partes internum e externum do grânulo específico. - Liberação do internum e externum → proteína básica principal, proteína catiônica de eosinófilos, neutrotoxina derivada de eosinófilo, ribonuclease de ação antiviral → promovem buracos na parede do verme → morte dos vermes ou formação de poros, nos quais entram O2 e H2O4 (radicais livres) através da explosão respiratória. - O grânulo específico possui agentes moduladores → moléculas que inativam leucotrienos (arilsulfatase) e histamina (histaminase) → modulação do mecanismo de defesa → inibição da resposta inflamatória. • - Apresenta núcleo retorcido. - Possui grânulos azurófilos e específicos. - Presente em respostas alérgicas e inflamatórias. - Está em menor quantidade no sangue. - Possui mecanismo de ação semelhante ao dos mastócitos. Por isso, o mecanismo de ação dos basófilos difere do mecanismo dos neutrófilos e dos eosinófilos. - Possui de 8 a 10 µm de diâmetro. • Mecanismo de ação dos basófilos: - Para que o basófilo entre em atividade, deve ocorrer uma sensibilização → entrada do antígeno pela 1ª vez no corpo → ativa a resposta imunológica humoral, que produz imunoglobulinas (Igg e IgE) → IgE fixa-se na membrana plasmática do basófilo → pessoa está sensibilizada para aquele tipo de antígeno. - Segunda exposição ao mesmo antígeno → o antígeno se liga à IgE presa na membrana plasmática do basófilo (segmento FcɛRI) → ativação da via de segundo mensageiro → degranulação → liberação do conteúdo dos grânulos específicos. - Degranulação → ativação da enzima fosfolipase A na célula → cliva fosfolipídios de membrana do basófilo → promove liberação do ácido araquidônico → produção de substâncias farmacológicas e inflamatórias → fator ativador de plaquetas, leucotrieno B, tromboxano A2ç, leucotrienos, bradicinina, TNF, interleucino, prostaglandinas... → respostas alérgicas e inflamatórias. • - Sai do vaso sanguíneo e, por diapedese, origina o macrófago (no tecido conjuntivo). - Macrófagos tipo células apresentadoras de antígenos, fagocitam Ag e apresentam suas partes antigênicas, os epítopos, em conjunto com as proteínas integrais, o antígeno leucocitário humano tipo II----Classe II HLA, ou antígenos complexo principal de histocompatibilidade-MHC II a células imunocompetentes. - Macrófagos fundem uns aos outros e formam células gigantes de corpo estranho, que fagocitam partículas estranhas. - No sistema nervoso, origina os microgliócitos; na pele, diferencia-se nas células de Langerhans; nos linfonodos, origina as células dendríticas; no fígado, diferencia-se em células de kupffer → todas são células que realizam fagocitose e processam antígenos. - Não possui granulação. - Sistema mononuclear fagocitário → fagocitam e destroem células mortas, antígenos e material em partículas. - APCs → células apresentadoras de antígenos → complexo de histocompatibiliade tipo 2 (MHC da classe 2). - Produzem citocinas que ativam a resposta inflamatória, assim como a proliferação e a maturação de outras células.. • - Núcleo grande, denso e arredondado (com pequena edentação, ocupa a maior parte da célula), grande quantidade de heterocromatina, com localização excêntrica. - Possuem de 8 a 10 µm de diâmetro. - São agranulócitos e constituem de 20 a 25% dos leucócitos circulantes. - Escassa quantidade de citoplasma periférico, com algumas mitocôndrias, pequeno aparelho de Golgi e REG, pequenos lisossomos e abundante suprimento de ribossomos. - Divididos em linfócitos T, linfócitos B e células nulas (células que ainda não se diferenciaram em linfócitos – intermediárias). - 80% dos linfócitos circulantes são células T e 15% são células B. - Produzidos na medula óssea vermelha, mas não têm capacidade de cumprir o mecanismo de defesa. - Linfócito T amadurece no córtex do timo → é uma célula T não imunocompetente antes de chegar no timo. Lá, a célula vai ser testada em reconhecer uma célula do corpo e não combatê- la, e reconhecer uma célula que não é do corpo e combate-la. Se a célula passar nesse “teste”, ela é liberada no sangue e vai para os órgãos linfáticos, tornando-se uma célula imunocompetente virgem. Depois de ativada, essa célula diferencia- se em killer (citotóxico), helper e supressor. - Linfócito B amadurece, na espécie humana, na medula óssea vermelha. Quando ativado, essas células produzem linfócitos B de memória e plasmócitos, que produzem anticorpos.
Compartilhar