Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças metabólicas: Desequilíbrio em alguma rota metabólica podendo apresentar manifestação clínica ou subclínica. ACIDOSE LÁTICA RUMINAL: Distúrbio digestivo Queda do pH ruminal <5,5 (5,5 – 7,0 → normal) Condição nutricional, genética e ambiental ACIDOSE CLÍNICAx ACIDOSE SUBCLÍNICA CONDIÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA DA MICROBIOTA: Nutrientes, pH, anaerobiose (via glicolítica), pressão osmótica, eliminação metabólitos (metano [eliminado por eructação, o animal não utiliza], AGV [acetato, propionato e butirato], H+), umidade e granulometria, temperatura (38-42ºC). Ruminação → produz saliva (pH 8,4) e tritura Morte bacteriana → parede celular → lipopolisacarideo → endotoxina Primeira coisa para ter uma microbiota equilibrada é necessário ter alimento Quando o pH está dentro da faixa ótima de pH é quando ocorre a maior produção de AGV, o acetato é o primeiro maior produzido quando a microbiota está equilibrada, o butirato é o segundo maior produzido [ pela digestão de carboidratos], o terceiro maior produzido é o propionato. ↑concentrado [↓ tamanho partícula e tempo de ruminação] + Genética ↑ produção [↑ demanda concentrado] + Fibra efetiva = ↓ pH pré-estômagos MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: · ↓ Ingestão MS Contínuo Intermitente Inexistente ACIDOSE RUMINAL SUBCLÍNICA – SARA – Introdução: · Queda do pH ruminal menor ou igual 5,5 · Animais ↑ produção (dieta) · Início e meio lactação · Condição nutricional · Concentrado x volumoso = quanto mais concentrado oferecido ao animal, mais misturado ao volumoso deve ser · Dieta total x fracionada · Concentrado/dieta CONSEQUENCIAS LOCAIS E SISTÊMICAS: Alterações fezes (escore 1 e 2 não é legal, deve-se verificar a fibra efetiva, ambiência e nutrição) ↓ Condição corporal – ruminite, abomasite e úlcera abomaso, paraceratose ruminal, ruminite crônica. Presença de fusobacterium que quando a mucosa ruminal está integra não tem problema. Abscesso hepático (bacteremia → translocação da bactéria pela mucosa ruminal ou sistema porta) → Alteração na produção de leite e fertilidade Abscesso renal, rim, pele, articulação, peritonite Produção insuficiente ↓ Condição corporal ↓ Resposta terapêutica a mastite Ver slides Embolia pulmonar bacteriana (síndrome da veia cava) – ocorre pq quando é liberado endotoxina pra corrente sistêmica a primeira célula que responde a passagem da endotoxina é a célula endotelial (que forra o vaso) e essa célula responde a qualquer tipo de possibilidade de lesão endotelial e ativa mediadores inflamatórios para avisar o organismo que tem algo acontecendo · Cava caudal: Trombos com consequente hipertensão pulmonar (congestão pulmonar), edema periférico e ascite · Cava cranial: Trombos causam distensão jugular, aneurismas, hemoptise e morte · Ambos associados aos abscessos hepáticos Alterações e afecções podais: SOBRECARGA CARBOIDRATOS → ACIDOSE RUMINAL → ↑ pH RUMINAL → BACTERIÓLISE GRAM - → MEDIADORES INFLAMATÓRIOS → VASOCONSTRIÇÃO, TROMBOS E ALTERAÇÕES PERMEBILIDADE CAPILAR → ISQUEMIA QUERATINÓCITOS → DEGENERAÇÃO LAMINAR → LAMINITE Endocardites bacterianas → translocação bacteriana (cansaço, edema, emagrecimento progressivo) Deslocamento de abomaso Poliencefalomalácea = ↓ produção de tiamina (vitamina B1 – todo complexo B é produzida no rúmen) ALTERAÇÕES NO LEITE: ↓ Gordura no leite (<3,5%) Inversão ou igualdade na gordura: proteína no leite ↓ Bio-hidrogenação ácidos graxos insaturados dieta ↓ Acetato ruminal Alimento → microbiota → AGV → ↓pH ruminal → tamponado 5,5-7,0 saliva (ruminação) → 5,0-5,5 → ACIDOSE LATICA RUMINAL SUBCLINICO → Desequilíbrio e morre microbiota → endotoxina na circulação sistêmica → Ruminite, erosão/úlcera mucosa → translocação bacteriana local e sistêmica → <5,0 → ACIDOSE LATICA RUMINAL CLÍNICA DIAGNÓSTICO: · 5 a 21 dias pós-parto · 50 a 120 dias pós-parto · 8 a 20 vacas por grupo · 2 a 4h após ração · 25% pH<5,5 · 33% pH <5,8 Monitoramento de rebanho: Mensuração de pH ruminal → não é possível coletar liquido ruminal por sonda, pois na presença de uma gotinha de saliva, já muda o pH, o ideal é fazer uma ruminocentese, fazer na região média pois existe mais líquido, último par de costela como referência e a região patelar. O ideal é coletar após 3-4h após a ingestão de carboidrato. A partir de 5,5 não considera acidose lática ruminal SOBRECARGA POR GRÃOS O movimento ruminal para, o cardia fica fechado (animal não consegue eructar) FC Elevada, anorexia, pode ocorrer distensão do rúmen Para retirar o ar do rúmen se faz sonda orogástrica e caso não seja eficaz, é necessário realizar processo cirúrgico – ruminotomia para se retirar o gás e o conteúdo presente. RUMINOCENTESE: Avaliações líquido ruminal: Odor, pH, coloração, TRATAMENTO: Antifiséticos: silicone 4-6mg/Kg PO Alcalinizantes: Hidroxido de Mg, carbonato de sódio Adsorventes: Carvão ativado Em caso de endotoxemia: Flunexim meglumine Se não resolver, realizar ruminotomia CETOSE: Quanto maior leite a vaca produz, mais energia ela requer. TODA fêmea tem queda da imunidade Transtorno no metabolismo da glicose Controle da glicemia ruminante x monogástrico · Fígado é o principal regulador níveis sanguíneos Glicogênio hepático do cão 6-8% peso fígado Glicogênio hepático no bovino 1-3% peso fígado Mobilização lipídeos → AG livres → Corpos cetônicos PATOGENIA: Balanço energético negativo → ↓ insulina ↑ Glucagon e adrenalina → mobilização gorduras → alta produção de ácidos graxos livres → oxidação no fígado → oxalacetato → ciclo de Krebs → CO2 e glicose → Outras vias metabólicas → metabolizada para B-HBO e acetoacetato → cetose E lipidose hepática CETOSE PRIMÁRIA: Subalimentação pós-parto CETOSE SECUNDÁRIA: Febre, lactação, gestação, mastite, metrite Acúmulo de corpos cetonicos!!! SUBCLÍNICA: EFEITOS GERAIS Diminuição produção de leite Diminuição ingestão de alimentos Imunossupressão – as células dependem de glicose Predisposição deslocamento abomaso *** 25% de chances de ter Diminuição fertilidade · Menor liberação GnRH e retardo ovulação · Predisposição cistos ovarianos (acetonemia) Epidemiologia, animal não está se alimentando bem MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Hipogalaxia Hipofagia Sinais nervosos · Sonolência · Ataxia · Cambaleios · Cegueira parcial · Hiperestasia · Mastigação com sialorréia · Depressão (morte) DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR: 1,2 a 2,9mmol/L – cetose subclínica A partir de 3mmol/L – cetose clínica Glicose e B-hidroxibutirato · Aparelho portátil · Limite mensuração: 0-8,0mmol/L 1,2 a 2,9mmol/L – cetose subclínica TRATAMENTO: Cura espontânea · Cetose cubclínica ou inaparente Glicose 50%: 1mL/kg · Infusão subsequente de glicose 5% Desametasona: 20mg Propilenoglicol – (propionato forma glicose diretamente no fígado) molécula semelhante ao propionato · Depende função hepática Sinais neurológicos (edema cerebral) · Manitol (0,5-1,0g/kg, IV) · Furosemida (1-2mg/kg, IV) · Dexametasona (1-2mg/kg) PREVENÇÃO: Alimentação 8-3 semanas pré-parto: · 90% forragem de boa qualidade ou 50% capim + 40% silagem · 10% concentrado 3 semanas pré-parto · 70% forragem 30% concentrado Condição corporal 3,0-3,5 HIPOCALCEMIA Demanda de cálcio que o animal tem, não é suprida. No pré e pós-parto o animal necessita de mais cálcio e o organismo não consegue atender essa demanda. 98% do cálcio ↓ Cálcio → PTH → 1,25 diidroxicalciferol → Absorção ID → Reabsorção Ca renal 2% no líquido extracelular → 50% cálcio plasmático ligado a proteínas Albumina → 50% Forma solúvel ionizada · Transmissão impulso nervosos · Contração musculatura lisa · Contração muscular e cardíaca · Coagulação sanguínea · Composição do leite Toda vez que o animal necessita de Ca, o PTH é ativado e ele influencia na formação do 1,25 diidroxicalciferol (pró vit D) e ao mesmo tempo os rins fazer uma maior reabsorçãode Ca que passam nos túbulos, então ele diminui a filtração do Ca e isso ocorre rapidamente. A pró-vitamina D é produzida e liberada pelos rins e irá para o ID que irá aumentar a reabsorção de cálcio vindo do alimento. A função renal e intestinal deve estar boa para que ocorra eficientemente. · Muitas coisas ocorrendo em conjunto podem fazer que naturalmente o ciclo do Ca não ocorra bem, devido o estrógeno e o tamanho do útero que comprime o rúmen e o animal não se alimenta corretamente. DEMANDA DE CÁLCIO PARTURIENTE: O colostro contém o dobro de Ca que o leite Vacas leiteiras de alta produção: 5-10 anos, 3ª – 7ª lactação, raça Jersey (tem menos receptores de pró-vitamina D no intestino) 3% antes do parto 75% 1-24h pós-parto 12% 24-48h pós-parto 4% depois de 48h de parto Fatores determinantes: Fósforo dieta período seco · >80g/dia · ↑ sérico fósforo inibe enzimas renais que catalisam produção 1,25 diidroxicalciferol · ↓ mecanismo Balanço cátio-anionico da dieta · Cátions → Na+, k+, Mg2+ → Altera morfologia receptor PTH · Ânions → Cloreto e enxofre → ↑ Concentração plasmática 1,25 diidroxicalciferol → ↑ Absorção intestinal de Ca → Resultante quando tem uma leve acidificação do sangue e como base usar o pH da urina que deve ser no máximo 6,2 HIPOCALCEMIA (clínica ou subclínica) ↓ Função musculatura lisa · ↓ Motilidade GI → Deslocamento abomaso → ↓ Produção leiteira → ↓ Consumo alimento → ↑ Mobilização de reservas (cetose) → Balanço energético negativo · ↓ Motilidade uterina → ↑ Retenção de placenta → ↓ Fertilidade ↑ Incidência metrite → ↓ Fertilidade → ↓ Involução uterina → ↑ Incidência de metrite → ↓ Fertilidade Manifestações clínicas: Excitação inicial · Tremor muscular · Hiperesensibilidade · Ataxia · Bruxismo · Maneios cabeça · Depressão · Decúbito · Hipotermia · Hipofonese (som cardíaco baixinho) · Muflo seco · Atonia ruminal · ↑FC · ↓ intensidade bulhas Animal não tem condições de se manter em estação. Tratamento: Gluconato de cálcio IV (acesso auricular) – Quando se faz o cálcio é importante auscultar devido a contração da musculatura que é comum causar arritmias, deve ser feito lentamente. Antes do coração acelerar, o animal que estava bem começa a ter sialorreia, fasciculose (?) muscular. LENTE – 30 MINUTOS. Sinais de intoxicação cálcio: Arritmia, ↓ ou ↑ súbito FC e agitação. Suspender uso e fazer Atropina Não é indicado fazer o uso de Atropina para fazer o Ca mais rápido pois ruminante tem atropinase Pode ser necessário fazer o tratamento por mais de um dia.. Não pode suplementar com cálcio no pré-parto Prevenção: Verificar concentração cálcio dieta Ordenhar colostro suficiente para bezerro nas primeiras 24h Sal aniônico 20 dias pré-parto · 180g/dia · Para rebanhos com >1% prevalência
Compartilhar