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Apostila-Tecnologias-na-Educação

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SUMÁRIO 
2 O POTENCIAL TRANSFORMADOR DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ................... 3 
2.1 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO ................................................................................ 4 
3 QUANDO FALAMOS EM TECNOLOGIA, DE QUE ESTAMOS FALANDO? ................ 8 
4 AS NOVAS MÍDIAS ..................................................................................................... 12 
5 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ........................................................ 26 
6 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO ...................................... 29 
7 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL ............................................................................ 33 
8 REFERÊNCIAS............................................................................................................ 39 
9 LEITURA COMPLEMENTAR ....................................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 O POTENCIAL TRANSFORMADOR DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
 
 
http://anec.org.br/blog/2014/09/11/uso-da-tecnologia-na-educacao-exige-mudancas-no-mercado-editorial/ 
 
Tem-se dito e repetido até a exaustão que se um professor de finais do século XIX 
entrasse hoje em uma sala de aula típica de uma escola na América Latina, a maioria das 
coisas lhe seriam muito familiares: o giz e a lousa, as carteiras ou os livros didáticos são 
tão comuns agora como naquela época. Entretanto, não são muitos aqueles que parecem 
se dar conta de que este mesmo professor antiquado se surpreenderia pelas demandas 
dos currículos de hoje. 
Por exemplo, há apenas um século se esperava dos estudantes de Ensino Médio 
na América Latina pouco mais que fossem capazes de recitar textos famosos, relatar fatos 
científicos simples e resolver problemas aritméticos básicos. Na Europa, por exemplo, os 
sistemas estavam pensados para que menos de 4% dos estudantes aprendessem álgebra 
antes de completar o Ensino Médio. Mas hoje em dia nossas escolas evoluíram muito, 
pelo menos, no terreno das expectativas: na América Latina se espera que todos os 
estudantes do Ensino Médio sejam capazes de ler e compreender uma grande variedade 
de textos, em vez de limitar-se a memorizar uns poucos sem entendê-los, e que se tornem 
competentes na resolução de problemas de matemática incluindo, por exemplo, álgebra, e 
mais: que apliquem a racionalidade científica a qualquer questão que lhes seja proposta. 
 
 
 
 
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Esta tendência ao aumento das expectativas vem se acelerando devido à explosão do 
conhecimento e às crescentes demandas dos locais de trabalho. 
Cada vez será maior o número de estudantes que terão de aprender a navegar em 
meio a grandes quantidades de informação e a dominar o cálculo e outros temas 
complicados para participar plenamente de uma sociedade cada vez mais tecnológica. 
Assim, embora as ferramentas básicas da classe (lousas e livros) que dão forma a como a 
aprendizagem é conduzida não tenham mudado muito no último século, as demandas 
sociais sobre o que os estudantes devem aprender têm aumentado dramaticamente na 
região. 
 
1.1 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO 
 
 
http://tecnologia.culturamix.com/noticias/como-usar-a-tecnologia-na-educacao 
 
Quando se fala em recursos tecnológicos, pensa-se logo na televisão, no telefone 
e, principalmente, no computador. Mas em se tratando de educação qualquer meio de 
comunicação que completa a ação do professor é uma ferramenta tecnológica na busca 
da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Exemplos disso são: o quadro negro e 
o giz, umas das ferramentas mais antigas e mais usadas na sala de aula. 
 
 
 
 
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A Internet é a nova tecnologia que tem se mostrado eficiente na transmissão de 
informações e na comunicação, importantíssima na construção do conhecimento. Através 
dela é possível fazer os mais diversos tipos de pesquisas, ter acesso a conteúdos 
completos de livros, revistas, bem como comunicar-se com o mundo adquirindo 
informações em tempo real bem próximo à comunicação face a face. Mediada através do 
computador uma potente ferramenta que nos proporciona inúmeras formas de uso na 
educação, mesmo sem o uso da rede mundial de computadores, a internet, nos propicia o 
rompimento da barreira do tempo e do espaço nos mais variados seguimentos. Mas é 
essa potente máquina composta por componentes simples interligados, o computador, 
que nos permite o acesso a esse grande potencial na mediação de informações 
permitindo a interação global através dos mais variados meios, agrupando, assim, todas 
as tecnologias de comunicação já inventadas pelo homem transformando-se no aliado 
perfeito na busca do conhecimento. 
 
 
http://escoladecriatividade.com.br/2013/04/polemica-sobre-o-uso-da-tecnologia-na-educacao/ 
 
A tecnologia da informática evoluiu rapidamente e o computador e seus periféricos, 
além do correio e do telégrafo, passaram a integrar todas as tecnologias da escrita, de 
áudio e vídeo já inseridos na sociedade: máquina de escrever, imprensa, gravador de 
áudio e vídeo, projetor de slides, projetor de vídeo, rádio, televisão, telefone e fax. (PAIVA, 
2008. p.9). 
 
 
 
 
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Com a evolução tecnológica, a comunicação através da Internet, surge como a 
forma mais viável de suprir essa necessidade, do homem moderno, de comunicar-se 
rapidamente sem a necessidade de estarem no mesmo local ou até no mesmo momento. 
O homem por ser altamente comunicativo utiliza-se de vários meios para manter 
sua comunicação: imagens, símbolos, sinais, gravuras, sons e muitos outros, além da 
escrita e da fala. Com a evolução da linguagem percebemos que os signos linguísticos 
vêm sofrendo modificações na comunicação oral e consequentemente na escrita 
perdendo elementos da sua composição. Com o avanço da comunicação através das 
mensagens instantâneas, isso tem acontecido constantemente porque o homem moderno, 
na sociedade capitalista, necessita das informações no menor tempo possível. Os signos 
linguísticos são reduzidos objetivando a diminuição do tempo de transmissão de 
mensagens e aceleração na comunicação. As ferramentas tecnológicas, hoje, são 
instrumentos eletrônicos indispensáveis no processo de evolução prática da comunicação. 
Com essa nova forma de comunicação, o homem passa a obter uma enorme quantidade 
de informações em curto espaço de tempo não sendo possível seu armazenamento, pois, 
nosso cérebro não funciona com tamanha rapidez. 
 
 
http://renajoc.org.br/tecnologia-educacao/ 
 
Com o domínio da informática, o homem passou a dominar inúmeras novas 
tecnologias, sem desprezar as já existentes, reportando-nos, por exemplo, a tecnologia 
educacional, denominadas por Zanela de TIC. “Tecnologias da Informação e da 
Comunicação (TIC), é o conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e de 
 
 
 
 
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telecomunicações, que produzem, processam, armazenam e transmite dados em forma de 
imagens, vídeos textos ou áudios.” (ZANELA, 2007. p.25). 
Mas seu uso constante sem planejamento orientado tem se tornado um grande 
problema. Fortalece argumentos por parte de alguns profissionais da educação como 
suporte ideário de resistência no processo de adesão das novas tecnologias como 
ferramenta pedagógica essencial no processo de ensino-aprendizagem. Este processo é 
apresentado, por Paiva, numa classificação em estágios: rejeição, adesão e normalização. 
Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é de desconfiança e de 
rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da 
linguagem e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Após a 
inserção, vem o estágio da normalização, definido por Chambers e Bax (2006, p.465) 
como um estado em que a tecnologia se integra de tal forma ás práticas pedagógicas que 
deixa de ser vista como cura milagrosa ou como algo a ser temido. (PAIVA,2008. p.1). 
Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e organizações - 
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos 
na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do seu projeto 
de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação 
que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornar-se 
cidadãos realizados e produtivos. 
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a 
comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o 
individual, o grupal e o social. 
Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece quando 
conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, 
as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais. 
 Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes para 
o computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de cada meio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 QUANDO FALAMOS EM TECNOLOGIA, DE QUE ESTAMOS FALANDO? 
 
 
http://www.fatecpe.com.br/sobre-tecnologia-no-brasil/ 
 
Dispositivos 
 
Uma das características mais destacadas do panorama dos dispositivos utilizados 
na educação escolar é seu caráter multiforme. Atualmente, limitar-se a relacionar a 
tecnologia a computadores é, na verdade, manter uma visão ancorada no século XX. 
Ainda que os dispositivos predominantes na maioria das escolas da América Latina 
continuem sendo os computadores de tipo desktop, são muitos os países que, como 
Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai ou Venezuela contam com iniciativas de distribuição 
massiva de computadores portáteis que, cada vez mais, tendem a ser substituídos por 
tablets. Não se pode esquecer, por outro lado, que um número crescente de famílias, 
nesses mesmos países, está equipando seus filhos com dispositivos como os anteriores 
mas, cada vez mais, também com smartphones (M. Madden et al., 2013; Pedró, 2012a). 
À parte desses dispositivos, outro emergente no contexto escolar é a lousa digital 
interativa, que provavelmente foi introduzida com maior facilidade nas salas de aula dos 
centros escolares desde a Educação Infantil até o ensino universitário, e não apenas nos 
países desenvolvidos. Essa lousa, conectada a um computador, permite o fácil uso de 
recursos interativos e multimídia por parte do docente. Há fundamentalmente duas razões 
 
 
 
 
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para esse sucesso. Por um lado, é uma tecnologia condizente com os modelos 
tradicionais de docência porque respeita e reforça o papel central do docente e não exige 
uma mudança substancial em sua forma de ensinar, ao mesmo tempo em que lhe permite 
acessar uma maior variedade de recursos digitais. Por outro lado, seu custo é 
relativamente baixo pois, segundo os países, sua aquisição significa um desembolso que 
costuma ser menor ao equivalente a dois desktops e seu ritmo de obsolescência é mais 
baixo. Seu crescimento tem sido espetacular sobretudo nos Países Baixos, países 
nórdicos e Reino Unido. Seus opositores afirmam que consolida um paradigma tradicional 
do ensino, distante dos pressupostos construtivistas porque não deixa de ser, 
definitivamente, outra lousa. 
 
 
https://israelsaraiva.wikispaces.com/770+-
+Dispositivos+e+perif%C3%A9ricos?responseToken=4838a864b365934570fc1a04ed97ce78 
 
Consequentemente, os dispositivos desenham um panorama complexo, de onde 
surgem cada vez com mais força duas características diferenciadoras: o caráter pessoal 
do dispositivo, por um lado, e sua mobilidade implícita, por outro. Já não são apenas as 
escolas que se equipam, mas também os próprios estudantes. E é a convergência de 
ambos que parece levar mais centros escolares, e mesmo governos, a pensar em 
alternativas tecnológicas em educação que sejam independentes do tipo de dispositivo ou 
do sistema operativo utilizado, tendência que tem sido chamada de BYOD (Bring Your 
Own Device, que no contexto educativo poderia traduzir- e por “Se – na escola – Seu 
próprio dispositivo 
 
 
 
 
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Serviços 
 
 
http://www.emcontexto.com/servicos/ 
 
O principal serviço digital no mundo educativo é a conectividade. As formas 
contemporâneas de uso da tecnologia, tanto na educação como na vida privada, exigem 
uma boa conectividade. Apesar de haver grandes esforços públicos para dotar os centros 
escolares de banda larga, a situação na América Latina é extremamente díspar e com um 
grande atraso em relação, por exemplo, à Europa, onde a banda larga para uso educativo 
é universal em muitos países e, às vezes, gratuita para os centros. Os Estados Unidos 
também apresentam um grande atraso nesse aspecto em relação à Europa, com estados 
que contam com velocidades de acesso tão baixas que não permitem, por exemplo, ver 
vídeos. 
 
Conteúdos 
 
A proliferação de conteúdos digitais na rede cresce a ritmos exponenciais e, por 
essa razão, em educação convém diferenciar entre conteúdos, tão só (por exemplo, 
qualquer site na rede ou um site de vídeos), e recursos didáticos, que são os conteúdos 
digitais selecionados e orquestrados para um processo didático. Dessa forma, quando os 
recursos digitais apoiam ou complementam os livros didáticos e os recursos gerados pelos 
 
 
 
 
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próprios professores em suportes tradicionais, exige-se uma orquestração apropriada aos 
objetivos didáticos e às características dos estudantes. 
 
 
https://pplware.sapo.pt/internet/fliphtml5-um-virar-de-pagina-de-conteudos-digitais/ 
 
Há muitas discussões abertas sobre a natureza desses recursos, diferenciando os 
que são abertos, e permitem adaptações, e os que são fechados, ou entre os que são de 
acesso totalmente gratuito ou os que são pagos, o que vem levando ao surgimento de 
várias licenças de uso. Mas a natureza de um objeto digital (por exemplo, que seja livre ou 
não) não o torna mais ou menos apropriado para um uso didático, mesmo parecendo claro 
que os conteúdos digitais desenvolvidos especificamente por profissionais para um uso 
didático sempre terão maiores garantias de qualidade – tanto se ofertados por empresas 
como por comunidades de profissionais docentes, sejam gratuitos ou não. 
 
Aplicativos 
 
A história do impacto da tecnologia na vida cotidiana comprova que, hoje em dia, as 
pessoas investem em dispositivos e serviços porque, além de estar conectadas para se 
comunicar, querem aplica-los a fins concretos – daí o nome que se dá hoje aos 
programas. 
 
 
 
 
 
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https://canaltech.com.br/tutorial/internet/saiba-o-que-e-e-o-que-fazer-para-remover-o-hao123-do-seu-computador/ 
 
Os estudantes, em especial, utilizam fundamentalmente aplicativos para 
compartilhar conteúdos e comunicar-se de múltiplas formas por meio das redes sociais. E 
tanto esses como os programas didáticos têm um grande potencial em educação. 
 
3 AS NOVAS MÍDIAS 
O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de 
organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os 
alunos presencial e virtualmente e assim avaliá-los. 
 Cada docente pode encontrar a forma mais adequada de integrar as várias 
tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie, que 
aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação 
audiovisual/telemática. 
Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É 
importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sentir-se bem, a comunicar-
se bem, ensinar bem, ajudar os alunos a que aprendam melhor. É importante diversificar 
as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar. 
 Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar e 
aprender tanto nos cursos presenciais como nos à distância. São muitos os caminhos, que 
dependerãoda situação concreta em que o professor se encontrar: número de alunos, 
 
 
 
 
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tecnologias disponíveis, duração das aulas, quantidade total de aulas que o professor dá 
por semana, apoio institucional. Alguns parecem ser, atualmente, mais viáveis e 
produtivos. 
 No começo procurar estabelecer uma relação empática com os alunos, 
procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e 
perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma de relacionar-nos com eles é 
fundamental para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor gosta de 
ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender. 
 
 
http://somsa.com.br/pesquisa-revela-perfil-de-consumo-de-novas-midias-nos-eua/ 
 
Vale a pena descobrir as competências dos alunos que temos em cada classe, que 
contribuições podem dar ao nosso curso. Não vamos impor um projeto fechado de curso, 
mas um programa com as grandes diretrizes delineadas e onde vamos construindo 
caminhos de aprendizagem em cada etapa, estando atentos - professor e alunos - para 
avançar da forma mais rica possível em cada momento 
 É importante mostrar aos alunos o que vamos ganhar ao longo do semestre, 
por que vale a pena estarmos juntos. Procurar motivá-los para aprender, para avançar, 
para a importância da sua participação, para o processo de aula-pesquisa e para as 
tecnologias que iremos utilizar, entre elas a Internet. 
 O professor pode criar uma página pessoal na Internet, como espaço virtual 
de encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. 
Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação de suas 
ideias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num primeiro 
momento a página pessoal é importante como referência virtual, como ponto de encontro 
 
 
 
 
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permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para 
os alunos, dependerá de cada situação. O importante é que professor e alunos tenham um 
espaço, além do presencial, de encontro e viabilização virtual. 
 
 
http://www.justrealmoms.com.br/seu-filho-pode-aprender-brincando-dicas-de-5-aplicativos-educativos1/ 
 
Hoje começamos a ter acesso a programas que facilitam a criação de ambientes 
virtuais, que colocam alunos e professores juntos na Internet. Programas como o Eureka 
da PUC de Curitiba, o LearningSpace da Lotus-IBM, o WEBCT, o Aulanet da PUC do Rio 
de Janeiro, o FirstClass, o Blackboard e outros semelhantes permitem que o Professor 
disponibilize o seu curso, oriente as atividades dos alunos, e que estes criem suas 
páginas, participem de pesquisa em grupos, discutam assuntos em fóruns ou chats. O 
curso pode ser construído aos poucos, as interações ficam registradas, as entradas e 
saídas dos alunos monitoradas. O papel do professor se amplia significativamente. Do 
informador, que dita conteúdo, se transforma em orientador de aprendizagem, em 
gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula, de um processo 
que caminha para ser semipresencial, aproveitando o melhor do que podemos fazer na 
sala de aula e no ambiente virtual. 
 O professor, tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe 
a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas simples da Internet para 
melhorar a interação presencial-virtual entre todos. 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA ELETRÔNICA/FÓRUM 
 
Em relação à Internet, procurar que os alunos dominem as ferramentas da WEB, 
que aprendam a navegar e que todos tenham seu endereço eletrônico (e-mail). Com os e-
mails de todos, criar uma lista interna de cada turma ou um fórum. 
A lista eletrônica interna ajuda a criar uma conexão virtual permanente entre o 
professor e os alunos, a levar informações importantes para o grupo, orientação 
bibliográfica, de pesquisa, a dirigir dúvidas, a trocarmos sugestões, envio de textos, de 
trabalhos. 
 A lista eletrônica é um novo campo de interação que se acrescenta ao que 
começa na sala de aula, no contato físico e que depende dele. Se houver interação real na 
sala, a lista acrescenta uma nova dimensão, mais rica. Se no presencial houver pouca 
interação, provavelmente também não a haverá no virtual. 
 
 
Aulas-pesquisa 
 
Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de informação, 
comunicação e de pesquisa, onde vamos construindo o conhecimento equilibrando o 
individual e o grupal, entre o professor-coordenador-facilitador e os alunos-participantes 
ativos. Aulas-informação, onde o professor mostra alguns cenários, algumas sínteses, o 
estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema. Aulas-pesquisa, onde 
professores e alunos procuram novas informações, cercar um problema, desenvolver uma 
experiência, avançar em um campo que não conhecemos. O professor motiva, incentiva, 
dá os primeiros passos para sensibilizar o aluno para o valor do que vamos fazer, para a 
importância da participação do aluno neste processo. Aluno motivado e com participação 
ativa avança mais, facilita todo o nosso trabalho. O papel do professor agora é o de 
gerenciador do processo de aprendizagem, é o coordenador de todo o andamento, do 
ritmo adequado, o gestor das diferenças e das convergências. 
 
 
 
 
 
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http://portalcndl.com.br/notre-eventos/?pagina=30 
 
Uma proposta viável é escolher os temas fundamentais do curso e trabalhá-los 
mais coletivamente e os secundários ou pontuais pesquisá-los mais individualmente ou 
em pequenos grupos. Os grandes temas da matéria são coordenados pelo professor, 
iniciados pelo professor, motivados pelo professor, mas pesquisados pelos alunos, às 
vezes, todos simultaneamente; às vezes, em grupos; às vezes, individualmente. 
A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta, dando somente o 
tema sem referências a sites específicos, para que os alunos procurem de acordo com a 
sua experiência e conhecimento prévio. Isso permite ampliar o leque de opções de busca, 
a variedade de resultados, a descoberta de lugares desconhecidos pelo professor. Eles 
vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em disquete e também 
fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão salvando O 
professor incentiva a troca constante de informações, a comunicação, mesmo parcial, dos 
resultados que vão sendo obtidos, para que todos possam se beneficiar dos achados dos 
colegas. É mais importante aprender através da colaboração, da cooperação do que da 
competição. O professor estará atento aos vários ritmos, às descobertas, servirá de elo 
entre todos, será o divulgador de achados, o problematizador e principalmente o 
incentivador. Depois de um tempo, ele coordena a síntese das buscas feitas, organiza os 
resultados, os caminhos que parecem mais promissores. 
 
 
 
 
 
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http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/escolas-publicas-urbanas-tem-acesso-universal-computadores-mas-so-6-os-
usam-em-salas-de-aula-13263702 
 
Passa-se, num segundo momento, à pesquisa mais focada, mais específica, a partir 
dos resultados anteriores. O mesmo tema vai ser pesquisado no mesmo endereço, de 
forma semelhante por todos. É uma forma de aprofundar os dados conseguidos 
anteriormente e evitar o alto grau de entropia e dispersão que pode acontecer na etapa 
anterior da pesquisa aberta. Como na etapa anterior é importante a troca de informações, 
a divulgação dos principais achados. Há vários caminhos para aprofundar as pesquisas: 
Do simples ao complexo, do geral ao específico, do aberto ao dirigido, focado. Os temas 
podem ser aprofundados como em ondas, cada vez mais ricas, abertas, aprofundadas. Os 
alunos comunicam os resultados da pesquisa. O professor os ajuda a fazer a síntese do 
que encontraram. 
O professor atua como coordenador, motivador, elo de união do grupo. Os textos e 
materiaisque parecem mais promissores são salvos, impressos ou enviados por e-mail 
para cada aluno. Faz-se uma síntese dos materiais coletados, das ideias percebidas, das 
questões levantadas e se pede que todos leiam esses materiais que parecem mais 
importantes para a próxima aula, numa leitura mais aprofundada e que sirva como elo com 
a próxima etapa de uma discussão mais rica, com conhecimento de causa. Os melhores 
textos e materiais podem ser incorporados à bibliografia do curso. O professor utilizou uma 
parte do material preparado de antemão (planejamento) e o enriqueceu com as novas 
contribuições da pesquisa grupal (construção cooperativa). Assim o papel do aluno não é 
o de "tarefeiro", o de executar atividades, mas o de pesquisador, responsável pela riqueza, 
qualidade e tratamento das informações coletadas. O professor está atento às 
descobertas, às dúvidas, ao intercâmbio das informações (os alunos pesquisam, 
 
 
 
 
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escolhem, imprimem), ao tratamento das informações. O professor ajuda, problematiza, 
incentiva, relaciona. 
 
 
http://www.tribunadojurua.com.br/educacao/page/22/ 
 
Ao mesmo tempo, o professor coordena a escolha de temas ou questões mais 
específicas, que são selecionados ou propostos pelos alunos, dentro dos parâmetros 
propostos pelo professor e que serão desenvolvidos individualmente ou em pequenos 
grupos. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que 
esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Quanto mais jovens são os alunos, mais 
curto deve ser o tempo entre o planejamento e a execução das pesquisas. Nas datas 
combinadas, as pesquisas são apresentadas verbalmente para a classe, trazem um 
resumo escrito para a aula ou o enviam pela lista interna para todos os participantes. 
Alunos e professor perguntam, complementam, participam. 
 O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo alcançado 
pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto das informações 
trazidas. Esse caminho de ida e volta, onde todos se envolvem, participam-na sala de 
aula, na lista eletrônica e na Home Page - é fascinante, criativo, cheio de novidades e de 
avanços. O conhecimento que é elaborado a partir da própria experiência se torna muito 
mais forte e definitivo em nós. 
 
 
 
 
 
 
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 Construção colaborativa 
 
 
http://eebcatulo.blogspot.com.br/2016/04/estudando-matematica-de-uma-maneira.html 
 
A Internet favorece a construção cooperativa e colaborativa, o trabalho conjunto 
entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de uma 
pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação sobre um 
problema de atualidade. 
Uma das formas mais interessantes de trabalhar hoje colaborativamente é criar 
uma página dos alunos, como um espaço virtual de referência, onde vamos construindo e 
colocando o que acontece de mais importante no curso, os textos, os endereços, as 
análises, as pesquisas. Pode ser um site provisório, interno, sem divulgação, que 
eventualmente poderá ser colocado à disposição do público externo. Pode ser também um 
conjunto de sites individuais ou de pequenos grupos que se visibilizam quando os alunos 
acharem conveniente. Não deve ser obrigatória a criação da página, mas incentivar a que 
todos participem e a construam. O formato, colocação e atualização podem ficar a cargo 
de um pequeno grupo de alunos. 
 O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: 
conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância pela 
lista - comunicar-nos quando for necessário e também acessar aos materiais construídos 
em conjunto no Home-Page, na hora em que cada um achar conveniente. 
 
 
 
 
 
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https://friburgotecnologia.wordpress.com/category/uncategorized/ 
 
É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os 
recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada 
classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, 
o texto sequencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual. 
 O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e 
comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. 
O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana. O 
processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, no chat. É um 
papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante 
dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de pesquisa, de 
estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e 
coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, 
intuição (radar ligado) e domínio tecnológico. 
 
 
Mudanças na educação presencial com tecnologias 
 
Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis, 
integradas. Para estruturas mais enxutas. Menos pessoas, trabalhando mais 
 
 
 
 
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sinergicamente. Haverá maior participação dos professores, alunos, pais, da comunidade 
na organização, gerenciamento, atividades, rumos de cada instituição escolar. 
 
 
http://www.crescerphd.com.br/site/maternal-informatica-aprendendo-com-o-mickey-e-sua-turma/ 
 
Está em curso uma reorganização física dos prédios. Menos quantidade de salas 
de aula e mais funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos começam a 
utilizar o notebook para pesquisa, busca de novos materiais, para solução de problemas. 
O professor também está mais conectado em casa e na sala de aula e com recursos 
tecnológicos para exibição de materiais de apoio para motivar os alunos e ilustrar as suas 
ideias. Teremos mais ambientes de pesquisa grupal e individual em cada escola; as 
bibliotecas se convertem em espaços de integração de mídias, software e bancos de 
dados. 
Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos. A relação 
professor-aluno mais aberta, interativa. Haverá uma integração profunda entre a 
sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a vida. A aula não é um espaço 
de inanimado; e sim um espaço contínuo de aprendizagem. Os cursos serão híbridos no 
estilo, presença, tecnologias, requisitos. Haverá muito mais flexibilidade em todos os 
sentidos. Uma parte das matérias será predominantemente presencial e outra 
predominantemente virtual. O importante é aprender e não impor um padrão único de 
ensinar. 
 Com o aumento da velocidade e de largura de banda, ver-se e ouvir-se a 
distância será corriqueiro. O professor poderá dar uma parte das aulas da sua sala e será 
 
 
 
 
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visto pelos alunos onde eles estiverem. Em uma parte da tela do aluno aparecerá a 
imagem do professor, ao lado um resumo do que está falando. O aluno poderá fazer 
perguntas no modo chat ou sendo visto, com autorização do professor, por este e pelos 
colegas. Essas aulas ficarão gravadas e os alunos poderão acessá-las off-line, quando 
acharem conveniente. 
 Haverá uma integração maior das tecnologias e das metodologias de 
trabalhar com o oral, a escrita e o audiovisual. Não precisaremos abandonar as formas já 
conhecidas pelas tecnologias telemáticas, só porque estão na moda. Integraremos as 
tecnologias novas e as já conhecidas. As utilizaremos como mediação facilitadora do 
processo de ensinar e aprender participativamente. 
 Haverá uma mobilidade constante de grupos de pesquisa, de professores 
participantes em determinados momentos, professores da mesma instituição e de outras. 
 
 
http://cultura.culturamix.com/curiosidades/como-usar-a-internet-na-sala-de-aula 
 
Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula? 
 
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação 
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em quevale a 
pena encontrar-nos fisicamente, no começo e no final de um assunto ou de um curso. Há 
outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual, mas 
conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante, tornando 
real o conceito de educação permanente. 
 
 
 
 
23 
 
 
 
http://www.renovatus.com.br/index.php/estrutura-escola-particular-campinas/laboratorio-de-informatica/ 
 
Como regra geral, podemos encontrar-nos fisicamente no começo e no final de um 
novo tema, de um assunto importante. No início, para colocar esse tema dentro de um 
contexto maior, para motivar os alunos, para que percebam o que vamos pesquisar e para 
organizar como vamos pesquisá-lo. Os alunos, iniciados ao novo tema e motivados, o 
pesquisam, sob a supervisão do professor e voltam a aula depois de um tempo para trazer 
os resultados da pesquisa, para colocá-los em comum. 
 É o momento final do processo, de trabalhar em cima do que os alunos 
apresentaram, de complementar, questionar, relacionar o tema com os demais.Vale a 
pena encontrar-nos no início de um processo específico de aprendizagem e no final, na 
hora da troca, da contextualização. Iniciar o processo presencialmente. O professor 
estimula, motiva. Coloca uma questão, um problema, uma situação real. Os alunos 
pesquisam com a supervisão dele. Uma parte das aulas pode ser substituída por 
acompanhamento, monitoramento de pesquisa, onde o professor dá subsídios para os 
alunos irem além das primeiras descobertas, para ajudá-los nas suas dúvidas. Isso pode 
ser feito pela Internet, por telefone ou pelo contato pessoal com o professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Equilibrar o presencial e o virtual 
 
 
http://ec19tag.blogspot.com.br/2014/03/oba-aula-de-informatica.html 
 
Se tivermos dificuldades no ensino presencial, não as resolveremos com o virtual. 
Se olhando-nos, estando juntos temos problemas sérios não resolvidos no processo de 
ensino-aprendizagem, não será "espalhando-nos" e "conectando-nos" que vamos 
solucioná-los automaticamente. 
 Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação: o presencial e o 
virtual, valorizando o melhor de cada um deles. Aproveitar o melhor dos dois modos de 
estar. 
Estar juntos fisicamente é importante em determinados momentos fortes: conhecer-
nos, criar elos, confiança, afeto. Conectados, para realizar trocas mais rápidas, cômodas e 
práticas. 
 Realizar atividades que fazemos melhor no presencial: comunidades, criar 
grupos afins (por algum critério específico); definir objetivos, conteúdos, formas de 
pesquisa de temas novos, de cursos novos. Traçar cenários, passar as informações 
iniciais necessárias para situar-nos diante de um novo assunto ou questão a ser 
pesquisada. 
 A comunicação virtual permite interações espaço-temporais mais livres; a 
adaptação a ritmos diferentes dos alunos; novos contatos com pessoas semelhantes, 
fisicamente distantes; maior liberdade de expressão a distância. 
 
 
 
 
25 
 
 Certas formas de comunicação, as conseguirmos fazer melhor a distância, 
por dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no presencial. Na medida em que 
avançam as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se 
altera. Podemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um 
professor de fora "entrando" por videoconferência na minha aula. Haverá um intercâmbio 
muito maior de professores, onde cada um colabora em algum ponto específico, muitas 
vezes a distância. 
 
 
http://wwwainformaticanaeducacao.blogspot.com.br/2011/06/informatica-x-curriculo.html 
 
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje entendemos por aula um espaço 
e tempo determinados. Esse tempo e espaço cada vez serão mais flexíveis. O professor 
continua "dando aula" quando está disponível para receber e responder mensagens dos 
alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente os alunos com 
textos, páginas da Internet, fora do horário específico da sua aula. Há uma possibilidade 
cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços 
diferentes, quando tanto professores quanto os alunos estão motivados e entendem a aula 
como pesquisa e intercâmbio, supervisionados, animados, incentivados pelo professor. 
 As crianças terão muito mais contato físico, pela necessidade de 
socialização, de interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual superará o 
presencial. Haverá uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos 
salas de aula e mais sala ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A 
casa, o escritório será o lugar de aprendizagem. 
 
 
 
 
26 
 
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros 
predominantemente virtuais. Isso dependerá do tipo de matéria, das necessidades 
concretas de cobrir falta de profissionais em áreas específicas ou de aproveitar melhor 
especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar. 
 Caminhamos rapidamente para processos de ensino-aprendizagem 
totalmente audiovisuais e interativos. Veremos, ouviremos, escreveremos 
simultaneamente, com facilidade, a um custo baixo, às vezes em grupos grandes, em 
outros em grupos pequenos ou de dois em dois. 
 
4 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Estamos numa fase de transição na educação à distância. Muitas organizações 
estão limitando-se a transpor para as virtuais adaptações do ensino presencial (aula 
multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, 
rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line. Começamos a passar dos modelos 
predominantemente individuais para os grupais. A educação a distância mudará 
radicalmente de concepção, de individualista para mais grupal, de utilização 
predominantemente isolada para utilização participativa, em grupos. Das mídias 
unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais 
interativas. Da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação off e on-line 
(em tempo real). 
 
 
http://eademultimidias.blogspot.com.br/2015/07/a-importancia-da-educacao-distancia-na.html 
 
 
 
 
27 
 
 Educação a distância não é só um "fast-food" aonde o aluno vai lá e se serve 
de algo pronto. Educação a distância é ajudar os participantes a que equilibrem as 
necessidades e habilidades pessoais com a participação em grupos -presenciais e virtuais 
- onde avançamos rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. Iremos 
combinando daqui em diante cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos 
presenciais será feita virtualmente. Uma parte dos cursos a distância será feita de forma 
presencial ou virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. Períodos de pesquisa mais 
individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderão fazê-
los sozinhos com a orientação virtual de um tutor e em outros será importante compartilhar 
vivências, experiências, ideias. 
 A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo 
real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será mais fácil fazer integrações 
mais profundas entre TV e WEB. 
 As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o 
alargamento da banca de transmissão como acontece na TV a cabo torna-se mais fácil 
poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância 
com som e imagem, principalmente cursos de atualização, extensão. As possibilidades de 
interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas. 
 
 
https://redfile.com.br/cursos-ead/ 
 
 
 
 
28 
 
 
 Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line e aulas 
presenciais com interação a distância. Algumas organizações e cursos oferecerão 
tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (lucro, multiplicação). 
 O ensino será um mixde tecnologias com momentos presenciais, outros de 
ensino on-line, adaptação ao ritmo pessoal, mais interação grupal, avaliação mais 
personalizada (com níveis diferenciados de visão pedagógica). 
 Outras organizações oferecerão tecnologias de ponta com visão pedagógica 
avançada (cursos de elite, subsidiados). O processo mais lento do que se espera. Iremos 
mudando aos poucos, tanto no presencial como na educação à distância. Há uma grande 
desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns 
estão prontos para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos 
(gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. 
 Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos 
simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes 
professores e alunos. Caso contrário conseguirá dar um verniz de modernidade, sem 
mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que 
pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de 
aprender. 
 
 
http://direcionalescolas.com.br/2015/03/15/dica-ead/ 
 
 
 
 
29 
 
5 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO 
 
As políticas sociais vêm transformando as relações de trabalho, através da inserção 
das tecnologias digitais, de forma significativa no cotidiano dos profissionais de todas as 
áreas. Impulsionado pelos avanços tecnológicos, o professor modifica sua prática 
pedagógica, utilizando-se de ferramentas que não tem conhecimento, em nome do valor 
dado ao acesso rápido e estratégico de informações. 
 
 
http://replay4.me/blog/novas-tecnologias/ 
 
Com relação à prática pedagógica, por mais que a educação se transforme com um 
emprego de novas metodologias e tecnologias, o professor, através da sua postura e do 
seu conhecimento, é quem efetiva a utilização desse aparato tecnológico e científico. 
Dessa forma, redimensiona o seu papel, deixando de ser o transmissor de conhecimento 
para ser o estimulador. “O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do 
aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante” 
(MORAN, 1995). 
Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando tecnologia digital, o professor 
precisa estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o 
aluno já sabe, o que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno a 
fazer parte da proposta pedagógica, colocando-o a par sobre o que será abordado e 
convidando-o a contribuir. "Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e 
principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender” (MORAN, 
2000). 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 http://www.rioeduca.net/blog.php?bid=16&pg=7 
 
O professor detém um lugar de destaque na aprendizagem porque possui uma 
formação específica, sendo legitimado por sua formação acadêmica para trabalhar nessa 
área. Para que a atuação do professor seja satisfatória, ele necessita estar 
constantemente se atualizando e estudando sempre. A formação continuada do 
profissional é processo constante, permitindo a análise da teoria na prática, além de 
desenvolver o senso reflexivo sobre a sua atuação. Porém, a realidade, nem sempre, 
proporciona isso devido à pequena disponibilidade de tempo ou à distância, o que vem 
sendo resolvido com os cursos a distância. 
Segundo Pedro Demo, 1998, o professor moderno apresenta, ou deveria 
apresentar, algumas características a comentar. O professor deve ser um pesquisador, 
assumindo um compromisso com o questionamento reconstrutivo a fim de ultrapassar a 
simples socialização do conhecimento. Para tanto, é fundamental a consciência crítica, o 
questionamento para a construção ou para a realização de intervenção alternativa. O 
professor ao estruturar o planejamento da sua aula e ao utilizar novas técnicas estará 
experimentando outras propostas pedagógicas, qualificando o processo de ensino 
aprendizagem. 
http://www.rioeduca.net/blog.php?bid=16&pg=7
 
 
 
 
31 
 
A realidade mostra um quadro um pouco diferente. Para pesquisar é necessário 
tempo, e o professor, que se encontra em sala de aula, por vezes com uma sobrecarga de 
trabalho, não encontra este tempo para a pesquisa, para criar novas propostas de aula. 
 Outro fator importante da prática pedagógica é a faculdade do professor 
elaborar por si próprio seu material como marca de teor emancipatório e de autonomia, 
fundamentado teoricamente. A experiência pela experiência leva a um caminho perigoso, 
o do “achismo”. O professor acha que o seu aluno está aprendendo sem fazer uma 
avaliação teórica da situação. 
 
 
http://www.tribunauniao.com.br/capa/categoria/29/Geral 
 
O acesso à Internet é uma ferramenta que pode facilitar na inovação de propostas 
pedagógicas alternativas, bem como no contato com o conhecimento de ponta para poder 
comparar e avaliar as propostas. Isso se faz possível, uma vez que as escolas se 
encontram equipadas tecnologicamente. 
 A teorização da prática faz parte da atuação pedagógica. Com o confronto 
entre teoria e prática, surge uma relação dialética que garante um processo construtivo da 
aprendizagem. “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação 
Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo” (FREIRE, 
P., 1998, P.24). 
O professor também necessita de atualização permanente, buscar sempre 
informações, saber o que está acontecendo, estar consciente da relação entre os 
 
 
 
 
32 
 
diferentes saberes. Saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente 
para atender as necessidades dos alunos. Isto não quer dizer que o professor precise 
saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer. O processo educativo precisa 
estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. Isso irá implicar 
em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros recursos pedagógicos. 
 
 
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-desafio-de-usar-a-tecnologia-a-favor-do-ensino-ealmosyp83vcnzak775day3bi 
 
Uma questão que envolve a prática educativa relaciona-se com a avaliação, sendo 
necessário que o professor reveja sua teoria e prática dessa etapa. A avaliação permite 
acompanhar o aluno e verificar o seu processo de aprendizagem, para dar continuidade 
na construção do conhecimento através de propostas específicas. Portanto, ela exige do 
professor dedicação e sensibilidade. 
Antes de falar sobre o professor frente ao uso da tecnologia digital na educação, 
faz-se necessário uma pequena explanação sobre estas tecnologias, como propostas 
metodológicas e como ferramentas de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
6 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL 
 
http://culturadigital.br/hospedagemdesites/tag/hospedagem-de-sites/ 
 
Dentro desse novo panorama, importante, sem sombra de dúvidas, é a questão da 
possibilidade de uso do computador, da informática, pelo professor na educação, sendo o 
computador uma forma de mídia educacional em que a abordagem pedagógica é auxiliada 
por esta ferramenta. 
Através do computador, é possível repassar a informação para ser processada em 
conhecimento com a criação de ambientes de aprendizagem e a facilitação do processo 
do desenvolvimento intelectual do aluno. 
 O professor tem a sua disposição uma série de ferramentas, que podem ser 
utilizadas através do computador, como as listadas abaixo, que possibilitam a 
incrementação de sua prática pedagógica: 
 
- Teleconferência: a teleconferência permite que um especialista esteja em contato 
com telespectadores das mais diversas e distantes regiões do mundo, esta atividade 
permite que informações e experiências sejam transmitidas, reforçando-se o aspecto do 
ensino. 
 Para que haja um processo de aprendizagem, essa técnica deve ser precedida 
de estudos sobre otema, com um preparo prévio da conferência para a realização de um 
debate e não um monólogo. 
 
 
 
 
34 
 
 Outro ponto é a necessidade da continuidade da atividade que se integra a uma 
teleconferência, esta não pode ser um acontecimento isolado. 
 
 
http://www.votunews.com.br/?p=135586 
 
- Videoconferência: a videoconferência possibilita o encontro de várias pessoas, 
localizadas em espaços diferentes. Através da videoconferência as pessoas podem trocar 
áudio, vídeo, trabalhar juntas através dos recursos de compartilhamento e construir 
esquemas ou gráficos no quadro de comunicação. 
 
 
http://www.unifebe.edu.br/site/imprensa/noticias-unifebe/primeira-videoconferencia-em-sala-de-aula/ 
- Chat ou bate-papo: funciona como uma técnica de brainstorm, momento em que 
todos os participantes interagem sincronicamente, expressando suas ideias de forma livre. 
 
 
 
 
35 
 
Permite conhecer as manifestações espontâneas dos participantes sobre determinado 
tema, possibilita uma discussão mais profunda e motiva o grupo para um assunto. 
Esta técnica acontece numa velocidade surpreendente, podendo haver a 
manifestação simultânea de todos, o que requer um acompanhamento do professor 
orientando a atividade e também tomando cuidado para não entrar a todo o momento nas 
manifestações. 
 
http://www.montarumblog.com/criar-chat-bate-papo-site-blog-gratis/ 
 
-Listas de discussão: cria online grupos de pessoas que debatem sobre um assunto 
que tenham interesse. O objetivo da lista é avançar os conhecimentos, as informações e 
experiências, para trabalhar as ideias iniciais. As listas de discussão exigem um tempo 
maior para o preparo dos textos a serem colocados na lista. Trata-se de uma reflexão 
contínua, de um debate fundamentado de ideias. Não se fecha o assunto, e como 
funciona não necessariamente online simultaneamente, exige tempo para ser realizada. 
As listas são criadas utilizando-se o correio eletrônico. 
 
 
http://istoe.com.br/329659_CORREIO+ELETRONICO+DO+GOVERNO+SERA+ATIVADO+EM+NOVEMBRO/ 
 
 
 
 
36 
 
- Correio eletrônico – e-mail: este recurso permite a interação aluno/professor - 
aluno/aluno, sustentando a continuidade do processo de aprendizagem através do 
atendimento a um pedido de orientação, ou o professor pode se comunicar com todos os 
seus alunos (ou com algum em particular) durante o espaço entre uma aula e outra. 
Coloca os alunos em contato direto, favorecendo a troca de materiais, a produção de 
textos em conjunto, agilizando a comunicação. 
 
 
 http://agenciast.com.br/portal/voce-sabe-qual-o-problema-do-limite-de-dados-para-internet-de-banda-larga/ 
 
 
- Internet: é um recurso dinâmico, atraente, atualizado, de fácil acesso, que permite 
a transmissão de som e imagem em tempo real. Além das facilidades interativas, através 
da Internet, tem-se acesso ao conhecimento de ponta, bem como o acesso a bibliotecas 
do mundo todo. Com a Internet, aprende-se a ler, buscar informações, pesquisar, 
comparar dados... 
 
- Softwares educacionais: estes recursos disponibilizam informações e orientações 
de trabalho para os usuários mais facilmente, pois se apresentam de forma integrada. 
Devem funcionar como incentivadores e interativos das atividades de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
http://agenciast.com.br/portal/voce-sabe-qual-o-problema-do-limite-de-dados-para-internet-de-banda-larga/
 
 
 
 
37 
 
 
 
http://br.ccm.net/faq/10387-softwares-educativos-gratuitos-pagos 
 
A utilização da ferramenta e da metodologia, sem uma proposta coerente, não 
garante a eficácia na construção do conhecimento. O professor estará apenas 
reproduzindo os modelos tradicionais. O avanço tecnológico consiste na relação 
estabelecida entre o professor e o uso da ferramenta. 
Para a construção do conhecimento do aluno atual, o professor assume o papel do 
mediador e orientador, que pode ser designado não somente ao professor, como também 
a outro sujeito com maior conhecimento sobre o assunto desenvolvido. 
O professor, com o uso das novas tecnologias em sala de aula, pode se tornar um 
orientador do processo de aprendizagem, trabalhando de maneira equilibrada a orientação 
intelectual, a emocional e a gerencial. (Moran, J., 2000). 
Os professores, muitas vezes, procuram acompanhar as mudanças pedagógicas 
que vêm ocorrendo. Porém, não conseguem exercer o seu papel no processo educativo. É 
imprescindível a reconstrução desse papel de reprodutor para transformador. 
O professor tem a finalidade de equilibrar a participação dos alunos nos aspectos 
qualitativos (nível de colocações e concepções trazidas à cerca do tema proposto) e 
quantitativo (não controlador, mas de observador sobre as causas da não participação). O 
professor então assume um papel de mediador da interação entre os sujeitos, tencionando 
o processo de construção do conhecimento desses sujeitos. Neste processo os alunos se 
conscientizam dos diferentes tempos e espaços da construção do seu conhecimento, 
através da autonomia. 
 
 
 
 
38 
 
Mesmo que o processo educativo esteja atrelado ao professor, este precisa ter 
claro que a sua proposta deve estar voltada à aprendizagem do aluno e ao seu 
desenvolvimento. Através de ações conjuntas direcionadas para a aprendizagem levando 
em conta incertezas, dúvidas, erros, numa relação de respeito e confiança. As 
intervenções do mediador precisam estar coerentes com as necessidades e /ou 
dificuldades dos alunos. 
 
O professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver na 
relação aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em atitudes 
que intervenham para promover o pensamento do aluno, implementar seus 
projetos, compartilhar problemas sem apresentar soluções, ajudando assim o 
aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir erros”. (MASETTO, M., P. 171, 
2000). 
Os alunos provenientes de uma Prática Pedagógica Tradicional não vivenciaram 
situações de autonomia na construção do seu conhecimento, importante na proposta de 
ensino. Desta forma há o fortalecimento do papel do mediador no sentido de estar atento e 
envolvido com a construção. 
O professor é a autoridade do espaço designado para a construção do 
conhecimento, é a pessoa que possui maior conhecimento, estruturou os objetivos e 
estabeleceu uma metodologia para atingi-los. Porém, não é apropriado ao professor 
exercer sua autoridade com autoritarismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
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http://www.ime.usp.br/~vwsetzer
 
 
 
 
44 
 
8 LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Nome do autor: Elisabeth Adriana Dudziak e Regina Célia Baptista Belluzzo 
Disponível em: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/download/111/125 
Data de acesso: 18 de outubro de 2016 
 
 
 
EDUCAÇÃO, INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA NA SOCIEDADE 
CONTEMPORÂNEA: DIFERENCIAIS À INOVAÇÃO? 
 
Resumo: Trata-se de texto de apoio à reflexão e discussão sobre o cenário da sociedade 
contemporânea, com ênfase na contribuição de uma visão integrada entre educadores e profissionais da 
informação no sentido da agregação de valor à competência informacional como apoio à inovação em 
práticas educacionais. 
 
Palavras-chave: Sociedade contemporânea. Competência em informação. 
Educação. Inovação. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A emergência da Sociedade de Informação significou uma quebra de paradigmas 
em relação à trajetória tradicional de evolução sócio-econômica e educacional das 
sociedades modernas. Especialmente moldada a partir da rápida evolução das tecnologias 
de comunicação e informação, a sociedade da informação alicerça-se em um cenário 
essencialmente pós-moderno, informático, onde o indivíduo percebe certa angústia diante 
do impacto gerado pela velocidade com que a tecnologia tem evoluído e disponibilizado a 
informação, através dos meios de comunicação. 
Em todos os segmentos da sociedade, a informação passou a ser elemento-chave 
e sua disponibilidade tem crescido de maneira exponencial. Tal é sua importância que o 
acesso à informação tornou-se indicador incontestável de atualidade, de sintonia com as 
 
 
 
 
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tendências atuais, um atestado amplamente aceito de aptidão para o futuro, de 
competência profissional, de eficiência e qualidade. 
A realidade dos avanços tecnológicos, aliada às mudanças dos paradigmas 
econômicos e produtivos, leva-nos a um amplo questionamento educacional, que envolve 
questionar não somente as instituições como também as práticas de ensino. A visão 
educacional historicamente consolidada, baseada no conceito-chave de que o professor 
transmite um conjunto fixo de informações aos estudantes, tem sido substituída por um 
enfoque educacional voltado aos processos de construção, gestão e disseminação do 
conhecimento, com ênfase no “aprender a aprender” e no aprendizado ao longo da vida 
(DUDZIAK, 2003). 
A chamada globalização aprofundou as diferenças entre as nações privilegiadas e 
as menos favorecidas, aumentando o abismo social, econômico e educacional entre elas. 
O acesso amplo e irrestrito à informação, mediado pela análise crítica cria a oportunidade 
de constituição de uma sociedade mais consciente de sua cidadania, capaz de reagir às 
desigualdades e transformar-se. 
A Educação a Distância (EaD) é uma realidade. Encurta distâncias e faz chegar 
informações e conhecimento com rapidez e efetividade a populações antes isoladas, que 
não tinham perspectivas educacionais animadoras. Em países com grande extensão 
territorial essa modalidade de educação tem sido uma alternativa valiosa à educação 
presencial. O conhecimento e uso deste ferramental tecnológico são essenciais nos dias 
de hoje. 
Alia-se a isso tudo a progressão geométrica do volume de informações 
disponibilizadas e a necessidade de atualização constante, que criou nos indivíduos certo 
stress informacional e estabeleceu a necessidade de aprender a se relacionar com a 
informação, buscando sua síntese, compreensão, relevância e pertinência. 
Se, historicamente, a finalidade da educação era formar profissionais para um 
trabalho estável, por toda a vida, aptos a exercer uma função especializada, hoje cresce 
cada vez mais a demanda por profissionais flexíveis, multicapacitados, capazes de 
aprender ao longo da vida. Cada pessoa tem de aprender a mobilizar para a sua vida a 
sua subjetividade, a sua identidade pessoal, a sua capacidade e competência, ou seja, o 
seu valor enquanto sujeito. Entretanto, a competência acha-se situada na esfera de um 
comportamento harmônico. Não se pode ser competente só e isolado. Os meios 
mobilizáveis pelas pessoas destinados à aquisição de suas competências não se 
 
 
 
 
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traduzem apenas aos saberes constantes de sua individualidade (saber-saber, saber-fazer 
e saber-se). Acham-se também fora das próprias pessoas, localizados em diferentes 
ambientes ondese inserem socialmente. 
 
 
COMPETÊNCIA E INOVAÇÃO EDUCACIONAL 
 
Para se entender o conceito de pessoa competente, antes, é preciso saber o que 
significa competência. Historicamente, pode-se reportar ao final da Idade Média, quando a 
expressão “competência” pertencia essencialmente à área jurídica. Assim, competência 
era a faculdade atribuída a alguém ou a uma instituição para apreciar e julgar certas 
questões. Por extensão, o termo veio a designar o reconhecimento social sobre a 
capacidade de alguém se pronunciar a respeito de um assunto específico. Mais tarde, 
passou a ser utilizado de forma mais genérica. 
Um conceito de competência que tem sido uma referência, na área de educação, é 
o de Perrenoud (1999, p.7) que afirmou ser “uma competência como uma capacidade de 
agir eficazmente em um tipo de situação, capacidade que se apoia em conhecimentos, 
mas não se reduz a eles”. Assim, para esse autor, as competências utilizam, integram, 
mobilizam conhecimentos para enfrentar um conjunto de situações complexas. Além 
disso, a competência implica também em uma capacitação de atualização dos saberes. 
Assim, informação, conhecimento e a habilidade de lidar com grandes massas de 
informações e demandas pessoais e profissionais voltadas para a competência se 
transformaram nos maiores determinantes dos avanços sociais e econômicos. 
Diante dessa realidade e a percepção do quanto a Educação está dissociada do 
mundo e do dia-a-dia, passou a existir a necessidade de repensar os paradigmas 
educacionais existentes, os processos de ensino-aprendizagem e os conteúdos ligados a 
esses modelos. Moraes (1997, p.27) afirma que: 
 
Para educar na Era da Informação ou na Sociedade do Conhecimento é 
necessário extrapolar as questões de didática, dos métodos de ensino, dos 
conteúdos curriculares, para poder encontrar caminhos mais adequados e 
congruentes com o momento histórico em que estamos vivendo. 
 
O momento histórico exige a visão de um mundo multifacetado, mutante, uma visão 
sistêmica. Ver esse mundo como um sistema interconectado insere a educação na 
 
 
 
 
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realidade social e econômica dos indivíduos. Admite-se assim a noção de processo, de 
dinâmica permanente. Pedagogos, psicólogos e educadores vêm trabalhando desde 
algum tempo, num novo paradigma educacional capaz de suprir as necessidades atuais 
da sociedade, do mercado de trabalho e do indivíduo/cidadão. 
As práticas pedagógicas buscam hoje, mais do que nunca, a transferência do foco 
de aprendizagem do docente para o aprendiz e dos conteúdos para os processos de 
aprendizado, enfatizando o aprendizado significativo e a formação totalizante do indivíduo: 
conhecimentos, habilidades e valores (MASETTO, 1998). 
A educação de qualidade privilegia o aprender a aprender e a capacidade de 
intervenção alternativa, baseada numa cultura educacional que prioriza a atitude de 
pesquisa, de autonomia crítica, a busca criativa. 
 
[...] ligação ostensiva entre teoria e prática, capacidade de questionamento 
crítico, participação evidente em atividades que fomentem a cidadania com base 
na construção de conhecimento; prática crítica da ciência. (DEMO, 1994, p.111-2.) 
 
 A noção de movimento circular é base dos processos educacionais e 
informacionais, ligados que estão ao pensamento sistêmico, de estabelecimento contínuo 
de conexões, relações, contexto, interações constantes entre os elementos de um todo; 
ver as coisas em termos de redes, teias, comunidades (LITTO, 1998), nos leva a 
considerar também a dimensão social de qualquer processo educacional/informacional de 
qualidade e insere os indivíduos na dinâmica da sociedade atual. O uso crítico da 
tecnologia e da informação é vital ao aprendizado ao longo da vida e à educação 
continuada. Teias de comunicação e informação devem envolver administradores, 
docentes, bibliotecários, técnicos, funcionários e estudantes, em seus mais variados níveis 
organizacionais, de forma que se desfaçam os nós que tradicionalmente amarram as 
instituições e se abram caminhos para a inovação educacional. 
Como elemento essencial a todos os sistemas de educação, a busca e uso da 
informação para gerar novos conhecimentos e informações é a tradução da inovação 
constante, da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, trazendo a noção de 
continuum, de movimento perpétuo. Nesse sentido, a competência informacional ou 
information literacy é base dos processos educacionais. 
Cabe ressaltar que diversos grupos e pessoas, em diferentes momentos, buscaram 
definir a information literacy ou competência informacional, nos últimos 20 anos. A maioria 
 
 
 
 
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dos conceitos apresentados, de acordo com Bruce (2003) procurou tratar das habilidades 
que as pessoas devem possuir em relação ao acesso e uso da informação em múltiplos 
aspectos, conforme Quadro 1. 
 
Concepção baseada nas 
tecnologias da informação 
Centrada no aprendizado da utilização das tecnologias de 
informação para a recuperação e comunicação da informação, onde as 
pessoas precisam interagir com comunidades apoiadas em plataformas 
tecnológicas e no seu uso para gerar conhecimento. 
Concepção baseada em 
fontes de informação 
Implica no conhecimento de fontes de informação e na 
habilidade de acessar às mesmas de forma independente ou 
mediado por intermediário. Requer, portanto, o conhecimento 
das fontes de informação e sua estrutura, saber utilizá-las 
com independência e com flexibilidade. 
Concepção baseada na 
informação como processo 
Onde o centro de atenção são os processos da 
informação, ou aquelas estratégias aplicadas pelos usuários 
ao se defrontar com situações novas, onde lhes falta 
conhecimento (o da informação). É um processo que varia de 
pessoa para pessoa, sendo que dele decorre uma ação eficaz 
ou a solução de um problema. 
Concepção baseada no 
controle da informação 
Tem a ver com o armazenamento da informação, em 
geral de documentos, mediante sistema que assegure a fácil e 
rápida recuperação da informação. A principal preocupação é 
colocar a informação sob a influência controladora do usuário, 
sendo recuperada e utilizada quando houver a necessidade. 
Concepção baseada na 
construção do conhecimento 
Constituída pela capacidade de formar uma base 
pessoal de conhecimentos, em uma nova área de interesse. 
Aqui, o uso da informação se converte no foco central de 
atenção e a análise crítica é o seu diferencial. 
Concepção baseada na 
extensão do conhecimento 
Visão de como o trabalho, com o conhecimento e as 
perspectivas pessoais, é compreendido de tal forma que são 
obtidas novas perspectivas e pontos de vista. O centro desta 
concepção é o uso da informação, porém, implicando na 
capacidade de intuição e de introspecção criativa, gerando 
 
 
 
 
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ideias novas ou soluções mais criativas. 
Concepção baseada no 
saber 
Vista como a utilização sábia da informação em 
benefício da coletividade, implicando na adoção de valores 
pessoais em relação ao uso da informação, com a 
consequente emissão de juízos, a tomada de decisões e a 
pesquisa. Busca-se colocar a informação em um contexto 
mais amplo e vê-la à luz de uma experiência maior sob o 
enfoque histórico, temporal ou sociocultural. 
Quadro 1 - Concepções da Competência em Informação. Fonte: Bruce (2003) 
 
Toda pessoa tem por natureza a curiosidade e a criatividade, o que implica em 
constante questionamento sobre situações de natureza vária, que está sujeita a enfrentar. 
Assim, para compreender a realidade em que vive, depende do acesso e uso da 
informação de forma inteligente. Desse modo, motivar essas competências naturais e 
orientar o seu desenvolvimento sistemático e gradual permitirá aumentar a disposição 
para a educação contínua e a capacidade de adquirir e inovar o conhecimento, o que se 
pode sintetizar na aquisição de uma cultura da informação, do conhecimento e da 
aprendizagem. 
Não podemos deixarde ressaltar que vivemos a chamada Era da Inteligência 
Conectada e que isso não significa simplesmente “a interconexão de tecnologias e, sim, 
da interconexão de seres humanos pela tecnologia. Não é uma era das máquinas 
inteligentes, mas de seres humanos que, pelas redes podem combinar sua inteligência, 
seu conhecimento e sua criatividade para avançar na criação de riqueza e 
desenvolvimento social. Não é apenas uma era de conexão de computadores, mas de 
interconexão da inteligência humana” (CEBRIÁN,1998, p.18). 
A concepção do desenvolvimento da competência informacional, enquanto um 
processo de busca da informação para a produção do conhecimento, envolve o uso, 
interpretação e significados, a construção de modelos e hierarquização mentais, não 
apenas uma resposta às perguntas. Envolve, também, como se demonstrou 
anteriormente, um conceito que está relacionado diretamente com o aprendizado e a 
capacidade de criar significados a partir da informação. Além disso, é importante também 
que as pessoas possam conhecer como o conhecimento está organizado, como buscar a 
 
 
 
 
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informação, como utilizá-la de modo inteligente e como proceder ao processo de 
comunicação do conhecimento gerado. 
Por sua vez, qualquer ato de comunicação pressupõe a utilização de uma 
linguagem constituída de signos e regras que determinam a sua organização, com vistas à 
produção de sentido entre os integrantes de uma determinada comunidade. Assim, da 
mesma forma que os profissionais da informação e os cidadãos precisam aprender a 
acessar e usar a informação de forma inteligente, em verdade, o aprendizado e a 
compreensão da linguagem existente na mídia em suas múltiplas formas, também tem 
importância por ser a expressão do ser humano no espaço multidimensional que ocupa. A 
informação representada em mensagens pode ser tecnicamente construída, armazenada 
e disseminada sob as diferentes formas de linguagem presentes atualmente e de forma 
acentuada na sociedade contemporânea, sendo a compreensão e o entendimento dessas 
linguagens muito importante para a produção e a recepção no processo de comunicação 
da informação transformada em conhecimento (BELLUZZO, 2007). 
Considerando-se esse espectro caracterizado pela existência de múltiplos aspectos 
em relação ao manejo da informação para a produção do conhecimento na sociedade 
atual a questão que nos parece de importância ressaltar é: como proceder para que o 
ensino e aprendizagem possam estar apoiados em novos paradigmas e abordagens 
inovadoras e que contribuam efetivamente para um trabalho inter, multi e transdisciplinar 
entre educadores e profissionais da informação, especialmente no sentido de desenvolver 
um conjunto de atitudes e condutas que auxiliem os sujeitos aprendentes no uso e 
domínio da informação? 
Espera-se despertar a consciência sobre a questão colocada e que, tanto 
educadores como os profissionais da informação possam estar envolvidos na busca de 
respostas na forma de ações integradas e adequadas à inovação na sociedade 
contemporânea, onde as tecnologias são instrumentos da potencialização das 
capacidades humanas, a informação é um bem de valor e a educação o meio para o 
exercício da cidadania e do bem coletivo. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
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BELLUZZO, R.C.B. Construção de mapas: desenvolvendo competências em 
informação e comunicação. 2. ed. Bauru: Cá entre Nós, 2007. 
 
BRUCE, C.S. Las siete caras de la alfabetización en información en la enseñanza 
superior. Annales de Documentación, n.6, p.289-294, 2003. 
 
CEBRIÁN, J. La red. 3. ed. 1998. Disponível em: Acesso em: 20 mar.2007. 
 
DEMO, P. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994. 
 
DUDZIAK, E. A. Information literacy: princípios, filosofia e prática. Ciência da 
Informação, Brasília, v.32, n.1, p. 23-35, jan./abr.2003. 
 
LITTO, F.M. Um modelo para prioridades educacionais numa sociedade de 
informação. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, v.1, n.3, 1998. 
 
MASETTO, M. (Org). Docência na Universidade. Campinas: Papirus, 1998. 
 
MORAES, M.C. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997. 
 
PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: 
Artmed, 1999.

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