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UM NOVO OLHAR SOBRE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: os desafios das construções coletivas Marilene Soldi SCHUHLI1 Hermínia Regina Bugeste MARINHO2 RESUMO - O presente estudo tem como objetivo propor uma análise mais aprofundada a respeito da avaliação escolar em Educação Física, visando novas formas de entendimento e compreensão, tendo em vista uma pratica avaliativa mais humana e justa, através de implementações coletivas, privilegiando as ações do professor e do aluno em todo o caminhar do processo educativo. Este trabalho não pretende criar um modelo, mas estudar o tema e mostrar que existem caminhos possíveis para trabalhar de forma diferenciada a avaliação em Educação Física. Palavras-chave: Avaliação. Educação física. Construções coletivas Abstract - The presente study it has as objective to propose a more detailed analyse about the school evaluation in Physical Education,aiming at new forms of understanding and comprehension, having in view to evaluation practice more human and joust, through collective implementation, priviliegingd the actions of the teacher and student in all walking of the educational process. This work does not intend to create a model, but to study the subject and to show that there are possible ways to work different form the evaluation in Physical Education. Keywords: Evaluation. Physical education. Collective constructions 1 Professor do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, área de Educação Física, Colégio Estadual Coronel Amazonas – Ensino Fundamental e Médio, Município de Porto Amazonas, PR. E-mail: marileneschuhli@seed.pr.gov.br 2 Orientadora docente do Setor de Métodos e Técnicas da Educação, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), PR. 1 INTRODUÇÃO O processo de avaliação escolar é uma preocupação constante nas ações de sala de aula dos professores e carece dia a dia de novas discussões e encaminhamentos no âmbito escolar, buscando posturas pedagógicas inovadoras. Na área da Educação Física, a avaliação do processo educativo fica aliada às questões da prática do movimento em detrimento dos conhecimentos que envolvem todo o processo de aprendizagem, e isso reflete nas ações dos alunos, dos professores, reforçando assim a preocupação com este tema. Dar um novo olhar ao processo de avaliação significa analisar, discutir e propor novos encaminhamentos para as práticas avaliativas em Educação Física num processo compartilhado/coletivo - professor e aluno. Considerando a relevância do tema e a inserção desta autora no Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE/PR, com a aprovação na seleção para participar do referido programa estadual, durante os anos de 2008 e 2009, com a proposta – “UM NOVO OLHAR SOBRE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: os desafios das construções coletivas”, resultou no presente artigo que busca apresentar de forma objetiva e clara todos os caminhos traçados ao longo da implantação e implementação do projeto. A estruturação do presente trabalho está organizado de forma didática com o intuito de dar uma seqüência as ações da autora, sendo que na primeira parte trata- se da Avaliação – delineando alguns momentos históricos, parte essa em que procura-se resgatar as influências das varias tendências e suas interferências na ação pedagógica dos profissionais professores desta área de conhecimento – a Educação Física. Na seqüência aborda-se a especificidade Avaliação – um novo olhar, em que exclamamos: Avaliar é preciso! Mas afinal, de que avaliação precisamos! Com tais discussões apresentam-se os Encaminhamentos Metodológicos e as possibilidades das Construções Coletivas na avaliação, direcionando às Considerações Finais, onde não se pretende apresentar respostas definitivas e acabadas sobre o tema, mas demonstrar que em Educação Física é possível realizar avaliação coerente com a proposta pedagógica e com uma concepção esclarecedora da área. 2 1 AVALIAÇÃO - DELINEANDO ALGUNS MOMENTOS HISTÓRICOS A Educação Física, no decorrer de sua história, sofreu influências de várias tendências e estas interferiram na ação pedagógica dos profissionais desta área, e conseqüentemente, as práticas avaliativas também evoluíram com as mudanças de paradigmas ao longo desses anos. A escola tradicional, que marcou a educação brasileira até o começo dos anos de 1930, na disciplina de Educação Física com caráter médico-higienista realizava a avaliação com base em resultados de medidas biométricas, fichas médicas e testes padronizados. Dentro do modelo tecnicista/esportivista de ensino, nos anos de 1960 e 1970 o rendimento, a competição e a busca da superação para a vitória são os principais enfoques, mas as práticas avaliativas pouco mudaram, pois levaram em consideração parâmetros comparativos já existentes e também a presença nas aulas. Esta prática no campo da Educação Física, persiste até a década de 1980, quando perde sua especificidade, o discurso e a prática da psicomotricidade veio a substituir o conteúdo até então de natureza esportiva. A avaliação era feita mediante observações e constatações dos esforços e êxitos dos alunos. A partir dessa proposta surge então uma crítica ao paradigma da aptidão física e esportiva, que propõe uma discussão pedagógica sobre o caráter reprodutor da escola e a possibilidade de contribuição para uma transformação da sociedade capitalista. Diversas propostas apresentam-se nesta abordagem mais crítica em Educação Física, dentre elas podemos citar: a desenvolvimentista, crítico- superadora, crítico-emancipatória e a da concepção de aulas abertas. Entre elas existem pontos de diferentes enfoques divergentes, entretanto se identificam quando colocam o objeto de estudo da Educação Física na cultura corporal, cultura do movimento ou ainda cultura corporal do movimento, embora lhe sejam atribuídas conseqüências pedagógicas distintas. Nessa perspectiva histórico-crítica, a avaliação não é mais vista como algo punitivo, classificatória e excludente, mas sim trabalhada de forma contínua, permanente e cumulativa, subsidiando o professor em seu trabalho com práticas 3 corporais diferenciadas, cuja finalidade respalda-se na consciência corporal e no senso crítico em suas relações interpessoais e sociais. Percebe-se então que, ao longo da história, as práticas avaliativas foram sendo adaptadas às necessidades e particularidades de cada sistema de ensino. Talvez seja esse um dos motivos pelos quais os professores têm buscado maneiras e parâmetros de avaliação que amenizem o caráter repressivo do processo avaliativo. Segundo Silva Sobretudo, é fundamental superar a visão meritocrática da avaliação que procura os melhores alunos; no caso da Educação Física, os mais hábeis. Superar essa visão significa dizer que não será cobrado do aluno que ele seja o melhor ou que sempre acerte; significa, portanto, que ele terá, como direito inquestionável à aprendizagem, as melhores condições possíveis, através da avaliação, de realizar atividades e reflexões que ampliem sua vocação. (2003, p.38) Tomando como suporte as Diretrizes Curriculares Estaduais, que propõe ir além das concepções educacionais já existentes e não descartá-las, mas considerá- las objeto de análise, de crítica, de reorientação e transformação das antigas pelas quais já transitamos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formaçãode sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação.(DCEs, 2008, p.31) Tendo como base as DCEs do Paraná, podemos dizer que os conteúdos esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, dança e lutas deverão servir para melhorar as relações sociais, tendo como finalidade uma Educação Física transformadora, na qual a avaliação não seja mais um instrumento de classificação e seleção, mas deve fazer parte de todo o processo ensino-aprendizagem, trabalhada de forma contínua, permanente e cumulativa, subsidiando o professor em seu trabalho com práticas corporais, cuja finalidade é a maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais e sociais 4 2 AVALIAÇÃO - UM NOVO OLHAR Nesse quadro de transitoriedade questionamos o papel da escola. Que sujeito formar? Aquele que irá para essa sociedade procurando sobreviver a ela, consumindo o que ela produz, sem questionar e analisar o porquê? Ou indivíduos críticos, humanizados e participativos, que se sentem responsáveis pela formação de uma sociedade mais justa e melhor? Dependendo da opção que se faz, assim é o tipo de organização do trabalho educacional dentro de cada escola e conseqüentemente também o tipo de prática pedagógica utilizada/desenvolvida/aplicada. Todo o estudante tem potencial de aprender, o que difere são os percursos de aprendizagens, ou seja, suas histórias de vida e a diversidade sócio-cultural encontrada no interior das escolas. Diante de tal afirmação, faz-se necessário repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas no cotidiano escolar, transformarem os espaços de sala de aula em ambientes onde professores e alunos possam interagir num processo dinâmico de produção, construção e reconstrução de conhecimentos. O educador deve conhecer seus alunos, saber a sua trajetória de vida, aceitar suas diferenças, entender como ele aprende e assim diversificar a maneira de ensinar e conseqüentemente também de avaliar, para que realmente a aprendizagem ocorra de forma significativa. Segundo Silva “desenvolver uma nova postura avaliativa requer desconstruir e reconstruir a concepção e a prática da avaliação e romper com a cultura da memorização, classificação, seleção e exclusão tão presente no sistema de ensino.” (2003, p.16) 5 2.1 AVALIAR É PRECISO! Os problemas relacionados com avaliação trazem à tona inúmeras questões que hoje a disciplina de Educação Física vem enfrentando enquanto área de conhecimento e também enquanto disciplina pertence às grades curriculares da educação básica. Uma área de conhecimento que tem como objeto de estudo as práticas corporais num processo de reflexão crítica, indaga-se: O que avaliar? Como avaliar? Para que avaliar? Avaliar é preciso! Sempre que analisamos o que deu certo ou não, estamos fazendo um julgamento, atribuindo um valor. Segundo Gadotti (1999) esse momento não precisa ser autoritário e repressivo, deve servir sim para o enriquecimento do que se está avaliando. Acompanhando a trajetória da disciplina de Educação Física no âmbito escolar podemos perceber que somos frutos de concepções que tinham a aptidão física e o rendimento esportivo como meta principal de trabalho. Esta abordagem não está mais presente nas novas concepções que embasam o trabalho educacional da Educação Física. Entretanto muitas instituições, professores ainda guardam sinais desta postura excludente em suas práticas e também na sua maneira de avaliar. Diante desse quadro questiona-se sobre o entendimento em relação à disciplina Educação Física e o processo de avaliação: será que enquanto professores trabalhamos com uma metodologia que privilegia o pensamento crítico dos alunos? Será que nossas práticas avaliativas estão levando em consideração a opinião dos alunos, ou somente o nosso posicionamento enquanto professor? E ainda, será que a avaliação está colaborando com o processo de reflexão sobre o trabalho realizado e para ajustar pontos da caminhada, ou está servindo simplesmente como meio de mensuração e classificação? Nesse momento de reflexões e questionamentos, considera-se também como ponto central a ação do aluno enquanto elemento primordial do processo educativo. Desta feita se interroga: qual a contribuição do aluno no processo avaliativo durante a realização das práticas escolares? 6 2.2 MAS AFINAL, DE QUE AVALIAÇÃO PRECISAMOS? A reflexão em torno do tema é de fundamental importância, para tal torna-se imprescindível abordar algumas questões básicas do conceber e do fazer da avaliação, entre eles: - a avaliação é indispensável porque diferente da visão tradicional esta deve servir para o autoconhecimento e para a análise das aprendizagens já realizadas em busca dos objetivos propostos; - deve ser um processo contínuo e diagnóstico da situação, com participação de todos os envolvidos no caminhar do processo educativo. Durante todo o processo educativo os alunos precisam ser informados sobre os instrumentos e critérios que serão utilizados para avaliação, como também se deve favorecer a participação coletiva na construção destes. A participação coletiva dos alunos no processo avaliativo proporcionará subsídios para o professor redimensionar o seu trabalho Os instrumentos avaliativos devem ser os mais diversificados possíveis. Entre eles podemos citar: - fichas de registros cumulativos; - provas, pesquisas, relatórios e apresentações; - observações das situações de vivência; - auto-avaliação; - hetero-avaliação; - portfólios. Enquanto professores é primordial que se tenha presente no processo avaliativo à totalidade da conduta humana, ou seja, a avaliação deve estar voltada para a aquisição de competências, habilidades, conhecimento e atitudes dos alunos. (DARIDO, 2002) Desta forma, a avaliação é um processo que deve ocorrer em todos os momentos das aulas. Ela pode ser diagnóstica, para nos informar o que os alunos já sabem em relação ao que vamos ensinar. Pode ser formativa quando informa aos alunos e professores sobre os avanços e dificuldades no processo ensino 7 aprendizagem. E também pode ser somativa quando ocorre no final de um processo, em forma de apresentações, campeonatos, entre outras atividades. 3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A implementação da proposta ocorreu no 1º semestre de 2009, na 6ª série do turno da manhã no Colégio Estadual Coronel Amazonas da cidade de Porto Amazonas e dividiu-se em 8 (oito) ações, sendo: - ação 1:divulgação da proposta de trabalho para direção, equipe pedagógica e professores; - ação 2 : apresentação da proposta aos alunos da 6º série; - ação 3: aplicação do diagnóstico inicial; - ação 4: desenvolvimento dos conteúdos previstos para o bimestre; - ação 5: aplicação de práticas avaliativas; - ação 6: construção da pasta avaliativa - portifólio; - ação 7: reaplicação do diagnóstico inicial; - ação 8 : texto avaliativo. O projeto “UM NOVO OLHAR SOBRE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: os desafios das construções coletivas” propõem um aprofundamento do tema, buscando novas formas de entendimento e compreensão do assunto tendo em vista uma prática avaliativa mais humana e justa. A apresentação da proposta ocorreu durante a semana pedagógica da escola envolvida, para os professores e funcionários, através de multimídia com os principais tópicos do projeto. Os professoresmostraram-se interessados em conhecer as atividades que seriam desenvolvidas durante a implementação da proposta, levantando algumas questões sobre o tema que julgam de extrema relevância e validade para futuras ações do professor de Educação Física para que este dinamize o processo de ensino aprendizagem através de momentos avaliativos diferenciados e com a participação efetiva dos alunos. A segunda ação incidiu na apresentação do projeto aos alunos da turma e pode-se dizer que foi um ponto de grande destaque da implementação do Projeto, 8 pois foi o momento dos alunos perceberem a importância de seus atos durante o processo ensino aprendizagem e que estes fazem a diferença durante os procedimentos de organização da proposta pedagógica do professor. Interessante foi notar o ar de surpresa e satisfação dos alunos quando das explicações feitas de como seria o trabalho no semestre letivo em relação ao compromisso e responsabilidade de todos no processo de desenvolvimento da disciplina e principalmente dos novos procedimentos avaliativos da disciplina Educação Física. Com o objetivo de obter informações importantes de como os alunos percebem e sentem-se em relação às práticas avaliativas empregadas até o momento, foi utilizado, nesse momento um questionário que serviu de sondagem para o andamento da proposta. O diagnóstico constou de 10 perguntas abertas e fechadas sobre as avaliações realizadas na disciplina de Educação Física no ano anterior e de como os alunos sentem-se em relação a esta. O resultado foi o ponto de partida para nortear o trabalho do ano letivo de 2009 Sobre a sondagem inicial e final importante considerar os resultados obtidos. Cabe aqui ressaltar a opção quanto à apresentação dos resultados obtidos após aplicação dos instrumentos de coleta de dados que nominamos de “diagnóstico inicial” e “diagnóstico final”. Ao proceder à análise do instrumento num processo de cotejamento de dados, percebi que não teria sentido a análise individualizada, ora do diagnóstico inicial ora do diagnóstico final. Desta feita, a opção foi a de contraponto entre os dois momentos, que com certeza deu maior visibilidade e clareza do objeto pretendido. Assim se expressam os gráficos: 9 QUESTÃO 1: No(s) ano(s) anterior(s) através de quais instrumentos você foi avaliado na disciplina de Educação Física? 0 5 10 15 20 25 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL PROVAS PRÁTICAS PROVAS TEÓRICAS PARTICIPAÇÃO NAS AULAS APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS FICHAS PESQUISAS OUTRAS Gráfico 1 O gráfico 1 representa de forma clara como os alunos eram avaliados na disciplina de Educação Física, na série anterior: provas praticas, participação nas aulas, apresentação de trabalhos e pesquisas. Apesar dos instrumentos avaliativos serem diversificados os mesmos eram utilizados somente como mensuração de notas, não levando em consideração o envolvimento dos alunos no processo avaliativo. Após a implementação da proposta as respostas sobre os instrumentos avaliativos utilizados tiveram um acréscimo significativo onde foram citados as fichas de acompanhamento, o bloco avaliativo e a auto-avaliação. A diversidade de procedimentos avaliativos possibilita ao professor e também aos alunos obter dados e pistas para um diálogo sobre o que foi ensinado, o que o aluno realmente aprendeu e o que pode a vir aprender. 10 Questão 2: Nas avaliações realizadas você pode demonstrar exatamente o que aprendeu? 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL SEMPRE QUASE SEMPRE NUNCA Gráfico 2 Quando perguntados se através dessas avaliações eles puderam demonstrar o que aprenderam durante as aulas e consequentemente no processo avaliativo as respostas do diagnóstico inicial e final quase não mudaram, então depreende-se de que a aprendizagem sempre ocorreu o que justifica um índice maior em relação ao item sempre. Já o item quase sempre decaiu aproximadamente 4pontos o que revela o elevado índice de aceitação do processo implantado, já o item nunca permaneceu na mesma pontuação. Tais dados revelam que as aulas ministradas pela professora regente já tinham uma perspectiva diferenciada e que a aplicação do projeto só veio a fortalecer e concretizar sua ação docente. 11 QUESTÃO 3: Depois das avaliações realizadas os conteúdos não aprendidos foram retomados pelo professor? 0 5 10 15 20 25 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL SEMPRE QUASE SEMPRE NUNCA Gráfico 3 Nesta questão representado pelo gráfico 3, as respostas da maioria inicialmente foi que quase sempre os conteúdos aprendidos eram retomados pelo professor, mas não souberam dizer de que forma isto era realizado. Após o cumprimento do projeto, as respostas deram outra conotação, demonstrando que essa prática ocorreu sempre, com o conteúdo sendo apresentado de outra forma, havendo aulas diferenciadas para o mesmo assunto. Entendendo que ocorreu aplicação da mesma proposta de diferentes formas, o que posso chamar de aplicação de metodologias diferenciadas na condução das aulas tanto teóricas, quanto práticas. 12 QUESTÃO 4: Após as aulas há momentos de discussão sobre os estudos feitos? 0 5 10 15 20 25 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL SEMPRE QUASE SEMPRE NUNCA Gráfico 4 Quando questionados se havia espaço para discussões sobre as atividades desenvolvidas, a maior parte das respostas foi não ou nunca, o que demonstra a pouca participação dos alunos neste processo durante o ano anterior. Interessante perceber foi à mudança total neste quesito, no semestre trabalhado, onde os alunos disseram que estes momentos ocorriam sempre após cada atividade desempenhada. 13 QUESTÃO 5: Há momentos específicos para a avaliação? 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL SEMPRE QUASE SEMPRE NUNCA Gráfico 5 O período para a realização das avaliações tinha sempre momentos já pré- determinados como demonstra a maioria das respostas no diagnóstico inicial, o que deixou de acontecer com a implementação da proposta, demonstrando assim, que a preocupação está no processo de ensinar e aprender, nas relações com a dinâmica dos procedimentos pedagógicos adotados e não simplesmente nos resultados deste. 14 QUESTÃO 6: Você pode informar em que momentos da ação pedagógica estas práticas avaliativas ocorriam? 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL APÓS CADA ATIVIDADE NO MEIO DO BIMESTRE NO FINAL D BIMESTRE Gráfico 6 O gráfico 6 mostra no diagnóstico inicial que as avaliações eram realizadas em momentos específicos, na maioria das vezes no meio ou no final do bimestre, de forma pré agendada, não dando oportunidade ao aluno de uma possível retomada de aprendizagem ao longo do período, o que deixou de ocorrer com a aplicação do projeto. O processo avaliativo ocorre em todos os momentos e objetiva fornecer dados sobre os avanços e dificuldades dos alunos dentro do processo ensino aprendizagem e também serve de parâmetro para as ações futuras. A este encaminhamento titulamos de avaliação formativa.15 QUESTÃO 7: Para você qual a melhor forma de ser avaliado em Educação Física? 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 DIAGNÓSTICO INICIAL DIAGNÓSTICO FINAL PROVAS PRÁTICAS PROVAS TEÓRICAS PARTICIPAÇÃO NAS AULAS APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS FICHAS PESQUISA OUTRAS Gráfico 7 Os alunos, quando questionados sobre a preferência na forma de serem avaliados estes apresentaram no diagnóstico inicial, os mesmos instrumentos por meio dos quais já estavam acostumados de serem avaliados. Já no diagnóstico final os instrumentos citados incluíram outros, como as fichas de acompanhamento, bloco avaliativo e a auto-avaliação. Esta mudança atribui-se ao fato destes estarem mais familiarizados com os instrumentos e sentirem-se seguros em relação à utilização os mesmos. A sondagem tanto inicial quanto a final contava com perguntas descritivas, que tinham como objetivo conhecer a postura dos alunos em relação à disciplina de Educação Física, suas preferências e sobre o conhecimento a respeito dos jogos cooperativos. Tais questões foram fundamentais para que essa pesquisadora pudesse perceber o agrado ou desagrado dos alunos em relação à disciplina Os alunos na sua totalidade apreciam e valorizam muito as aulas de Educação Física, justificando essa preferência pela ludicidade das atividades e também pela necessidade de se praticar esportes e o gosto pelo movimento corporal e quanto aos jogos cooperativos nada declararam, denotando-se desconhecimento da atividade. A respeito da questão que trata sobre o que mais lhe chama atenção nas aulas de Educação Física houve uma acentuada mudança de opinião no 16 posicionamento dos alunos antes e após a implementação. A princípio o que mais chamava atenção da maioria dos alunos era a modalidade de futsal, sendo que outras atividades foram pouco citadas. Após a aplicação do projeto a visão mudou, as respostas foram diversas, outros esportes foram citados, como também os jogos cooperativos, que a princípio não eram conhecidos dos alunos, passou a ser de grande aceitação, pelo fato de darem oportunidade igual a todos de participar, sem a necessidade de exclusões e de promover uma interação ainda maior entre os participantes. Ainda sobre o questionamento anterior, é interessante ressaltar algumas opiniões dos alunos, que descreveram que o que mais lhe chamou atenção nas aulas de Educação Física foi como a professora conduziu as aulas, a maneira de ensinar e a atenção dela para com os alunos, conforme se pode perceber pelas falas (transcritas) dos alunos. a1- “O modo que a professora Marilene ensina a todos e a atenção com nóis.” a2- “O modo com que ela ensina as brincadeiras e as atividades”. 3.1 AVALIAÇÃO E AS CONSTRUÇÕES COLETIVAS Nesta proposta de trabalho a avaliação esteve presente através das aplicações de atividades lúdicas envolvendo os jogos cooperativos e esporte; no demonstrar de conhecimentos prévios e conseqüente aplicação dos mesmos no dia a dia, na análise e reflexão crítica durante o processo de auto-avaliação e na participação efetiva das atividades propostas. O desenvolvimento dos conteúdos - jogos cooperativos e voleibol privilegiaram as ações coletivas, com práticas reflexivas sobre o trabalho e com sugestões de propostas de mudanças às atividades realizadas. Através do diagnóstico inicial pode-se perceber que os alunos não tinham conhecimento do que são jogos cooperativos. As atividades iniciais foram com esses jogos, e causaram certa estranheza nos alunos, pois estavam acostumados a jogos, onde o importante é a vitória. 17 A idéia mais comum que se tem de jogo é o da competição. Mas essa não é necessariamente a única opção. Podemos propor situações onde os alunos em vez de jogar em oposição aos adversários, ou vencer sem ajuda de companheiros, eles podem dentro de uma metodologia cooperativa, participar de atividades com várias pessoas onde a intenção é alcançar objetivos comuns. As atividades cooperativas aumentam a segurança nas capacidades pessoais e contribuem para o sentido de pertencer a um grupo. Nestas atividades ninguém perde, ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. Num sistema de cooperação além da satisfação e alegria vivenciadas, cada uma das partes e o todo ganham em conseqüência da ajuda. Em diversas atividades o resultado alcançado pelo grupo é melhor do que a soma dos resultados obtidos numa situação de competição. Com isso não queremos dizer que a competição é algo exclusivamente negativa. Ela pode ser bem administrada, discutida e contextualizada pelo professor. Nas situações competitivas sempre surgem conflitos, dúvidas e opressões, que devem ser mediadas para que adquiram um caráter educativo, inclusive porque estas vão ocorrer no cotidiano dos próprios alunos. Em relação à modalidade de voleibol, segundo os alunos o trabalho havia sido somente com a iniciação, não ficando claro o que realmente os alunos já conheciam da modalidade. Assim, antes de iniciar o trabalho foi realizada uma avaliação diagnóstica para perceber qual era o nível de conhecimento dos alunos em relação a este esporte. De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais “o ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade histórica, política e social. Busca-se um entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla: isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica s sua significado cultural como fenômeno de massa.” (DCEs, 2008, p.34). Observamos assim, que o professor de Educação Física na escola, no trato com o fenômeno esporte, não deve ater-se apenas aos conteúdos relacionados à técnica e tática, mais do que isso, cabe a ele contribuir para a formação do cidadão e sua inserção social, tendo no esporte também um conteúdo de fortes possibilidades educacionais. 18 Através da avaliação diagnóstica realizada, foi possível perceber que os alunos não conheciam os princípios básicos do voleibol. Muitos não responderam nada, deixando as questões em branco. Assim, pôde-se ter a clareza dos conhecimentos anteriormente adquiridos pelos alunos durante o ato pedagógico e o envolvimento do ensinar e aprender – ação coletiva do professor e dos alunos. Observou então que não havia reciprocidade na dinâmica empreendida em sala de aula, isto é a aprendizagem estava sendo reduzida ao ato de ensinar. A iniciativa de mudar, alterar metodologias fez com que o trabalho prático fosse iniciado nesta modalidade utilizando-se de atividades em grupo, com jogos que utilizavam alguns dos fundamentos ( pré-desportivos ) sem uma cobrança rígida de regras, mas sim de forma lúdica, sempre dando oportunidade para cada aluno expressar em suas dificuldades, avaliando a participação do grupo e sugerindo encaminhamentos de novas propostas e sugestões de melhoria. Ao propor metodologias alternativas para o trabalho com o voleibol buscou-se embasamento em outros autores O voleibol é uma modalidade esportiva coletiva, e como tal exige muita condição individual, mas também espírito de grupo, cooperação, respeito, união, compreensão e força de vontade em todos os níveis, principalmente no período de iniciação de aprendizagem. Mais tarde com o domínio dos fundamentos e técnicas do jogo torna-se um dos esportes de maior plasticidade e dos mais belos aos olhos dos expectadores. (MARINHO, 1998, p.29) Aos olhos dos autores, os fundamentos desta modalidade podem ser ensinados em qualquersérie, desde que respeitando o estágio de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, realizados em uma seqüência espiralada, de forma que os conteúdos já aprendidos vão aumentando gradativamente o nível de complexidade e especificidade. Favorecer a cooperação, a participação dos praticantes, reduzir a competitividade e comparação entre os participantes através do estímulo ao diálogo, a reflexão sobre “jogo limpo” e a responsabilidade de todos no sucesso ou fracasso em participação dos alunos no jogo, é o ponto central nos jogos cooperativos Com a finalidade de resolver conflitos e propor outros encaminhamentos, após cada atividade realizada era reservado alguns minutos para o diálogo coletivo. Esta prática teve pouca participação nas primeiras tentativas, os alunos pareciam 19 muito tímidos e só alguns se expressavam. Com o decorrer das aulas a participação aumentou e após algum tempo tornou-se habitual avaliar a atuação de cada um, expor as dificuldades encontradas e apresentar sugestões de como poderiam melhorar. A ação de avaliar não é tarefa fácil. É o momento em que professores e alunos defrontam-se com o processo formal que a avaliação também requer. Nesta etapa os alunos devem entender que o importante não são os valores postados, mas sim se realmente ocorreu o ato educativo entre o ensinar e aprender. Desta forma, os instrumentos utilizados foram discutidos e analisados por todos os alunos, de modo que estes sabiam exatamente quais eram os critérios pelos quais estão sendo avaliados e deste modo puderam sentir-se parte dele. E ainda, foi explicitado que neste tipo de avaliação o foco principal não é a nota e sim a aprendizagem. Mas, um entrave se apresentou nesta ação – transformar os itens avaliados – os conceitos em números – valores. Para esse trabalho foi proposto um novo instrumento avaliativo que transformasse os dados obtidos nas demais fichas aplicadas, em valores numéricos, para isso, foi utilizado uma ficha de auto-avaliação em duplas. Os valores eram atribuídos pelos alunos aos colegas e o seu resultado era discutido com toda a turma e assim este também tornou-se parte integrante de todo o processo avaliativo. Ressalta-se que o projeto estabeleceu novos rumos na vida dos alunos – o crescimento individual e do grupo, a autonomia, o respeito em todas as ações foi sendo reforçada e perceptível nas demais atuações dos envolvidos no âmbito da escola, atribuída também em grande parte ao trabalho realizado com os jogos cooperativos que torna-se um valioso instrumento de formação para a cidadania. Com a intenção de acompanhar o progresso e as produções dos alunos de forma sistemática, criativa e organizada, foi solicitado aos alunos uma pasta com plásticos para serem guardados e observados as suas produções ao longo do ano letivo, que denominamos de Portfólio, que segundo (Althaus,2007), é um instrumento de identificação da qualidade do ensino-aprendizagem mediante a avaliação do desempenho do aluno e do professor; que compreende a reunião dos trabalhos realizados pelos alunos, durante um curso, série ou disciplina. No início 20 das atividades, os alunos foram informados sobre como construí-lo, sua estrutura e objetivo. Em parceria com as professoras de Língua Portuguesa e de Arte os alunos elaboraram um texto com a justificativa de seu portfólio e as ilustrações das atividades realizadas. No transcorrer da implementação foram realizadas diversas atividades que configuraram partes integrantes do portfólio da turma, tais como: - bloco avaliativo, utilizado após cada aula, onde os alunos registravam dentro do conteúdo proposto o que eles tinham conseguido aprender e as dificuldades encontradas. Desta forma a professora pode ter maior clareza do progresso dos alunos bem como o quê eles ainda não conseguiram aprender; - fichas individuais de registro das observações dentro das dimensões conceitual, atitudinal e procedimental. Assim, através destas os alunos puderam comparar o seu desenvolvimento durante o processo de aprendizagem e também pode saber exatamente o que se esperava dele em todo o caminhar pedagógico. Estas fichas eram preenchidas mensalmente pela professora, anexada no portifólio dos alunos e analisadas durante as discussões coletivas; - textos, relatórios e pesquisas, estes registros escritos tornaram-se um grande aliado na busca de superação das necessidades dos alunos, pois forneceram dados sobre sua caminhada pedagógica, estabelecendo um diálogo entre aluno /professor, permitindo assim o replanejamento de ações futuras; - ficha de auto avaliação em duplas - este instrumento avaliativo transformava os dados obtidos nas demais fichas aplicadas, em valores numéricos. Através do portfólio os estudantes e o professor desenvolveram capacidades de avaliar seu próprio trabalho e desempenho, além de oportunizar a documentação e registro de todas as atividades de forma sistemática e reflexiva. Na disciplina de Educação Física o uso deste instrumento é muito valioso, pois permite o apontamento de várias vivências que, muitas vezes, pela natureza da disciplina não são consideradas e passam despercebidas, perdendo-se assim uma rica fonte de informação para o processo avaliativo O trabalho interdisciplinar com as demais disciplinas da série, mas especificamente com a Língua Portuguesa e Arte foram significativas para eles (os alunos) notarem a inter-relação das disciplinas e os conteúdos trabalhados. Com a 21 inclusão do Portfólio como um dos instrumentos auxiliares no processo de avaliação, todos puderam acompanhar o seu crescimento, detectando as dificuldades, acertos, avaliando periodicamente o progresso de forma individual e também coletiva, através dos registros em textos, resumos e fichas. Esta ação com certeza colaborou substancialmente para o crescimento dos envolvidos no projeto, pois é um instrumento que acompanhará o aluno durante o desenrolar da disciplina – colaborando desta feita para a construção e reconstrução de novos conhecimentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao propor um trabalho que discutisse a avaliação em Educação Física escolar, não procurei uma solução para a questão, mas mostrar um dos caminhos possíveis para trabalhar o processo de avaliação, de maneira coerente e consciente dentro das escolas. A partir da retomada histórica da avaliação pudemos perceber quais linhas pedagógicas embasam o processo de construção de práticas avaliativas presentes nas nossas escolas. Na implementação das ações ficou claro que com uma prática pedagógica definida e coerente é possível realizar uma avaliação menos excludente e seletiva. Para isso, é fundamental que os alunos conheçam a proposta do professor e que participem efetivamente delas, que não sejam apenas repetidores de movimentos, mas que compreendam que a Educação Física possui um corpo de conhecimento próprio. Com as ações coletivas pudemos perceber a importância de se ouvir o aluno a respeito de seus avanços e dificuldades, pois cada um possui um ritmo diferente, e isso precisa ser respeitado pelo professor. Outro fator que ficou em evidência foi que, quando não se dá a avaliação um caráter punitivo, mas a colocamos em favor da aprendizagem, a resposta dos alunos é muito mais positiva. Eles participam sem ter medo, tornam-se mais criativos e compreendem que a nota é o resultado de seu próprio trabalho. 22 Acredito que, na disciplina de Educação Física, a diversificação de instrumentos avaliativos seja o melhorcaminho para proporcionar aos alunos oportunidade de demonstrarem o que aprenderam ou deixaram de aprender. Este trabalho foi produzido em cumprimento à 4ª etapa do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, do Estado do Paraná, e é em ações como esta que percebemos a necessidade de repensar nossas práticas educativas, não temendo as inovações e assim afirmar que é possível dar sim um novo olhar sobre avaliação em Educação Física Escolar. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALTHAUS, Maiza Margraf. Portfólio. Ponta Grossa: UEPG, 2007. Apostila da disciplina de Didática da Universidade Estadual de Ponta Grossa. DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na Escola. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. GADOTTI, Moacir. Avaliação educacional e Projeto Político Pedagógico in: SEMINÁRIO INTERNACIONAL ITINERANTE DE EDUCADORES I. Alegrete e Uruguaiana, 1999. MARINHO, Herminia Regina Bugeste et al. Caderno de Educação Física 1 e 2 Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná. Curitiba, 2008. SILVA, Janssen Felipe da; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Maria Teresa. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas: em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003. 23 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AMARAL, Jader Denicol do. Jogos cooperativos. 2.ed. São Paulo: Phorte,2007. SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. FREIRE, João Batista . Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1989 HILDEBRANTE, Reiner; LAGING, Ralf. Concepções abertas no ensino da Educação Física. Rio de Janeiro: Livro Técnico, 1986. KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudança. Ijuí: Unijuí, 1991. _____. Transformação didático-pedagógico do esporte. 6,ed.Ijuí: Unijuí, 1994. LUKESI, Carlos Cipriano. Avaliação da aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1996 MURCIA,Juan Antonio Moreno. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005. SOLER ,Reinaldo. Jogos Cooperativos. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez,1992. 24 AGRADECIMENTOS: Agradeço a minha orientadora por ter me ajudado na realização deste trabalho, e também aos alunos que colaboraram para que esta proposta pudesse ser realizada.
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