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Questoes direitos fundamentais

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1) Existe diferença na concepção e nomenclatura de Direitos Fundamentais e Direitos Humanos? Eles são a mesma coisa?
	Apesar de os direitos humanos e fundamentais possuírem muitas semelhanças, como por exemplo, suas características, o fato é que são matérias distintas. Tal diferença se dá principalmente em razão da previsão legal de cada um eles.
	Os Direitos Fundamentais estão previstos no ordenamento jurídico interno brasileiro, como por exemplo a Constituição Federal, e tem validade e eficácia apenas dentro deste cenário de direito. Já os Direitos Humanos estão previstos em tratados e convenções internacionais. Assim, têm eficácia e validade em todos os Estados-membros do referido acordo.
2) Quais são os direitos de primeira, segunda e terceira geração ou dimensão?
Os direitos de primeira geração ou dimensão referem-se ao princípio da liberdade, configurando os direitos civis e políticos inerentes ao ser humano, oponíveis ao Estado, visto como grande opressor das liberdades individuais. Pode-se citar como exemplo o direito à vida, segurança, justiça, propriedade privada, etc.
	Os direitos de segunda geração são marcados pelo princípio da igualdade e abarcam direitos econômicos, sociais e culturais que devem ser prestados pelo Estado através de política distributiva. Abrangem o direito à à previdência, à educação, à cultura, à alimentação, à saúde, à moradia, etc.
	Por fim, os direitos de terceira geração, também chamados de direitos de solidariedade ou fraternidade, são constituídos por interesses difusos e coletivos orientados para o progresso da humanidade. Pode-se citar o direito à paz, ao desenvolvimento, ao meio ambiente, ao patrimônio comum da humanidade, etc.
3) Pode existir retrocesso dos Direitos Fundamentais? Explique.
Não, pois os direitos fundamentais estão consubstanciados nas cláusulas pétreas e assim, não podem ser suprimidos pelo Estado. Chamada de “vedação do retrocesso”, essa proibição impede que os Estados diminuam sua proteção aos Direitos Humanos em relação ao estágio em que se encontram. Isso se aplica tanto às normas internas, quanto aos tratados internacionais. Assim, estes direitos não podem retroceder, apenas se ampliar.
4) Explique o que é Direito de Liberdade e quais seus desdobramentos?
O Direito de Liberdade possibilita ao indivíduo uma vida digna, e implica a possibilidade de ele fazer qualquer coisa que não seja proibida por lei. Esta garantia não represta tão somente a garantia individual de ir e vir, mas também abrange as liberdades civil, de consciência, de imprensa, de pensamento, de religião, de reunião, entre outros.
5) Explique a importância da proteção ao culto, à crença e aos templos e suas liturgias?
A liberdade religiosa é o princípio jurídico fundamental que regula as relações entre o Estado e a Igreja em consonância com o direito fundamental dos indivíduos e dos grupos a sustentar, defender e propagar suas crenças. Para garantir a inviolabilidade deste direito e a laicidade como premissa estatal, cumpre aos poderes públicos não embaraçar o exercício dos cultos religiosos (art. 19, I) e protegê-los, impedindo que outros o façam. Tamanha a importância dada à liberdade religiosa pelo legislador constituinte, que tal direito foi erigido à categoria de cláusula pétrea, ou seja, trata-se de um dispositivo que não pode ser abolido. Além disso, o crime cometido contra tal liberdade é expresso como inafiançável e imprescritível.
O direito ao ateísmo também está protegido pela Constituição vigente, na medida em que a liberdade de crença compreende, além da liberdade de escolha da religião, de aderir a qualquer seita religiosa, ou de não aderir a religião alguma, bem como a liberdade de ser ateu e de exprimir o agnosticismo.
6) O que é o principio da isonomia material e formal e explique a necessidade desta proteção?
A igualdade é fundamental para a democracia, dando a todos a equiparação no que diz respeito ao gozo e fruição de direitos. O sentido de igualdade formal, baseado apenas no puro normativismo, afirma que a lei abstrata e geral deve ser igual para todos sem qualquer distinção de sexo, raça ou cor, colocando no mesmo patamar ricos e pobres, por exemplo, desprezando as condições socioeconômicas presentes no contexto social. Já a igualdade material consiste em observar a realidade prática, e verificar as diferenças existentes entre as partes desfavorecidas por algum aspecto social, econômico ou político, para então elaborar normas de conteúdo substanciais, ou seja, que favoreçam a parte hipossuficiente para assim, atingir o patamar de igualdade das classes sociais e econômicas desigualadas pelo sistema. Em suma, a isonomia formal retrata o aspecto normativo de igualdade entre todos os cidadãos, ignorando suas diferenças, enquanto a isonomia material busca tratar os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade na medida de suas desigualdades.
7) Qual a importância do Principio da Legalidade?
O princípio da legalidade está intimamente relacionado com o Estado Democrático de Direito. Esse princípio preserva a liberdade e a dignidade do homem, e impede o uso arbitrário do poder pelo Estado, protegendo o cidadão em face do abuso do exercício da persecução penal. Os conflitos devem ser resolvidos pela lei, e não mais pela força. A Constituição Federal o posiciona como vértice do sistema jurídico pátrio e garantia fundamental, pois ao mesmo tempo em que é um limite a atuação do Poder Público, já que este só pode atuar com base na lei, também é uma garantia aos administradores e cidadãos, que só devem cumprir as exigências do Estado se estas estiverem previstas na lei.
8) Explique a importância da proteção à vida privada, a honra e a intimidade da pessoa?
Este direito busca abranger todas as manifestações da esfera íntima, privada e da personalidade das pessoas.
A vida íntima, ou seja, aquilo que a pessoa pensa, sente e deseja se refere à sua intimidade, difere-se da vida privada, que é composta pelos seus hábitos (modo de viver, de se comportar), seu relacionamento e, igualmente, aquilo que o sujeito possui.
No direito à privacidade estão abrangidos os direitos à intimidade, a honra, a imagem, a inviolabilidade do domicílio, entre outros. 
No âmbito civilista, o direito à intimidade é tipificado como direito da personalidade, inerente ao próprio homem, tendo por objetivo resguardar a dignidade e integridade do indivíduo, assegurando sua proteção e salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas. A proteção constitucional consagrada no inciso X do art. 5.º refere-se tanto a pessoa física quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, à proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação em massa. Pode-se dizer, sobretudo, que a proteção aos aspectos da vida íntima e privada do indivíduo possui como objetivo preservar a sua individualidade, possuindo como fundamento maior a proteção à dignidade da pessoa humana.
9) Defina o que é direito de associação, reunião e manifestação e qual o objetivo Constitucional desta proteção?
O direito de associação é um conceito legal constitucional que se caracteriza pelo direito que as pessoas têm de mutuamente escolherem os seus associados para cumprir um determinado fim, geralmente profissional e representar seus interesses. 
A reunião é a aproximação – especialmente considerada – de algumas ou muitas pessoas, com o objetivo comum de trocar ideias, informar-se, esclarecer-se e adotar opinião sobre qualquer tipo de assunto.
O direito à manifestação é calcado na garantia de liberdade de expressão, e também diz respeito à contemplação da pluralidade de fatores sociais e o respeito às diversidades. Pode ser realizado livremente, desde que sem armas e de forma pacífica. Para o êxito do direito à manifestação do pensamento, garantido no artigo 5º, inciso IV, necessariamente deve ser garantido o direito à reunião. Sem reunião não há a troca de opiniões nem a uniformização de um grupo, que do ponto de vista democrático, quanto maior, possui mais potencial de alcance.10) O que é Mandado de Segurança, Habeas Corpus e Habeas Data e quando são cabíveis estes instrumentos jurídicos?
Estes instrumentos são chamados de remédios constitucionais, meios colocados a disposição do indivíduo para resguardar seus direitos diante da ilegalidade ou abuso de poder cometido pelo Poder Público.
O Habeas Data é uma garantia que assegura o direito de informação. São três as hipóteses de cabimento dessa garantia: Buscar acesso a informações que estão no banco; Buscar a correção destes dados se eles estiverem incorretos; Fazer uma anotação, uma observação nos dados que estão corretos. É uma garantia destinada a tutelar o acesso a dados pessoais que estão em bancos de dados de caráter público. O Estado não tem porque ter informações sobre a vida particular do indivíduo.
O Habeas Corpus é o remédio a ser utilizado contra ilegalidade ou abuso de poder no tocante ao direito de locomoção, que alberga o direito de ir, vir e permanecer do indivíduo. Visa cessar a ameaça ou coação à liberdade locomoção do indivíduo. É destinado a proteger o direito de locomoção de pessoa natural, não podendo ser impetrado em favor de pessoa jurídica.
	Já o Mandado de Segurança é a ação judicial a ser utilizada quando um direito líquido e certo do indivíduo for violado por ato de autoridade governamental ou de agente de pessoa jurídica privada que esteja no exercício de atribuição do Poder Público. É ação de natureza subsidiária, pois somente é cabível quando o direito líquido e certo a ser protegido não for amparado por outros remédios constitucionais. O direito líquido e certo é aquele que não se discute, não é preciso provar que o indivíduo o possui, apenas mostrá-lo.

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