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Fechamento 2 - Problema 5 - Concepção do ser humano e genética Alterações cromossômicas ⤐Objetivos: 1. Explicar os tipos de alterações cromossômicas e como identificá-las ( mutação, variação polimórfica, aneuploidias e euploidias ) . E a importância do mapeamento genético e recombinação gênica. a) Mutação: alteração permanente na sequência de nucleotídeos ou na disposição do DNA. - Gênicas: deixam cromossomos intactos, mas alteram o número de cromossomos de uma célula. ● Substituição: substituição de um par de bases de DNA. . Missense/mutações de troca de sentido/não sinônimas: alteração em um par de bases de DNA que resultam na substituição de um aminoácido por outro na proteína produzida por um gene. . Sinônimas ou silenciosas: mudança em um par de bases de DNA que altera o códon para outro que codifica o mesmo aminoácido e não causa mudanças na proteína produzida. . Nonsense/mutações sem sentido: mudança em um par de bases de DNA que sinaliza prematuramente o término de uma proteína. Esse tipo de mutação resulta em uma proteína reduzida que pode funcionar inadequadamente ou não funcionar. ● Inserção: adição de um ou mais nucleotídeos na sequência de DNA. ● Deleção: remoção de um ou mais nucleotídeos da sequência de DNA. - Cromossômicas: alterações na seqüência de DNA que envolvem a substituição, deleção ou inserção de DNA, variando de um nucleotídeo único até um limite definido de modo arbitrário de aproximadamente 100 kb (mutações gênicas ou de DNA). ● Numéricas : = Euploidias: afetam o número de cromossomos inteiros, aumentando (poliploidia) ou diminuindo (haploidia ou monoploidia) seu conjunto total. = Aneuploidias: altera o número de cromossomos específicos, isolados. ● Estruturais: = Deleção: uma parte do cromossomo foi perdida. = Duplicação: uma parte do cromossomo foi dobrada, resultado em um material extra. = Inversão: uma parte do cromossomo se rompeu, virou de cabeça para baixo e se uniu novamente. = Translocação: uma porção de um cromossomo é transferida para outro cromossomo. Existem dois tipos principais de translocação: . Translocação recíproca: segmentos de dois cromossomos diferentes foram trocados. . Translocação Robertsoniana: dois cromossomos inteiros unem-se pelo centrômero. b) Variação polimórfica: - Polimorfismo de nucleotídeo único: Os mais simples e comuns de todos os polimorfismos são os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs). Um locus caracterizado por um SNP geralmente tem apenas dois alelos, que correspondem a duas bases diferentes que ocupam uma localização específica no genoma. A distribuição de SNPs é desigual em todo o genoma; são mais encontrados em regiões não codificantes do genoma, em íntrons e em sequências que estão a alguma distância de genes conhecidos. No entanto, há ainda um número significativo de SNPs que ocorrem em genes e em outros elementos funcionais conhecidos no genoma. Para o conjunto de genes codificantes de proteínas, mais de 100.000 SNPs exônicos foram documentados até o momento. Cerca de metade desses não alteram a seqüência de aminoácidos prevista para a proteína codificada e são assim denominados de sinônimos, enquanto a outra metade altera a seqüênciade aminoácidos e compreende os chamados não sinônimos. Outros SNPs introduzem ou alteram um códon de parada, e outros ainda alteram um sítio de splicing conhecido; esses SNPs são candidatos a apresentar consequências funcionais significativas. - Polimorfismos de inserção e deleção: Uma segunda classe de polimorfismos resulta de variações causadas por inserção ou deleção (in/dels ou simplesmente indels) em qualquer parte, variando de um único par de bases até aproximadamente 1.000 pares de base, embora inserções ou deleções maiores também tenham sido bem documentadas. Mais de um milhão de inserções ou deleções têm sido descritas, na casa de centenas de milhares em qualquer genoma individual. Aproximadamente metade de todas as inserções ou deleções são referidas como "simples", porque elas apresentam apenas dois alelos — ou seja, presença ou ausência do segmento inserido ou deletado. - Polimorfismos de inversão: diferem em tamanho — desde poucos pares de bases a grandes regiões do genoma (até vários pares de megabase) —, podendo estar presentes em qualquer uma das duas orientações nos genomas de indivíduos diferentes. A maioria das inversões é caracterizada por regiões de homologia de sequência nas extremidades do segmento invertido, implicando um processo de recombinação homóloga na origem das inversões. Na sua forma balanceada, as inversões, independentemente da orientação, não envolvem ganho ou perda de DNA, e os polimorfismos de inversão (com dois alelos correspondentes às duas orientações) podem atingir frequências substanciais na população em geral. Entretanto,a recombinação anômala pode resultar na duplicação ou deleção de DNA localizado entre as regiões de homologia. - Regiões polimórficas do tipo VNTR: Uma fração de DNA repetido consiste de regiões denominadas mini-satélites ou repetição em tandem de número variável (VNTR – “variable number of tandem repeats”). Os VNTRs exibem uma enorme variabilidade e são constituídos de 9 à 100 pares de bases repetidos sequencialmente em loci cromossômicos. . As primeiras sequências VNTR descritas tiveram aplicação imediata na área forense, assim como no auxílio ao mapeamento do genoma humano. O termo “DNA fingerprint”, ou perfil de DNA, demonstra a alta variabilidade destas regiões do genoma, de maneira que seja improvável a existência de dois indivíduos com o mesmo perfil genético, a não ser no caso de gêmeos univitelinos. . Os marcadores VNTR são analisados através da técnica RFLP (“restriction fragment lenght polymorphism”), a qual é baseada em mutações que alteram seqüências no DNA de um indivíduo, de modo que enzimas de restrição podem perder a capacidade de clivar aquele DNA em posições ainda susceptíveis à clivagem nos DNAs de outros indivíduos. . Assim, indivíduos podem ser diferenciados pelo comprimento de sequências VNTR do DNA gerados após a ação de uma enzima de restrição. O padrão de fragmentos é característico e herdado por indivíduos geneticamente relacionados, uma vez que a localização dos sítios de restrição é típica. Desta forma, por locus, cada sonda hibridiza com dois segmentos de DNA, correspondentes aos alelos materno e paterno de cada indivíduo. A metodologia consiste em extração de DNA genômico e digestão com enzima de restrição. As mais utilizadas são Hae III, Pst I e Hinf I. Em seguida, os produtos da digestão são separados em gel de agarose, desnaturados e transferidos para membrana própria para hibridização, técnica esta denominada Southern-blot. Uma sonda quimioluminescente, ou marcada radioativamente, complementar às sequências VNTR é, então, utilizada para, através de hibridização, detectar as sequências alvo. Os alelos VNTR, identificados pelas sondas, são visualizados após sensibilização de filmes de raios-X. A mesma membrana, com o DNA fixado, pode ser utilizada para hibridizações sequenciais com diferentes sondas, específicas para sequências VNTR em diferentes cromossomos (figura 1). . De maneira geral, como resultado da utilização de apenas 5 sondas VNTR, são obtidos índices de paternidade/maternidade superiores a 100.000, gerando probabilidades de paternidade/maternidade superiores a 99,999%. Índices tão elevados, observados com a utilização de poucas sondas, são decorrentes da alta variabilidade de loci VNTR . Como desvantagem, a tipagem de alelos VNTR requer DNA íntegro e em grande quantidade (100-500 ng), tornando praticamente inviável a tipagem de amostras biológicas antigas, degradadas ou com pouca quantidade de DNA. Atualmente, a metodologia é pouco utilizada em investigações genéticas. - Regiões polimórficas do tipo STR: As seqüências curtas repetidas em tandem — STR “short tandem repeats” — ou microssatélites, apresentam repetições com unidade básica de 2-6 pares de base e o polimorfismo, assim como nos loci VNTR, também está baseado no número de repetições. Devidoao pequeno tamanho, geralmente menor que 350 pares de base, alelos STR podem ser analisados após amplificação pela técnica PCR. Esta característica permite que amostras com quantidades diminutas de DNA, ou apresentando alto grau de degradação, possam ser tipadas. Desta maneira, a possibilidade de realizar análise de loci STR superou várias limitações inerentes à manipulação de sequências VNTR, tornando a tipagem de marcadores STR a metodologia eleita para a tipagem por DNA de vestígios biológicos em geral. . Locus STR analisado individualmente não apresenta poder de discriminação comparável ao locus VNTR. No entanto, a análise conjunta de regiões STR proporciona resultados altamente satisfatórios. Desta forma, na tipagem de regiões STR, através da técnica PCR, são utilizados, usualmente, sistemas multiplexes, onde vários pares de “primers” orientam simultâneas reações de amplificação, gerando produtos de múltiplos loci. Os alelos amplificados são separados em eletroforese em gel de poliacrilamida. Com o avanço da tecnologia, foram desenvolvidos processos automatizados para análise de loci STR. Acoplou-se a produção de primers marcados com diferentes corantes fluoróforos e sistemas de detecção a laser em aparatos de separação eletroforética. Os produtos de PCR marcados com fluorocromos podem ser detectados em tempo real mediante eletroforese capilar ou pode-se realizar a detecção pós-eletroforética em escaner de fluorescência. . Sistemas para amplificação simultânea de até 16 loci STR já encontram-se disponibilizados para uso corrente em tipagem humana por DNA. Desta maneira, a tipagem, ou identificação de um indivíduo, pode ser realizada em um único tubo, no qual múltiplas reações de amplificação estarão sendo processadas. . Uma seqüência específica dos cromossomos X e Y, denominada amelogenina, também pode ser amplificada simultaneamente em um sistema multiplex, proporcionando a determinação do sexo do indivíduo doador da amostra biológica. A análise automatizada de regiões STR é a metodologia eleita por todos os países para identificação de indivíduos e tipagem de criminosos devido à rapidez, acuidade e alto poder de discriminação conseqüente à análise de múltiplas regiões STR. . Devido à alta sensibilidade e especificidade das reações de PCR em sistemas desta natureza, amostras biológicas contendo DNA até mesmo na ordem de picogramas podem ser tipadas, como por exemplo um fio de cabelo com bulbo ou caspas eliminadas do couro cabeludo. . STRs do cromossomo Y também são analisados. Ao contrário de STRs autossômicos, estes representam um haplótipo, devido à ausência de regiões homólogas no cromossomo X. Este haplótipo é transmitido de pai para filho, ou seja, é perpetuado pelas gerações descendentes. Portanto, a tipagem de STRs de cromossomo Y proporciona o rastreamento de linhagens paternas. A tipagem de STRs do cromossomo Y se mostra extremamente útil em casos de delitos sexuais, nos quais, geralmente, a evidência em análise constitui uma mistura de material genético do agressor e da vítima com quantidades ínfimas da fração masculina. . Atualmente, pode-se afirmar que a análise de polimorfismos do DNA está consolidada cientificamente, e não resta dúvidas de sua importância perante os tribunais. Várias organizações nacionais e internacionais foram criadas para assegurar que a tipagem de regiões polimórficas no DNA seja realizada adequadamente pelos analistas em seus laboratórios. Estes grupos, constituídos por cientistas forenses, têm o objetivo de estudar novos polimorfismos do DNA, resolver problemas de aplicações forenses, padronizar procedimentos e protocolos, além de estabelecer um rigoroso controle de qualidade para laboratórios e seu pessoal técnico-científico. . Para a análise estatística dos resultados, é necessário conhecer previamente as frequências com que são representadas as diferentes variantes alélicas na população. Portanto, bancos de dados devem ser construídos, abordando a distribuição de frequências destas variantes em distintos grupos populacionais e étnicos. c) Mapeamento genético: - O que é? . Mapeamento do genoma humano significa a localização dos genes nos cromossomos e o conhecimento das distâncias físicas e genéticas que os separam, bem como o sequenciamento do DNA de cada cromossomo. Os dois principais tipos de mapas do genoma humano são o genético e o físico. O mapa genético indica a distância entre genes, com base em análises de sua transmissão em famílias. Estes estudos descobrem a frequência com a qual genes ligados, isto é, aqueles localizados próximos, no mesmo cromossomo, se separam durante a meiose, ocasionando recombinação. A distância genética é dada em termos dessa frequência de recombinação em centimorgans (cM). Dizer que entre dois locos há 1cM significa que entre eles ocorre 1% de recombinação. Os mapas físicos derivam principalmente de medidas referentes às moléculas de DNA, podendo ser considerados de baixa resolução, como o citogenético baseado nas bandas cromossômicas, ou de alta resolução, como de sítios de restrição e o sequenciamento de DNA. - Como é feito? . - Importância: . A aplicação do mapeamento gênico à genética médica usando abordagens descritas na seção anterior alcançou muitos sucessos espetaculares. Essa estratégia levou à identificação dos genes associados a milhares de distúrbios mendelianos e um número crescente de genes e alelos associados a distúrbios geneticamente complexos. O poder dessas abordagens aumentou grandemente com a introdução de tecnologias altamente eficientes e menos caras para a análise do genoma. . O mapeamento genético da doença é frequentemente um primeiro passo importante na identificação do gene ou genes, nos quais variantes são responsáveis por causar ou aumentar a suscetibilidade à doença. O mapeamento do gene concentra a atenção sobre uma região do genoma, na qual se realiza uma análise sistemática de todos os genes da região para encontrar as mutações ou variantes que contribuem para a doença. Após a identificação do gene que abriga as variantes do DNA responsáveis por causar uma doença mendeliana ou aumentar a susceptibilidade a uma doença genética complexa, o espectro completo da variação naquele gene pode ser estudado. Desta maneira, podemos determinar o grau de heterogeneidade alélica, a penetrância de diferentes alelos, se existe uma correlação entre determinados alelos e vários aspectos do fenótipo (correlação genótipo-fenótipo) e a frequência de variantes causais de doenças ou redisponentes em várias populações. . Outros pacientes com o mesmo distúrbio ou outros semelhantes podem ser examinados para se observar se eles também abrigam ou não mutações no mesmo gene, o que indicaria que há heterogeneidade de locus para um determinado distúrbio. Após o gene e suas variantes genéticas naquele gene serem identificadas em indivíduos acometidos, métodos altamente específicos de diagnóstico, como diagnóstico pré-natal e triagem do portador, podem ser oferecidos aos pacientes e suas famílias. . As variantes associadas à doença podem ser, em seguida, modeladas em outros organismos, o que nos possibilita usar ferramentas genéticas, bioquímicas e fisiológicas poderosas para compreender melhor como a doença surge. Finalmente, armados com uma compreensão da função dos genes e como os alelos associados à doença afetam aquela função, podemos começar a desenvolver terapias específicas, como a terapia de reposição gênica, para evitar ou melhorar o distúrbio. Na verdade, grande parte do material nos próximos capítulos sobre a etiologia, patogenia, mecanismo e tratamento de várias doenças começa com o mapeamento genético. Aqui, examinamos as principais abordagens usadas para descobrir genes envolvidos na doença genética, tal como foi apresentado no início desse capítulo. d) Recombinação gênica: - O que é? . Recombinação genética é a troca de genes entre duas moléculas de DNA, para formar novas combinações de genes. - Como ocorre? . Quando temos dois cromossomos que se rompem e se unem novamente, aconteceuma troca dos genes transportados por esses cromossomos, o que chamamos, na genética, de crossing over, processo da primeira divisão meiótica, mais precisamente no paquíteno. Esse processo nada mais é do que o sub cruzamento das cromátides homólogas não irmãs que encontram-se lado a lado. Com isso, os cromossomos se recombinam, carregando, a partir de então, uma parte dos genes do outro. . Esse processo leva à formação de células-filhas que possuem uma constituição diferente da célula-mãe. . Nessa recombinação, os cromossomos homólogos se cruzam, podendo unir-se em determinados pontos denominados quiasmas, fazendo com que seja possível a ocorrência de intercâmbio de segmentos cromossômicos com determinados blocos de genes, sempre entre os membros homólogos dos pares. - Importância: . Assim como a mutação, a recombinação genética contribui para a diversidade genética de uma população, que é a fonte da variação evolutiva. 2. Caracterizar as anomalias cromossômicas e as principais síndromes genéticas. a) Síndrome de Down/Trissomia do 21: - Características fenotípicas e genotípicas: . A hipotonia pode ser a primeira anomalia observada no recém-nascido. Além das características faciais dismórficas típicas (Fig. 6-2), os pacientes são de pequena estatura e têm braquicefalia com occipício plano. O pescoço é curto, com a pele frouxa na nuca. As mãos são curtas e largas, frequentemente com uma única prega palmar transversal (“prega simiesca”) e os quintos dígitos encurvados (denominado clinodactilia). . Em pelo menos 95% de todos os pacientes, o cariótipo da síndrome de Down tem 47 cromossomos, com uma cópia extra do cromossomo 21. Esta trissomia resulta de não disjunção meiótica do par de cromossomos 21. Como observado anteriormente, o risco de se ter um filho com trissomia do 21 aumenta com a idade materna, especialmente após 30 anos de idade. O erro meiótico responsável pela trissomia geralmente ocorre durante a meiose materna (aproximadamente 90% dos casos), predominantemente na meiose I, mas cerca de 10% dos casos ocorrem na meiose paterna, frequentemente na meiose II. A trissomia do 21 típica é um evento esporádico, e assim recorrências não são frequentes, como será discutido adiante. - Hereditariedade: . Uma história de trissomia do 21 na família, embora muitas vezes cause preocupação materna, não parece aumentar significativamente o risco de ter um filho com síndrome de Down. . Um portador de uma translocação Robertsoniana, que envolve, por exemplo, os cromossomos 14 e 21, tem apenas 45 cromossomos; um cromossomo 14 e um cromossomo 21 estão ausentes e são substituídos pelo cromossomo translocado. E esses portadores estão sob risco de ter um filho com síndrome de Down por translocação. - Frequência: Aproximadamente 1 criança em 850 nasce com a síndrome de Down, e entre os nativivos ou fetos de mães com 35 anos de idade ou mais, a incidência de trissomia do 21 é muito maior, aproximando-se de 1 em cada 10 nascimentos na faixa etária materna mais velha. b) Síndrome de Edwards/Trissomia do 18: - Características fenotípicas e genotípicas: - Hereditariedade: - Frequência: c) Síndrome de Patau/Trissomia do 13: - Características fenotípicas e genotípicas: - Hereditariedade: - Frequência: d) Síndrome de Cri du chat: - Características fenotípicas e genotípicas: . Existe uma deleção terminal ou intersticial de parte do braço curto do cromossomo 5. Esta síndrome de deleção recebeu seu nome comum porque o choro dos lactentes com este transtorno parecia o miado de um gato. O aspecto facial, é distintivo e inclui microcefalia, hipertelorismo, pregas epicânticas, baixa implantação das orelhas, às vezes com acrocórdons pré-auriculares e micrognatia. - Hereditariedade: - Frequência: A incidência global da deleção é estimada como sendo de até 1 em 15.000 nativivos. e) Síndrome de Klinefelter: - Características fenotípicas e genotípicas: . Pacientes com Klinefelter são quase sempre estéreis por causa da falha de desenvolvimento de células germinativas e os pacientes são muitas vezes identificados clinicamente pela primeira vez por causa de infertilidade. . Os pacientes são altos e magros e têm pernas relativamente longas. Eles parecem fisicamente normais até a puberdade, quando os sinais de hipogonadismo tornam-se evidentes. A puberdade ocorre em uma idade normal, mas os testículos permanecem pequenos e as características sexuais secundárias permanecem subdesenvolvidas. Possui ombros e tórax estreitos. . Aproximadamente metade dos casos resulta de não disjunção na meiose I paterna, devido a uma falha de recombinação normal Xp/Yp na região pseudoautossômica. Entre os casos de origem materna, a maioria resulta de erros na meiose I materna; a idade materna é aumentada nesses casos. Aproximadamente 15% dos pacientes com Klinefelter têm cariótipos mosaico, mais comumente 46,XY/47,XXY. Como um grupo, esses pacientes com mosaicismo têm fenótipos variáveis e alguns podem ter desenvolvimento testicular normal. - Hereditariedade: - Frequência: . A incidência de síndrome de Klinefelter é estimada em até 1 em 600 nascimentos do sexo masculino. f) Síndrome do X frágil: - Características fenotípicas e genotípicas: . A Síndrome do X frágil (Caso 17) é a forma hereditária mais comum de deficiência intelectual de grau moderado, sendo uma das várias condições atualmente consideradas nos transtornos do espectro autista. O nome X frágil remete a um marcador citogenético em no cromossomo X, no assim denominado sítio frágil induzido em cultura celular, no qual ocorre falha na condensação da cromatina durante a mitose. . Causada por uma expansão instável de repetições. . Ocorre a expansão massiva de repetição de uma trinca diferente, a CGG, que está na região 5’ não traduzida do gene denominado FMR1. O número de repetições normais é de até 55, enquanto mais de 200 repetições (podendo chegar a até alguns milhares) são vistas em pacientes com a mutação “completa” da síndrome do X frágil. A Síndrome se deve a uma ausência da expressão do gene FMR1 e à falha na produção da proteína que ele codifica. A repetição expandida determina um aumento da metilação das citosinas na região promotora do FMR1, conforme discutido no Capítulo 3, e a metilação do DNA nas ilhas CpG impede a função normal do promotor, levando ao silenciamento gênico. . - Hereditariedade: - Frequência: . A síndrome do X frágil tem uma frequência de um para 3.000 a 4.000 homens nascidos g) Imprinting genômico: - Síndrome de Prader-Willi: . Características fenotípicas e genotípicas: . Hereditariedade: . Frequência: - Síndrome de Angelman: . Características fenotípicas e genotípicas: . Hereditariedade: . Frequência: 3. Descrever os exames diagnósticos das anomalias genéticas. a) Ecografia: b) Amniocentese: c) Cordocentese: d) Biópsia de Vilo Corial: e) Fetoscopia: f) Cariotipagem: g) Translucência nucal: h) Medida de osso nasal: i) Marcadores bioquímicos no sangue materno: - Alfa-fetoproteína - Gonadotrofina coriônica (HCG) - Estriol não conjugado: j) Estudos bioquímicos do líquido amniótico: - Alfa-fetoproteína - Bilirrubina - Lecitina 4. Referências: - Artigo: Como as mutações genéticas são classificadas? - publicado no site Varstation. - Livro: Genética Médica - Thompson - Artigo: Mapeamento do genoma humano e algumas implicações éticas - Eleidi Alice Chautard-Freire-Maia - Professora do Departamento de Genética, Universidade Federal do Paraná
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