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CLIMATÉRIO Fisiologia 20 semanas de gestação (7mi de oócitos) → Nascimento (1 mi de oócitos) → Puberdade (300-500.000) → 400-500 ovulações, o restante entrará em atresia. OBS! Somente 0,01% da perda folicular é por ovulação. Ou seja, o uso de contraceptivo é irrelevante quanto ao tempo que ela entrará na menopausa. → 1º Fase: Queda da inibina, elevação do FSH e ligeiro aumento do estradiol. LH atua na célula da Teca, transformando colesterol em Androstenediona e Testosterona → FSH atua na célula da granulosa, produzindo aromatase e transformando androgênio em estradiol → A granulosa produz também a inibina, a qual inibe o FSH. A primeira alteração hormonal do climatério é a queda da inibina. Com a inibina em queda, o FSH aumenta e estimula a aromatase para que haja maior conversão de androgênio em estradiol, elevando os níveis de estrogênio no início do climatério. OBS! O melhor parâmetro laboratorial é o FSH. → 2º Fase: Esgotamento folicular – Hipogonadismo Hipergonadotrófico (muito FSH) Com a queda dos folículos, consumidos na primeira fase, a teca e a granulosa também se esgotam e há queda do estradiol, androstenediona e testosterona. Hipófise aumenta enlouquecidamente FSH. LH também sobe, por feedback, já que caem os níveis de androstenediona e testosterona. OBS! Atente-se que, na pós-menopausa, os níveis de estrona são maiores que o estradiol, sendo o tecido adiposo o principal produtor. Conceitos clínicos Climatério → Período fisiológico de transição, de tempo variável, podendo ir até 10 anos. Menopausa → Período pontual, sendo a última menstruação da vida de uma mulher, com diagnóstico retrospectivo com: Um ano de amenorréia; Precoce se <40 anos; Em média, é 51 anos. Diagnóstico → Anamnese e exame físico OBS! NÃO TEM QUE PEDIR O FSH! → Se <40 anos, pede o FSH para confirmar que é falência ovariana precoce. Sintomas → Hipoestrogenismo é o que causa os sintomas; → Primeira fase: Como há aumento do Estradiol, seu pico ocorrerá mais precocemente, com fase proliferativa do ciclo menstrual mais curta → Menstruações ficam mais frequentes! → Segunda fase: Esgotamento de folículos → Ciclos ficam anovulatórios → Menstruações infrequentes com períodos de amenorréia. → Papel do estrogênio na termorregulação – disfunção térmica no hipotálamo→ Fogachos 85% das mulheres irão ter calor; As ondas de calor duram 1-3 minutos, as quais iniciam na cintura e sobrem para face; Pode ocorrer até 32 vezes por dia; Sintomas mais acentuados em: tabagistas, sedentárias e magras. → Dispareunia e sinusiorragia por ressecamento vaginal; → Diminuição da libido por queda na testosterona; → Estrogênio tem atividade osteoprotetora Estradiol inibe o osteoclasto; Pode cursar com osteopenia e osteoporose. → Depressão/Irritabilidade – sintomas de falta de estrogênio que também ocorre na síndrome pré-menstrual; → Insônia. Exame Ginecológico → Epitélio estratificado atrófico; → Difícil inserção do espéculo, podendo causar sangramento e dor. Acompanhamento Clínico → CP de colo uterino 3 em 3 anos até os 64. → Mamografia 2 em 2 anos a partir dos 50 anos. → USG transvaginal não é rotina. → Glicemia. → Perfil lipídico. → Sangue oculto nas fezes (>50 anos). → Densitometria óssea 2 em 2 anos a partir dos 65 anos ou em pacientes pós-menopausa se: → IMC <21; → Fratura prévia (após 50 anos) inexplicavelmente; → Anormalidades vertebrais radiológicas; → Artrite reumatóide; → Uso crônico de corticóide (3 meses ou mais). OBS! Interpretação da densitometria óssea → Faz-se no : Colo do fêmur; Fêmur total; Coluna lombar (L1-L4). → Parâmetros avaliados: Massa absoluta (g/m³); Escore Z (em desvios padrões) → Comparação em relação às mulheres da mesma idade. Útil na pré-menopausa; Escore T (DP)→ Comparação em relação a todas as mulheres independente da idade. Útil na pós-menopausa. Fala se há osteopenia ou osteoporose. →Resultados: Até -1 DP em relação a média, é normal; Entre -1 e -2,5 → Osteopenia; Se ←2,5 → Osteoporose. Hábitos de vida → Dieta rica em cálcio; → Exposição regular ao sol; → Exercícios físicos regulares; → Controle do peso; → Tratamento farmacológico: Osteopenia: cálcio 1000-1500mg + vitamina D conforme individualidade; Osteoporose: bisfosfonados – Alendonatro de sódio 70mg 1 cp/semana → Freia a ação do osteoclasto. Obs, cuidado com a esofagite, pois a medicação aumenta risco de refluxo. Evitar repouso por 2 horas após ingesta alimentar. ATENÇÃO! TRH não é indicada para composição óssea. Terapia de Reposição Hormonal → Necessita de estrogênio e progesterona, pois se for só o estrogênio haverá efeito proliferativo endometrial, aumentando os números de CA de endométrio; → Paciente histerectomizada não precisa receber terapia combinada, exceto se ela tiver história de endometriose, pelo risco de refazer o foco; → RH é fator de proteção para CA de cólon e reto e osteoporose; → RH aumenta risco de CA de mama, cardiopatia, AVC e TVP; → Janela de oportunidade é 5 anos, pois, após esse período, há um tempo de hipoestrogenismo muito grande, com risco cardiovascular ainda maior; → O risco tromboembólico da pílula AC é maior que o da reposição hormonal; → Indicação: Paciente sintomática, queixosa; → Contraindicação: CA de mama; CA de endométrio; Doença hepática grave; Sangramento vaginal não diagnosticado; Fenômeno tromboembólico; Porfiria. → Tibolona → é um esteróide exógeno que quando metabolizada transformase em estrogênio, progestogênio e androgênio. É indicada para paciente com desejo sexual hipoativo. Ajuda na libido; Diminui triglicerídeo e HDL e aumenta LDL. → Estrogênio vaginal → Utilizado em mulheres que tem queixas genitais na ausência de fogacho. → Laser → Em mulheres que tiveram CA de mama. → IRS Úteis para mulheres com sintomas vasomotores que não podem usar hormônio; Paroxetina, Citalopram, Venlafaxina (eleição em paciente que teve CA de mama), Clonidina, Supirida e Gabapentina. Avaliação antes da prescrição → Mamografia – excluir CA; → Perfil lipídico.
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