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RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO: PROJETO DE FÁBRICA ROTEIRO Um dos fatores que podem contribuir para o sucesso da produção de uma fábrica é o seu projeto. Projetar uma fábrica é uma tarefa complexa e envolve muitos riscos. Por isso, devemos ficar atentos aos detalhes técnicos como o funcionamento organizacional, a localização da fábrica, a escolha do arranjo físico e do layout adequados para cada processo. Seu conhecimento em cada etapa do projeto poderá evitar não só problemas no processo de construção de uma fábrica, mas, posteriormente, em sua operação. No decorrer do nosso estudo, você está tendo a possibilidade de analisar e refletir sobre todos esses pontos em relação ao projeto de uma fábrica. Mas como desenvolver um projeto de fábrica identificando quais são as suas necessidades de acordo com as etapas que envolvem a estrutura do ambiente organizacional? Pensando nisso, imagine que você, engenheiro (a), vai projetar uma fábrica ou empresa. Considerando o que estudamos na disciplina, você vai elaborar o relatório deste projeto apresentando as características de seu empreendimento, desde a escolha de seu seguimento até o planejamento do arranjo físico. Essa não é uma tarefa fácil! Você deve pesquisar, analisar e identificar quais são as estratégias e recursos mais adequados para o desenvolvimento de cada etapa. Para isso, elabore cada etapa deste relatório com calma, justificando suas escolhas com base nos conhecimentos que você já possui e pesquisando informações que complementarão suas ideias. Este relatório deverá conter a seguinte estrutura: 1. Seguimento da indústria (vale 0,5 pontos) 2. Localização (vale 0,5 pontos) 3. Planejamento do arranjo físico (vale 0,5 pontos) 4. Tipo de layout (vale 1,5 pontos) Para elaborar cada etapa de seu relatório, siga as instruções de cada item: 1. SEGUIMENTO DA INDÚSTRIA. Vamos começar? Para isso, você deve escolher e indicar com qual seguimento da empresa ou fábrica que deseja projetar. Esta definição é de extrema importância, pois o seguimento da indústria indica os processos de fabricação aderentes ao produto a ser produzido e sinalização, possíveis disposições necessárias do layout fabril, como chão de fábrica, banheiros, refeitórios, administrativo, recepção, etc. Lembre-se que esta é a introdução de seu relatório, por isso, neste item, apresente a descrição das características gerais: seguimento da indústria e justificativa da sua escolha, considerando o produto que será fabricado e o dimensionamento do espaço físico. É fundamental pesquisar sobre os processos do produto que sua empresa vai produzir, pois a quantidade de operações, funcionários e espaço físico devem ser dimensionadas para que o projeto seja factível. O dimensionado pode ser baseado inicialmente em pesquisas ou necessidades de acordo com as operações industriais e administrativas. Procure se concentrar em seguimentos com informações abundantes como seguimento têxtil, metal-mecânica plena, automotivo, eletroeletrônicos e linha branca. 2.LOCALIZAÇÃO método do centro de gravidade, do ponto de equilíbrio e dos momentos. Pesquise regiões brasileiras e levante suas características. Uma dica é utilizar mapas e/ou imagens para ilustrar sua escolha e enriquecer sua pesquisa. Leve em conta quais os benefícios e dificuldades as regiões pesquisadas podem trazer ao seu projeto, ou seja, de que forma podem impactar positiva ou negativamente em futuras operações entre seus concorrentes, clientes e fornecedores. Lembre-se de justificar bem a localização escolhida. Para uma indústria de carnes, por exemplo, se instalar em São Paulo/SP, a logística deverá estar bem explicada, visto que parte de seus fornecedores ficam no Sul do país. Pense nisso! 3. PLANEJAMENTO DO ARRANJO FÍSICO De acordo com que vimos em nossos estudos, a utilização do volume a ser produzido e a complexidade de operações determinam a melhor opção de arranjo físico. Nesta etapa, você deverá escolher o tipo de arranjo físico que será utilizado em seu empreendimento: físico, fixo, celular ou de produto e justificar sua escolha. É de extrema importância realizar pesquisas sobre capacidade de produção de determinados maquinários, pois em muitas indústrias, para que não haja gargalos na produção, determinadas operações exigem mais maquinários que as outras. Imagine, por exemplo, uma indústria de metal mecânica fabricante de suportes usinados: se a cada operação de injeção de alumínio forem de 3 cavidades (3 suportes metálicos), a operação de usinagem não poderá ter apenas 1 torno, pois a operação de usinagem é mais demorada que a operação de injeção. Automaticamente, este arranjo físico estará mal dimensionado. 4. TIPO DE LAYOUT É nesta etapa que iremos unir tudo o que aprendemos durante nossos estudos, pois você deverá justificar todas as suas decisões de planejamento para elaborar o seu projeto de layout. As etapas devem ser seguidas imperativamente para que você possa justificar cada decisão ao longo de seu planejamento. Por exemplo, se você escolheu o arranjo físico celular para uma indústria de helicópteros, você deverá justificálo, levando em conta que este arranjo não é propício para este produto, pois o deslocamento de seus componentes pela fábrica agregarão muito tempo e muitos operários, tornando o sistema produtivo complexo e incapaz. Para apresentar o layout de sua organização, desenvolva, por meio de um esquema simples utilzando os recursos do Word, Power Point ou CAD, o layout escolhido, apresentando a disposição da produção e de seus maquinários. Para ajudá-lo (a) a desenvolver seu relatório, além de ilustrar e justificar o seu projeto de fábrica, lembre-se de: • fazer pesquisas; • utilizar imagens; • vídeos; • tabelas; • gráficos, entre outros recursos. 5. CONCLUSÕES Consiste em expor sua experiência e conclusões durante a realização deste relatório. Trata-se de uma síntese conclusiva do que foi discutido nos itens anteriores. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS É um elemento obrigatório, que consiste na relação das obras consultadas e citadas no texto, de maneira que permita a identificação individual de cada uma delas. Para entregar seu trabalho, você deve formatá-lo utilizando as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Uma dica para facilitar este processo é acessar o site http://www.more.ufsc.br/, que reúne orientações para que você possa criar referências corretamente e também gera referências de acordo com os formatos estabelecidos pela ABNT. As referências devem ser organizadas conforme aparecem no texto, utilizando o sistema numérico de chamada, entre colchetes, como [1], ou em ordem alfabética. Modelo de referência: SOBRENOME, Inicial do prenome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, data. Exemplos: OLIVÉRIO, J. L. Projeto de Fábrica - Produtos, Processos e Instalações Industriais. São Paulo: Instituto Brasileiro do Livro Científico, 1985. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002. VENANZI, D.; SILVA, O.R. Gerenciamento da produção e operações. Rio de Janeiro: LTC, 2013. Indicação de links: Banco de imagens. Disponível em: <http://www.shutterstock.com/pt/>. Acesso em: 19 jun. 2017. Dicionário de Engenharia. Disponível em: <http://www.tecnologistica.com.br/por tal/dicionario/engenharia/>. Acesso em 19 out. 2017. Ficou com vontade de apresentar sua avaliação continuada (AVC) de outra forma? Já pensou em criar um vídeo narrado pela sua própria voz? Utilize sua imaginação eapresente o seu trabalho da forma que você quiser, mas lembrese que os critérios de avaliação e os pontos de abordagem apresentados neste relatório devem aparecer obrigatoriamente em sua criação. Mãos à obra! PROJETO DE FABRICA DE SORVETES LTDA. NOME RA NOTA Danilo Nogueira Jardim RA 3421091 Parauapebas/Pará /Pará/UF 25/10/2019 1. SEGUIMENTO DA INDÚSTRIA A Nogueira sovertes é uma fábrica de sorvetes situada na cidade de Parauapebas. O início de suas atividades foi há mais de 19 anos, quando os sócios fundadores possuíam um armazém, e também produziam sorvetes e picolés, de forma artesanal. Neste período, a produção principal era a de picolés, e a venda era realizada, principalmente, por meio de carrinhos, chegando à marca de 30 carrinhos 10. A produção começou a crescer, e foi preciso mudar para um lugar maior, que comportasse a produção, agora com máquinas industriais, e um espaço para comercialização local, Esta mudança ocorreu há cerca de 10 anos, desde então a empresa passou a ser exclusivamente uma fábrica de sorvetes e picolés, e a produção de sorvetes foi crescendo até se tornar o principal produto da empresa. Hoje a empresa está localizada em um espaço maior, desde setembro de 2012, novamente em consequência do aumento da produção e aumento do espaço de venda. Além da comercialização local, os produtos são também distribuídos para mercados e pontos de venda espalhados pela cidade. A fábrica e a loja funcionam o ano todo, com produção exclusiva de sorvetes e picolés, e conta com uma funcionária fixa, na loja, chegando a três, nos meses de alta temporada. A empresa é constituída por um empresário individual, que trabalha, também, O enquadramento fiscal é o SIMPLES. Nos meses de alta temporada a produção de sorvetes gira em torno de 50 baldes de7kg, por dia, com venda de aproximadamente 15 baldes por dia, já a produção de picolés gira em tor no de 1600 um de picolé de gelo por semana, e 3000 um de picolé de creme por semana. A venda do sorvete é realizada por kg e por bolinhas, além dos preparados especiais. O sorvete é um alimento obtido a partir de uma emulsão estabilizada e pasteurizada, através de um processo de congelamento sob contínua agitação (batimento) e incorporação de ar, produz uma substância cremosa, suave e agradável ao paladar. 2. LOCALIZAÇÃO 3. PLANEJAMENTO DO ARRANJO FÍSICO Durante o ano a indústria brasileira de sorvetes produz mais de 950 milhões de litros, incluindo sorvetes de massa, picolés e o sorvete "soft". Cerca de 70% deste total é consumido durante os meses de verão, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS).As previsões para a temporada 2009/2010 são otimistas se tratando de crescimento do mercado e os investimentos que vêm sendo feitos na expansão das atuais empresas, em desenvolvimento tecnológico e novos estudos nutricionais. A perspectiva é que 2009 termine com um crescimento acima de 3%. O mercado de sorvetes no Brasil, que movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano, tem se mantido aquecido tanto em termos de vendas como de lançamentos. Ao lado dos tradicionais sorvetes, novos sabores e novas texturas têm sido introduzidos em cardápios sofisticados, confirmando que o sorvete vem ganhando, cada vez mais, o status de um alimento que pode ser consumido em qualquer momento. Apesar do alto consumo no verão, os números podem crescer muito, principalmente se comparados aos de outros países. O brasileiro consome em média 4,7 litros anuais, menos de um terço do consumo per capita em alguns países nórdicos e frios, como a Dinamarca e a Finlândia. Segundo Eduardo Weisberg, presidente da ABIS, a causa dessa diferença de consumo nestes países é cultural. "O setor de sorvetes no Brasil tem capacidade de atender o mercado durante o ano todo da mesma forma que atende no verão. Infelizmente os brasileiros foram educados a acreditar que tomar sorvete no inverno faz mal, provoca gripes e resfriados. É uma idéia falsa, pois o tempo mais frio não impede o consumo e tampouco provoca qualquer mal à saúde". A sazonalidade do mercado brasileiro geralmente vem acompanhada de préconcepções equivocadas referentes à composição do produto e quais seus efeitos para saúde humana. Apesar do Brasil, especificamente Salvador, possuir um clima tropical, que favorece o consumo deste alimento, diferentemente de países mais distantes dos trópicos, o ato de consumir sorvete ainda está muito ligado ao verão e à refrescância. Isto faz com que as vendas deste produto estejam concentradas no período de setembro a fevereiro (ABIS, 2006). Os impactos desta cultura acabam desencadeando um consumo médio anual abaixo dos índices apresentados por países que não possuem características tão tropicais quanto o Brasil. Nogueira Indústria e Comércio de Sorvetes Ltda. Rua: Marabá 61 68515-000 Parauapebas – Pará. Tel. (94) 3352-0255. 4. TIPO DE LAYOUT 5.2.Fluxograma e descrição do processo para a produção de Picolé. Observação: Os itens destacados são os Pontos Críticos de Controle (PCC) e serão discutidos na seção Controle de Qualidade. Recepção e estocagem das matérias-primas: Os ingredientes açúcar cristal, leite em pó, glutamato monossódico, glicose, aroma, estabilizante e as embalagens são estocados em temperatura ambiente, em local fresco e ventilado, sem a incidência de raios solares. O creme de leite e a gordura vegetal são estocados em local refrigerado. A água deve ser potável e seu reservatório deve ser mantido limpo. Pesagem: Os ingredientes são pesados em salas específicas, para que se tenha um bom balanceamento na formulação. Mistura: A mistura é conhecida também como calda. Os ingredientes líquidos são adicionados ao tanque de pasteurização e a agitação mecânica e o aquecimento são iniciados. Durante a agitação, quando a temperatura de 50°C é atingida, os ingredientes em pó são adicionados. Esses são previamente misturados ao açúcar para facilitar a dissolução. Nessa fase, apenas a polpa de morango não é adicionada. Pasteurização: É feita em um tanque de pasteurização a 80°C por 25s. A calda é pasteurizada com o objetivo de destruir os microrganismos patogênicos presentes na mistura, garantindo a segurança microbiológica do produto. Observa-se também que ocorre a desnaturação das proteínas, causando a redução da tensão superficial existente entre a gordura e a água e o aumento da capacidade de retenção de água Homogeneização: É realizada em um homogeneizador e em torno de 60 - 80°C. Tem como propósito diminuir os tamanhos dos glóbulos de gordura, para obtenção de uma suspensão uniforme e permanente, com distribuição uniforme da gordura, sem tendência de separação, maior resistência à oxidação e melhor corpo e textura. Resfriamento: A calda homogeneizada é resfriada em um trocador de calor a placas com temperatura de saída de 4°C. Caso a calda não seja resfriada rapidamente, ficará muito viscosa e o sorvete não se derreterá suavemente na boca. Maturação e adição de aromatizantes: A maturação é feita em tanques de maturação, onde a temperatura de 4°C é mantida por 20hs e a polpa de morango é adicionada. Durante a maturação, ocorrem alguns fenômenos como a cristalização da gordura e hidratação das proteínas e dos estabilizantes. Esta etapa contribui para melhor absorção de ar durante o batimento e congelamento, e melhor resistência ao derretimento. Os aromatizantes que não resistem ao processode pasteurização são adicionados nessa etapa. Enchimento: A calda é despejada automaticamente em formas vazias, suspensas em álcool à -25°C. Essa etapa e as três seguintes são realizadas na picoleteira automática. Inserção do palito: Uma tampa com os palitos é colocada por um funcionário em cada bandeja. Deve-se observar se a inserção está sendo feita no centro do picolé e se a região central não está congelada. Congelamento: Os picolés permanecem imersos em álcool para completar o seu congelamento, por aproximadamente 15 minutos. Extração: O picolé passa por uma zona de descongelamento, onde as formas passam por água quente à 50°C, para soltar da forma. Acondicionamento: Os picolés retirados das formas são colocados manualmente um a um em uma esteira, onde são embalados por uma embaladora automática. Estocagem: Os picolés são acondicionados em caixas e levados para uma câmara fria, que está em -18°C, onde continua o seu processo de congelamento. O endurecimento deve ocorrer de forma rápida para evitar a formação de grandes cristais de gelo. Tabela 1: Matéria -primas e os respectivos fornecedores e preços Matéria- prima Fornecedor Preço Água CASAN R$ 5,9935/m3 Leite Cosulati R$ 7,00 / kg Creme de Leite Tirol R$3,85 /kg Gordura Vegetal Kukim R$ 2,30/kg Açúcar Cristal Cerradinho R$ 1,16 /kg c/ ICMS 12% Aroma (saborizante) Duas Rodas - Saborizante Algemix R$ 7,80 frutas R$ 18,16 chocolate Estabilizante e Emulsificante Duas Rodas – Super Liga Neutra R$ 5,86/kg Glutamato Monossódico Ajinomoto R$ 19,3kg Xarope Glucose Cargil R$ 5,55 Bobinas embalagem Coldmark R$ 0,21/kg Pote para Sorvete Plastamp $0,80/kg .1.Detalhes gerais de construção e instalação De uma forma geral, o projeto da unidade industrial deve levar em consideração a segurança e o conforto do pessoal dentro da unidade, ou seja, deve apresentar condições de iluminação, arejamento, índices de ruídos adequados e proporcionar facilidades na higienização, manutenção dos equipamentos, minimizar as probabilidades de contaminações e impedir a entrada de pragas e animais de qualquer espécie. Na elaboração do projeto devem ser previstos: otimização dos espaços, área para ampliações futuras, áreas para descarte de resíduos longe da unidade de processamento, instalações sanitárias sem comunicação direta com o setor de processamento, e meios de controle de insetos, pássaros e roedores no setor de produção. As recomendações listadas a seguir foram baseadas no Manual de Boas Práticas de Fabricação para a Indústria de Alimentos (ANVISA). Pretende-se fornecer informações suficientes para alertar o empreendedor quanto aos esforços necessários para atingir as exigências legais e os padrões mínimos de qualidade. Recomenda-se que ao se decidir por realmente realizar um investimento como este o empreendedor procure o auxílio de profissionais da área, informe-se sobre os aspectos legais vigentes e consulte literaturas mais aprofundadas. 9.2.Materiais e equipamentos Os equipamentos e as instalações devem seguir algumas normas de construção e disposição no local, que resultam num melhor desempenho das operações e bem-estar dos funcionários. As formas e superfícies dos equipamentos não devem permitir o acúmulo de umidade e resíduos, que aumentam os riscos de contaminação do produto, pois favorecerem o desenvolvimento de microrganismos. No caso de superfície metálica, propiciam o aparecimento de corrosão. As estruturas tubulares são preferidas por conferirem mais praticidade na higienização. O material da superfície em contato com os alimentos deve ser atóxico e não pode interagir com o alimento, sendo capaz de resistir às repetidas aplicações de substâncias usadas no processo normal de limpeza. Materiais que absorvem água, como a madeira, não são apropriados a locais atingidos por água. Se o equipamento for pintado, a tinta deve ser atóxica e de boa aderência. Os equipamentos devem ser instalados de forma a permitir a circulação ao redor, ficando afastados das paredes e de outros equipamentos cerca de 60 cm. Também devem estar suspensos 30 cm acima do piso facilitando a limpeza e manutenção. Os ângulos formados entre a base dos equipamentos, pisos e paredes devem ser arredondados, com raio mínimo de 5 cm. 9.3.Pé direito Em instalações onde se utiliza sistema de refrigeração central ou ar condicionado é recomendado que o pé direito do prédio não seja superior a 3 m, para propiciar uma boa distribuição do frio e evitar acúmulo de umidade dentro da planta. 9.4.Paredes As paredes devem apresentar superfície lisa, lavável e impermeável em toda a sua extensão. Devem ser, preferencialmente, de cor clara e, resistentes a freqüentes aplicações de agentes de limpeza. Não utilizar o azulejo, sendo recomendado o uso de tintas especiais ou epoxi lavável para o acabamento das paredes. O acabamento deve impedir acúmulo de poeira e minimizar a condensação e desenvolvimento de mofo. Os cantos devem ser todos arredondados sem quinas. 9.5.Aberturas do prédio Todas as aberturas fixas, como as de ventilação, devem ser fechadas com vidro branco. As portas de acesso à planta, com uso freqüente, devem ser equipadas com sobreportas de molas com vidros e pé-dilúvio. Os vidros devem ser lisos e de fácil limpeza. As portas devem ser também de superfícies lisas, não absorventes, com fechamento automático (mola ou sistema eletrônico) e abertura máxima de 1 cm do piso. Devem ser evitadas aberturas entre paredes e teto. Para evitar a entrada de insetos, pode ser utilizado, como complemento, cortinas de ar e/ou plástico para a sua vedação. As portas que contenham trilhos devem ser fechadas com dispositivos de vedação de borracha flexíveis para impedir a entrada de roedores e outros animais. As janelas devem ser fixas e permitir o aproveitamento da iluminação natural. Também devem ser providas de telas quando usadas para ventilação. 9.6.Forro Para evitar que materiais estranhos caiam sobre o produto, a área de processamento deve ser coberta. O forro de laje deve ter acabamento em reboco e tinta impermeável sem quinas e fendas. 9.7.Ventilação O ar ambiente deve ser renovado continuamente nas áreas de processamento de alimentos, sendo a ventilação natural eficaz em alguns setores das instalações. Nas áreas refrigeradas da instalação, a renovação de ar é feita automaticamente pelo sistema de refrigeração central ou pelo ar condicionado. 9.8.Iluminação O bom posicionamento das janelas proporciona o aproveitamento da iluminação natural. A iluminação artificial deve ser projetada dentro das normas da ABNT, de tal modo que as sombras sejam minimizadas. As lâmpadas devem ser posicionadas sobre linhas de produção ou transporte de insumos ou produtos e, também, protegidas contra explosões e quedas acidentais, sendo recomendável o uso de calhas com tampas. As áreas externas também devem ser iluminadas, preferencialmente, com lâmpadas de vapor de sódio, as lâmpadas devem ser posicionadas distante das portas para evitar a atração de insetos. 9.9.Pisos O piso deve ser construído com material liso e impermeável, que também apresente as características de ser antiderrapante, resistente ao tráfego e à corrosão. O acabamento final deve propiciar uma limpeza sem deixar acúmulo de umidade e resíduos, deve ter boa resistência mecânica e boa resistência ao desgaste. Deverá ser calculada, no piso, uma declividade para o escoamento da água, de 1 a 2%, no sentido das caneletas de drenagem, as quais deverão ser lisas, sem grades móveis e cantosarredondados com raio mínimo de 5 cm. As canaletas devem ser evitadas nas áreas de produção e manipulação dos alimentos, mas quando necessário, devem ser estreitas com aproximadamente 10 cm de largura, apenas o suficiente para permitir o escoamento da água. Ralos também devem ser evitados nos setores de processamento, mas quando existirem devem ser sifonados permitindo livre acesso para limpeza e dotados de sistema de fechamento. 9.10.Instalações elétricas As conexões elétricas devem ser isoladas minimizando riscos e facilitando a limpeza. Os cabos com fios elétricos que não estiverem contidos em tubos vedados e embutidos devem ser protegidos com placas que permitam a ventilação e limpeza. As normas estabelecidas pela ABNT devem ser seguidas, observando-se a capacidade de carga e outros detalhes de segurança e distribuição. As instalações devem ser as mais higiênicas possíveis e protegidas da penetração de água e umidade. 9.11.Instalações hidráulicas As instalações hidráulicas poderão ser visíveis para facilitar a sua instalação e manutenção, sendo colocadas exteriormente á área de processamento. Os materiais utilizados devem ser resistentes e as tubulações bem dimensionadas para as necessidades de processamento. As linhas hidráulicas devem ser separadas de acordo com a finalidade de utilização da água, não sendo recomendável o cruzamento das tubulações, ou seja, a linha de refrigeração, controle de fogo e outros propósitos, que não entrarão em contato com o alimento, não devem cruzar a linha de água potável. 9.12.Instalações sanitárias Para viabilizar a higiene na indústria o pessoal deve dispor de boas instalações sanitárias, as quais devem ser limpas, iluminadas e ventiladas. Vestiários e sanitários não devem ter comunicação direta com a área de processamento, mas devem conter lavatórios equipados com detergentes e sanitizantes. 10.ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGURANÇA NO TRABALHO Na indústria de hortaliças minimamente processadas observa-se a dificuldade de se manter o conforto térmico dos funcionários devido à presença de condicionadores de ar e sistema de refrigeração. No setor de corte, descasque, sanitização e embalagens é requerido o uso de protetores, máscaras, luvas e gorros que às vezes são desconfortáveis. Como já discutido anteriormente, os riscos ambientais devem ser considerados desde o projeto inicial das instalações, como por exemplo: proteção contra incêndio, tipo de piso, espaçamento entre equipamentos, inclinação de ladeiras, plataforma de recepção, iluminação adequada, saída de emergência, área de circulação de veículos, etc. Toda empresa deve garantir a segurança e saúde no trabalho observando-se alguns fatores tais como os descritos a seguir: Avaliação das condições ambientais de trabalho quanto aos riscos de segurança em potencial; Implementação de medidas coletivas de segurança; Avaliação da necessidade do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), fornecimento e obrigação do uso dos mesmos; Treinamento dos funcionários enfocando segurança em suas atividades e a necessidade de EPI. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as exigências de segurança e medicina do trabalho que compreendem as chamadas Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e a nível regional estas responsabilidades são atribuídas à Delegacia Regional do Trabalho (DRT). As empresas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). As indústrias de alimentos em geral são classificadas pela NR04 com "Grau de Risco 3", e são obrigadas a implantar CIPA, a partir de 20 empregados na empresa, necessitando contratar um Técnico de Segurança do Trabalho (8 h/dia) a partir de 101 empregados. A CIPA tem como objetivo, observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir ou eliminar os riscos existentes; discutir os acidentes ocorridos, encaminhando o resultado aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e ao empregador, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. No item Grau de Insalubridade, nos termos da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho, são estabelecidos os limites e tempo de exposição a condições adversas, que determina o pagamento de um adicional ao trabalhador, após realização de perícia no local de trabalho. Toda indústria deverá possuir os recursos necessários à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, bem como dispor de pessoal treinado para esse fim. Deve possuir Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde dos trabalhadores, através da prevenção e controle de acidentes que possam vir a ocorrer no ambiente de trabalho. 5. CONCLUSÕES O presente trabalho partiu de uma proposta da disciplina de Projetos em indústrias de alimentos,e faz parte da nona fase do curso de Engenharia de Podução. Foi proposto aos alunos a tarefa de montar um projeto relacionado a uma indústria/Fabrica, e através dos conhecimentos obtidos no curso, demonstrar a sua viabilidade com um todo. O grupo escolheu como tema a “Implantação de uma indústria de Sorvetes”, isso se deu por ter achado muito interessante área de Alimentos atuante e montei uma empresa fictícia de sovertes na minha cidade. Assim, Foi verificado que é necessário um bom planejamento antes de se começar as atividades, para que imprevistos sejam minimizados e que vários são os fatores que podem vir a influenciar o bom andamento da obra inicial, bem como do funcionamento da indústria. Assim, foi constatado que a criação de uma nova indústria do grupo Nogueira Indústria e Comércio de Sorvetes Ltda, proporcionaria um aumento significativo da produção, tendo como consequência direta a expansão no mercado regional, atraindo novos consumidores. Por fim, chegou-se a conclusão que os conhecimentos adquiridos durante o curso de Engenharia de Produção, são amplamente validos quando se quer preparar um projeto técnico de uma indústria do ramo alimentício. E ainda, pode-se demonstrar a real importância de um projeto quando se pretende implantar uma nova empresa ou mesmo quando a intenção é somente modificá-la. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Apostila Unisa. www.oficinadosorvete.com › first www.sebrae.com.br › sites › PortalSebrae › artigos › como-se-destacar.
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