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Prof. Alexandre Fernandes UNIDADE I Centro de Distribuição: Estratégias e Localização Demonstrar como os centros de distribuição (CDs) têm papel fundamental e estratégico nas atividades logísticas e empresariais. “A distribuição física de produtos constitui-se em permanente desafio logístico. A escolha do posicionamento e da função das instalações de armazenagem é uma definição estratégica. É parte de um conjunto integrado de decisões, que envolvem políticas de serviço ao cliente, políticas de estoque, de transporte e de produção que visam prover um fluxo eficiente de materiais e produtos acabados ao longo de toda a cadeia de suprimentos” (LACERDA, 2000). Objetivo Atualmente, essa definição tem passado por transformações profundas, envolvendo serviços que vão muito além da tradicional estocagem de curto e médio prazo. As empresas procuram cada vez mais agilizar o fluxo de materiais, comprimindo o tempo entre o recebimento e a entrega dos pedidos, para reduzir os investimentos em estoque. Nesse ambiente, o papel da armazenagem é ter a capacidade de resposta rápida, e muitos dos serviços executados visam justamente reduzir as necessidades de estoque. Acompanhando esse cenário, o mercado está migrando para a centralização de estoque, facilitando a entrega direta e contínua em cada ponto de venda, fazendo os CDs assumirem um papel de relevância logística. Objetivo Com o passar dos anos, percebemos que a indústria, o comércio, bem como o atacado e o varejo, passaram por mudanças em relação aos hábitos dos consumidores, suas necessidades, expectativas e, claro, os seus próprios direitos como consumidores. O Brasil atual é amplamente diferente daquele de décadas passadas. Existe crescimento das classes sociais e evolução nas indústrias, e o consumo por novos produtos tem aumentado ao longo dos anos. A evolução tecnológica é outro fator predominante no crescimento e no consumo populacional. A preocupação com a sustentabilidade, o meio ambiente e a imagem da empresa reforçam a necessidade de melhoria e aprimoramento de suas atividades. Objetivo No Brasil, os nossos custos logísticos são altos, e a maioria ou parte das empresas não vê na logística uma forma de tornar o seu negócio próspero e competitivo. Muitas tratam-na como um custo, ou seja, apenas gasto. Não existe uma infraestrutura favorável; e a falta de investimento em alguns setores estratégicos, como o transporte, podem ser fatores determinantes para que empresas encarem a logística com um ar de desconfiança. Desafio ou oportunidade? Cabe ao estrategista e ao profissional da área de logística acreditar no potencial e na capacidade que as atividades logísticas podem proporcionar às empresas que conseguirem mudar esse conceito. Introdução Para aumentar a competitividade e aprimoramento das atividades logísticas, é necessário pensar e agir na Logística Integrada, desenvolvendo esse trabalho pensando nos custos menores de produção. Ainda, é importante possuir um cenário ideal para venda e entrega das mercadorias, alinhar todas as atividades internas, bem como ver no cliente um gerador de negócios para a empresa. Introdução Antes de iniciarmos nossos estudos sobre CD, vamos entender primeiramente o que é estratégia e sua localização dentro do conceito logístico. A definição de logística é algo rotineiro para os profissionais da área. O jargão “produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e ao menor custo possível” deve, hoje, fazer parte de nossas atividades. É algo tão comum e obrigatório quanto as nossas necessidades diárias, como um bom e merecido descanso. E você, como futuro ou atual gestor da área, tem que saber sobre a importância e a necessidade de ser um estrategista hoje, ou seja, aquele profissional capaz de buscar soluções sem perder a qualidade de seus serviços e a presteza com que realiza e assume as responsabilidades diárias em suas atividades. Estratégia – conceitos Segundo o dicionário Aurélio: Estratégia – 1. A arte de dirigir ou aplicar os recursos bélicos, planificar as operações de guerra etc. 2. Habilidade em dispor as coisas para alcançar uma vitória; ardil; manha; astúcia. Estrategista – Pessoa perita em estratégia. Como você pode perceber, a estratégia está associada à arte e à habilidade em dispor seus recursos para alcançar uma determinada vitória. Ser um estrategista é buscar recursos e agir com habilidade. Será que um profissional de logística precisa ser um estrategista? Estratégia – conceitos Estratégia é uma palavra de origem grega que significa general no comando das tropas, e seu uso era comum há muitos anos. Está associada à estratégia militar e estrategista. O termo estratégia foi muito difundido e usado por Napoleão Bonaparte em suas atividades militares. Atualmente, Napoleão é considerado um grande estrategista, devido às glórias conquistadas e suas habilidades em utilizar estratégias para derrotar seus inimigos. Esta personagem da história, antes de tudo, conhecia os pontos fortes e fracos de seus adversários. Alguma semelhança com nossas atividades atuais? O termo estratégia teve seu significado associado à atividade empresarial a partir da Revolução Industrial, período em que a concorrência não era tão acirrada; porém havia a quantidade de fábricas, o número reduzido de produtos e o temor sobre a espionagem e que os grandes industriais da época utilizassem a estratégia como um diferencial competitivo. Estratégia empresarial O assunto e a palavra são, de certo, vastos e polêmicos. Existem múltiplas definições sobre estratégia que foram incorporadas ao seu repertório semântico ao longo do tempo. Alguns exemplos ajudam a esclarecer a evolução do conceito e suas interpretações: Von Newmann e Morgenstei – estratégia está associada a atividades empresariais. Drucker – analisar a atual situação e possível mudança quando necessário. Ansoff – uma possível regra para decisões no mercado. Ackoff – a estratégia será adotada e definida a partir dos objetivos de longo prazo e os meios para alcançá-los. Michael Porter – um meio que as empresas adotam para tornarem-se competitivas. Estratégia empresarial A tese de Porter é que a noção que fundamenta o conceito de estratégia como um todo está na vantagem competitiva e no âmago de qualquer estratégia e, para obtê-la, é preciso que uma empresa faça uma escolha (trade off), ou seja, trata-se de uma estratégia de caráter financeiro. Se uma organização deseja obter uma vantagem competitiva, ela deve fazer uma escolha sobre o tipo de vantagem competitiva que busca obter e sobre o escopo dentro do qual irá alcançá-la. Ser competitivo é buscar soluções para que uma instituição seja, acima de tudo, lucrativa. Estratégia empresarial Dentro das definições de estratégia, qual a definição para Ansoff? a) Estratégia está associada a atividades empresariais. b) Uma possível regra para decisões de mercado. c) Analisar a atual situação e possível mudança, quando necessário. d) Um meio que as empresas adotam para tornarem-se competitivas. e) Definida a partir dos objetivos de longo prazo. Interatividade Dentro das definições de estratégia, qual a definição para Ansoff? a) Estratégia está associada a atividades empresariais. b) Uma possível regra para decisões de mercado. c) Analisar a atual situação e possível mudança, quando necessário. d) Um meio que as empresas adotam para tornarem-se competitivas. e) Definida a partir dos objetivos de longo prazo. Resposta Um dos maiores objetivos da logística é ser competitivo e buscar a redução de seus custos em atividades que às vezes nos parece simples. São tarefas que necessitam de mudanças e aprimoramento na busca da redução de seus custos. A ideia da redução de custos e competitividade pode ser reforçada por várias atividades em segmentos da logística. O ramo automobilístico e suasatividades de crossdocking, a inovação da tecnologia aplicada em controle de estoques, o aprimoramento das atividades de transporte, a abertura do mercado, enfim, são as atividades voltadas para atender às necessidades de nossos clientes. No mundo globalizado, existem países que utilizam ferramentas e estudos na busca do aprimoramento de suas atividades logísticas, a fim de tornarem-se mais competitivos e crescerem no mercado cada vez mais exigente. A estratégia logística A partir deste momento, o termo estratégia faz parte do contexto logístico. Para prosseguirmos com nossa introdução, vamos tratar de um novo conceito: localização. Escolher um centro de distribuição é mais do que simplesmente definir o local. Em geral, é uma decisão que cabe aos gestores de logística, e um dos objetivos principais é obter ganhos e reduzir os seus custos, principalmente no que tange às atividades de transporte. Tal atividade de localização envolve outros departamentos, como a cadeia de suprimentos e as atividades de marketing. A definição de um CD consiste em algumas análises para a sua localização, definição do mercado de atuação, produtos, clientes, preços, além dos custos fixos e variáveis nas mais diversas atividades logísticas. Nessa área, o termo é visto como uma atividade de cunho estratégico e, como tal, deverá ser adotada por parte dos gestores de cada empresa. Localização Segundo o dicionário Aurélio: Localizar: 1. Colocar em determinado lugar; situar; ubiquar. 2. Descobrir o paradeiro de (alguém ou alguma coisa). 3. Fixar-se em determinado lugar. Assuntos para reflexão: Quais as importâncias de um CD? Você é capaz de atuar como um estrategista? Quais oportunidades você é capaz de visualizar hoje em sua empresa? Hoje, qual o diferencial que sua empresa tem em relação ao seu concorrente? Localização Os centros de distribuição têm como objetivo o recebimento, armazenamento, o controle de estoques e a distribuição de mercadorias para o cliente final. É responsável pela documentação, por contratação e despacho dessas mercadorias. Fazem o transporte e gestão desses produtos para atender de forma eficiente ao consumidor final. O CD é um conceito moderno cuja função difere das tradicionais funções dos depósitos, galpões ou almoxarifados; estas não são adequadas dentro do sistema logístico. Existe uma grande diferença entre os depósitos e os CDs: Centro de distribuição Depósitos – são instalações cujo objetivo principal é armazenar produtos para ofertar aos clientes. Podemos sinalizar empresas que fabricam os produtos e depois os enviam aos seus clientes previamente cadastrados. CDs – são instalações cujo objetivo é receber produtos e atender às necessidades dos clientes. Como exemplo, temos os operadores logísticos que compram de vários fornecedores, estocam as mercadorias e disponibilizam-nas aos clientes. Centro de distribuição Lacerda (2000), uma questão básica do gerenciamento logístico é utilizar os centros de distribuição como atividades estratégicas, para atender aos clientes nos mais distantes pontos a partir de uma base central. Lima (2002), várias indústrias encaminharam as suas atividades de distribuição aos centros de distribuição por ser uma atividade estratégica. O mercado competitivo, a demanda crescente, assim como o número em expansão de novos produtos no mercado fez com que as empresas direcionassem seus esforços ao seu negócio principal, ou seja, o produto como uma ferramenta estratégica. Calazans (2001), o objetivo principal do CD é manter um estoque, a fim de suprir a cadeia logística e atender aos clientes de forma rápida e eficiente, melhorando os níveis de serviços e a imagem da empresa no mercado. Moura (2002), os centros de distribuição podem oferecer outros tipos de serviços, como armazenagem, retrabalho e atividades ligadas ao produto acabado e semiacabado. Centro de distribuição Assim como a indústria, o comércio e os serviços evoluíram ao longo dos anos, a logística também passou por grandes transformações. No século passado, as necessidades do comércio, empresas e clientes eram outras. Segundo Antonio Galvão Novaes, as relações interpessoais no comércio varejista não ocorrem de forma aleatória ou sem nexo, mas dependem de um conjunto de forças de natureza econômica, social e tecnológica que estão por trás do comportamento dos fabricantes e dos consumidores finais dos produtos. Antes de darmos continuidade, vale lembra o conceito importantíssimo da Logística: Logística – é a área responsável por prover recursos para controlar estoques, armazenar e receber mercadorias, controlar a compra de matéria-prima, bem como administrar atividades de caráter estratégico, com o objetivo de desenvolver atividades pensando no produto e na necessidade do mercado e do cliente. Evolução dos CDs A indústria nacional pode ser considerada nos dias de hoje um sucesso. Com a ajuda de seus empreendedores de garra, aprendeu que todo o caminho percorrido não era em vão. Se, em seu início, havia um compasso de “lentidão” nos processos de crescimento e desenvolvimento, após esse período, de um país basicamente agrícola, quatro séculos mais tarde apresenta uma fisionomia inteiramente diversa. Apesar das dificuldades e lacunas ainda hoje detectadas, o Brasil fabrica a maior parte daquilo que consome, como também produz muitas mercadorias de consumo internacional, por exemplo, aviões e máquinas industriais, passando pelos produtos manufaturados. Evolução histórica da indústria brasileira “A evolução tecnológica experimentada nas últimas décadas permitiu a criação de indústrias de ponta em áreas como informática, biotecnologia e química fina” (IEL, 2002, p.13-14). Ainda, de acordo com o IEL, “este país, rotulado emergente, há vários anos monitora seu território utilizando satélites espaciais para previsão de tempo. Hoje projeta e monta seus próprios satélites e está em via de fazer o mesmo com seus foguetes” (2002, p.14). Assim, quando se vê o made in Brazil estampado em rótulos, embalagens e caixas, pode-se ter a certeza de que, por trás de todo o processo, há uma história de coragem, de empreendedorismo e, principalmente, de vontade dos pioneiros em enfrentar desafios que se interpunham no país novo. Evolução histórica da indústria brasileira A Indústria Brasileira – Trajetória da Indústria Nacional: O IEL – Instituto Euvaldo Lodi –, organismo ligado à Confederação Nacional da Indústria, comemorou seus 30 anos de história editando o seguinte livro: Instituto Euvaldo Lodi – 30 anos de parceria universidade-empresa. Dessa forma, foi possível buscar informações relevantes para historiar a evolução da indústria nacional. Desde os primórdios da Colonização do Brasil à República, muitos foram os desafios que os governos que se sucediam tiveram de enfrentar. Desde a extração do ouro à metalurgia, da tecelagem do algodão aos primeiros estaleiros, as tentativas de industrialização do Brasil Colônia representaram iniciativas isoladas. A exceção foi a industrialização do açúcar, que fez do país o maior produtor mundial ainda no século XVII. Evolução histórica da indústria brasileira 1530 a 1822 - Durante o período de Brasil Colônia, a industrialização não fora prioridade. Pelo contrário, os políticos de Lisboa viam o outro lado do Atlântico como uma enorme fazenda, um fornecedor de produtos que não podiam ser encontrados na Europa. Após 1815 - Finda o período das guerras napoleônicas, os brasileiros iniciaram os contatos com produtos industrializados na Europa, como artigos de luxo franceses e instrumentos de precisão dos estados alemães. Assim, a visualização desses produtos industrializados despertou na sociedade brasileira emergente o desejo de iniciar o processo fabril. Então, houve várias tentativas de se industrializar o país. 1827 - anos após aIndependência do Brasil, que foi concretizada a Sain – Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, primeira entidade a ser criada com o objetivo de desenvolver a indústria brasileira. Evolução histórica da indústria brasileira Segundo Lacerda (2000), uma questão básica do gerenciamento logístico é: a) Utilizar os centros de distribuição como atividades estratégicas, para atender aos clientes nos mais distantes pontos a partir de uma base central. b) Encaminhar as suas atividades de distribuição aos centros de distribuição por ser uma atividade estratégica. c) Manter um estoque, a fim de suprir a cadeia logística e atender aos clientes de forma rápida e eficiente. d) Oferecer outros tipos de serviços, como armazenagem, retrabalho e atividades ligadas ao produto acabado e semiacabado. e) Tratar das atividades ligadas à distribuição e ao controle de estoques de mercadorias. Interatividade Segundo Lacerda (2000), uma questão básica do gerenciamento logístico é: a) Utilizar os centros de distribuição como atividades estratégicas, para atender aos clientes nos mais distantes pontos a partir de uma base central. b) Encaminhar as suas atividades de distribuição aos centros de distribuição por ser uma atividade estratégica. c) Manter um estoque, a fim de suprir a cadeia logística e atender aos clientes de forma rápida e eficiente. d) Oferecer outros tipos de serviços, como armazenagem, retrabalho e atividades ligadas ao produto acabado e semiacabado. e) Tratar das atividades ligadas à distribuição e ao controle de estoques de mercadorias. Resposta Após todo o período de crescimento experimentado pela indústria nacional nas décadas anteriores, foi preciso adequar aquele desenvolvimento a novos modelos de gestão, novas tecnologias de gerir o avanço alcançado e, ainda, preparar a indústria nacional para um crescimento ainda maior, objetivo de toda organização e de qualquer governo. A gestão desse processo é estudada pela Administração e pela Engenharia da Produção, para facilitar os processos em uma organização, sistematizando ações, otimizando recursos aplicados, visando ao atendimento das expectativas das empresas. Para Slack (1996), a administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços. Tudo o que você veste, come, usa, lê, chega a você graças aos gerentes de produção, pois estes organizaram sua fabricação. Novos rumos – novos tempos da indústria brasileira: Todos os livros que você toma emprestado da biblioteca, os tratamentos recebidos no hospital, os serviços esperados e as aulas nas universidades também foram produzidos. Embora nem sempre as pessoas que supervisionaram sua “produção” são chamadas de gerentes de produção, isso é o que eles realmente são. Sob essa perspectiva, percebe-se que a gestão da produção deve estar contida num plano maior da instituição, nos planos estratégicos, pois depende diretamente de seu desempenho eficaz o sucesso de determinada organização, já que o sistema produtivo busca otimizar custo, flexibilidade, confiabilidade, qualidade e rapidez nos seus processos industriais. Em decorrência do crescimento, da competitividade acirrada, de novos modelos de gestão que se apresentam, a indústria de manufatura necessita pensar também em estratégias de desenvolvimento integrado. Novos rumos – novos tempos da indústria brasileira: Em uma economia globalizada, muitas vantagens competitivas dependem de fatores locais e, por isso, ganham importância as concentrações geográficas de empresas. Contudo, existe um paradoxo que precisa ser entendido. Há empresas que podem adquirir capital, bens, informações e tecnologias em todo o mundo, muitas vezes apenas com um clique no mouse. Nesse sentido, grande parte do conhecimento acumulado sobre a concorrência de negócios e países precisa ser revista. Teoricamente, mercados internacionais mais abertos, transportes e comunicações mais velozes deveriam diminuir a importância, para a competição, da localização geográfica das empresas. Clusters e competitividade Segundo Porter (1999, p. 104), os clusters afetam a capacidade de competição de três maneiras principais: “aumentando a produtividade das empresas sediadas na região; indicando a direção e o ritmo da inovação, que sustentam o futuro crescimento da produtividade; estimulando a formação de novas empresas, o que expande e reforça o próprio cluster. Além de melhorar a produtividade, os clusters desempenham um papel crucial na capacidade de inovação permanente das empresas. Além disso, quem trabalha nessa modalidade pode perceber mais facilmente as lacunas em produtos ou serviços, o que não deixa de ser um bom motivo para se montar uma empresa. As barreiras para entrada no mercado são menores do que em outras regiões, enquanto os ativos necessários ao novo empreendimento – capacidades, insumos, mão de obra, conhecimento e formação –, geralmente estão à disposição na região do cluster. Clusters e competitividade Imagine-se em uma feira de automóveis, desenhando o carro de seus sonhos na tela de um computador e, dias depois, recebendo em sua casa exatamente esse veículo, construído conforme suas especificações. Talvez esse sonho possa se tornar realidade já no início desse século, por meio de um processo conhecido como fabricação automatizada – automated fabrication ou “auto-fab”. De acordo com Burns (1998, p. 112), “a fabricação automatizada é um conjunto de tecnologias que informatiza o processo de construção de objetos tridimensionais sólidos a partir de matéria-prima”. O impacto da fabricação automatizada sobre a sociedade e a economia pode ser ainda maior e mais significativo do que o exercido pelos computadores quando de sua implantação. A fábrica do futuro É inegável que a inovação tecnológica, como o principal motor do aumento da produtividade, é estratégica para as empresas brasileiras. É fundamental para elevar a sua capacidade de atuar na competição global e conquistar novos mercados e consumidores. O Brasil viveu uma época em que nossos produtos não tinham competitividade com aqueles do mercado internacional. Havia várias razões para isso: Produtos defasados; tecnologias ultrapassadas; indústrias que viviam a época da “geração carroça”; falta de matéria-prima; necessidade de mão de obra especializada; volume alto de estoque; concorrência interna; economia em fase de transição. A indústria e a questão tecnológica Enfim, vivemos um período de verdadeiro atraso, principalmente na economia. A evolução da indústria vem junto ao desenvolvimento da própria logística, e um dos grandes colaboradores foi a abertura do mercado, com a consequente chegada de grandes indústrias de transformação, serviços, tecnologias e, principalmente, empresas ligadas à área de logística. Com isso, a evolução do que antes denominávamos como expedição passa a ter um enfoque diferenciado, afinal, a concorrência aumentou, chegaram novos produtos, novas tecnologias e o cliente tornou-se o foco principal. Algumas outras atividades fazem parte desse processo evolutivo e diante disso mencionamos a Globalização, que é a forma como os países e os povos se integram e buscam, por meio do comércio, nas relações pessoais e de negócios, uma integração e proximidade nas relações, tecnologias e o cliente tornou-se o foco principal. A indústria e a questão tecnológica Globalização, ou, em alguns casos, a mundialização, é o crescimento da interdependência de países e povos dentro da superfície da terra. Alguns estudiosos chamam esse termo ou moda como aldeia global. Parece-me que a cada dia o mundo fica menor em termos de conhecimento e informações, não existe mais distância entre povos, sociedade, principalmente com relação aos acontecimentos no mundo. Vários são os exemplos que podemos sinalizar sobre esse aspecto global. Um deles é aindústria de automóvel, pois um mesmo modelo de veículo é fabricado em países diferentes, com o mesmo padrão e é comercializado em outros países, ou seja, não existe restrição ou barreiras para produzir e comercializar meus produtos. Globalização Ao visualizar o aspecto econômico e social nos dias atuais, parece fácil a compreensão do conceito global. Contudo, a globalização está associada a fatos históricos como o período do Império Romano e sua luta por conquistas de outros povos. A globalização pode ser compreendida na constituição do Império Chinês e na civilização egípcia, a qual manteve domínio sobre os africanos por várias décadas. Há vários exemplos de fatores importantes na história que nos mostra esse período da “globalização”, porém a mais visível é Roma e suas conquistas como instrumento de poder; na medida em que novas terras eram conquistadas, era preciso fazer o controle, a comercialização e a comunicação entre esses povos. Portugal e suas descobertas – na exploração de novos mercados. Imperialismo e neocolonialismo – no século XIX a chamada crise da Europa fez com que as fábricas produzissem mais mercadorias em menor tempo. Início da Globalização O processo de globalização mundial quebra barreiras, incentiva a economia, cria novos valores sociais e mercadológicos entre os países. Hoje as empresas conseguem comprar seus produtos sem sair do lugar. A tecnologia está associada a essa evolução e, como tal, devemos acompanhar esse processo para sermos competitivos nas empresas e em nossas atividades profissionais. A globalização como vantagem Como é chamada a forma como os países e os povos se integram e buscam, por meio do comércio, nas relações pessoais e de negócios, uma integração e proximidade nas relações? a) Negociação. b) Comércio. c) Indústria. d) Globalização. e) Vendas antigas. Interatividade Como é chamada a forma como os países e os povos se integram e buscam, por meio do comércio, nas relações pessoais e de negócios, uma integração e proximidade nas relações? a) Negociação. b) Comércio. c) Indústria. d) Globalização. e) Vendas antigas. Resposta O comércio é baseado na troca voluntária de produtos, que envolve duas ou mais pessoas. Pode ser realizado por meio de indústrias de bens de consumo, assim como serviços. Antigamente, não havia dinheiro no comércio, havia apenas a troca de mercadorias (escambo). O escambo era uma forma de comércio que tinha um problema sério, pois um vendedor sempre considerava seu produto superior ao do concorrente. Hoje ocorre a troca indireta, em que utilizamos o dinheiro como forma de compra e venda de mercadoria, além de outros recursos como crédito, cartões etc. O comércio é uma prática que visa beneficiar todos os envolvidos para garantir que a relação possa ser mantida de uma forma saudável e lucrativa. Ao longo dos anos, vários aspectos mudaram na relação do que chamamos de comércio, principalmente com o aumento de indústrias e o comércio global. Comércio Com a expansão do comércio, surge a necessidade de controle dessa modalidade. Exemplo: o comércio mundial é regulamentado pela Organização Mundial do Comércio. No Brasil, existem alguns órgãos, como o Ministério da Economia, que visa ao bem-estar econômico do país associado, por exemplo, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Comércio Indústria é toda atividade de transformação de matéria-prima em produto acabado. Compreende toda a atividade humana que, por meio do trabalho, pode transformar a matéria-prima em produtos acabados ou semiacabados visando à sua comercialização e, consequentemente, à lucratividade da empresa. O capital investido pela organização depende basicamente da tecnologia empregada, bem como a forma de suas atividades, compreendendo o setor industrial, artesanal, manufatureiro ou fabril. Dentro da cadeia produtiva, existem os chamados setores; na indústria, há o setor secundário, por se tratar de uma atividade de transformação. A agricultura é conhecida como setor primário, e o comércio e ou serviços são enquadrados no setor terciário ou quaternário, como é denominado em alguns países por razões e uso do serviço de tecnologia. Indústria As indústrias de bens de produção ou as denominadas indústrias de base são aquelas que trabalham e transformam a matéria-prima bruta e as fornece para outras indústrias. Essas atividades industriais são comuns nas petroquímicas e nas indústrias siderúrgicas. Existe ainda a indústria de bens intermediários ou bens de capital, cuja função principal é equipar as indústrias com outros tipos de produtos, como ferramentas e máquinas que serão utilizados por outras indústrias no processo de transformação. Finalmente, cita-se a indústria de bens de consumo, que é responsável por produzir ao mercado consumidor, neste caso, a indústria têxtil. Indústria Compreende o comércio de trabalhos que podem ser prestados às empresas, ao comércio, atendendo a pessoas físicas e/ou jurídicas. É uma atividade em que o comprador não obtém a posse daquilo que adquire. Na economia moderna, existe uma série de serviços que são prestados às empresas, ao comércio e ao consumidor em geral. Serviços São recursos utilizados para facilitar a vida do homem, da indústria e do comércio. É utilizada para facilitar a vida das pessoas e das empresas e pode ser classificada de acordo com seu campo de estudo, por exemplo: Ciências – visa à aplicação do conhecimento humano para a solução de possíveis problemas, sendo também utilizada para o desenvolvimento da tecnologia. Tecnologia da Informação – é um conjunto de atividades e recursos da computação que visa à solução de problemas em âmbito computacional. Engenharia – é a ciência que aplica os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos visando à criação e ao aperfeiçoamento de produtos e utilidades para facilitar a vida do homem, bem como das atividades industriais. Tecnologia Necessidades dos clientes – é o ato de buscar no mercado produtos e/ou serviços que atendam à sua necessidade básica. Atualmente, a maioria das empresas busca a melhoria de seus serviços para exatamente atender a essa exigência de nosso mercado, que está cada vez mais competitivo. Expectativas dos clientes – é o desejo que o cliente tem em relação ao que compra no mercado. Normalmente, ele adquire algo por necessidade e sua expectativa é de que tal produto supra às suas necessidades. Concorrência – uma forma que empresas e prestadores de serviços utilizam para levar ao consumidor um diferencial de seus serviços: pode ser um melhor preço, uma vantagem competitiva, um benefício, ou seja, cada empresa adota a sua estratégia de ser melhor que o seu “competidor”. Outros Custos – são medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um governo têm de arcar para atingir seus objetivos. Os custos têm um caráter de investimento e um retorno de igual ou maior proporção. Informação – é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados. Muitas vezes, as empresas determinam suas ações com base nesse conjunto de informações. Operações logísticas – são as diversas atividades que uma organização adota para realizar suas funções internas e externas. Como exemplos de operações, temos: carga e descarga, definição de área de picking, embalagem de mercadorias etc., ou seja, todas as atividades desenvolvidas em um CD. Outros Centro de distribuição avançado: são unidades de armazenagens próprias do sistema de distribuição, em que o estoque é posicionado em vários elos de uma cadeia de suprimentos. Um de seus objetivos é atender de forma eficiente aos clientes, nos mais diversos pontos do mercado. Trabalham para manter o controle desses estoques, impedindo que os produtos ultrapassem o prazo de validade, evitando trocas de mercadorias. Transit Point - O Transit point é bastante similar aos centros de distribuição avançados, a diferença é que não mantém estoques e opera como uma instalação de passagem (ponto de trânsito), recebe os carregamentos consolidados, distantes do centro produtor, separando-os para entregas locais (pequenas distâncias) a clientes individuais, evitando que a mercadoria fique em estoques. Tipos de Centro de Distribuição Cross Docking - É uma alternativa que evita que a mercadoria seja acondicionada para depois ser entregue ao cliente final. O produto entra na empresa sendo armazenado em um ponto estratégico, para envio em prazos inferiores a 48 horas. Essa operação envolve múltiplos fornecedores, os quais atendem a clientes comuns. Consiste, basicamente, no fracionamento de cargas, isto é, divide-se uma ou mais cargas maiores em outras menores. Merge in Transit - Outra solução seria utilizar dentro da logística de distribuição o que chamamos de merge in transit, uma atividade dentro da cadeia logística que tem como objetivo montar produtos ao longo da cadeia. Exemplo: montagens de equipamentos de informática e de brinquedos. Vários componentes são levados aos CDs e, a partir das necessidades desses clientes, inicia-se a montagem, a embalagem e o envio dessas mercadorias. Tipos de Centro de Distribuição Como é chamado o resultado do processamento, manipulação e organização de dados? a) Merge in Transit. b) Tecnologia. c) Cross Docking. d) Transit Point. e) Informação. Interatividade Como é chamado o resultado do processamento, manipulação e organização de dados? a) Merge in Transit. b) Tecnologia. c) Cross Docking. d) Transit Point. e) Informação. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!