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Aula-05-Portugues-ICMS-GO-Resumo-Questoes-Comentadas-Coerencia-Coesao-e-Interpretacao-de-Texto-v1

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Aula 05 – Coerência e Coesão Textual - Texto 
Curso: Português – Resumo + Questões Comentadas 
Professor: Bruno Spencer
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 05 
 
 
Prof. Bruno Spencer 2 de 125 
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Olá amigos! 
Tudo bem??? Vamos à nossa última aula teórica do curso. 
Estudaremos nesta aula dois assuntos importantíssimos para provas de 
concurso. 
Em ambos, a teoria é muitíssimo simples, mas é necessário muita 
prática, para resolvermos as questões sem embaraço. 
Caso tenham dificuldade nas questões de coerência coesão, revisem as 
aulas sobre pronomes, preposições e conjunções. 
Vamos lá pessoal, força nos estudos!!! 
Boa aula!!! 
 
 
Sumário 
 
1 – Coerência e Coesão Textual ................................................................ 3 
2 – Texto ............................................................................................... 4 
3 – Questões Comentadas ..................................................................... 13 
4 – Lista de Exercícios ........................................................................... 79 
5 - Gabarito ........................................................................................125 
6 - Referencial Bibliográfico ...................................................................125 
 
 
 
 
Aula 05 - Resumão 
Coerência e Coesão Textual - Texto 
 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 05 
 
 
Prof. Bruno Spencer 3 de 125 
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Coerência e Coesão Textual - O que é isso? 
São elementos fundamentais à construção textual, pois, para 
escrevermos um bom texto, necessitamos que ele soe como uma unidade. Para 
isso, precisamos utilizar de maneira correta os elementos de coesão textual 
e expor os nossos argumentos de forma coerente. 
 
Coerência 
 
 
 
Coesão 
 
 
Isso é o que chamamos de coesão referencial. 
As informações apresentadas não devem se contradizer, pois isso
provocaria a incoerência do texto.
A falta de coerência deixa o texto sem sentido. É como você dizer que
está feliz porque perdeu o emprego e foi abandonado pela(o)
namorada(o).
•Ex. O impeachment é algo importante para a nossa democracia. Ele
constitui-se em um mecanismo de controle político instituido pela nossa
Constituição.
Quando não utilizamos bem os elementos coesivos (pronomes,
preposições, conjunções, substantivos e etc), o nosso texto fica como
uma colcha de retalhos mal costurada, de difícil entendimento, pois as
informações ficam “soltas” e com muitas repetições desnecessárias.
Os elementos de coesão é que fazem esse papel de “costurar” as
informações, ligando-as de modo a constituir uma unidade textual.
•Ex. O Brasil é um país rico em recursos minerais. Aqui podemos
encontrá-los em abundância.
1 – Coerência e Coesão Textual 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Note que, tanto o advérbio “aqui”, como o pronome “os” fazem 
referência a termos já citados no texto (referência ANAFÓRICA). É a utilização 
adequada desses recursos que faz um texto coeso. 
Podemos, por meio da coesão referencial nos referir a um termo, um 
período ou mesmo a um parágrafo inteiro. 
Exemplo: 
A dengue, hoje em dia, é um dos grandes problemas da saúde pública no 
Brasil. Ela ocorre principalmente em áreas sem saneamento básico e causa 
grandes transtornos à população mais carente, que é a mais vulnerável. 
Essa situação ocorre devido à falta de investimentos do governo federal, 
estadual e municipal. 
No trecho acima, temos dois exemplos de coesão referencial. O pronome 
“ela” substitui o substantivo “dengue”, enquanto a expressão “essa situação” 
faz referência a todo o parágrafo anterior, fazendo a ligação com o novo 
parágrafo e com as novas informações apresentadas no texto dissertativo. 
 
OBSERVAÇÃO 
A partir de hoje, quando ler um texto, preste bem atenção a esses 
elementos de ligação, que aparecem constantemente, principalmente no início 
de orações, períodos e parágrafos. 
 
 
 
Interpretação Textual 
 Para interpretarmos corretamente um texto, precisamos 
identificar nele dois pontos principais: 
 
 Algo que devemos ter muito cuidado é para não nos empolgarmos e 
EXTRAPOLAR as informações fornecidas pelo texto, pois certamente 
estaremos nos deixando levar pela nossa criatividade, que nesse momento é 
algo perigoso. 
 
Tipologia Textual 
1 - Qual a ideia central?
2 - Qual sua intenção?
2 – Texto 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
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Os tipos textuais são constituídos por diferentes características próprias 
e peculiares que os diferenciam. São eles: 
 
Vamos ver as principais características de cada um deles. Certamente você já 
conhece todos eles, ainda que não ligue o tipo ao nome. 
 
Textos NARRATIVOS 
 
Textos DESCRITIVOS 
 
 
 
Narrativos
Descritivos
Instrucionais
Dissertativos
São utilizados para contar ou narrar estórias ou histórias, fatos e
acontecimentos.
Têm sempre um narrador que pode ser na primeira pessoa (narrador
personagem) ou na terceira (narrador observador).
Por consequência temos sempre a presença de AÇÃO, de
PESONAGENS e por vezes de discurso direto ou indireto.
São exemplos de textos narrativos: contos, fábulas, romances, lendas,
ficções, textos jornalísticos de notícias, biografias, quadrinhos e etc.
•Ex. "Dizem por ai, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais 
feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem 
também que é amor, mas isso sim é certeza." (Dom Casmurro, Machado 
de Assis) 
Servem para descrever lugares ou ambientes, pessoas, momentos,
objetos e etc.
Normalmente, são utilizados dentro de um texto narrativo e
caracterizam-se pela ampla utilização de adjetivos, comparações e
recursos linguísticos (metáforas, sinestesia e etc) para que possamos
“visualizar” algo que está sendo descrito ou até mesmo nos
“transportarmos” para um determinado lugar ou um determinado
momento.
•Ex. “A minha alegria acordava a dele, e o céu estava tão azul, e o ar tão 
claro, que a natureza parecia rir também conosco. São assim as boas 
horas deste mundo.” (Dom Casmurro, Machado de Assis) 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
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Textos INSTRUCIONAIS 
 
 
Textos DISSERTATIVOS 
 
 
Gêneros Textuais 
 Grande parte dos gêneros textuais são nossos velhos conhecidos. Desde 
crianças, já escutamos contos, lendas, fábulas e à medida que vamos crescendo 
passamos a ler os romances, ficções, artigos científicos, textos jornalísticos e 
etc. Para entrarmos nos pormenores de cada gênero textual, teríamos que fazer 
um curso de literatura, o que não é o nosso objetivo neste momento. Assim, 
vamos fazer uma lista exemplificativa de alguns dos gêneros textuais 
existentes. 
 Romance 
 Ficção 
 Conto 
São utilizados para transmitir ORIENTAÇÕES ou INSTRUÇÕES ao
interlocutor. É característico deste tipo o uso dos verbos no modo
imperativo, a linguagem direta e objetiva, sem uso de
argumentações.
São classificados com INJUNTIVOS quando visam meramente
transmitir orientações ou instruções como em bulas de remédio,
manuais de instrução, receitas culinárias.
Quando possuem caráter COERCITIVO (de obrigar a fazer ou não-
fazer), são chamados de PRESCRITIVOS.
Exemplos de textos prescritivos são as leis, decretos e atos
normativos em geral.
•
Normalmente, contêm uma introdução do tema, um
desenvolvimento (exposição ou argumentação) e uma conclusão.
Podemos subdividi-lo em dois subtipos: os textos dissertativos
EXPOSITIVOS e os textos dissertativos ARGUMENTATIVOS.
Os textos expositivos são utilizados para exposição de um assunto
sem a preocupação de convencer o leitor de determinada opinião,
portanto são IMPARCIAIS, não cabendo impressões pessoais ou pontos
de vistas do autor.
Exemplos desses textos são as aulas, seminários, matérias jornalísticas
informativas.
Já os textos argumentativos, são escritos com a intenção de levar o
leitor a concordar com o ponto de vista do autor por meio de uma
argumentação consistente por ele apresentada.
Normalmente são utilizadas comparações, estatísticas, opiniões de
autoridades no assunto, fatos e etc.
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 05 
 
 
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 Lenda 
 Fábula 
 Poema 
 Artigo de opinião 
 Reportagem 
 Notícia 
 Crônica 
 Receita culinária 
 Lista de compras 
 Curriculum vitae 
 Telefonema 
 Aula expositiva 
 Debate 
 Seminário 
 Conferência 
 E-mail 
 Carta 
 Diário 
 Relato de viagem 
 Biografia 
 Piada 
 Relatório 
 Resumo 
 Resenha 
 Ofício 
 Memorando 
 Lei 
 Decreto 
 Instrução Normativa 
 Portaria 
 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Recursos Linguísticos 
Vamos conhecer alguns recursos linguísticos utilizados na produção de 
textos, cujos conceitos podem ser necessários para a resolução de determinada 
questão, ou mesmo nos auxiliarem a chegar a uma melhor compreensão da 
peça textual. 
 
 
 
 
 
 
OBS. Repare que na COMPARAÇÃO existe a presença de termos comparativos: 
como, tal como, tal qual e etc. 
 
 
 
 
 
•Quando uma palavra é utilizada no seu sentido
próprio ou literal.
•Ex. O leão é uma fera selvagem.
DENOTAÇÃO
ou 
SENTIDO 
DENOTATIVO
•Quando uma palavra é utilizada em sentido
figurado.
•Ex. Minha esposa ficou uma fera.
CONOTAÇÃO
ou 
SENTIDO 
CONOTATIVO
•Figura de linguagem utilizada para fazer uma
comparação utilizando-se de uma conotação.
•Ex. Ela é um anjo, de nada reclama.
METÁFORA
•Não confundir a comparação com a metáfora.
•Ex. Ela é meiga como um anjo, de nada
reclama.
COMPARAÇÃO
•Quando se atribui características humanas a
seres inanimados.
•Ex. As pedras vão cantar. Chora viola!
PROSOPOPEIA
OU
PERSONIFICAÇÃO
•Quando utiliza-se uma palavra no lugar de
outra de sentido próximo, relacionado.
•Ex. Ela gosta de ler Paulo Coelho. (os livros
escritos por Paulo Coelho)
•Ex. Bebeu um copo de água. (a água que estava
dentro do copo)
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OBS. A ambiguidade é um recurso muito utilizado para causar efeitos 
humorísticos. Deve ser ferrenhamente evitada em textos mais formais e, 
principalmente, quando tratar-se de documentos oficiais. 
 
 
 
 
 
•É um recurso de linguagem utilizado para
suavizar ou amenizar determinadas expressões.
•Ex. Ele faltou com a verdade. = Ele mentiu.
•Ele foi para o além. = Ele morreu.
EUFEMISMO
•É um recurso utilizado com o objetivo de
expressar exagero.
•Ex. Estou morrendo de fome!
•Já repeti isso mil vezes.
HIPÉRBOLE
•É um tipo de metáfora que passou a ser utilizada
como linguagem usual.
•Ex. Pé da mesa, batata da perna, maçã do rosto, 
dente de alho, asa da xícara.
CATACRESE
•É o que conhecemos por duplo sentido.
•Ex. A cachorra da sogra dele ficou doente.
AMBIGUIDADE
•É uma figura que surge do contraste de
opostos.
•Ex."Não existiria som se não houvesse o silêncio."
ANTÍTESE
•Quando dizemos algo oposto ao que realmente é,
com intuito de criticar, ridicularizar ou satirizar
algo.
•Ex. Você está cheiroso como um gambá.
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OBS. O primeiro exemplo é um caso de paralelismo SEMÂNTICO. Note que 
“estudar” e “trabalhar” possuem uma ligação semântica, pois são atividade 
de caráter intelectual que têm uma relação entre si. 
Já o segundo exemplo apresenta um caso simplório de paralelismo 
SINTÁTICO, pois ensinar crianças e comer chocolates não têm uma ligação 
semântica evidente. Porém, evita-se escrever duas frases repetindo-se a 
mesma estrutura: Todos os dias ela ensina crianças. Todos os dias ela come 
chocolate. 
 
 
 
 
 
•Quando substituímos um nome por uma
característica ou fato marcante a ele
relacionados.
•Ex. Fomos ao show do Rei. (= Roberto Carlos)
•Nasceu na Veneza Brasileira. (= Recife)
PERÍFRASE
•Mistura de percepções sensoriais.
•Ex. Seu olhar era quente como brasa. (as
percepções visual e térmica se misturam)
SINESTESIA
•Quando há duas ideias com estruturas idênticas
•Ex. Gosto de trabalhar e de estudar.
•Ex. Todos os dias, ela ensina criançase come
muito chocolate.
PARALELISMO
•Quando um texto está inserido em
outro de maneira direta ou indireta.
•São exemplos de intertextualidade a
CITAÇÃO, a PARÁFRASE e a PARÓDIA.
INTERTEXTUALIDADE
•É quando mencionamos em nosso texto conteúdo
originário de obra de outro autor. As citações
devem ser acompanhadas da devida referência à
obra e ao autor originais.
CITAÇÃO
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Exemplo: 
Canção do Exílio 
(Gonçalves Dias) 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá; 
As aves que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá 
(...) 
 
Canto de Regresso à Pátria 
(Oswald de Andrade) 
Minha terra tem palmares, 
Onde gorjeia o mar; 
Os passarinhos daqui, 
Não cantam como os de lá 
(...) 
 
 
 
 
OBS. Não confundir inferência com elucubração. A inferência é algo 
logicamente dedutível a partir do texto e não algo acrescentado pela 
criatividade do leitor. 
 
•É quando escreve-se um texto, tomando um outro
como base.
PARÁFRASE
•Quando escreve-se uma obra similar à original,
porém, normalmente com um sentido cômico.
PARÓDIA
•É uma dedução LÓGICA que podemos fazer com
segurança a partir das informações apresentadas.
INFERÊNCIA
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OBS. Repare que o subentendido vai de encontro ao que falamos 
anteriormente: CUIDADO para não EXTRAPOLAR o sentido do texto!!! 
 
 
Vamos praticar pessoal!!! 
 
 
•É uma informação implícita no texto que
podemos inferir com segurança, pois há
informações suficientes para isso.
•Ex. Pedro deixou de fumar. (pressuposto: Pedro
fumava)
PRESSUPOSTO
•Semelhante ao pressuposto, também é uma
informação implícita. Porém, há de se tomar
muito cuidado com eles, pois não há
garantias que sejam verdadeiros, são
hipóteses.
•Ex. Ela disse: Aqui está muito quente!
(subentendido: ela quer que abra as janela, que
ligue um ventilador ou ar condicionado; ela
quer tomar um banho de piscina; ela quer tirar
as roupas e etc.)
SUBENTENDIDO
•É uma redundância, que pode ser um vício ou
uma figura de linguagem, dependendo da maneira
como for utilizado.
•Ex. Todos saíram para fora. (vício de linguagem) 
•Eu canto o meu canto de paz. (figura de 
linguagem)
PLEONASMO
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1) FCC/AJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o seu 
trabalho de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra 
elogiando a arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria 
de que o público deve ver a obra de arte de frente e não de lado, como acontece 
até agora com o museu convencional de quatro paredes. O ideal, disse ele, é 
que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras estejam à mostra em 
painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura sagrada e quem o 
frequenta deve permanecer em contato com a natureza do lado de fora: 
A finalidade do museu de arte contemporânea é nos ajudar a ter consciência da 
nossa própria época, manter um espelho na frente do espectador no qual ele 
possa se reconhecer. Este critério nos leva também a mostrar a arte de todos 
os tempos dentro do ambiente atual. Isso significa que devemos abolir o 
mármore, o veludo, as colunas gregas, que são interpretações do século XIX. 
Apenas a maior flexibilidade e simplicidade. A luz de cima é natural ao ar livre, 
mas artificial ao interior. As telas são pintadas com luz lateral e devem ser 
mostradas com luz lateral. A luz de cima nos permite encerrar o visitante entre 
quatro paredes. Certos museólogos querem as quatro paredes para infligir o 
maior número possível de pinturas aos pobres visitantes. 
É de capital importância que o visitante possa caminhar em direção a um quadro 
e não ao lado dele. Quando os quadros são apresentados nas quatro paredes, 
o visitante tem de caminhar ao seu lado. Isso produz um efeito completamente 
diferente, especialmente se não queremos que ele apenas olhe para o trabalho, 
mas o veja. Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de 
arte contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos 
envolver com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra. Ao organizar 
o nosso museu, devemos ter consciência da mudança de mentalidade da nova 
geração. Abolir todas as marcas do establishment: uniformes, cerimoniais, 
formalismo. Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas 
dos pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam. 
Realmente não sabemos se os museus, especialmente os de arte 
contemporânea, devem existir eternamente. Foram criados numa época em que 
a sociedade não estava bastante interessada nos trabalhos de artistas vivos. O 
ideal seria que a arte se integrasse outra vez na vida diária, saísse para as ruas, 
entrasse nas casas e se tornasse uma necessidade. Esta deveria ser a principal 
finalidade do museu: tornar-se supérfluo”. 
(Adaptado de: BITTENCOURT, Francisco. “Os Museus na Encruzilhada” [1974], 
em Arte-Dinamite, Rio de Janeiro, Editora Tamanduá, 2016, p. 73-75) 
 
3 – Questões Comentadas 
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...que o visitante possa caminhar em direção a um quadro e não ao lado dele. 
(3º parágrafo) 
Isso produz um efeito completamente diferente, especialmente se não 
queremos que ele apenas olhe para o trabalho, mas o veja. (3º parágrafo) 
...no qual ele possa se reconhecer. (2º parágrafo) 
Nos segmentos acima, os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, 
a: 
a) visitante − trabalho − ele 
b) quadro − trabalho − espelho 
c) quadro − efeito − espectador 
d) visitante − efeito − museu 
e) quadro − ele − espectador 
Comentários: 
Afirmativa I – “...que o visitante possa caminhar em direção a um quadro e 
não (caminhar – verbo implícito) ao lado dele.” 
O pronome “dele” refere-se ao termo “quadro”, pois “o visitante” (sujeito) é 
justamente quem há de caminhar ao seu lado. 
O pronome é utilizado acima com a intenção de evitar a repetição do 
substantivo “visitante”. 
Afirmativa II – “Isso produz um efeitocompletamente diferente, especialmente 
se não queremos que ele apenas olhe para o trabalho, mas o veja.” 
A segunda afirmativa assemelha-se muito com a primeira. 
Dessa vez, o pronome “o” evita a repetição desnecessária do substantivo 
“trabalho”. 
O “visitante” (sujeito) deve olhar o trabalho e vê-lo (ver o trabalho). 
Afirmativa III - “A finalidade do museu de arte contemporânea é nos ajudar a 
ter consciência da nossa própria época, manter um espelho na frente do 
espectador no qual ele possa se reconhecer.” 
O termo “espectador” é substituído pelo pronome “ele”, enquanto o nome 
“espelho” referenciado pelo pronome relativo “no qual”. 
É uma interpretação semântica, afinal, certamente, o espelho é um objeto no 
qual a pessoa pode reconhecer-se. 
Note que todos são casos de referência ANAFÓRICA. Os pronomes referem-se 
a substantivos previamente citados no texto. 
Gabarito: B 
 
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2) FCC/Ana RH/ALMS/2016 
Instituições e riscos 
Sem convívio não há vida, sem convívio não há civilização. Mas para conviver 
neste pequeno planeta, para se afastar da barbárie, os homens necessitam de 
princípios e de regras, em suas múltiplas formas de agrupamento. Orientados 
por tantos e tão diferentes interesses, premidos pelas mais diversas 
necessidades, organizamo-nos em associações, escolas, igrejas, sindicatos, 
corporações, clubes, empresas, assembleias, missões etc., confiando em que a 
força de um objetivo comum viabiliza a unificação de todos no corpo de uma 
instituição. É o sentido mesmo de uma coletividade organizada que legitima a 
existência e o funcionamento das instituições. 
Mas é preciso sempre alertar para o fato de que, criadas para permitir o convívio 
civilizado, as instituições também podem abrigar aqueles que se valem de seu 
significado coletivo para mascarar interesses particulares. A corrupção e a 
fraude podem tirar proveito do prestígio de uma instituição, alimentando-se de 
sua força como um parasita oportunista se aproveita do hospedeiro saudável. 
Não faltam exemplos de deturpações e desvios do bom caminho institucional, 
provocados exatamente por aqueles que deveriam promover a garantia do 
melhor roteiro. Por isso, não há como deixar de sermos vigilantes no 
acompanhamento das organizações todas que regem nossa vida: observemos 
sempre se são de fato os princípios do bem coletivo que estão orientando a ação 
institucional. Sem isso, deixaremos que a necessidade original de convívio, em 
vez de propiciar a saúde do empreendimento social, dê lugar ao atendimento 
do egoísmo mais primitivo. 
(Teobaldo de Carvalho, inédito) 
 
Os dois últimos períodos do texto são introduzidos pelas expressões “Por isso” 
e “Sem isso”, que nesse contexto se referem, precisamente, 
a) a um mesmo antecedente: a necessidade de ficarmos alertas. 
b) a um mesmo antecedente: a ocorrência do parasitismo oportunista. 
c) a estes dois respectivos antecedentes: um convívio civilizado e a boa saúde 
do empreendimento social. 
d) a estes dois respectivos antecedentes: desvios do roteiro desejável e 
necessidade de vigilância. 
e) a estes dois respectivos antecedentes: os bons princípios coletivos e o 
egoísmo mais primitivo. 
Comentários: 
“Não faltam exemplos de deturpações e desvios do bom caminho 
institucional, provocados exatamente por aqueles que deveriam promover a 
garantia do melhor roteiro. Por isso, não há como deixar de sermos vigilantes 
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no acompanhamento das organizações todas que regem nossa vida: 
observemos sempre se são de fato os princípios do bem coletivo que estão 
orientando a ação institucional. Sem isso, deixaremos que a necessidade 
original de convívio, em vez de propiciar a saúde do empreendimento social, dê 
lugar ao atendimento do egoísmo mais primitivo.” 
Note que o primeiro “isso” faz referência ao desvio do rumo institucional 
(período imediatamente anterior), enquanto o segundo “isso” refere-se ao 
período imediatamente anterior a ele, que trata da necessidade de vigilância no 
acompanhamento das organizações. 
Gabarito: D 
 
3) FCC/Ag/ALMS/Apoio Legislativo/2016 
Serviço público 
Entre os serviços oferecidos pelo Estado (com recursos provenientes da 
arrecadação de impostos) e a população (sobretudo os que dependem 
inteiramente da qualidade desses serviços), está a figura do servidor público. 
Para fazer essa importante mediação, costuma-se garantir ao servidor a 
estabilidade e o salário que lhe permitam exercer sua função com a 
independência e a dignidade de quem não pode e não deve se submeter a troca 
de favores ou de vantagens que não as da legislação que rege seu contrato de 
trabalho. 
Não convém esquecer que entre os servidores públicos, além dos que se 
entregam ao cumprimento da burocracia, estão aqueles que têm importância 
fundamental em áreas vitais como a Educação, a Saúde, a Segurança, o controle 
do meio ambiente e outras que concorrem diretamente para qualificar nosso 
nível de vida. Há quem julgue que todos os empreendimentos sociais deveriam 
regular-se pelo Mercado, e não pelo Estado. Para quem assim pensa, a figura 
do servidor público surge não como um cidadão operoso e eficiente, mas como 
um entrave à excelência dos negócios, que se regulamentariam por si mesmos. 
É nessa ordem de coisas que professores, médicos, agentes de segurança e 
tantos outros profissionais do setor público precisam tomar em suas mãos a 
responsabilidade de quem estabelece, na prática, o vínculo entre o cidadão e o 
Estado, o indivíduo e sua cidadania. O contato entre o servidor e a população 
deve espelhar uma relação de confiança em que, cidadãos ambos, reconhecem-
se como integrantes de uma mesma ordem social mediada pelo direito público 
e não pelo privilégio privado. O equilíbrio entre o que o Estado tem o dever de 
oferecer e o Mercado tem o interesse em vender e comprar é um desafio a ser 
enfrentado pela sociedade moderna. A figura do servidor público é não apenas 
emblemática: é a encarnação do vínculo profissional e humano entre os direitos 
do povo e os deveres do Estado . 
(Josimar Castelo, inédito) 
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Atente para as seguintes frases: 
I. O servidor público carece de estabilidade e boa remuneração. 
II. A falta de estabilidade e de boa remuneração fragiliza a condição do servidor. 
III. Um servidor fragilizado deixa de ser eficiente. 
As frases acima estão articuladas com correção e coerência em: 
a) Quando a condição de um servidor é fragilizada pela falta de estabilidade e 
boa remuneração,ele deixa de ser eficiente. 
b) Por falta de estabilidade e de boa remuneração, de cujas se mostra carente, 
o servidor fragilizado fica ineficiente. 
c) Não há eficácia, quando um servidor, sempre carente de estabilidade e 
remuneração, deixa por isso de ser eficiente. 
d) Por ser fragilizado, mesmo porque ele carece de estabilidade e boa 
remuneração, um servidor deixa de ser eficiente. 
e) Um servidor se torna ineficiente, caso a estabilidade e a boa remuneração 
venham a faltar-lhe, assim lhe fragilizando. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – Perfeita utilização dos conectivos, estabelecendo as 
relações semânticas adequadas. 
Alternativa B – Incorreta – A frase acima é totalmente incoerente (sem 
sentido), além de apresentar erro na utilização do pronome “cujo” e no emprego 
das vírgulas. 
Alternativa C – Incorreta – O período está gramaticalmente correto, no entanto 
modifica o sentido original das frases do enunciado, inclusive, estabelecendo 
uma ligação de causa e consequência entre a eficiência e a eficácia. 
Alternativa D – Incorreta – A frase está gramaticalmente correta, mas deixa de 
estabelecer o sentido original, o qual condiciona a fragilidade do servidor à 
falta de estabilidade e de boa remuneração (relação de causa e consequência) 
“A falta de estabilidade e de boa remuneração fragiliza a condição do servidor.” 
Alternativa E – Incorreta – O período não me parece 100% fiel ao sentido 
original das três frases, mas também não podemos dizer que está 
semanticamente errado. 
No entanto encontramos dois erros gramaticais no final do período, um no 
emprego da vírgula (falta dela) e o outro na utilização do pronome relativo 
errado. 
Um servidor se torna ineficiente, caso a estabilidade e a boa remuneração 
venham a faltar-lhe, assim lhe fragilizando. 
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Um servidor se torna ineficiente, caso a estabilidade e a boa remuneração 
venham a faltar-lhe, assim, fragilizando-o. 
OBS – Em relação ao pronome “se”, a ênclise é a forma de colocação pronominal 
mais adequada, pois não há palavra de atração. Podemos considerar a forma 
acima em uma linguagem informal. 
Gabarito: A 
 
4) FCC/Esc/BB/"Sem Área"/2013 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno 
que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a 
primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de 
florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império 
do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40 000 homens 
partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos 
cobiçados que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a 
França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial. 
Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte 
testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso 
cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. "O sonho de chegar à China é o 
fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do 
isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de 
Vermeer. 
Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: "Mais gente 
aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos". O estímulo a 
esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as 
riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o 
exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o 
comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a 
forma de toneladas de prata). 
Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de 
um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a 
invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das 
Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 
1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos 
baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande 
potência empresarial do século XVII. 
(Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136137, 29 ago. 2012) 
 
Isso determinou mudanças de comportamento e de valores ... (3o parágrafo) 
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O pronome grifado evita a repetição, no texto, da expressão: 
a) o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio. 
b) a primeira onda da chamada globalização. 
c) a derrota em uma guerra contra a França. 
d) o desejo irreprimível dos ocidentais. 
e) a injeção de riqueza na economia local. 
Comentários: 
O pronome “isso” funciona como elemento de coesão textual, fazendo 
referência ao conteúdo do parágrafo anterior (referência anafórica) e ligando-
o com parágrafo seguinte. O pronome “isso” refere-se precisamente ao trecho 
marcado em azul que é a ideia principal do parágrafo anterior. 
“Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte 
testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um 
poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. "O sonho de 
chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para 
fugir do isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu 
de Vermeer. 
Isso determinou ... “ 
Gabarito: A 
 
5) FCC/AJ/TRF 3/Apoio Especializado/Arquivologia/2014 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
A dor, juntamente com a morte, é sem dúvida a experiência humana mais bem 
repartida: nenhum privilegiado reivindica ignorância em relação a ela ou se 
vangloria de conhece-la melhor que qualquer outro. Violência nascida no próprio 
âmago do indivíduo, ela dilacera sua presença e o esgota, dissolve-o no abismo 
que nele se abriu, esmaga-o no sentimento de um imediato sem nenhuma 
perspectiva. Rompe-se a evidência da relação do indivíduo consigo e com o 
mundo. 
A dor quebra a unidade vivida do homem, transparente para si mesmo enquanto 
goza de boa saúde, confiante em seus recursos, esquecido do enraizamento 
físico de sua existência, desde que nenhum obstáculo se interponha entre seus 
projetos e o mundo. De fato, na vida cotidiana o corpo se faz invisível, flexível; 
sua espessura é apagada pelas ritualidades sociais e pela repetição incansável 
de situações próximas umas das outras. Aliás, esse ocultar o corpo da atenção 
do indivíduo leva René Leriche a definir a saúde como “a vida no silêncio dos 
órgãos”. Georges Canguilhem acrescenta que ela é um estado de “inconsciência 
em que o sujeito é de seu corpo”. 
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(Adaptado de: BRETON, David Le. Antropologia da Dor, São Paulo, Editora 
FapUnifesp, 2013, p. 256) 
 
Os pronomes grifados nos segmentos ... enraizamento físico de sua existência, 
... sua espessura é apagada... e ... ela é um estado de inconsciência... (2o 
parágrafo) referem-se, respectivamente, a: 
a) enraizamento físico, corpo e atenção do indivíduo. 
b) homem, corpo e saúde. 
c) dor, vida cotidiana e saúde. 
d) enraizamento físico, corpo e vida no silêncio. 
e) homem, vida cotidiana e saúde. 
Comentários: 
Vamos retomar o texto e examinar bem os períodos para verificarmos os 
termos referentes dos pronomes indicados. Todos fazem referência 
anafórica (a termos citados anteriormente no texto). 
A dor quebra a unidade vivida do homem, transparente para si mesmo 
enquanto goza de boa saúde, confiante em seus recursos, esquecido do 
enraizamento físico de sua existência (existência de quem?), desde que 
nenhum obstáculo se interponha entre seus projetos e o mundo. 
De fato, na vida cotidiana o corpo se faz invisível, flexível; sua espessura é 
apagada (a espessura de que é apagada?) pelas ritualidades sociais e pela 
repetição incansável de situações próximas umas das outras. 
Aliás, esse ocultar o corpo da atenção do indivíduo leva René Leriche a definir a 
saúde como “a vida no silêncio dos órgãos”. Georges Canguilhem acrescenta 
que ela é um estado de “inconsciência (ela quem?) em que o sujeito é de seu 
corpo”. 
Gabarito: B 
 
6) FCC/TJ/TRF 2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Atenção: A questão baseia-se no texto abaixo. 
Quantas janelas você abre no computador enquanto checa seus e-mails e 
atualizações de amigos em redes sociais pelo celular? Você consegue cozinhar, 
conversar ao telefone e pôr o bebê para dormir com igual competência? 
Cuidado. O bombardeio de informações e a quantidade de tarefas a serem 
executadas ao mesmo tempo podem comprometer sua capacidade de 
concentração e, no final das contas, você acabará não fazendo nada direito. Ter 
um perfil multitarefeiro, associado à "geração Y" − jovens nascidos nos anos 80 
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− pode também ser sinônimo de falta de atenção e de trabalho mal feito, o que 
afeta a empregabilidade. 
Com a demanda de informação nos dias de hoje, em que um incidente em 
qualquer canto pode repercutir em vários países ao redor do mundo, o tempo 
de concentração diminuiu. Do ponto de vista dos departamentos de recursos 
humanos, esse pouco tempo de concentração pode ser um problema para a 
geração Y nas empresas, principalmente porque as organizações precisam da 
dedicação de tempos longos a reuniões extensas. 
A aposta em trabalhadores multitarefeiros está voltada para a quantidade de 
informações que alguém pode absorver frente às diversas fontes e dados 
eletrônicos disponíveis hoje. No entanto, as pesquisas mostram que aqueles que 
mantêm foco em mais de uma atividade ao mesmo tempo são uma raridade. O 
que se tem hoje são pessoas que, devido ao meio em que estão inseridas, se 
tornaram "multitarefeiras crônicas", mas não conseguem ser boas nos atributos 
relacionados ao multitarefismo: prestar atenção somente ao conteúdo 
relevante, armazená-lo na memória e alternar o foco nas tarefas. 
Um pesquisador alerta, no entanto, que as pessoas, de modo geral, já sentem 
estresse e vários problemas emocionais relacionados à correria da multitarefa. 
Pouco tempo de descanso, cabeça atolada de problemas e impossibilidade de 
concentração por mais de 20 minutos em uma leitura, por exemplo, são 
características marcantes das mentes altamente atarefadas. "A sociedade, 
normalmente, comete um terrível engano ao encorajar as pessoas a realizarem 
multitarefas", diz. 
(Maíra Lie Chao. Planeta, São Paulo, Editora Três, julho de 2011, p. 4246, com 
adaptações) 
 
... devido ao meio em que estão inseridas ... (3o parágrafo) 
O segmento denota, no contexto, noção de 
a) causa. 
b) condição. 
c) consequência. 
d) finalidade. 
e) temporalidade. 
Comentários: 
“O que se tem hoje são pessoas que, devido ao meio em que estão inseridas, 
se tornaram "multitarefeiras crônicas" “ 
A questão é bem simples, exigindo do candidato o reconhecimento do valor 
semântico do segmento acima. Note que o uso da conjunção causal “devido” 
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já nos dá uma dica. De fato, a oração em análise é causa da oração seguinte 
“se tornaram "multitarefeiras crônicas”. 
Gabarito: A 
 
7) FCC/AJ/TRE RO/Judiciária/2013 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
Pintor, gravador e vitralista, Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia 
de Arte de São Petersburgo. Seguindo para Paris em 1910, ligou-se aos poetas 
Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire − e aos pintores Delaunay, Modigliani 
e La Fresnay. 
A partir daí, trabalhou intensamente para integrar o seu mundo de 
reminiscências e fantasias na linguagem moderna derivada do fauvismo e do 
cubismo. 
Na década de 30, o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura, 
onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. Em 1941, parte para 
os EUA, onde sua esposa falece (1944). Chagall mergulha, então, em um 
período de evocações, quando conclui o quadro "Em torno dela", que se tornou 
uma síntese de todos os seus temas. 
(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marcchagall. html) 
 
No texto, evita-se a repetição do termo onde (3o parágrafo), substituindo o 
segmento onde surgem por: 
a) em que apresenta. 
b) cuja apresenta. 
c) que apresentam. 
d) que passa a apresentar. 
e) na qual apresenta-se. 
Comentários: 
No período acima, o pronome relativo “onde” foi utilizado substituindo “em sua 
pintura”, porém com função de adjunto adverbial de lugar. Vamos explicar 
colocando a oração em ordem direta: 
elementos dramáticos, sociais e religiosos (sujeito) surgem (V Intansitivo) em 
sua pintura (onde) – AAV de lugar 
Alternativa A – Incorreta – Ao utilizarmos o termo “que apresenta”, o sujeito da 
oração passa a ser “que” referindo-se a “sua pintura”, por isso não cabe a 
preposição “em”, pois não se pode preposicionar o sujeito. Por outro lado, 
se usarmos a forma passiva poderíamos utilizar a expressão “em que”. 
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“... em sua pintura, em que se apresentam/em que são apresentados 
elementos dramáticos, sociais e religiosos” 
Alternativa B – Incorreta – O pronome “cuja” é inadequado para o texto,pois 
indica posse. 
Alternativa C – Incorreta – A forma é incorreta, pois, o sujeito passaria a ser 
“que” se referindo a “sua pintura” devendo o verbo “apresentar” ser flexionado 
no singular. 
“... em sua pintura, que apresenta elementos dramáticos, sociais e religiosos” 
Alternativa D – Correta – Aqui, o termo “sua pintura” passa a ser o sujeito da 
oração, no entanto a correção e sentido da oração são preservados. 
“... em sua pintura, que passa a apresentar elementos dramáticos, sociais e 
religiosos” 
Alternativa E – Incorreta – A alternativa estaria correta, se o verbo 
“apresentar-se” estivesse no plural concordando com o sujeito passivo 
“elementos dramáticos, sociais e religiosos”, constituindo-se a forma PASSIVA 
SINTÉTICA. 
“... em sua pintura, na qual apresentam-se/na qual são apresentados 
elementos dramáticos, sociais e religiosos” 
Gabarito: D 
 
8) FCC/AJ/TRT 19/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a 
avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a 
fronteira com a China. 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, 
antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o transporte de 
especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis 
séculos atrás. 
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente 
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados 
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos 
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an 
− cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de 
terracota − era a capital da China. 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam 
por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então 
percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. 
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Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à 
medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China 
se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da 
costa. 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas 
nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as 
indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de 
Shenzhen ou Xangai − e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o 
canal de Suez − é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz 
esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o 
trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora 
algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. 
Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das 
temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
Há relação de causa e consequência, respectivamente, entre 
a) o aumento dos custos trabalhistas no leste da China e a atual transferência 
da produção industrial para o interior do país. 
b) a redução de tempo no atual transporte por trem na Rota da Seda e a 
aceleração da venda de produtos de informática. 
c) o uso de caminhões para o transporte de carga e a atual mudança da 
geografia econômica da China. 
d) a retomada do transporte de mercadorias pela Rota da Seda e o aumento 
nos custos do transporte marítimo. 
e) a suspensão do uso da Rota da Seda no fim da Idade Média e a diminuição 
na demanda do Ocidente por especiarias e seda. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – “Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China 
dispararam na última década. (causa) Por isso as indústrias estão transferindo 
sua produção para o interior do país. (consequência)” 
Alternativa B – Incorreta – O texto não aponta relação causal entre a diminuição 
do “tempo no atual transporte por trem na Rota da Seda e a aceleração da 
venda de produtos de informática”. Ele apenas indica que, hoje, está sendo 
utilizada para esse transporte. 
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“Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente 
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados 
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.” 
Alternativa C – Incorreta – Não há relação de causa. 
Alternativa D – Incorreta – O texto informa que o transporte marítimo é, na 
verdade, mais barato, porém agrega custo devido ao tempo que leva para 
chegar ao destino. 
Alternativa E – Incorreta – O texto não indica a causa por que a Rota da Seda 
caiu em desuso. 
Gabarito: A 
 
9) FCC/TJ/TRT 15/Apoio Especializado/Enfermagem/2015 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
O termo saudade, monopólio sentimental da língua portuguesa, geralmente se 
traduz em alemão pela palavra “sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm 
uma história e uma carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento 
geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos que o passado 
abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo-se ao sentimento da saudade 
nos povos célticos, empregue esse termo como “ânsia do infinito”, não é esse o 
uso mais generalizado. Emprega-se a palavra, tanto na linguagem corrente 
como na poesia, principalmente com referência a objetos conhecidos e amados, 
mas que foram levados pela voragem do tempo ou afastados pela distância. 
A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro. 
Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao termo 
português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de 
valores elaborados durante uma longa história de ausências e surgidos em 
consequência do temperamento amoroso e sentimental do português. Falta à 
palavra alemã a riqueza etimológica, o eco múltiplo que ainda hoje vibra na 
palavra portuguesa. 
A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal precisamente 
para significar aquela “ânsia do infinito” que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade. 
No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a 
aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou 
vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos 
e os quais se espera alcançar ou obter no futuro. 
Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração 
envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a “sehnsucht” seria a 
expressão da adolescência que, cheia de esperanças e ilusões, vive com o olhar 
firmado num futuro incerto, mas supostamente prometedor.Ambas as palavras 
têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à sua 
ambivalência doce-amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a insatisfação. 
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Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é 
portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida 
transforma-se com mais facilidade em mola de ação. 
(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial 
do Estado, 1959, p. 2527) 
 
... sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de valores... 
(2º parágrafo) 
... um sentimento do coração envelhecido que relembra os tempos idos (4º 
parágrafo) 
... a insatisfação nela contida transforma-se com mais facilidade em mola de 
ação. (4o parágrafo) 
Os elementos destacados acima referem-se, no contexto, respectivamente, a: 
a) “sehnsucht” alemã − tempos idos − mola de ação 
b) termo português − saudade − palavra alemã 
c) escala cromática de valores − tempos idos − insatisfação 
d) “sehnsucht” alemã − coração envelhecido − palavra alemã 
e) escala cromática de valores − coração envelhecido − mola de ação 
Comentários: 
 “A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro. 
Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao 
termo português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala 
cromática de valores...” 
...sem que, contudo, toda a escala cromática de valores seja inerente a ela (a 
“sehnsucht” alemã). 
 
 “Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração 
envelhecido que relembra os tempos idos...” 
Quem relembra os tempos idos?? O coração envelhecido, claro. 
 
 Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é 
portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida 
transforma-se com mais facilidade em mola de ação. “ 
Onde está contida a insatisfação? Na palavra alemã. 
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10) FCC/ACI (CGM São Luís)/Pref SL/Abrangência Geral/2015 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
Pretende-se discutir aqui alguns aspectos da obra de Gilberto Freyre focalizando 
seu livro de estreia, Casa-grande & senzala, cuja publicação em 1933 levanta 
questões até hoje importantes para o entendimento do passado brasileiro. 
Cabe observar, antes de prosseguir, que o debate intelectual sobre os destinos 
do país estava, naquele momento(a), profundamente marcado pelo tema da 
mestiçagem. 
Mas a mestiçagem, isto é, o contato sexual entre grupos étnicos distintos, 
costumava ser apresentada como um problema: ora implicava esterilidade − 
biológica e cultural −, inviabilizando assim o desenvolvimento nacional, ora 
retardava o completo domínio da raça branca, dificultando o acesso do Brasil 
aos valores da civilização ocidental. 
O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que(b) aprofundava a 
contribuição pioneira de alguns outros autores como Manuel Quirino, Lima 
Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar essa avaliação(c), ao enfatizar 
não só o valor específico das influências indígenas e africanas, como também a 
dignidade da híbrida e instável articulação de tradições que(d) teria 
caracterizado a colonização portuguesa. Isso(e) só foi possível, segundo o 
próprio Gilberto, pelo seu vínculo com a antropologia americana e com a 
orientação relativista de Franz Boas − ele obteve um título de mestre em 
Columbia, em 1922 − que lhe teria permitido separar a noção de raça da de 
cultura e conferir a esta última primazia na análise da vida social. 
(ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. "Chuvas de verão. 'Antagonismos em 
equilíbrio' em Casagrande & senzala de Gilberto Freyre. In: Um enigma 
chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. André Botelho e Lilia Moritz 
Schwarcz (oganizadores). São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 200) 
 
Associam-se corretamente um segmento do texto e o trecho que ele retoma, 
precisamente demarcado, em: 
a) naquele momento / do passado brasileiro. 
b) que / impacto. 
c) essa avaliação / o acesso do Brasil aos valores da civilização ocidental. 
d) que / a híbrida e instável articulação de tradições. 
e) Isso / a colonização portuguesa. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O AAV “naquele momento” retoma o ano de 1993, 
quando foi publicada a obra de Gilberto Freire. É o único momento citado no 
texto. 
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“Pretende-se discutir aqui alguns aspectos da obra de Gilberto Freyre 
focalizando seu livro de estreia, Casa-grande & senzala, cuja publicação em 
1933 levanta questões até hoje importantes para o entendimento do passado 
brasileiro. 
Cabe observar, antes de prosseguir, que o debate intelectual sobre os destinos 
do país estava, naquele momento, profundamente marcado pelo tema da 
mestiçagem. “ 
Alternativa B – Incorreta – O pronome relativo “que” retoma “obra” e equivale 
a “a qual”. 
“O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que/a qual 
aprofundava a contribuição pioneira de alguns outros autores...” 
Alternativa C – Incorreta – O termo “essa avaliação” refere-se ao fato de julgar-
se a mestiçagem um problema. 
“Mas a mestiçagem, isto é, o contato sexual entre grupos étnicos distintos, 
costumava ser apresentada como um problema: ora implicava esterilidade − 
biológica e cultural −, inviabilizando assim o desenvolvimento nacional, ora 
retardava o completo domínio da raça branca, dificultando o acesso do Brasil 
aos valores da civilização ocidental. 
O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que aprofundava a 
contribuição pioneira de alguns outros autores como Manuel Quirino, Lima 
Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar essa avaliação 
Alternativa D – Correta – O pronome relativo “que” retoma o termo equivalendo 
ao pronome “a qual”. 
“ao enfatizar não só o valor específico das influências indígenas e africanas, 
como também a dignidade da híbrida e instável articulação de tradições que 
teria caracterizado a colonização portuguesa. 
Alternativa E – Incorreta – O pronome “isso” refere-se a todo o período anterior 
que trata da contribuição da obra para a mudança de perspectiva em relação à 
colonização portuguesa. 
“O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que aprofundava a 
contribuição pioneira de alguns outros autores como Manuel Quirino, Lima 
Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar essa avaliação, ao enfatizar 
não só o valor específico das influências indígenas e africanas, como também a 
dignidade da híbrida e instávelarticulação de tradições que teria caracterizado 
a colonização portuguesa. Isso só foi possível, segundo o próprio Gilberto, pelo 
seu vínculo com a antropologia americana e com a orientação relativista de 
Franz Boas... 
Gabarito: D 
 
11) FCC/AJ/TRE PB/Administrativa/2015 
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Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
O rio Paraíba corria bem próximo ao cercado. Chamavam-no "o rio". E era tudo. 
Em tempos antigos fora muito mais estreito. Os marizeiros e as ingazeiras 
apertavam as duas margens e as águas corriam em leito mais fundo. Agora era 
largo e, quando descia nas grandes enchentes, fazia medo. Contava-se o tempo 
pelas eras das cheias. Isto se deu na cheia de 93, aquilo se fez depois da cheia 
de 68. Para nós meninos, o rio era mesmo a nossa serventia nos tempos de 
verão, quando as águas partiam e se retinham nos poços. Os moleques saíam 
para lavar os cavalos e íamos com eles. Havia o Poço das Pedras, lá para as 
bandas da Paciência. Punham-se os animais dentro d’água e ficávamos nos 
banhos, nos cangapés. Os aruás cobriam os lajedos, botando gosma pelo casco. 
Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. O leito do rio 
cobria-se de junco e faziam-se plantações de batata-doce pelas vazantes. Era o 
bom rio da seca a pagar o que fizera de mau nas cheias devastadoras. E quando 
ainda não partia a corrente, o povo grande do engenho armava banheiros de 
palha para o banho das moças. As minhas tias desciam para a água fria do 
Paraíba que ainda não cortava sabão. 
O rio para mim seria um ponto de contato com o mundo. Quando estava ele de 
barreira a barreira, no marizeiro maior, amarravam a canoa que Zé Guedes 
manobrava. 
Vinham cargueiros do outro lado pedindo passagem. Tiravam as cangalhas dos 
cavalos e, enquanto os canoeiros remavam a toda a força, os animais, com as 
cabeças agarradas pelo cabresto, seguiam nadando ao lado da embarcação. 
Ouvia então a conversa dos estranhos. Quase sempre eram aguardenteiros 
contrabandistas que atravessavam, vindos dos engenhos de Itambé com 
destino ao sertão. Falavam do outro lado do mundo, de terras que não eram de 
meu avô. Os grandes do engenho não gostavam de me ver metido com aquela 
gente. Às vezes o meu avô aparecia para dar gritos. Escondia-me no fundo da 
canoa até que ele fosse para longe. Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos 
na beira do rio e não havia ninguém. O Paraíba dava somente um nado e corria 
no manso, sem correnteza forte. Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa 
comigo, e quando procurou manobrar era impossível. A canoa foi descendo de 
rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê-la. 
Pus-me a chorar alto, senti-me arrastado para o fim da terra. Mas Zé Guedes, 
vendo a canoa solta, correu pela beira do rio e foi nos pegar quase que no Poço 
das Pedras. Ricardo nem tomara conhecimento do desastre. Estava sentado na 
popa. Zé Guedes porém deu-lhe umas lapadas de cinturão e gritou para mim: 
− Vou dizer ao velho! 
Não disse nada. Apenas a viagem malograda me deixou alarmado. Fiquei com 
medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria ele a ser 
para mim mestre de vida. 
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(REGO, José Lins do. "O Rio". In: VV.AA. O Melhor da Crônica Brasileira. Rio 
/de Janeiro: José Olympio Editora, 1997, p. 43) 
 
Só mais tarde é que voltaria ele a ser para mim mestre de vida. (último 
parágrafo) 
Não havia força que pudesse contê-la. (3º parágrafo) 
Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. (1º parágrafo) 
Nas frases acima, os pronomes sublinhados referem-se respectivamente a: 
a) rio − canoa − aruá 
b) Zé Guedes − água − aruá 
c) rio − correnteza − povo 
d) Zé Guedes − canoa − povo 
e) Zé Guedes − correnteza – aruá 
Comentários: 
O pronome “ele” refere-se ao rio. Repare que ele, o rio, é quem ocupa o centro 
do texto. 
 Não disse nada. Apenas a viagem malograda me deixou alarmado. Fiquei 
com medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria 
ele a ser para mim mestre de vida. 
A canoa é que precisava ser detida para não descer rio abaixo. 
 A canoa foi descendo de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força 
que pudesse contê-la. 
O que tinha gosto de lama? Os aruás. 
 Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. 
Gabarito: A 
 
12) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não 
respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão 
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas. 
No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos 
protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente 
coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe. 
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma 
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número 
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de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer 
Churchill, Stálin ou Roosevelt. 
Semíramis de Nínive, fundadora do Império Assírio, e Boadiceia, que liderou 
uma das mais sangrentas revoltas contra os romanos, são dois exemplos. Esta 
última, aliás, tem uma estátua à margem do Tâmisa, em frente ao Big Ben, em 
Londres. Não deixemos de cumprimenta-la caso estejamos passando por ali. 
Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre 
as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e 
participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às 
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente 
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina. 
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das 
Letras, 2009. p. 78) 
 
Com efeito, a sucessão política regularmente coloca uma mulher no trono, por 
mais desagradável que essa verdade soe. 
Uma redação alternativa para a frase acima, em que se mantêm a correção, a 
lógica e, em linhas gerais, o sentido original, é: 
a) Embora a sucessão política regularmente coloca uma mulher no trono, por 
mais desagradável que soe essa verdade, isso é fato. 
b) Realmente, porquanto soe desagradável essa verdade, a sucessão política 
coloca, regularmente uma mulher no trono. 
c) De fato, embora essa verdade soe desagradável, a sucessão política costumacolocar uma mulher no trono. 
d) Para todos os efeitos, soa desagradável a verdade de que a sucessão política 
frequentemente se coloca uma mulher no trono. 
e) Conquanto a sucessão política, regularmente, coloque uma mulher no trono 
soam a alguns desagradável essa verdade. 
Comentários: 
Com efeito (afirmação), a sucessão política regularmente coloca uma mulher 
no trono, por mais desagradável que (concessão) essa verdade soe. 
Repare que no período acima, há dois conectores, um com valor afirmativo e 
o outro com valor concessivo. Para mantermos a coerência da frase ela 
deverá ser reescrita com conectores de mesmos valores nos respectivos 
lugares. 
Alternativa A – Incorreta – O uso de duas conjunções concessivas tornou a frase 
incoerente. 
Embora (concessiva) a sucessão política regularmente coloca uma mulher no 
trono, por mais desagradável que (concessiva) soe essa verdade, isso é fato. 
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Alternativa B – Incorreta – A banca trocou a conjunção “conquanto” = embora 
= ainda que pela conjunção de causa ou explicação “porquanto”, o que deixou 
o período incoerente. Há também uma colocação equivocada de vírgula após 
“coloca”, separando o verbo de seu complemento. 
Realmente (afirmação), porquanto (causa/explicação) soe desagradável essa 
verdade, a sucessão política coloca, regularmente uma mulher no trono. 
Alternativa C – Correta – A construção manteve o padrão original, mesmo 
modificando a ordem das orações. 
De fato (afirmação), embora (concessiva) essa verdade soe desagradável, a 
sucessão política costuma colocar uma mulher no trono. 
Alternativa D – Incorreta – Com as correções propostas abaixo, o período ficaria 
gramaticalmente correto, no entanto não mantém o mesmo sentido do período 
original, que tem ideia de oposição (concessão) entre os dois fatos. 
Para todos os efeitos, soa desagradável a verdade de que a sucessão política 
frequentemente se coloca uma mulher no trono. 
Alternativa E – Incorreta – Embora não tenha utilizado o conectivo de afirmação, 
a alternativa estaria corretamente grafada, caso não houvesse o erro de 
concordância no verbo SOAR e a omissão da vírgula que separa as orações 
subordinadas. 
Conquanto (concessiva) a sucessão política, regularmente, coloque uma mulher 
no trono, soam soa a alguns desagradável essa verdade. 
Gabarito: C 
 
13) FCC/TJ/TRE RO/Administrativa/2013 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
"Temos de agir agora para evitar o pior", comentou o agrônomo Eduardo Assad, 
pesquisador da Embrapa, ao apresentar as conclusões de um dos capítulos do 
primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas − PBMC. Os 
pesquisadores esperam que as informações sirvam para nortear a elaboração e 
a implantação de políticas públicas e o planejamento das empresas. 
Os desafios apontados no relatório são muitos. Ele indica que as consequências 
da elevação da temperatura média global serão dramáticas no Brasil. De acordo 
com os modelos computacionais de simulação do clima, a agricultura será o 
setor mais afetado, por causa das alterações nos regimes de chuva. "Mesmo 
que a quantidade de chuva fique inalterada, a disponibilidade de umidade do 
solo deve diminuir, em consequência da elevação da temperatura média anual, 
que intensifica a evapotranspiração", diz outro especialista. Segundo ele, esse 
fenômeno deve prejudicar os cultivos agrícolas em regiões onde a escassez de 
água é constante, como o semiárido nordestino. 
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Uma provável consequência da redução da produtividade agrícola e da área de 
terras aptas à agricultura é a queda na renda das populações, intensificando a 
pobreza e a migração da área rural para as cidades que, por sua vez, deve 
agravar os problemas de infraestrutura (habitação, escola, saúde, transporte e 
saneamento). 
Os efeitos na agricultura já podem ser dimensionados. "De 1990 a 2010, a 
intensidade da precipitação dobrou na região do cerrado", diz Assad, "e o padrão 
tecnológico atual da agricultura ainda não se adaptou a esses novos padrões". 
Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente em sistemas 
agrícolas consorciados, e não somente na produção agrícola solteira, de modo 
a aumentar a fixação biológica de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e 
aumentar a rotação de culturas. "Temos de aumentar a produtividade agrícola 
no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Amazônia. A 
reorganização do espaço rural brasileiro agora é urgente." 
Cheias e secas mais frequentes e intensas devem causar uma redução na 
produção agrícola também por outra razão. Pesquisadores da Embrapa 
concluíram que algumas doenças − principalmente as causadas por fungos − e 
pragas podem se agravar em muitas culturas analisadas, em decorrência da 
elevação dos níveis de CO2 do ar, da temperatura e da radiação ultravioleta, 
acenando com a possibilidade de aumento de preços e redução da variedade de 
cereais, hortaliças e frutas. 
Cheias e secas devem também alterar a vazão dos rios e prejudicar o 
abastecimento dos reservatórios das hidrelétricas, acelerar a acidificação da 
água do mar e reduzir a biodiversidade dos ambientes aquáticos brasileiros. A 
perda de biodiversidade dos ambientes naturais deve se agravar; alguns já 
perderam uma área expressiva – o cerrado, 47%, e a caatinga, 44% − a ponto 
de os especialistas questionarem se a recuperação do equilíbrio biológico 
característico desses ambientes seria mesmo possível. 
(Adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Revista FAPESP, agosto de 2013, p. 23 e 
24) 
"Mesmo que a quantidade de chuva fique inalterada, a disponibilidade de 
umidade do solo deve diminuir, em consequência da elevação da temperatura 
média anual, que intensifica a evapotranspiração", diz outro especialista. (2º 
parágrafo) 
Redigida de modo diverso, mantém-se o sentido original da fala do especialista, 
com clareza e articulação lógica correta, em: 
a) Tendo-se elevado a temperatura média anual, com a perda de água do solo, 
a quantidade de chuva permanece ainda sem alteração e ainda mais, a umidade 
do solo não se mantém disponível. 
b) Contanto que se mantenha a precipitação de chuvas nas áreas destinadas à 
agricultura, com intensificação da perda de água do solo, haverá uma 
diminuição, como resultado do aumento da temperatura média anual. 
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c) Enquanto que, com a manutenção da quantidade de chuva, o aumento da 
perda de água é consequência da elevação da temperatura média anual, com 
intensidade

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