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Semiologia Pediátrica - Medidas Antropométricas

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1 Fábio Duarte – Medicina – p3 
Medidas antropométricas 
 
Antropometria - Importância 
 A antropometria é amplamente utilizada na avaliação do estado nutricional infantil por ser um 
método pouco invasivo, de fácil execução e baixo custo. 
 Por meio dos auxogramas, serve para fazer um mapeamento nutricional da população a nível 
nacional, observando se há prevalência de desnutrição, obesidade, sobrepeso etc. E sabendo disso, 
pode-se traçar uma estratégia de abordagem para determinada região. Além disso, ajuda a previnir 
possíveis fatores de risco como problemas cardiovasculares na fase adulta. 
Peso 
 Em geral, é dito que a criança dobra o peso de nascimento aos 4-5 meses, triplica aos 12 meses e 
quadruplica com 2-2 anos e 6 meses. 
 A tabela abaixo detalha esse processo (importante para residência). 
Ao nascimento Média de 3,4kg ao nascer. Há perda de 10% do 
peso corporal ao nascer. 
1° Trimestre 700g/mês ou 25-30g/dia. 
2° Trimestre 600g/mês ou 20g/dia. 
3° Trimestre 500g/mês ou 15g/dia. 
4° Trimestre 400g/mês ou 12g/dia. 
Pré-escolar 2kg/ano ou 8-6g/dia. 
Escolar 3-3,5kg/ano. 
Os bebês até dois anos ou 16kg deverão ser pesados na posição deitada ou sentados na balança mecânica 
pediátrica. 
Estrutura 
 O termo comprimento é usado para determinar o crescimento linear em crianças de até dois anos. A 
partir dos dois anos utiliza-se o termo altura. Ou seja, comprimento <2 anos; altura >2 anos. O termo 
estatura faz menção a ambas as idades. 
Ao nascimento A média de um recém-nascido a termo é 50cm. Ao 
nascimento é 35cm. 
1° ano 25cm/ano (15cm no 1° trimestre e 10cm no 2° 
trimestre. 
2° ano 12cm/ano. 
2-6 anos de idade 6-7cm/ano. 
6 anos-puberdade 5cm/ano. 
Página 2 
 
Perímetro cefálico 
 Representa o crescimento do cérebro. Nos primeiros 
meses de vida é muito importante para saber se existem 
desvios do desenvolvimento neurológico. 
 O PC é medido passando uma fita métrica do ponto mais 
elevado do occipital até o sulco paraorbitário. No RN é 
maior do que o perímetro torácico. 
 
Ao nascimento A média ao nascimento é de 35cm. 
1° trimestre 2cm/mês. 
2° trimestre 1cm/mês. 
3 e 4° trimestre 0,5cm/mês. 
1° ano Aumento de 12cm. O PC médio é de 47cm. 
2° ano 2cm/ano. 
Pré-escolar até 18 anos 5cm. 
 
Perímetro torácico 
 O Perímetro Torácico deve ser medido com 
a criança deitada e a fita métrica deve 
permanecer ao nível dos mamilos. 
 A relação PT/PC quando igual a 1 ( = 1) é 
indicativo de eutrofia e quando menor que 
1 (< 1) é indicativo de desnutrição 
energético-proteica. 
 
 
Perímetro braquial 
 O Perímetro Braquial é uma medida complementar, utilizada em crianças com idade entre 1 e 5 
anos quando não podem ser obtidas as medidas de peso e altura. Entretanto, a sua utilização 
isolada limita a obtenção do diagnóstico nutricional. 
Perímetro abdominal 
 Para mensuração do perímetro abdominal, a fita métrica deve passar na altura da cicatriz umbilical. 
Índice de massa corpórea (IMC) 
 O IMC na criança e no adolescente está relacionado com a idade e o estágio de maturação sexual. 
Página 3 
 A maturação sexual relativamente acelerada associou-se positivamente com excesso de peso e com 
valores de escore z do IMC. Meninas com maturação relativamente acelerada apresentaram maior 
adiposidade central. A pesquisa concluiu que a maturação sexual acelerada associou-se com o 
excesso de peso e maior incremento no IMC em ambos os sexos evidenciando a importância da 
identificação do estágio de maturação sexual na avaliação nutricional de crianças e adolescentes. Ou 
seja, ao analisarmos o IMC devemos considerar a maturação sexual do indivíduo. 
 Na prática, utiliza-se a medida do peso e da altura por serem facilmente obtidos no exame físico. A 
criança e os adolescentes obesos tendem a ser adultos obesos. 
Velocidade de crescimento 
 O crescimento normal da criança é o maior sinal de que está tudo bem com sua saúde. Desde a vida 
intrauterina, a criança deve ter seu crescimento monitorado, que nessa fase é feito pela 
ultrassonografia obstétrica. Após o nascimento, altura e peso devem ser aferidos até os 18 anos, 
colocando os resultados nas curvas de crescimento para avaliar se o padrão de crescimento da 
criança está compatível com outras de mesmo sexo e idade, e verificar se o crescimento está de 
acordo com o padrão de estatura da família. 
 A velocidade de crescimento é a quantidade, em centímetros, que uma criança deve crescer em 
determinado período e expresso em centímetros por ano. O cálculo da velocidade de crescimento é 
efetuado com duas medidas. Não é preciso esperar todo o ano passar, para calcular a velocidade de 
crescimento. Por exemplo, uma criança que cresceu 2,5 centímetros, em quatro meses, equivale 
dizer que ela vai crescer 7,5 centímetros ao ano, caso ela se mantenha no mesmo ritmo. 
Tamanho final 
 O crescimento é um processo complexo. Para que a criança atinja todo o seu potencial, muitos 
fatores estão envolvidos: nutrição, ausência de doenças crônicas, sono adequado, prática moderada 
de exercícios, saúde emocional entre outros. Mas, o principal fator para determinar a altura de um 
adulto, é mesmo a genética. Cerca de 80% da estatura é determinada pelo tamanho dos pais. 
Desenvolvimento dentário 
 Podemos conferir a idade média para dentição primária e secundária. As causas mais comuns para 
o atraso dessas são: hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, causa familiar e causa mais comum, 
idiopática (desconhecido). 
Alvo genético 
 A fórmula do alvo genético possibilita calcular o canal genético do crescimento de uma criança com 
base na hereditariedade. 
Para meninos = (estatura do pai + estatura da mãe + 13) / 2. 
Para meninas = (estatura do pai - 13 + estatura da mãe) / 2. 
O valor encontrado é a média, podendo variar +5 ou -5. 
Auxogramas – acompanhamento do crescimento 
 Auxogramas são gráficos de crescimento ponderoestatural padronizados que fornecem uma 
definição estatística da normalidade, comparando crianças do mesmo sexo e idade. 
 O crescimento infantil é um ótimo parâmetro para avaliar o desenvolvimento socioeconômico de 
uma região, possibilitando a elaboração de estratégias para abordagem de determinadas doenças.

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