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Bronquite infecciosa das galinhas

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Bronquite infecciosa 
das galinhas 
O vírus da bronquite 
infecciosa das galinhas ou IBV 
pertence ao grupo III dos 
coronavírus, foi descrito pela 
primeira vez nos Estados 
Unidos e é responsável por 
causar distúrbios renais, 
respiratórios e reprodutivos 
em aves. 
Epidemiologia 
Este vírus está presente em 
muitos países, principalmente 
aqueles que possuem 
avicultura comercial e 
doméstica, apresenta grande 
variação de antígenos de 
superfície e vários sorotipos 
conhecidos, desta forma pode 
infectar até mesmo 
populações de aves 
vacinadas. 
As galinhas são as únicas aves 
susceptíveis ao vírus e as que 
desenvolvem a doença. 
É transmitido através de 
aerossóis e pelo consumo de 
água e comida contaminados 
com fezes, o vírus é 
extremamente contagioso e 
encontra-se em grande 
quantidade em traquéias de 
galinhas infectadas e nas fezes 
das que estão se 
recuperando, além disso é 
muito resistente no ambiente 
e pode permanecer por 
semanas ainda infeccioso. 
As aves contaminas passam a 
apresentar sinais clínicos de 
18 a 36 horas após a infecção 
e num prazo de 
aproximadamente 14 dias se 
recuperam da doença. 
Mesmo após a recuperação 
clínica algumas aves podem se 
manter com uma infecção 
persistente e continuar a 
disseminar o vírus através de 
suas fezes e por aerossóis no 
ambiente durante longos 
períodos, se tornando uma 
fonte potencial de infecção 
para aves ainda saudáveis. 
Patogenia da doença 
Ao infectar o hospedeiro o 
vírus se replica 
primeiramente no trato 
respiratório e só então 
alcança o sistema circulatório 
indo para vários órgãos, pode 
ser encontrado nos ovidutos, 
intestino, rins e na Bursa de 
Fabricius. 
A forma mais comum da 
doença é a respiratória, os 
principais sintomas são tosse, 
espirros, descarga nasal em 
galinhas jovens, estertores e 
respiração ofegante causada 
pelo excesso de material 
caseoso na siringe. 
As aves tendem a não ganhar 
peso pois a infecção faz com 
que elas diminuam o consumo 
de alimentos e água. Em aves 
de produção a qualidade dos 
ovos é prejudicada e a 
produção cai, observa-se ovos 
com casca mole, com ela 
deformada e até mesmo sem 
a casca devido a lesões 
permanentes nos ovidutos. 
Quando a doença é 
respiratória a mortalidade é 
baixa e quando ocorre é 
devido a infecções 
bacterianas secundárias, em 
algumas cepas a mortalidade 
pode chegar a 25%, os animais 
infectados tendem a terem 
suas carcaças descartadas no 
abate. 
Histopatologia 
Na macroscopia de animais 
infectados observa-se 
exsudato seroso, catarral ou 
caseoso na traquéia, 
brônquios, sacos aéreos e nas 
fossas nasais. Em galinhas de 
postura pode-se encontrar o 
conteúdo da gema de ovos 
livre na cavidade abdominal 
devido ao rompimento do ovo 
e de lesões do oviduto. Os rins 
se encontram pálidos e com 
edema e os túbulos e ureteres 
podem estar com deposição 
de uratos quando a cepa 
apresentar nefrotropismo, as 
lesões renais são 
permanentes e em alguns 
casos essas cepas causam 
urolitíase, aumento do 
consumo de água, depressão 
e penas arrepiadas. 
Na microscopia observa-se 
hiperplasia, edema, 
inflamação linfóide, 
descamação e perda de cílios 
do epitélio respiratório, pode 
ser observado nefrite 
intersticial aguda ou 
subaguda. 
 
Profilaxia 
A vacinação é um meio de 
evitar a contaminação por 
este vírus, porém, por 
haverem muitas cepas com 
diferentes patogenicidades, a 
vacina protege apenas contra 
cepas homólogas a que foi 
aplicada, as aves ainda podem 
contrair a doença de cepas 
diferentes das que a vacina 
protege. 
Coleta de amostras 
Deve-se coletar um swab 
traqueal para isolamento viral 
a fim de diagnóstico, pode-se 
coletar também fragmentos 
dos rins e ovidutos. 
 
Guilherme V. F. Guirau 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência 
FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 
Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p

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