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CÉLULAS CARDÍACAS: - Autoexcitáveis (marca-passo): determinam a frequência cardíaca, mas não contribuem para a força do coração pois não tem sarcômeros organizados - Contráteis: realizam a contração CARACTERÍSTICAS DO MÚSCULO CARDÍACO: - As células possuem apenas um núcleo; - Possuem discos intercalares, que são junções celulares. Os discos intercalares podem ser desmossomos ou junções comunicantes; - Desmossomos são membranas que ligam fortemente uma célula à outra, permitindo que a força criada por uma célula seja transferida para a outra; - Junções comunicantes conectam eletricamente as células, permitindo a passagem dos potenciais de ação. - O retículo sarcoplasmático (armazena cálcio) é menor no músculo cardíaco e por isso que para haver contração deve ter cálcio disponível no meio extracelular, uma vez que somente o cálcio do retículo não dá conta; - 90% do cálcio necessário para a contração do músculo cardíaco é proveniente do retículo sarcoplasmático e os 10% é proveniente do meio extracelular; CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO: 1. O potencial de ação entra na célula contrátil, se move pelo sarcolema e chega no túbulo T; 2. Abre-se canais de Cálcio dependentes de voltagem do tipo L; 3. O cálcio entra e estimula a abertura dos canais de rianodina (RyR). Esses canais liberam cálcio no retículo sarcoplasmático; 4. Quando o cálcio sai para o citoplasma e são formadas fagulhas de cálcio; 5. A abertura e liberação múltipla de cálcio formam o final de Cálcio; 6. O cálcio difunde-se pelo citosol e se juntam à troponina para formar as pontes cruzadas e posteriormente o movimento; 7. Ocorre a diminuição do cálcio e, posteriormente, ele se desliga da troponina, liberando a actina da miosina; 8. O cálcio é transportado de volta para o retículo sarcoplasmático com a ajuda da Ca²-ATPase, também conhecida como SERCA; 9. Como existe cálcio que veio do meio extracelular, ele precisa voltar para lá. Para isso, utiliza-se um trocador Na-Ca² (NCX), o qual joga um Ca para fora (contra o gradiente) e bota 3 Na para dentro (a favor do gradiente). Esse trocador depende de sódio. Ele não gasta energia, mas depende da energia gasta pela bomba sódio-potássio; 10. Por fim, o sódio que entrou é removido pela Na-K-ATPase, a fim de manter o gradiente de concentração. RELEMBRANDO A CONTRAÇÃO MUSCULAR: - Para haver contração deve ter cálcio; - A troponina, complexo ligante do cálcio, controla o posicionamento da tropomiosina (polímero proteico); - Em um estado de repouso, a tropomiosina enrola-se ao redor dos filamentos de actina, impedindo a ligação actina-miosina; - Quando o cálcio está em excesso, ele se liga à troponina C, deslocando a tropomiosina e liberando o sítio ativo da ligação actina-miosina; - Após isso a miosina estará com espaço livre para se ligar à actina e formar as pontes cruzadas, gerando o movimento de força que puxa os filamentos; - Quando os níveis de cálcio diminuem, a ligação entre o cálcio e a troponina C se desfaz, voltando ao estado de repouso. TRANSMISSÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO: - A despolarização vai se iniciar no nó sinoatrial (SA); - As células atutoexcitáveis no átrio direito servem como principal marca-passo do coração; - A onda de despolarização propaga-se por um sistema de condução, formado por células excitáveis não contráteis; - Há uma via internodal que conecta o nodo sinoatrial (SA) ao nodo atrioventricular (AV); - O nodo atrioventricular é o único caminho para a passagem do potencial elétrico; - A despolarização então parte para os ventrículos; - As fibras de Purnkinje, células de condução especializadas dos ventrículos, transmitem os sinais rapidamente para baixo dos fascículos atrioventriculares ou feixe de Hiss; - As fibras de Purkinje permitem que todas as células recebem o impulso intantaneamente, sendo extremamente responsável para que as células se contraem ao mesmo tempo; - Além de ser caminho para a passagem do potencial de ação vindo dos átrios, o nodo AV também é responsável por atrasar um pouco a passagem do sinal, permitindo que os átrios completem suas contrações antes de iniciar a contração ventricular; - O nó SA é o marca-passo mais rápido, portanto é ele que determina a frequência cardíaco. Porém, se ele estiver danificado, um outro marca-passo (AV) assumirá. COMO AUMENTAR A FORÇA DE CONTRAÇÃO: 1. ADRENALINA E NORADRENALINA: - Ativam os receptores de Beta-Adrenérgicos; - Fosforila o canal de cálcio do tipo L, aumentando a permeabilidade, entrando mais cálcio na célula; - Fosforila o fosfolamban, proteína associada à SERCA, permitindo que ela aja mais rápido no trabalho de bombear o cálcio para o retículo sarcoplasmático. Logo, o RS acumula mais cálcio; - O resultado final é a liberação de mais cálcio pelo RS para a próxima contração, aumenta a atividade cardíaca 2. ESTIRAMENTO: - Lei de Frank-Starling: quanto maior o estiramento das fibras, maior a força; - Isso é permitido com a ajuda da titina, proteína elástica que está associada à miosina e à actina; - Acredita-se que o estiramento permite uma entrada maior de cálcio; - Quando há o estiramento, a actina e a miosina estão mais próximas, permitindo a formação de pontes cruzadas. Isso implica no aumento da força de contração. 3. DIGITÁLICOS (DIGOXINAS): - Droga utilizada para aumentar a força de contração sem aumentar a frequência cardíaca, ou seja, indicada para pessoas com insuficiência cardíaca; - Age bloqueando a bomba de sódio e potássio no momento de relaxamento, impedindo que o Sódio entre e que o cálcio saia; - Retém mais cálcio intracelular, aumentando a força de contração; - Reduz a frequência cardíaca porque demora para remover o cálcio (o relaxamento é mais prolongando).
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