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N1 Gênero, Sexualidade e Educação

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Período Letivo: 2020/2 (Lato Sensu) 
Aluno: 2020302816 – Pedro Henrique Ramos Carneiro 
Curso: Especialização em Coordenação Pedagógica 
Disciplina: Gênero, Educação e Sexualidade 
 
Resolução do Caso – N1 
 
 Neste caso vamos tratar de um caso de agressões voltadas para uma pessoa 
transsexual, que durante o texto chamaremos de B. No relato apresentado, B sofria 
Bullying na escola, e não se sentia em bem com seu corpo com as genitálias masculinas. 
Nisto começou apresentar comportamentos diferente do padrão estabelecido em 
sociedade, e assim foi se descobrindo como tal, transsexual com características femininas. 
B através de suas atitudes, e por ser quem é autenticamente além das injurias sofridas, 
preconceito e discriminação acabou sofrendo uma grave violência sexual pelos rapazes 
que estavam no vestiário da escola e a violentaram. Nisto, a escola, o corpo diretivo da 
instituição precisava se posicionar para tomar uma atitude assertiva e justa sobre o fato 
ocorrido, para reparar o sofrimento de B e fazer justiça. No entanto, preconceitos, 
estigmas de cunho particular, conservador e religioso estavam em evidência e era 
necessário pensar uma melhor alternativa. 
 Com base no que foi abordado, penso que a melhor alternativa seria logicamente 
penalizar, realizar uma denúncia aos agressores, e se menores de idade acionar o conselho 
tutelar. Para isto, seria viável buscar provas materiais, concretas para que o caso todo 
fosse apurado para se fazer valer a justiça. Outro fato primordial no caso que deveria ser 
realizado seria um Projeto dentro da Instituição Escolar para iniciar um trabalho de 
conscientização sobre o que é Transexualidade e Transgênero, ou seja, os desafios que as 
pessoas enfrentam na sociedade e como acabar com o preconceito e a violência com estas 
minorias. Pensando um Projeto exequível, possível no contexto escolar, outras questões 
relacionadas a Sexualidade poderiam ser aprofundadas para gerar um processo de 
conhecimento, de escuta dentro da instituição para outras pessoas transsexuais não 
sofressem o mesmo estigma social ou violência no seu mais alto grau. 
 Sobre as considerações apresentadas, atualmente existem movimentos e autores 
muito trabalhados sobre a questão de Gênero e Sexualidade, como a filósofa Judith Butler 
que aprofunda o tema e se baseia no pensamento de Michel Foucault, muito requisitado 
neste tema. Como critica a filósofa, e podemos aplicar ao caso de B no contemporâneo: 
 
Em que circunstâncias é possível lamentar uma vida perdida? De quem são as 
vidas consideradas choráveis em nosso mundo público? Quais são essas vidas 
que, se perdidas, não serão consideradas em absoluto uma perda? É possível 
que algumas de nossas vidas sejam consideradas choráveis e outras não? Faço 
essas perguntas difíceis e perturbadoras porque eu, como vocês, me oponho à 
morte violenta; à morte por meio da violência humana; à morte resultante de 
ações humanas, institucionais ou políticas; à morte provocada por uma 
negligência sistêmica por parte dos estados ou por modos de governança 
internacionais (BUTLER, 2020) 
 
 
 
 
Referências: 
Judith Butler: “De quem são as vidas consideradas choráveis em nosso mundo público?” 
https://brasil.elpais.com/babelia/2020-07-10/judith-butler-de-quem-sao-as-vidas-consideradas-
choraveis-em-nosso-mundo-publico.html 
https://brasil.elpais.com/babelia/2020-07-10/judith-butler-de-quem-sao-as-vidas-consideradas-choraveis-em-nosso-mundo-publico.html
https://brasil.elpais.com/babelia/2020-07-10/judith-butler-de-quem-sao-as-vidas-consideradas-choraveis-em-nosso-mundo-publico.html

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