Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO EDINETE SOUZA DE BRITO ERIKA LISBOA SILVA GABRIEL DE JESUS GOES DA SILVA MARCELA SANTOS GIACOMINI TIAGO SANTOS DIAS THAIS LEAL DOS SANTOS EMBRIOLOGIA SALVADOR, BAHIA 2020 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO EDINETE SOUZA DE BRITO ERIKA LISBOA SILVA GABRIEL DE JESUS GOES DA SILVA MARCELA SANTOS GIACOMINI TIAGO SANTOS DIAS THAIS LEAL DOS SANTOS EMBRIOLOGIA SALVADOR, BAHIA 2020 Trabalho da disciplina Biomorfologia, como requisito para obtenção de nota para a conclusão da matéria supracitada no 1° semestre do curso de Fisioterapia. Docente: Sara Nunes de Oliveira Araújo 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 2. GAMETOGÊNESE MASCULINA ........................................................................ 5 2.1 ESPERMATOGÊNESE ................................................................................. 6 3. GAMETOGÊNESE FEMININA ............................................................................ 8 3.1 CICLO OVARIANO ........................................................................................ 8 3.2 CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS ...................................................... 10 3.3 DESENVOLVIMENTO FOLICULAR ............................................................. 11 3.4 OVULAÇÃO .................................................................................................. 11 4. FECUNDAÇÃO ................................................................................................... 13 4.1 FASES DA FECUNDAÇÃO .......................................................................... 14 4.2 GRAVIDEZ MÚLTIPLA ................................................................................. 15 4.3 FERTILIZAÇÃO IN VITRO E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO .................. 17 4.4 PRÉ-SELEÇÃO DO SEXO DO EMBRIÃO .................................................... 18 5. DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO ................................................................ 20 5.1 CLIVAGEM ................................................................................................... 20 5.2 SEGUNDA SEMANA: DIFERENCIAÇÃO E REPRODUÇÃO ....................... 22 5.3 TERCEIRA SEMANA: GASTRULAÇÃO ....................................................... 24 5.4 QUARTA A OITAVA SEMANA ..................................................................... 27 5.5 PREGA CEFÁLICA ....................................................................................... 27 5.6 QUINTA SEMANA ........................................................................................ 27 5.7 SEXTA SEMANA .......................................................................................... 28 5.8 SÉTIMA SEMANA ........................................................................................ 29 5.9 OITAVA SEMANA ........................................................................................ 30 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31 4 1. INTRODUÇÃO Os espermatozoides e os oócitos são gametas altamente especializados. Cada uma dessas células contém metade do número de cromossomos presentes nas células somáticas. O número de cromossomos se reduz durante um tipo especial de divisão celular, a meiose, que ocorre somente durante a gametogênese (formação das células germinativas). Nos homens, esse processo recebe o nome de espermatogênese, nas mulheres, de oogênese. Figura 1: Representação da Espermatogênese e Oogênese. Durante a meiose, um processo composto por duas divisões celulares meióticas, o número de cromossomos das células germinativas é reduzido à metade (23, número haploide) do número encontrado em outras células do corpo (46, número diploide). A meiose garante a constância do número de cromossomos de uma geração para outra, ao reduzir o número cromossômico de diploide para haploide e, dessa forma, produzindo gametas haploides, permitindo a distribuição aleatória dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas e propiciando a troca de 5 segmentos dos cromossomos maternos e paternos, por meio do cruzamento de segmentos cromossômicos (crossing over), o que “embaralha” os genes e produz a recombinação do material genético. 2. GAMETOGÊNESE MASCULINA A gametogênese (formação dos gametas) é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas, os gametas (oócitos e espermatozoides). Esse processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, preparam essas células para a fecundação. Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada (Figura.). A meiose garante a constância do número de cromossomos de uma geração para outra, ao reduzir o número cromossômico de diploide para haploide, produzindo gametas haploides, permitindo a distribuição aleatória dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas. Propiciando a troca de segmentos dos cromossomos maternos e paternos, por meio do cruzamento de segmentos cromossômicos, o que “embaralha” os genes e produz a recombinação do material genético, como pode-se observar na figura a seguir. Figura 2: Meiose. 6 O número de cromossomos se reduz durante um tipo especial de divisão celular, a meiose, que ocorre somente durante a gametogênese (formação das células germinativas). Nos homens, esse processo recebe o nome de espermatogênese: Figura 3: Espermatogênese. 2.1 ESPERMATOGÊNESE Sequência de eventos pelos quais as espermatogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em espermatozoides maduros que começa na puberdade aumentando seu número, permanecem nos túbulos seminíferos dos testículos durante os períodos fetal e pós-natal. Após várias divisões mitóticas, as 7 espermatogônias crescem e sofrem modificações, são transformadas em espermatócitos primários, as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos dos testículos. Cada espermatócito primário sofre, uma divisão reducional, a primeira divisão meiótica para formar dois espermatócitos secundários haploides, que possuem aproximadamente metade do tamanho do espermatócito primário. As espermátides, células em estágio avançado de desenvolvimento, são transformadas gradualmente em quatro espermatozoides maduros pelo processo conhecido como espermatogênese este processo completo, incluindo a espermatogênese, demora cerca de dois meses para acontecer. Estará completada, quando os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos. Figura 4: Transformação das espermátides em espermatozoides. As células de Sertoli revestem os túbulos seminíferos, sustentam e participam da nutrição das células germinativas (espermatozoides/oócito) e estão envolvidas na regulação da espermatogênese. Os espermatozoides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos (Fig.) para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros durante a puberdade. O epidídimo é um ducto longo e espiralado. No seguimento do epidídimo vem o ducto deferente, que transporta os espermatozoides para a uretra. Os espermatozoides maduros são células ativamente móveis, que nadam livremente, constituídos por uma cabeça e uma cauda. O colo do espermatozoide é a junção entre a cabeça e a cauda. A cabeça do espermatozoide forma a maior parte 8 dele e, é onde se localiza o núcleo. Os dois terços anteriores da cabeça são cobertos pelo acrossomo, uma organela sacular em forma de capuz que contém várias enzimas. Quando liberadas,as enzimas facilitam a dispersão das células foliculares da corona radiata e a penetração do espermatozoide na zona pelúcida durante a fecundação. Figura 5: Representação do sistema reprodutor masculino. 3. GAMETOGÊNESE FEMININA 3.1 CICLO OVARIANO É o processo de formação dos ovócitos maduros. Este processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa. O termo oogênese se refere à sequência de eventos por meio da qual as oogonias (oócitos primordiais) se transformam em oócitos primários. No início da vida fetal, as oogonias se multiplicam por mitose e crescem para formar os oócitos primários antes do nascimento. O ovócito primário circundado por uma camada de células epiteliais foliculares constitui um folículo primordial. Os ovócitos iniciam sua 9 primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas param na prófase I (na fase do diplóteno) até a puberdade. A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, completa a primeira divisão meiótica e para na metáfase da segunda divisão. Forma-se o ovócito secundário que recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar (célula pequena, não funcional, que logo degenera) recebe muito pouco. Antes da ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas progride até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se o oócito secundário é fertilizado por um espermatozoide, a segunda divisão meiótica se completa e o segundo corpúsculo polar se forma. O oócito secundário liberado na ovulação é envolvido por uma capa de material amorfo, a zona pelúcida, e por uma camada de células foliculares, a coroa radiada. O oócito secundário é grande o suficiente para ser visível a olho nu. Figura 6: Ciclo ovariano. Normalmente, os ovários de uma recém-nascida contêm até 2 milhões de oócitos primários. A maioria deles regride durante a infância, de modo que, na puberdade, não restam mais que 40 mil. Desses, somente cerca de 400 passam pelo 10 processo de maturação, transformando-se em oócitos secundários e sendo liberados na ovulação. 3.2 CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS A partir do primeiro ciclo menstrual, as mulheres têm ciclos reprodutivos mensais, regulados pelo hipotálamo, hipófise e ovários. Esses ciclos preparam o sistema reprodutivo para a gravidez. O hormônio liberador de gonadotropina é sintetizado por células neurossecretoras no hipotálamo. Especificamente, esse ciclo de 28 dias consiste em: • Maturação mensal de (geralmente) um único ovócito e seu folículo envoltório; • Proliferação concomitante do endométrio uterino; • Processo de ovulação no qual o ovócito é liberado do ovário; • Desenvolvimento contínuo do folículo para um corpo lúteo endócrino; • Descamação do endométrio uterino e involução do corpo lúteo (a menos que um zigoto se implante no útero e comece a se desenvolver). Considera-se que o ciclo menstrual começa com a menstruação, a descamação do endométrio uterino degenerado do ciclo anterior. Em torno do quinto dia do início da menstruação, um aumento na secreção de um pequeno hormônio peptídico do hipotálamo, o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), estimula a glândula pituitária a aumentar a secreção de dois hormônios gonadotróficos (gonadotrofinas): hormônio folículo (FSH) estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno pelas células foliculares, e hormônio luteinizante (LH) que funciona como um “gatilho” para a ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona. 11 Figura 7: Ciclo reprodutivo feminino. 3.3 DESENVOLVIMENTO FOLICULAR • O desenvolvimento do folículo ovariano (figura 7) se caracteriza por: • Crescimento e diferenciação do oócito primário; • Proliferação das células foliculares; • Formação da zona pelúcida; • Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo em torno do folículo – tecas foliculares. Acredita-se que as células tecais produzam um fator angiogênico que promove o crescimento dos vasos sanguíneos responsáveis pelo suprimento de nutrientes para o desenvolvimento folicular. 3.4 OVULAÇÃO O ciclo uterino e ovariano prepara o sistema reprodutor para a gravidez (Figura 7). Ciclo ovariano: compreende a fase folicular e luteínica. A ovulação ocorre nas 24 12 horas seguintes ao pico de produção do LH, que parece ser desencadeado por moléculas sinalizadoras nas células granulosas. Logo após a ovulação, o folículo ovariano sofre colapso. Sob a influência do LH, as paredes do folículo se transformam em uma estrutura glandular, o corpo lúteo, que secreta principalmente progesterona e um pouco de estrógeno. Se o oócito é fertilizado, o corpo lúteo cresce, dando origem ao corpo lúteo da gravidez, aumentando sua produção hormonal. A degeneração do corpo lúteo é evitada pela gonadotropina coriônica humana (hCG). Se o oócito não for fertilizado, o corpo lúteo se degenera de 10 a 12 dias após a ovulação (Figura 3), sendo chamado, então, de corpo lúteo da menstruação. Em seguida, o corpo lúteo degenerado se transforma em tecido cicatricial branco no ovário, dando origem ao corpo albicans. 1. Fase folicular: Dura 12-16 dias. Iniciada pelo FSH, acompanhada pelo aumento de estrógeno, que tem um aumento rápido e desencadeia um aumento pré- ovulatório de LH, que induz a ovulação. 2. Fase luteínica: Dura 10-16 dias. Caracterizada por uma mudança na dominância de estrógenos para progesterona pela formação de um corpo lúteo. Ciclo uterino: compreende a fase menstrual, proliferativa e secretora. É um processo contínuo; cada fase passa gradualmente à seguinte. Os ciclos normalmente continuam até a cessação permanente da menstruação (hemorragia fisiológica periódica). A menopausa (cessação permanente da menstruação) ocorre em geral entre 48 e 55 anos de idade. 1. Menstruação: Abrange 4-5 dias durante os quais a membrana mucosa do endométrio descama e ocorre o sangramento. Os sinais ovarianos de queda do estrógeno e progesterona são essenciais. Após a menstruação, o endométrio está fino. 2. Fase proliferativa: Essa fase dura cerca de 9 dias. Após a menstruação, há um aumento do estímulo estrogênico, regenerando o endométrio, a partir das glândulas uterinas da camada basal. 3. Fase secretora: Depois da ovulação, o corpo lúteo secreta progesterona e estrógeno. O estroma uterino torna-se edemaciado e as células do estroma de hipertrofiam (reação da decídua) preparando-se para uma possível gravidez. 13 4. FECUNDAÇÃO Fecundação é a quando o espermatozoide se une ao óvulo e forma o zigoto. Essa formação ocorre em aproximadamente 24 horas, no interior das trompas e o óvulo fecundado em seguida se encaminha na direção do útero. Mas, para que o espermatozóide entre em contato com o ovócito, é necessário que ocorram uma sequência de eventos moleculares ordenados, onde qualquer alteração, pode ocasionar na morte do zigoto. A partir do contato da cabeça do espermatozoide com a superfície do óvulo, a membrana plasmática dessas duas células se fundem e rompe-se para que ocorra a passagem desse espermatozoide. A membrana plasmática do óvulo então, se torna impermeável evitando que outros espermatozoides a penetre. Em seguida, ocorre a fusão dos núcleos desses dois gametas e a consequente mistura dos cromossomos maternos e paternos. Este processo ocorre na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, ou seja, do embrião unicelular. Após a entrada do espermatozoide, o ovócito completa sua segunda divisão meiótica, fazendo com que o ovócito se torne um oócito maduro, denominado pró- núcleo feminino. Já dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozoide também aumenta para se formar o pró-núcleo masculino e a cauda degenera-se. Nessa fase, dá-se origemao zigoto, formado por 46 cromossomos diploides, pois os pró-núcleos duplicam os seus DNAs. Figura 8: Fecundação do Óvulo 14 4.1 FASES DA FECUNDAÇÃO 1. Passagem de um espermatozoide na coluna radiata: as células foliculares da coluna radiata localizada no ovócito necessita da ação das enzimas hialuronidase, liberadas pela vesícula do espermatozoide, que por sua vez, também possui mobilidade na cauda, o que facilita a penetração na corona radiata. 2. Penetração da zona pelúcida: é considerada a fase mais importante do início da fecundação, pois as enzimas (destacando a acrosina, uma enzima proteolítica libertada pela acrossoma dos espermatozóides). Estabelecidas na zona pelúcida, elas causam a lise (dissolução) do caminho, facilitando a penetração do espermatozoide no óvulo. 3. Fusão da membrana plasmática no óvulo e do espermatozoide: eles se fundem e se rompem na fusão, onde a cabeça e a cauda do espermatozoide entra no citoplasma do óvulo. A cauda do espermatozoide se degenera e as células espermáticas são fagocitadas pelos glóbulos brancos. Figura 9: Fases da fecundação 15 4. Segunda divisão meiótica, formação da pró-núcleo feminino: quando o espermatozoide chega ao óvulo, ocorre a divisão meiótica originando um oócito maduro. Assim os cromossomos maternos e paternos se unem deixando de ser um oócito maduro para tornar-se o pré-núcleo feminino. 5. Pré-núcleo masculino e formação do zigoto: quando o espermatozoide se expande, aumentando o seu tamanho, ele se forma em pré-núcleo masculino, que unido ao feminino forma o zigoto e dá origem ao desenvolvimento do embrião. 4.2 GRAVIDEZ MÚLTIPLA 4.2.1 Gêmeos Univitelinos ou Monozigóticos Esses gêmeos são formados a partir do mesmo zigoto, por esse motivo, possuem o mesmo sexo e características genéticas idênticas, incluindo o DNA. Algumas características fenotípicas como as impressões digitais, diferenciam-se a partir da interação com o meio. 4.2.2 Gêmeos Fraternos ou Dizigóticos São originados a partir da liberação de dois ovócitos no momento da ovulação. Por serem gerados de gametas diferentes, possuem semelhança genética na proporção que ocorre em irmãos não gêmeos de mesmos pais. Por esse motivo são chamados de também de gêmeos fraternos. 16 Figura 10: Representação da Fecundação de Gêmeos 4.2.3 Gêmeos Monozigóticos Siameses ou Xipófagos Os gêmeos xifópagos, ou siameses também são monozigóticos, ou seja, formados a partir do mesmo zigoto. De acordo com informações retiradas no site do Instituto de Ciências Biológicas de Minas Gerais: em geral, em pouco mais de uma semana o embrião se separa em dois, mas se essa divisão demorar mais que 12 dias, as células formarão partes do corpo ou órgãos em comum aos dois. Quando isso acontece em partes vitais como pulmão, coração ou cérebro, um dos gêmeos precisa ser sacrificado. Se não, podem ser separados cirurgicamente. 17 Figura 11: Tipos de fecundação de gêmeos 4.3 FERTILIZAÇÃO IN VITRO E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO Os folículos ovarianos estimulados se desenvolvem e amadurecem na administração do citrato de clomifero. Oócitos e folículos são aspirados durante a laparoscopia e, em seguida, os oócitos são colocados na placa de Peri em um meio especial e com espermatozóides capacitados. 18 Figura 12: Fertilização In Vitro 4.4 PRÉ-SELEÇÃO DO SEXO DO EMBRIÃO A possibilidade de interferir na determinação do sexo durante a geração de um ser humano é hoje uma realidade. De acordo com Clotet e Goldim (2014), A seleção de sexo é solicitada basicamente por três motivos: • Para evitar doenças genéticas ligadas ao cromossomo X, que se manifestam quando este cromossomo aparece isoladamente (genótipo masculino). • Para fazer um “balanço familiar”. • Por uma associação de razões culturais, sociais, econômicas e pessoais, que levam a preferir um dos sexos em relação ao outro. A primeira constitui-se o que se considera “motivo médico” e as outras duas constituem os “motivos não-médicos”. Pesquisas cientificas têm sido desenvolvidas em laboratórios para serem exercidas a seleção de gênero e várias técnicas têm sido testadas. A observação nas diferenças fisiológicas e forma do espermatozoide e a velocidade exercida por eles, dentre outros fatores associados, como pode-se observar na figura 10, facilitam a seleção. Esse processo é bastante praticado em inseminações artificiais, usando o embrião desejado. 19 Figura 13: Diferença entre cromossomos X e Y. Ainda para Clotet e Goldim (2014), o tema da seleção do sexo é polêmico numa sociedade pluralista, como também é o da fecundação assistida. Na opinião de Mary Anne Warren (1999, apud CLOTET E GOLDIM, 2014), é preocupante a difusão dos métodos de seleção de sexo porque na prática significou sempre a eliminação de meninas não-aceitas. O tema está em debate, como outros muitos na ética biomédica atual. 20 5. DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO O desenvolvimento do produto da fertilização é dividido em três grandes períodos distintos: primeira fase embrionária, que corresponde ao período que inicia da fertilização e termina com a nidificação da blástula na mucosa uterina, ao longo desta fase, deve-se falar de ovo ou produto da concepção; segunda fase embrionária, que engloba o primeiro trimestre de desenvolvimento, período ao longo do qual todos os órgãos do corpo vão sendo formados; e terceira fase e mais prolongada, denominada de fase fetal, a qual compreende o tempo que resta até ao momento do nascimento, correspondendo ao período de amadurecimento. Nesta última fase, os órgãos já formados na etapa anterior, acabam de adquirir a sua estrutura definitiva, alcançando fatores essenciais para possibilitar uma vida independente fora do organismo materno. Neste capitulo vamos falar mais detalhadamente da primeira e segunda fase embrionária. O conceito de embrião é assombroso e a formação de um embrião é a tarefa mais árdua que alguém haverá de realizar. Para se tornar um embrião, você teve que construir a si mesmo a partir de uma única célula. Teve que respirar antes que tivesse pulmões, digerir alimentos antes que seus órgãos estivessem formados, construir ossos a partir de uma massa e ordenar os neurônios antes mesmo de adquirir a capacidade de pensar. Uma diferença marcante entre você e a máquina é que a máquina nunca é requisitada para uma função antes que esteja terminada. Todo animal tem que estar em funcionamento enquanto se autoconstrói. GILBERT, 2003. 5.1 CLIVAGEM Logo após o processo de fecundação, inicia-se a etapa da segmentação, também conhecida por clivagem, que consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto conforme ele passa pela tuba uterina em direção ao útero, resultando em um 21 aumento rápido do número de células (blastômeros). Nos mamíferos, comparando-se com outros animais, a clivagem é um processo lento, levando praticamente um dia para cada divisão mitótica (MONTANARI, 2013). Como pode-se observar na figura a seguir, essas células embrionárias tornam-se menores a cada divisão, por este motivo, não há um aumento no tamanho do embrião em desenvolvimento até a degeneração da zona pelúcida no estágio de blastocisto tardio (5 dias). Figura 14: Resumo do ciclo ovariano, fecundação e desenvolvimento embrionário durante a primeira semana. Conforme Moore et. al. (2016), O estágio 1 do desenvolvimento começa com a fecundação na ampola da tuba uterina e termina com a formação do zigoto. O estágio 2 (dias 2 a 3) compreende o estágio inicial da clivagem (de 2 até aproximadamente 32 células, a mórula). O período de mórula começa no estágio entre 12 e 16 células e termina quando ocorre a formação do blastocisto já no útero. O estágio 3 (dias 4 a 5) é a fase do blastocisto livre. O estágio4 (dias 5 a 6) é representado pela implantação do blastocisto no endométrio, camada que recobre a parede uterina com grande concentração de progesterona. 22 5.2 SEGUNDA SEMANA: DIFERENCIAÇÃO E REPRODUÇÃO O desenvolvimento de indivíduos multicelulares como o ser humano, possui duas funções básicas: diferenciação e reprodução. Assim, cada espécie multicelular possui uma programação ontogenética estabelecida nos cromossomos da primeira célula que formará o embrião que contém a informação dos fenômenos que levarão a formação de um novo organismo. A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar a cavidade blastocística. À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes: trofoblasto – camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta e embrioblasto – grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. Portanto, o que determina se a célula irá se diferenciar em embrioblasto ou trofoblasto é a sua posição na mórula. Cerca de seis dias após a fecundação, o blastocisto encosta no epitélio uterino através do embrionário a adere por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Assim que o blastocisto completa a implantação no endométrio uterino ocorre uma rápida proliferação e diferenciação do trofoblasto em duas camadas: citotrofoblasto – camada interna de células uninucleadas e sincicitrofoblasto – uma massa externa de células multinucleadas. Figura 15: 1ª Fase da Implantação Intersticial. 23 De acordo com Montanari (2013), no final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo, ele atravessa o tecido conjuntivo endometrial atingindo glândulas e vasos sanguíneos e alcança o terço interno do miométrio, permitindo que o sangue materno extravase para dentro de lacunas do sinciciotrofoblasto. Esse fluido chega ao disco embrionário por difusão e fornece material nutritivo para o embrião. O endométrio está na fase secretora e o embrião capta as substâncias produzidas pelas glândulas, como o glicogênio. A fagocitose de células endometriais e de hemoglobinas também contribui para sua nutrição. No décimo dia, o concepto (embrião e membranas) está completamente implantado no endométrio uterino. Inicialmente, existe uma falha superficial no epitélio endometrial que logo é fechada por um coágulo sanguíneo fibrinoso. Ocorre então, uma rápida proliferação e diferenciação de trofoblasto: é a reação decidual, cuja principal função é fornecer nutrientes para o embrião e um local imunologicamente privilegiado para o concepto. Simultaneamente, forma-se a vesícula umbilical primitiva e desenvolvimento do mesoderma extraembrionário. A vesícula umbilical primitiva diminui e desaparece gradativamente conforme ocorre o desenvolvimento da vesícula umbilical secundária, que é menor e forma-se a partir de células endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto do interior da vesícula umbilical primitiva. Conforme ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados dentro dele. Esses espaços rapidamente se fundem e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extraembrionário, que se tornará a cavidade coriônica e envolverá o embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical, estruturas essas que estão suspensas na cavidade por um pedículo de conexão. 24 Figura 16: 2ª Fase da Implantação Intersticial. A cavidade amniótica aparece entre o citotrofoblasto e a massa interna de células do blastocisto, que formará o embrião propriamente dito, se diferencia em um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto. O desenvolvimento da placa pré- cordal, um espessamento localizado no hipoblasto, indica a futura região cranial do embrião e o futuro local da boca; a placa pré-cordal também é um importante organizador da região da cabeça. 5.3 TERCEIRA SEMANA: GASTRULAÇÃO Gastrulação é o evento mais importante que ocorre durante a terceira semana. Trata-se do processo pelo qual ocorre uma invaginação nos tecidos do embrião, formando os folhetos embrionários. Após essa ação, o disco embrionário bilaminar é 25 convertido em um disco embrionário trilaminar, fazendo com que o embrião passe a conter três regiões celulares chamadas camadas germinativas, que dão origem a tecidos e órgãos específicos, conforme descrito por Moore (2013): 1. Ectoderma: dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça. 2. Endoderma: é a fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem no trato digestório e as células glandulares de órgãos associados ao trato digestório, como o fígado e o pâncreas. 3. Mesoderma: dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos. O primeiro sinal morfológico da gastrulação é a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário bilaminar. A linha primitiva resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Tão logo a linha primitiva aparece, é possível identificar o eixo craniocaudal, as extremidades cranial e caudal, as superfícies dorsal e ventral do embrião. Figura 17: Vista dorsal de um embrião de 16 dias. 26 A linha primitiva se alonga pela adição de células à extremidade caudal dela, pouco tempo depois as células migram de sua superfície profunda para formar o mesênquima, um tecido conjuntivo embrionário formado por pequenas células fusiformes, frouxamente organizadas em uma matriz extracelular de fibras colágenas esparsas, que formam os tecidos de sustentação do embrião, assim como a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e a trama de tecido conjuntivo das glândulas. As células mesenquimais derivam da ampla migração da linha primitiva. Essas células pluripotentes se diferenciam em diversos tipos celulares, como os fibroblastos, os condroblastos e os osteoblastos. O processo notocordal e o mesoderma adjacente induzem o ectoderma embrionário sobrejacente a formar a placa neural, o primórdio do sistema nervoso central. Conforme o processo notocordal se alonga, a linha primitiva se encurta. No final da terceira semana, o processo notocordal é transformado na notocorda. A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pela entrada de células até o início da quarta semana; depois disso, a produção do mesoderma desacelera. A linha primitiva diminui em tamanho, desaparecendo no final da quarta semana. Figura 18: Vistas dorsais do disco embrionário mostrando como ele se alonga e muda de forma durante a terceira semana. 27 5.4 QUARTA A OITAVA SEMANA Todas as principais estruturas internas e externas são estabelecidas durante a quarta à oitava semana. Ao final do período embrionário, os principais sistemas de órgãos iniciaram seu desenvolvimento. Os tecidos e órgãos se formam, a forma do embrião muda e ao final desse período, o embrião possui uma aparência nitidamente humana. Uma vez que os tecidos e órgãos estão rapidamente se diferenciando,a exposição dos embriões a teratógenos (drogas e vírus), durante esse período, pode causar grandes anomalias congênitas. 5.5 PREGA CEFÁLICA No início da quarta semana, as pregas neurais na região cranial formam o primórdio do encéfalo. Inicialmente, o encéfalo em desenvolvimento se projeta dorsalmente para a cavidade amniótica, a cavidade cheia de fluido no interior do âmnio (a membrana mais interna ao redor do embrião). A cavidade amniótica contém o líquido amniótico e o embrião. Posteriormente, o prosencéfalo em desenvolvimento cresce cranialmente além da membrana bucofaríngea e coloca-se sobre o coração em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o septo transverso, o coração primitivo, o celoma pericárdico e a membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião. Durante o dobramento, parte do endoderma da vesícula umbilical é incorporado ao embrião como o intestino anterior (primórdio da faringe, esôfago e sistema respiratório inferior). O intestino anterior localiza-se entre o prosencéfalo e o coração primitivo, e a membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do estomodeu, a boca primitiva. 5.6 QUINTA SEMANA As mudanças na forma do corpo do embrião são pequenas na quinta semana quando comparadas àquelas ocorridas durante a quarta semana, mas o crescimento da cabeça excede o de outras regiões. O alargamento da cabeça resulta principalmente do rápido desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais. A 28 face logo faz contato com a proeminência cardíaca. O rápido crescimento do segundo arco faríngeo se sobrepõe aos terceiro e quarto arcos, formando uma depressão lateral de cada lado, o seio cervical. As cristas mesonéfricas indicam o local do desenvolvimento dos rins mesonéfricos, que em humanos, são órgãos excretores provisórios. Figura 19: : Vista lateral de um embrião no estágio Carnegie 14, aproximadamente com 32 dias. 5.7 SEXTA SEMANA Embriões na sexta semana mostram movimentos espontâneos, tais como, contrações no tronco e nos membros em desenvolvimento. Tem sido relatado que embriões nesse estágio apresentam respostas reflexas ao toque. Os membros superiores começam a mostrar uma diferenciação regional, tais como o desenvolvimento do cotovelo e das grandes placas nas mãos. Os primórdios dos dígitos (dedos), ou raios digitais, iniciam seu desenvolvimento nas placas das mãos. O desenvolvimento dos membros inferiores ocorre durante a sexta semana, 4 a 5 dias após o desenvolvimento dos membros superiores. Várias pequenas intumescências, as saliências auriculares, se desenvolvem ao redor do sulco ou fenda faríngea entre os primeiros dois arcos faríngeos. Esse sulco torna-se o meato acústico externo (canal da orelha externa). As saliências auriculares contribuem para a formação da aurícula (pavilhão), a parte em forma de concha da orelha externa. Os olhos são agora notáveis, em grande parte pela formação do pigmento da retina. A 29 cabeça é agora relativamente muito maior do que o tronco e está dobrada sobre a proeminência cardíaca. A posição da cabeça resulta da flexão da região cervical (pescoço). O tronco e o pescoço começam a endireitar-se e o intestino penetra no celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical. Essa herniação umbilical é um evento normal. Ocorre porque a cavidade abdominal é muito pequena nesta idade para acomodar o rápido crescimento do intestino. 5.8 SÉTIMA SEMANA Os membros sofrem uma mudança considerável durante a sétima semana. Chanfraduras aparecem entre os raios digitais (sulcos e chanfraduras que separam as áreas das placas das mãos e dos pés), que indicam claramente os dedos. A comunicação entre o intestino primitivo e a vesícula umbilical está agora reduzida. Nesse momento, pedículo vitelino torna-se o ducto onfaloentérico. Ao final da sétima semana, a ossificação dos ossos dos membros superiores já iniciou. Nota-se na figura abaixo, as aurículas e o meato acústico externo claramente visíveis. A posição relativamente baixa da orelha em desenvolvimento nesse estágio. Os raios digitais estão visíveis na placa do pé. A proeminência no abdome é causada principalmente pelo grande tamanho do fígado. Moore (2013). Figura 20: Vista lateral de um embrião no estágio Carnegie 19, aproximadamente com 48 dias. 30 5.9 OITAVA SEMANA No início da última semana do período embrionário, os dedos das mãos estão separados, porém unidos por uma membrana visível. As chanfraduras estão também nitidamente visíveis entre os raios digitais dos pés. A eminência caudal ainda está presente, mas é curta. O plexo vascular do couro cabeludo aparece e forma uma faixa característica ao redor da cabeça. Ao final da oitava semana, todas as regiões dos membros estão aparentes e os dedos são compridos e completamente separados. Os primeiros movimentos voluntários dos membros ocorrem durante a oitava semana. A ossificação primária inicia-se no fêmur. A eminência caudal desapareceu e tanto as mãos como os pés se aproximam uns dos outros ventralmente. Ao final da oitava semana, o embrião possui características humanas distintas; entretanto, a cabeça é ainda desproporcionalmente grande, constituindo quase a metade do embrião. O pescoço está definido e as pálpebras estão mais evidentes. As pálpebras estão se fechando e ao final da oitava semana, elas começam a se unir por fusão epitelial. Os intestinos ainda estão na porção proximal do cordão umbilical. Apesar de existirem diferenças sutis entre os sexos na aparência da genitália externa, elas não são distintas o suficiente para permitir uma identificação sexual precisa. Figura 21: Vista lateral de embrião no final do período embrionário. 31 Após esse período, o embrião passa a ser chamado de feto. A transformação de um embrião em um feto é gradual, mas a mudança do nome é significativa, pois indica que o embrião se desenvolveu em um ser humano reconhecível e que os primórdios de todos os principais sistemas se formaram. Figura 22: Vista lateral de um embrião e do saco coriônico no estágio. Carnegie 23, aproximadamente com 56 dias. 32 REFERÊNCIAS BEIGUELMAN, Bernardo. O estudo de gêmeos. Ribeirão Preto, SP: SBG, 2008. CLOTET, Joaquim; GOLDIM, José Roberto. Seleção de Sexo e Bioética. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. GILBERT, Scott F. Biologia do Desenvolvimento. 5ª ed. Ribeirão Preto, SP: FUNPEC Editora, 2003. GINECO: Fecundação. Disponível em: <https://www.gineco.com.br/saude- feminina/gravidez/fecundacao/#:~:text=Fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9% 20a%20quando%20o,encaminha%20na%20dire%C3%A7%C3%A3o%20do%20%C 3%BAtero.>. Acesso em 15 de junho de 2020. INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DE MINAS GERAIS: Gêmeos Univitelinos e Dizigóticos. Disponível em: <https://cutt.ly/5uzSfds>. Acesso em 15 de junho de 2020. MONTANARI, Tatiana. Embriologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 1ª ed. Porto Alegre, RS: UFRGS/ICBS/Biblioteca Setorial, 2013. MOORE, Keith L. et. al. Embriologia Básica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. MOORE, Keith L. et. al. Embriologia Clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. SCHOENWOLF GC Bleyl SB, Brauer PR, Francis-West PH. Larsen. Embriologia Humana. 5ª ed. Philadelphia: Elsevier; 2016. https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/fecundacao/#:%7E:text=Fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20a%20quando%20o,encaminha%20na%20dire%C3%A7%C3%A3o%20do%20%C3%BAtero. https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/fecundacao/#:%7E:text=Fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20a%20quando%20o,encaminha%20na%20dire%C3%A7%C3%A3o%20do%20%C3%BAtero. https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/fecundacao/#:%7E:text=Fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20a%20quando%20o,encaminha%20na%20dire%C3%A7%C3%A3o%20do%20%C3%BAtero. https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/fecundacao/#:%7E:text=Fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20a%20quando%20o,encaminha%20na%20dire%C3%A7%C3%A3o%20do%20%C3%BAtero.