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Relatório - Digestão do amido pela ptialina

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AMANDA GONÇALVES COSTA 
 
 
 
 
 DIGESTÃO DO AMIDO PELA PTIALINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVRAS – MG 
2021 
 
AMANDA GONÇALVES COSTA 
 
 
 
 
DIGESTÃO DO AMIDO PELA PTIALINA 
 
 
Relatório de trabalho 
experimental apresentado à 
Universidade Federal de Lavras, 
Departamento de Medicina 
Veterinária, como parte das 
exigências da matéria de Fisiologia 
Veterinária (GMV 108). 
 
 
 
 
Prof. Sergio Alves Bambirra, 
Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVRAS-MG 2021 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
“O tubo digestório de todos os animais evoluiu para desempenhar várias 
funções importantes. A função óbvia consiste em proporcionar uma forma de 
digerir e absorver os nutrientes da dieta necessários para sustentar o restante do 
corpo” (DUKES; SWENSEN, 2017). A cavidade oral é a porta de entrada do 
tubo gastrointestinal, fazendo a sua comunicação com o meio externo. 
Como explicitado por Tambelli (2014), “a cavidade oral é o local onde se 
inicia o processo digestivo. A presença do alimento na cavidade oral induz à 
secreção reflexa de saliva, a qual, por sua vez, é importante para o deslocamento 
do alimento, a lubrificação e proteção da mucosa oral e a formação do bolo 
alimentar, facilitando assim a deglutição e auxiliando na percepção do paladar”. 
Segundo Guyton e Hall (2017), ainda é função da cavidade oral dar início 
ao processo de digestão dos alimentos por meio das enzimas presentes na saliva. 
O amido, por exemplo, pode ser parcialmente digerido pela ptialina, ou enzima 
amilase salivar, ainda na cavidade oral. Além disso, de acordo com Tambelli 
(2014), “a mastigação é responsável pela degradação mecânica dos alimentos, o 
que facilita o início da digestão química pelo aumento da área de superfície de 
contato das enzimas salivares com o alimento ingerido”. 
Tendo em vista o excerto, o experimento objetiva reproduzir os efeitos 
sensoriais do processamento digestivo através de um procedimento rotineiro e 
simples, que é a ingestão de um pedaço de pão de sal que possui grande 
quantidade de amido em sua composição, para que se possa compreender as 
reações desencadeadas pelo alimento no organismo e sua consequente 
transformação digestiva, da qual faz parte a ptialina. 
 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Para a realização do experimento foi utilizado um pedaço de pão de 
francês (pão de sal) de tamanho apropriado para ser colocado na boca. Após ser 
inserido na cavidade oral, a porção ficou sobre a língua sem ser movimentada ou 
mastigada por alguns segundos, nos quais tomou-se nota dos estímulos 
sensoriais despertados pelo alimento. Em seguida, o pão foi mastigado até se 
liquefazer por quarenta vezes. Depois de um curto momento de espera, no qual, 
mais uma vez, tomou-se nota das sensações oriundas do processo, o alimento foi 
deglutido. Após isso, lavou-se a boca e, visando maior consistência de dados, o 
procedimento foi repetido, de forma semelhante, por mais uma vez. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foi observado, logo no início do experimento quando o pão foi inserido 
na cavidade oral, que o pedaço de pão utilizado possuia consistência leve, 
maciez na parcela correspondente ao “miolo” (interior do pão) e crocância na 
parte externa, ou seja, na casca. Tanto o sabor como o odor correspondiam ao 
que era esperado desse alimento: delicado ao paladar e ao olfato, levemente 
ácido com um fundo adocicado. As características referentes à textura e 
consistência foram percebidas pelas papilas filiformes presentes na língua, já 
aquelas que se referem às características palatáveis do alimento foram 
percebidas pelas papilas circunvaladas, fungiformes e foliáceas. 
Logo que tais características químicas e físicas foram captadas pelos 
vários receptores da cavidade oral, como as células especializadas dos botões 
gustativos que se encontram na língua, um impulso nervoso sensitivo foi 
transportado até os centros gustatórios do cérebro por meio dos nervos facial e 
glossofaríngeo, que determinaram a taxa de produção e secreção da saliva, após 
a interpretação do Sistema Nervoso Central quanto a qualidade do alimento, de 
acordo com as preferências individuais. Além disso, a partir do momento em 
que o pedaço de pão foi colocado sobre a língua e identificado pelo cérebro, 
houve um desejo crescente de mastigá-lo e as glândulas parótidas, 
submandibulares e sublinguais começaram a liberar a saliva, pois “como Pavlov 
demonstrou, os centros superiores do cérebro podem ativar as vias 
parassimpáticas, causando salivação na antecipação de uma refeição” (DUKES; 
SWENSEN, 2017). 
Ao ser desencadeado, o processo de salivação aumentou, então, o desejo 
de mastigar o alimento. Contudo, a saliva continuou a ser acrescentada 
progressivamente ao pedaço de pão mesmo após o início da mastigação. Durante 
esse processo, as partículas do pão foram sendo quebradas, aumentando a 
superfície de contato entre o alimento e as papilas gustativas, intensificando 
dessa forma o seu sabor e os estímulos sensoriais gerados. 
A secreção salivar foi responsável pelo umedecimento do alimento e pelo 
auxílio na formação do bolo alimentar. Além disso, por se tratar de um alimento 
rico em amido, o pão foi, majoritariamente, digerido na boca pela enzima 
amilase salivar, conhecida como ptialina, que foi produzida pelas glândulas 
salivares da cavidade oral e secretada juntamente com a saliva. 
Após tornar-se liquefeito, o pedaço de pão, agora bolo alimentar, foi 
transferido para a parte posterior da cavidade oral e surgiu a necessidade de 
engolir, pois os receptores faríngeos detectaram a presença do bolo e as fibras 
aferentes dos nervos cranianos V, IX e X enviaram essa informação até o bulbo, 
que coordenou o reflexo de deglutição de forma involuntária, como enunciado 
por Guyton e Hall (2017). 
 
4. CONCLUSÃO 
 
O início do processo de digestão dos alimentos está estritamente 
relacionado aos estímulos sensoriais que suas características físicas e químicas 
despertam no organismo, logo que chegam ao tubo gastrointestinal pela 
cavidade oral. 
Dentre as respostas do Sistema Nervoso Central a esses estímulos, a mais 
notável é a salivação, que além de intensificar as sensações captadas pelo 
paladar, proporcionando maior prazer ao indivíduo, auxilia na formação do bolo 
e na digestão, uma vez que na composição da saliva estão várias enzimas que 
participam ativamente no processo digestivo. No experimento, grande parte da 
digestão do pedaço de pão foi feita pela ptialina na própria boca, com a 
conversão do amido em maltose. 
Além disso, a saliva, ao umedecer o alimento, auxilia na transferência do 
bolo alimentar para o fim da cavidade oral, onde estímulos nervosos 
desencadearam o processo de deglutição, levando o bolo alimentar para o 
esôfago e, posteriormente, para o restante do tubo gastrointestinal, onde a 
digestão será completamente efetuada pelo organismo. 
Desse modo, pode-se concluir que o objetivo do experimento foi 
atingido. 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
1. DUKES, H.H.; SWENSEN, M. J. ​Fisiologia dos animais domésticos. 
13​a​ ​ed., Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2017. 
2. GUYTON, A.C.; HALL, J. E. ​Guyton ​& ​Hall ​- ​Tratado ​de 
Fisiologia​ ​Médica​. 13​a​ ​ed., Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2017. 
3. TAMBELI, Cláudia. ​Fisiologia Oral: Série Abeno. ​1​a ed., São Paulo, 
SP: Artes Médicas, 2014.

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