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AINES 
 
Eicosanóides: são moléculas/substâncias classificadas como autacóides, isto é, 
substancias que são sintetizadas de maneira rápida e atuam próximas ao local onde 
foram sintetizadas. E os eicosanoides são um tipo de autacóides e possuem 20 carbonos 
na sua composição (eico = 20). Eles são importantes por participarem do processo 
inflamatório. 
● Como ocorre a síntese desses eicosanóides: os principais são produzidos 
a partir do ácido araquidônico. O araquidonato está estereficado na 
membrana plasmática a fosfolipídio, principalente fosfatidilcolina e 
fosfatidiletanolamina; logo, esse ácido araquidônico não está livre na 
célula, está esterificado na membrana plasmática. Esse ácido 
araquidônico será clivado pela fosfolipases A2, então, ela vai liberar o 
ácido araquidônico. Esse ácido araquidônico livre pode passar por 
diversas reações envolvendo vias. Tem as vias da ciclo-oxigenase 
(síntese do tromboxano prostaglandinas, prostaciclinas), as vias da 
lipo-oxigenase (síntese dos leucotrienos e lipoxinas) e uma outra enzima 
chamada epoxigenase do citocromo P450 (síntese ácidos 
epoxieicosatetraenoicos (EET). 
● Foco na via COX (ciclo-oxigenase): há 3 tipos de COX, mas a COX3 
não é muito discutida, ela atua principalmente no SNC e pode ser o alvo 
do paracetamol. 
❖ COX1: enzima constitutiva; expressão ubíqua, em diversos 
tecidos; função de proteção e manutenção (principalmente em 
relação ao TGI). ​ ​ quando algum fármaco inibe, teremos efeitos 
adversos principalmente no TGI. 
❖ COX2: enzima induzida, podendo ser constitutiva em partes do 
SN; expressão em tecidos inflamados; funções pro-inflamatórias 
e mitogênicas. ​ ​ quando algum fármaco inibe a COX2 ele vai 
reduzir esses efeitos pro-inflamatórios, gerando efeitos 
terapêuticos. 
❖ Obs: a maioria dos AINES que veremos conseguem inibir tanto a 
COX1 como a COX2 
❖ Obs: inibição da COX1 está mais relacionada a efeitos colaterais 
e inibição da COX2 aos efeitos terapêuticos. 
Via das COX: 
O ácido araquidônico, que agora está livre, vai sofrer ação da COX. Então, o 
ácido araquidônico, por ação da cilooxigenase, vai se transformar em prostaglandina 
G2, que, por ação da peroxidase, vai formar prostaglandina H2. Logo, a COX atua sobre 
o ácido araquidônico para produzir prostaglandina e a partir dessa prostaglandina H2 
teremos a síntese de prostaglandinas especificas. 
Assim, as prostaglandinas produzidas a partir da COX1 estão relacionadas a 
homeostasia vascular, manutenção do fluxo sanguíneo, renal e do TGI, função 
plaquetária e antitrombogenese; logo, relaciona-se a atividade fisiológica. Já as 
prostaglandinas produzidas pela COX2 etsão relacionadas a atividades 
pro-inflamatorias, isto é, inflamação, febre, dor, mitogênese, contração uterina (parto). 
Além disso, a partir das prostaglandinas, nós vamos ter a síntese das prostaciclinas e 
tromboxano. 
● Obs: as plaquetas contêm as enzimas do tromboxano sintase, que é vasocontritor 
e promove a adesão e agregação plaquetárias e a prostaciclina equilibra o 
tromboxano, pois ela é vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária. Mas as 
plaquetas não sintetizam a prostaciclina, só endotélio vascular que sintetiza. 
Normalmente esses dois estão em equilíbrio, mas quando um, por algum motivo, 
acaba sendo produzido em uma quantidade muito maior que o outro, podemos 
ter diversos problemas; se a produção de tromboxano for maior que a de 
prostaciclina, por exemplo, podemos ter efeitos pro-trombóticos. 
Os AINES – anti-inflamatórios não esteróides: 
● Inibem a COX, logo, as reações explicadas anteriormente não vão ocorrer. 
● AINES tradicionais que atuam basicamente na COX1 e COX2; e os AINES que 
vão atuar nas vias de forma mais específica. 
● Com exceção do AAS, todos os AINES promovem uma inibição competitiva e 
reversível da COX. Mas com quem eles vão competir??? Com o acido 
araquidônico, pois é a partir dele que pode haver a síntese das prostaglandinas. 
● Já o AAS faz uma acetilação irreversível, ou seja ele promove uma reação de 
acetilação, de modo que a enzima fica acetilado de maneira irreversível. 
● A COX1 e a COX2 são um pouco diferentes, na COX2 a gente ai observar um 
“bolso lateral”, logo, se o fármaco é mais volumoso, ele se encaixa melhor nesse 
bolso lateral, então são mais seletivos pra COX2, sendo menos propícios de 
inibir a COX1. 
● Túnel hidrofóbico ​ ​ é o local de ligação do ácido araquidônico, logo se os 
AINES vão atuar de maneira competitiva com esse ácido, eles precisam ser 
hidrofóbicos também. 
Ações anti-inflamatorias: 
● Diminuem a ação das prostaglandinas, logo teremos, a diminuição da 
vasodilatação e da permeabilidade vascular, diminuição da infiltração de 
leucócitos e células fagocitarias. 
Ações analgésicas: 
● Algumas prostaglandinas (PGE2) possuem sensibilização periférica, por 
exemplo, o que aumenta a excitabilidade da membrana terminal dos 
nociceptores, podendo causar dor; logo, interrompendo a COX, os AINES 
promovem um efeito analgésico. Outras prostaglandinas podem promover a 
sensibilização central e os AINES terão a mesma ação. 
● Logo, o AINES reverte essa sensibilização, diminuindo os efeitos de dor. 
Ação antipirética: 
● Algumas prostaglandinas (PGE) atuam em neurônios termossensíveis no 
hipotálamo, o que gera a elevação do ponto de ajuste da temperatura (febre), 
ocorre o aumento na geração de calor e redução na perda de calor. 
● Os AINEs, inibindo a COX2, diminuem a síntese de prostaglandina, o que 
resulta no reajuste do termostato. 
Exemplos de AINEs: 
● Salicilatos ​ ​ AAS: inibição irreversível ​ ​ quando utilizado, diminue a 
produção de tromboxano pelas plaquetas e prostaciclinas pelas células 
endoteliais. Porém, as células endoteliais conseguem, rapidamente, 
produzir mais COX para reestabelecer a síntese de prostaciclinas e isso 
não acontece com as plaquetas, que são incapazes de sintetixar novas 
COX. Assim, teremos uma queda do tromboxano e a produção de 
prostaciclina, o que faz com que as ações de inibição da agregação 
plaquetária e vasodilatação promovidas pelas prostaciclinas prevaleçam, 
por esse motivo, o AAS possue ação antitrombogênica quando usado em 
baixas doses. 
● Diclofenaco, cetorolaco ​ ​ derivados dos ácidos heteroarilacéticos 
● Indometacina, etodolaco ​ ​ derivados dos ácidos indolacéticos 
● Naproxeno, ibuprofeno, fenoprofeno, cetoprofeno ​ ​ derivados dos 
ácidos arilpropiônicos 
● Nimesulida ​ ​ derivada da sulfonanilida 
● Mefenamato ​ ​ derivado do fenamato 
● Piroxicam, meloxicam, tenoxicam ​ ​ derivados do acido enólico 
● Paracetamol ​ ​ alguns autores não classificam ele como AINE, ele inibe 
a enzima COX de uma maneira mais fraca, pois não consegue inibir a 
COX em meios com grande concentração de peróxidos, eu estão em altas 
quantidade quando há uma inflamação. Isso ocorre pois esses peróxidos 
limitam a ação do paracetamol. O paracetamol tem um efeito central 
mais importante (analgésico e antipirético). Um outro problema do 
paracetamol é a toxicidade em altas dosagens, pois ele faz com que toda 
a glutationa do fígado seja consumida, o que gera um acumulo de 
metabolitos tóxicos do paracetamol, que pode levar a uma 
hepatotoxicidade. 
A farmacocinética dos AINEs: 
● Fármacos hidrofóbicos 
● Rápida absorção pela via oral (2-3hrs) 
● Alta capacidade de se ligar a proteínas plasmáticas, (95-99%) – promove 
algumas interações medicamentosas 
● Ampla distribuição tecidual – penetram rapidamente nas articulações artríticas 
● Maioria atinge SNC – importante na analgesia central 
● São principalmente metabolizados no fígado e excretados através do rim – não 
são recomendado para pacientes que tem doença renal ou hepática 
● Podem possuir efeitos farmacodinâmicos adversos – principalmente no TGI. 
Inibidores de COX2 ​ ​ efeitos adversos: 
● A COX1 é a responsável pela produção do tromboxano nas plaquetas, logo, se 
inibirmos só COX2, ele continuará sendo produzido. Porém, as células 
endoteliais possuemCOX1 e COX2, logo, haverá a diminuição da síntese de 
prostaciclinas; isso vai aumentar a ação trombótica, pois teremos uma maior 
quantidade de tromboxano. 
● Além disso, lá no rim, as prostaglandinadas das COX2 tem um efeito 
natriurético, ou seja, eles aumentam a eliminação de sódio e tem um efeito 
diurético também. Então, quando inibimos a COX2, ocorre uma retenção de 
sódio e água no organismo, o que pode levar a hipertensão, edema, insuficiência 
cardíaca. 
● Os inibidores da COX2 têm uma segurança relativa, mas ainda podem ter ceto 
grau de gastropatia, isso porque eles reduzem a cicatrização de úlceras gástricas.

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