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RESUMO Pneumonia Bacteriana Comunitária

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Pneumonia Bacteriana Comunitária 
Introdução 
▪ Pneumonia adquirida na comunidade é definida como 
pneumonia adquirida fora do hospital. 
▪ Os patógenos mais comumente identificados são 
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, 
bactérias atípicas (i.e., Chlamydia pneumoniae, 
Mycoplasma pneumoniae e espécies de Legionella) e 
vírus. 
▪ Os sinais e sintomas compreendem febre, tosse, 
produção de escarro, dispneia, taquipneia e taquicardia. 
▪ O diagnóstico baseia-se na apresentação clínica e em 
radiografia de tórax. 
▪ O tratamento é com antibióticos escolhidos 
empiricamente. 
▪ O prognóstico é excelente para os pacientes 
relativamente jovens e/ou para os indivíduos sadios, mas 
muitas pneumonias, em especial quando causadas por S. 
pneumoniae, Legionella, Staphylococcus aureus e vírus 
influenza, são graves ou mesmo fatais para pacientes 
mais idosos e mais enfermos. 
Etiologia 
▪ Muitos microrganismos causam pneumonia adquirida na 
comunidade, incluindo bactérias, vírus e fungos. 
▪ Os patógenos variam com a idade do paciente e com 
outros, mas a importância relativa de cada um como 
causa de pneumonia adquirida na comunidade é incerta, 
uma vez que a maioria dos pacientes não é submetida a 
exames completos e, mesmo com os exames, 
identificam-se etiologias específicas em < 50% dos casos. 
▪ As bactérias mais comuns são: 
1. S. pneumoniae 
2. H. influenzae 
3. C. pneumoniae 
4. M. Pneumoniae 
 
▪ As pneumonias causadas por clamídia e micoplasma 
são, muitas vezes, clinicamente indistinguíveis de 
outras causas. 
 
▪ Causas virais comuns são: 
1. Vírus sincicial respiratório (VSR) 
2. Adenovírus Vírus da influenza 
3. Vírus da parainfluenza 
4. Covid 19 / 2020 
▪ A sobreposição de infecção bacteriana pode dificultar 
a distinção entre infecção bacteriana e viral. 
▪ C. pneumoniae é responsável por 2 a 5% das 
pneumonias adquiridas na comunidade e é a 2ª causa 
mais comum de infecção pulmonar em indivíduos 
sadios com 5 a 35 anos de idade. 
▪ C. pneumoniae é comumente responsável por surtos 
de infecção respiratória em famílias, dormitórios 
escolares e campos militares de treinamento. 
▪ Acarreta forma relativamente benigna de 
pneumonia, que requer hospitalização com menos 
frequência. 
 
▪ A pneumonia por Chlamydia psittaci (psitacose) é 
rara e ocorre em pacientes que possuem ou são 
frequentemente expostos a psitacídeos (i.e., 
papagaios, periquitos, araras) 
 
Clínica 
▪ Mal-estar 
▪ Resfriado 
▪ Calafrio 
▪ Febre 
-Pode evoluir sem febre em idosos (altera nível de 
consciência e dor abdominal). 
▪ Tosse 
- Tipicamente produtiva em crianças mais velhas e 
adultos e seca em lactentes, crianças mais jovens e 
idosos 
▪ Dispneia 
- Em geral, é leve e relacionada com o esforço, 
estando raramente presente no repouso 
▪ Dor torácica 
- Pleurítica e adjacente à área infectada. 
▪ Dor abdominal superior 
- Ocorre quando a infecção do lobo inferior irrita o 
diafragma. 
▪ Sintomas GI (náuseas, vômitos, diarreia) 
*Os sintomas tornam-se variáveis nos extremos das 
idades. 
Diagnóstico 
▪ ANAMNESE 
▪ EXAME FÍSICO 
 
-Palpação: FTV aumentado 
-Percussão: Macicez ou submacicez 
-Ausculta: 
1. Murmúrio vesicular diminuído (pensar em derrame 
pleural também); 
2. Crepitações (ou estertores); 
3. Sopro Tubário; 
4. Broncofonia; 
5. Egofonia; 
6. Pectorilóquia afônica (paciente sussurra e ausculta 
normal). 
 
▪ RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
-Sinal da Silhueta: indica o posicionamento de 2 
estruturas adjacentes com densidade semelhante 
aos raios-X. A parte do pulmão contígua à borda 
direita do coração é o lobo médio direito, de modo 
que é a parte do infiltrado e da pneumonia. 
▪ EXAMES COMPLEMENTARES 
1. Escarro (diferenciar de TB) 
2. Hemocultura 
3. Aspirado e lavado brônquico (se ins. Respiratória 
mais grave) 
4. Testes Sorológicos 
5. Antígenos urinários 
6. Métodos moleculares 
 
▪ IDENTIFICAÇÃO DO PATÓGENO 
 
▪ Quando há alta suspeita clínica de pneumonia e a 
radiografia de tórax não revela um infiltrado, 
recomenda-se fazer uma TC SEM CONTRASTE ou 
repetir a radiografia torácica em 24 a 48 horas. 
 
▪ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
-Bronquite aguda 
-Exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC) - pode ser distinguida de pneumonia pela 
ausência de infiltrados na radiografia de tórax. 
-Insuficiência cardíaca 
-Pneumonia em organização 
-Pneumonite por hipersensibilidade. A radiografia de 
tórax, em associação com a anamnese e o exame 
físico, faz parte da tríade propedêutica clássica para 
PAC 
Critérios de Gravidade 
(PSI Pneumonia Severity Index ) / CURB-65 
 
 
Tratamento 
▪ ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO E DETERMINAÇÃO DO LOCAL 
DE ATENDIMENTO 
- CURB-65 é uma escala criada especificamente para 
determinar a necessidade ou não de internar pacientes 
com pneumonia adquirida na comunidade. 
▪ Define o local de tratamento. 
 
▪ CURB-65 é o acrônimo para: 
CONFUSÃO: Classificação menor que 8 segundo/Score 
de consciência 
URÉIA: Níveis superiores a 50 mg/dl. 
RESPIRAÇÃO: Frequência Respiratória maior que 30 
incursões respiratórias por minuto. 
BLOOD PRESSURE (Pressão sanguínea): Sistólica menor a 
90 mmHg ou diastólica menor a 60 mmHg 
65 ANOS: Idade maior ou igual. 
 
▪ ANTIBIÓTICOS 
 
 
CURB Recomendação ATB 
1 ou 2 AMBULATÓRIO Previamente hígido: 
Macrolídeo 
 
Comorbidades: 
Macrolídeo + Beta 
Lactâmico OU 
Quinolona 
= 3 ENFERMARIA Macrolídeo + Beta 
Lactâmico 
OU 
Quinolona 
4 ou 5 UTI Quinolona + Beta 
Lactâmico 
 
▪ ANTIVIRAIS para a gripe ou a varicela 
▪ MEDIDAS DE SUPORTE 
 
Prevenção 
▪ Cessar TABAGISMO 
▪ Reduzir ETILISMO 
- Reduz reflexo de fechamento da glote e reflexo da 
tosse, levando à macroaspiração de conteúdo gástrico e 
esofágico que ocasiona uma pneumonite química que 
pode evoluir para pneumonia bacteriana. 
▪ Adequar STATUS NUTRICIONAL 
-Nutrição aliada ao sistema imunológico. 
▪ Evitar contato com CRIANÇAS 
▪ HIGIENE ORAL 
▪ VACINAÇÃO 
1. Vacina polissacarídica 23-valente (VPP23) 
-Não conjugada a carreador proteico, que possui 
antígenos da parede de 23 sorotipos pneumocócicos. 
2. Vacina antipneumocócica conjugada (PCV) 
- Utiliza um carreador proteico para os antígenos 
polissacarídeos, sendo denominada. 
-Essa formulação aumenta o efeito imunogênico e, 
por estimular a memória imunológica via células T, 
confere proteção mais duradoura. 
 
▪ Duas novas formulações conjugadas com antígenos 
de 10 (PCV10) e 13 (PCV13) sorotipos estão 
disponíveis no Brasil. 
▪ A PCV10 está aprovada para a prevenção de doença 
pneumocócica invasiva em crianças de até 2 anos, 
enquanto a PCV13 está aprovada para crianças 
desde seis semanas de vida até adultos.

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