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Ishif Na dentística a cárie é um dos principais problemas operatórios. CARBOIDRATOS, COMO ARROZ E FEIJÃO: São formados, por amido, que são formados por várias moléculas de glicose, diante disso, as bactérias acidogênicas metabolizam o açúcar, podendo sim causar cárie. (Demoram um pouco mais, pois é bem mais complexo e mais difícil de ser quebrado.) O QUE É CÁRIE¿ • Doença AÇÚCAR E BIOFILME DEPENDENTE, mais prevalentes em países desenvolvidos e em desenvolvimento, particularmente entre crianças de COMUNIDADES DESPRIVILEGIADAS em todo o mundo, que provoca alterações no tecido dentário. • É uma DESORDEM PROGRESSIVA caracterizada pela DESMINERALIZAÇÃO dos tecidos dentais com a DISBIOSE da microbiota colonizadora. • Disbiose: Desequilíbrio da microbiota do local. • Resultado de CICLOS DE DESMINERALIZAÇÃO- REMINERALIZAÇÃO no dente, prevalecendo a DESMINERALIZAÇÃO. • Sofre interferência de: Escovação, consumo de açúcar, tempo, biofilme. • Leva a perda da qualidade de vida. Dentro da cavidade há biofilme. • Coleção de bactérias imersa em uma substância pegajosa. • Composto por glicoproteínas-glucano. Para a REMOÇÃO DO BIOFILME é necessário a remoção mecânica, bem como pode ser feito o uso da CLOREXIDINA que é capaz de quebrar a cadeia de biofilme. USO DA CLOREXIDINA: • • • Não há modificação do ph, apenas promove uma reação química. • Mata a bactéria (Bactericida de bacteriostática) • Capaz de evitar que chegue novas bactérias. • Não usada por mais de 15 dias (Cora o dente, gosto na boca) DESMINERALIZAÇÃO: Perda de mineral do dente. • Ex: Esmalte é o tecido mais duro do corpo humano, com cerca de 96% de minerais. REMINERALIZAÇÃO: Ganho mineral. 21 dias consegue começar a vê com microscopia ótica. Mais ou menos 30 dias: Consegue ver a mancha branca. QUANDO PODEMOS CONSIDERAR QUE O PACIENTE TEM A DOENÇA CÁRIE ¿ • Quando consigo vê-la, ou seja quando é possível visualizar a lesão de mancha branca. SINAIS CLÍNICOS: • Mancha branca. • Lesões cavitadas. ETIOLOGIA: • Doença multifatorial. • Biofilme bacteriano • Dieta cariogênica • Hospedeiro: dente • Fatores socioeconômicos • Hábitos comportamentais. • Nível educacional, • Hábitos familiares. • Renda • Atitudes. • Conhecimento. Biofilme • Saliva- Fluxo salivar (Presença de flúor, imunoglobulinas) PH bucal: 7,1 e 7,2. Bioquimicamente falando: Se o ph vai abaixo do 5,5, havendo assim uma dissolução maior da hidroxiapatita. Havendo assim uma perda mineral, ficando poroso. Troca iônica: Entre dente e saliva, mas também pode acontecer com o biofilme. Hidroxiapatita- faz troca iônica com o biofilme e o biofilme com a saliva. Hidroxiapatita: Composta por cálcio, fosfato e hidroxila no centro. ] PH CRÍTICO:5,5 • Abaixo desse valor, saliva e biofilme ficam subsaturados. DESMINERALIZAÇÃO: • Hidroxiapatita para de ter o equilíbrio. Quanto mais íons h+ tiver na saliva e no biofilme mais cálcio e fosfato é necessário ter. Dessa forma, tem que ter mais hidroxiapatita para se ligar ao H+. • Quando a sacarose é metabolizada pelas bactérias, ela libera ácidos (Abaixando o ph), com grande presença de íon H+. Dessa forma, vai ter ligação automática com o cálcio e o fosfato dissociado, formado ácido fosfórico, os quais são provenientes da hidroxiapatita, não retornando para a mesma. Dessa forma, caso continue a ingestão de sacarose, vai ocorrendo a progressão da cárie. REMINERALIZAÇÃO: Quando o paciente para de ingerir o açúcar, a sacarose vai cessar Após a ingestão de açúcar, o ph demora em média 25 minutos para subir novamente. Dessa forma, indo do mais concentrado, que é do biofilme e da saliva, doando para a hidroxiapatita. Quando NÃO TEM MAIS ÍONS H+, O FOSFATO E CÁLCIO COMEÇAM A FICAR SATURADOS NO BIOFILME E NA SALIVA, dessa forma, vão do de maior concentração para o de menor, remineralizando o dente. COMO OS ÁCIDOS RESPONSÁVEIS PELA DESMINERALIZAÇÃO SÃO PRODUZIDOS ¿ • Provenientes de bactérias ACIDOGÊNICAS E ACIDÚRICAS. ACIDOGÊNICA: formadora de ácido. ACIDÚRICA: Consegue sobreviver em meio ácido. OBS: Na DENTINA há predominância de bactérias PROTEOLÍTICAS. (Pois não é tão rica em mineral)- Rica em colágeno. • Actonimyces • Lactobacillus • Propionibacterium. Bactérias ACIDOGÊNICAS no biofilme vão pegar a molécula de SACAROSE (Glicose + Frutose), nesse biofilme ela consegue produzir a GLICOSILTRANSFERASE (GTF), a qual vai agir na sacarose, quebrando ela em glicose e frutose. Vai usar a glicose como substrato para a síntese do polissacarídeo extracelular (PEC)→ Glucano. o Além disso, com a quebra da sacarose há a LIBERAÇÃO DE ÁCIDOS PARA O MEIO. OBS: BOCHECHO COM ÁGUA NÃO DILUI O BIOFILME. ASPECTOS DE INTERESSE CLÍNICO: Classificação das lesões: QUANTO AO INICIO: • PRIMÁRIA: acontece em uma superfície intacta. • SECUNDÁRIA: Exemplo em dentes restaurados, vizinho a ela. QUANTO A LOCALIZAÇÃO • CICATRICÚLAS E FISSURAS: Oclusal de molares superiores e inferiores, palatina de molares superiores, vestibular de molares inferiores. • SUPERFÍCIES LISAS: Vestibular e palatina de dentes anteriores. o Alto índice de cárie. (Pacientes mais velhos) o Mais difícil de aderir o biofilme QUANTO A PRESENÇA DE CAVIDADE: O CAVITADA o NÃO CAVITADA: Mancha branca. QUANTO AO TECIDO ENVOLVIDO; O ESMALTE O DENTINA O CEMENTO QUANTO A LOCALIZAÇÃO: O COROA O RAIZ QUANTO A PROGRESSÃO: o ATIVA: Em progressão, coloração amarelado, quando toca é facilmente retirada. o INATIVA: Coloração escurecida, quando tocar ele já vai estar bem endurecido. Podendo ser reativada caso o paciente volte a ter hábitos cariogênicos. OBS: CÁRIE QUE PROMOVE A NECROSE PULPAR É NECESSÁRIO FAZER TRATAMENTO ENDODÔNTICO, ALÉM DISSO, ELA PODE FICAR ATIVA OU INATIVA. COMO SE DÁ A PROGRESSÃO ATRAVÉS DO ESMALTE E DENTINA ¿ SUPERFÍCIE OCLUSAL: o Cárie de classe 1. o Acontece como se fosse um triângulo, com ápice para cima e base para baixo, devido aos PRISMAS DO ESMALTE. o Cárie vai “entrando” no esmalte. Progressão da cárie ATRAVÉS DO ESMALTE: Acontece de forma triangular, ápice para cima e base para baixo. JÁ NA DENTINA: ela começa a se espalhar na junção amelodentinária, devido a orientação dos túbulos dentários. o Base para cima e ápice para baixo. SUPERFÍCIE LISA: o “Mais previsível “ o Os prismas estão mais espalhados. o O tamanho que ver externamente é o tamanho que acontece internamente. o Triangulo com a ponta para baixo e base para cima. SE FOR NA DENTINA: Continua no mesmo jeito da superfície oclusal, base para cima e ápice para baixo. PROGRESSÃO: PERMANÊNCIA DO ESMALTE: LESÕES OCULTAS o Sulco da superfície oclusal iniciou uma cárie, mas por algum motivo a fissura “se fechou “, se remineralizando, sendo necessário, por exemplo fazer uma radiografia. (Cárie aparece de uma forma radiolúcida) o Não é tão comum, mas pode acontecer, devido por exemplo, as pessoas estarem usando muito flúor, como forma de prevenção. COLAPSO DO ESMALTE: LESÕES ABERTAS (DENTINA CARIADA EXPOSTA) o Acontece mais comumente. o Cavitação inicial abre, conseguindo identificar a dentina exposta; CÁRIE NA DENTINA: DENTINA INFECTADA: Amolecida, vai ser removida. (Se passa a cureta sai facilmente) o Cheiro fétido. o Facilmente removida Na remoção da dentina infectada, é possível em alguns casos observar a ESCLEROSE DENTINÁRIA (mecanismo de reação da polpa a lesão de cárie) o Dentina hipermineralizada. o Escura: marrom até preto. o Não obrigatoriamente. DENTINA AFETADA: o Menos desorganizada.o Desmineralizada o Não está contaminada com bactérias. o Pode ser remineralizada através do uso de hidróxido de cálcio. o Muitas vezes não é removida por poder ser remineralizada. DIAGNÓSTICO: Muito difícil. 1. Inspeção visual (espelho explorador) 2. Exame tátil (Com a sonda exploradora) 3. Exames complementares (Principalmente a radiografia) INSPEÇÃO VISUAL o Quais dentes tem lesão de cárie ¿ MATERIAIS UTILIZADOS: o Rolinhos de algodão o Espelhos planos o Sonda OMS- Sonda exploradora 5 NECESSÁRIO: o Boa iluminação o Dentes limpos e secos. PODE VER: o Mudança inicial o Sombreamento da dentina subjacente o Cavidade nítida com dentina visível ZONAS DE MAIOR SUSCETIBILIDADE: O AO LONGO DA MARGEM GENGIVAL O ZONA INTERPROXIMAL O FACE OCLUSAL DOS DENTES EM ERUPÇÃO: EXAME TÁTIL USO ADEQUADO DA SONDA: o Ponta romba o Sonda exploradora número 5 o Fazer uso suave sem pressão, para sentir a consistência e rugosidade da superfície. VAI ANALISAR: o Se tem cavidade o Se tem descontinuidade o Se arranha o Se é lesão mole ou dura. o Importante observar a atividade da lesão; o Ativa ou inativa o Como vou tratar o paciente. ANTIGAMENTE: Usava o modelo americano, enfiando a sonda no sulco, para ver se havia cárie. OBS:PARA LESÕES EM DENTINA. EXAMES COMPLEMENTARES: O RADIOGRAFIA PERIAPICAL E INTERPROXIMAL. Imagem bidimensional de estruturas tridimensionais: densidade dos tecidos. o MAIS MINERALIZADA: mais radiopaca o DESMINERALIZAÇÃO: Radiolucidez. CÁRIE MUITO PEQUENA NÃO É DETECTADA. ( A PARTIR DE 4MM) CÁRIE EM OCLUSAL: o Mascaradas devido a grande espessura de esmalte e dentina que a radiografia tem que passar. LESÃO NO PONTO DE CONTATO É MAIS SIMPLES DE SER DETECTADA, PORQUE ¿ o A espessura de esmalte é menor, sendo mais fácil identificar. OUTROS EXAMES PARA DIAGNÓSTICO: o Fluorescência induzida por lases o Fluorescência induzida por luz. o Transluminação. o Detecção por condutividade elétrica. (Tecido cariado possui maior condutividade elétrica) TRATAMENTO: 1. Limpeza 2. Aplicação de flúor: para a indução da remineralização. Vai se incorporar formando a fluorapatita. 3. Educação em saúde- Alimentação, frequência da escovação. o Alteração de hábitos de higiene o Alterações dietéticas. o Uso de fluoretos, agentes remineralizantes e antimicrobianos. Quando aplica o flúor no paciente (Tópica), há liberação de íons fluoretos que vai agir se incorporando na hidroxiapatita (Indo do mais concentração para o menos concentrado), entrando no lugar da hidroxila. Mais dura e menos suscetível a cárie. o Pode se ligar ao cálcio do dente, formando o fluoreto de cálcio, os quais são fracamente aderido aos tecidos bucais. o Pode continuar como reservatório. INTERVENÇÃO OPERATÓRIA: o Remoção do tecido cariado e restauração do dente. 1. Uso da broca em alta rotação 2. Remoção da DENTINA INFECTADA, do tecido amolecido. - Possível observar a dentina afetada. 3. Profilaxia com a escovinha, com pedra pomes e água. 4. Ataque ácido 5. Sistema Adesivo 6. Aplicação da resina
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