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Introdução à Farmacologia

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B R U N A S I L V A D E D E U S - E N F E R M A G E M - P á g i n a | - 5 - 
Origem e História 
Conceitos Básicos 
EXEMPLO 
Nome químico: 7-bromo-1,3 - diidro-5-(2-
piridinil) -2H-1,4-benzodiazepin-2-ona; 
Nome geral: Bromazepam; 
Nome comercial: Lexotan. 
 
 
 Farmacologia vem do grego, fármacon – fármaco, droga, 
medicamento – e logos – estudo -. É uma ciência 
multidisciplinar (pois envolve a biologia molecular, 
bioquímica e fisiologia) que estuda os efeitos dos fármacos 
no funcionamento dos sistemas vivos. 
 Se divide em farmacocinética – área da farmacologia que 
estuda o que o corpo faz com o fármaco – e a 
farmacodinâmica - estuda o que o fármaco faz com o 
corpo, além da forma farmacêutica e as vias de 
administração. 
 Todo fármaco possui seletividade, está que: 
- Determinará os efeitos indesejáveis; 
- Dependerá da natureza química; 
- Dependerá da dose e da via de administração; 
- Dependerá de fatores intrínsecos do paciente, fatores 
estes que são a genética, a idade, a patologia. 
 Paracelsus conhecia os ingredientes ativos de cada 
remédio prescrito, e disse a seguinte frase: “Toda droga é 
um veneno, depende apenas da dose.”. 
 Sertuner isolou a morfina do ópio, sendo está a primeira 
droga pura. 
 Buchhein fundou o primeiro instituto de farmacologia, 
onde foram dedicados estudos sobre a quinina, atropina, 
efedrina e estricnina. 
 Erlich desenvolveu a quimioterapia. 
 Fleming descobriu a penicilina. 
 Beyer descobriu a tiazidas e outros antimicrobianos. 
 Black descobriu o propranolol e cimetidina, arbitúricos e 
anestésicos. 
 
• Droga: é qualquer substância química, que seja 
conhecida ou não que altere a fisiologia do organismo 
vivo, como exemplo substâncias presentes na cocaína. 
• Fármaco: é qualquer substância química, com estrutura 
conhecida que pode ser utilizada como diagnóstico, 
tratamento ou profilaxia de patologias. 
• Medicamento: é uma preparação química que pode 
conter um ou mais fármacos. Se administra com a 
intenção de tratar determinados problemas de saúde ou 
mesmo prevenir enfermidades ou eventos indesejados. 
• Nomenclatura de medicamentos: Todo medicamento 
possui um nome químico (o nome que dá a composição 
química), um nome geral (o nome que identifica a 
substância intencionalmente), e o nome comercial 
 (o nome que cada indústria dá ao medicamento 
produzido com a substância em 
questão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Remédio: é qualquer procedimento que 
promove a saúde, havendo uso ou não de 
substâncias químicas. 
• Dose: é a quantidade adequada de um fármaco, 
e é necessária para a produção de certo grau de 
resposta em determinado paciente, e se deve 
determinar em termos da resposta escolhida. 
• Posologia: é a forma de usar o medicamento, ou 
mesmo, o número de vezes e a quantidade de 
medicamento utilizada a cada dia. Pode variar em 
função do paciente, função da doença tratada e em 
função do medicamento utilizado. EX: “Tomar 
comprimido de 8 em 8 horas, por 7 dias.” 
• Janela Terapêutica: é o intervalo entre a dose 
terapêutica e a dose tóxica. 
• Reação adversa ao medicamento: é a resposta a 
um medicamento, que é prejudicial e não 
intencional, e que ocorre nas doses utilizadas 
normalmente em seres humanos para a 
profilaxia, diagnóstico e tratamento de 
doenças, ou mesmo modificar a função 
fisiológica. 
 
EXEMPLO 
“Rivotril (clonazepam) - 1mg - contém 100 
tablets.” 
Rivotril é o medicamento, clonazepam é o 
fármaco. Cada tablet de Rivotril contém 2mg de 
clonazepam. 
 
 
 B R U N A S I L V A D E D E U S - E N F E R M A G E M - P á g i n a | - 6 - 
Cadeia de vida dos medicamentos 
Pesquisa
e
desenvolvimento
Pré-
registro
Registro
Fabricação
Transporte, armazenamento
e distribuição
Prescrição
Dispensação e 
comercialização
Uso
Embalagem, rótulo e bula de medicamentos 
EXEMPLO 
 
 
Medicamentos 
• Interação medicamentosa: é a relação entre o 
medicamento e alguma substância, ou mesmo uma 
patologia, um medicamento, um nutriente, um 
alimento, que altere sua funcionalidade e eficácia. 
• RAM (Reações adversas à medicamentos): são 
informadas a Anvisa pelos hospitais sentinelas, e pelas 
farmácias notificadoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A embalagem, rótulo e bula devem conter qualquer 
informação relevante sobre o produto, contribuindo para 
o uso adequado do mesmo. Os componentes que devem 
conter em uma embalagem são: 
- Nome comercial do medicamento - em caso de 
fitoterápico deve haver o nome botânico da planta -. 
- Denominação genérica; 
- Nome, endereço e CNPJ da empresa produtora; 
- Nome do fabricante e local de fabricação do produto; 
- Número do lote; 
- Data de fabricação (mês/ano); 
- Data de validade (mês/ano); 
- Número de registro (MS seguido do número, constando 
13 números, iniciando com 1); 
- Composição do medicamento, quantidade e via de 
administração; 
- Nome do farmacêutico responsável técnico e número da 
inscrição no CRF; 
- Telefone do serviço de atendimento ao consumidor; 
- Lacre de segurança (toda embalagem deve estar 
lacrada); 
- Tinta reativa, que quando raspada com metal deve 
apresentar a palavra “qualidade” e o nome do laboratório, 
ou selo de rastreabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todo medicamento possui um tipo de ação, sendo 
divido em dois tipos local - age somente no local de 
aplicação -, como exemplo o protetor solar, e o 
geral/sistêmica - que circula na corrente sanguínea e seu 
efeito atinge determinado órgão, tecido ou todo o 
organismo. 
Além disso, os medicamentos se dividem em 
medicamento de referência, medicamento genérico e 
medicamento similar. 
Medicamento referência: 
O medicamento referência é definido pela Lei n°9.787, 
como um produto inovador, e é registrado pelo órgão 
federal responsável pela vigilância sanitária e 
comercializado no País. Sua eficácia, segurança e 
qualidade foram comprovados cientificamente junto ao 
órgão federal competente, por ocasião do registro. Serve 
como um parâmetro de eficácia, segurança e qualidade. 
Medicamento genérico: 
 O medicamento genérico contém o mesmo fármaco 
(princípio ativo), mesma dose farmacêutica, mesma via 
de administração e mesma indicação terapêutica do 
medicamento de referência no país. Possui a mesma 
segurança do medicamento de referência. A diferença é 
que não pode usar o nome da empresa, e não houve tanto 
gastos. Não tem come comercial. Possui a letra G na 
embalagem. 
Medicamento similar: 
O medicamento similar tem o mesmo princípio ativo, 
a mesma concentração, a mesma forma farmacêutica, 
mesma via de administração, mesma posologia, mesma 
indicação terapêutica, e equivale ao medicamento 
registrado no órgão federal. A diferença para o referência 
se dá pela validade, embalagem e rotulagem. 
Exemplos: 
• Medicamento referência: novalgina 
• Medicamento genérico: dipirona sódica 
• Medicamento similar: dipimed 
 
 
 
 B R U N A S I L V A D E D E U S - E N F E R M A G E M - P á g i n a | - 7 - 
Registro de medicamentos 
 
OBSERVAÇÃO: 
Só se intercambia o medicamento genérico com o 
referência ou outro genérico, e só se intercambia 
medicamento similar com referência ou similar. 
 
 
 
 Para um medicamento ser registrado ele deve seguir 
três fatores: 
Eficácia - capacidade de um fármaco ter efeitos 
indicados, realiza-se estudo em seres humanos, 
chamados de ensaios clínicos controlados (ECC) ou 
estudo de fase III. 
Segurança - se relaciona com o risco do medicamento, 
se assegura pela prática de farmacovigilância. 
Custo - custo se analisa com relação aos benefícios que 
se alcançarão e não de forma isolada.

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