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Proliferação Celular Câncer de Mama INTRODUÇÃO O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). ANATOMIA E HISTOLOGIA DA MAMA → As mamas são encontradas na parede anterior do tórax; → Cada mama consiste em glândulas mamárias cercadas de tecido conectivo. • As glândulas, que tem como função principal a produção de leite. É constituída por um conjunto de 15 a 20 unidades funcionais que são conhecidas como lobos mamários. • Ligado a essas glândulas tem-se 20 ductos terminais que vão se exteriorizar pelo mamilo. → Além do tecido glandular, e do tecido conjuntivo (conectivo/ sustentação), a mama é composta por tecido adiposo, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas. → Suprimento arterial da mama: • É realizado por ramos derivados da artéria torácica interna, artéria torácica lateral e toracoacromial (ramos da A. axilar), além de artérias intercostais posteriores. → Drenagem venosa da mama: • A drenagem venosa é levada principalmente para a veia axilar, podendo também ser drenada para a veia torácica interna. → Drenagem linfática: • A linfa das aréolas e lóbulos da glândula passa primeiro pelo plexo linfático subareolar. • Em seguida, 75% da linfa é drenada para os linfonodos axilares. E o restante (25%) é drenado para linfonodos paraesternais. • Por que estou falando isso? É importante conhecer a drenagem linfática das mamas devido ao seu papel na metástase das células cancerígenas. EPIDEMIOLOGIA → Segundo tipo de tumor maligno mais frequente no Brasil e no mundo, perde somente para o câncer de pele. → Nas mulheres corresponde a primeira causa de morte por câncer, no Brasil. → O risco aumenta com a idade. Era incomum o desenvolvimento de CA de mama em mulheres abaixo de 30 anos, entretanto atualmente se Proliferação Celular observa um aumento do número de casos. → Tem-se aumento da incidência (taxa de 1% a 2%) em países desenvolvidos e industrializados. → O câncer de mama também afeta homens, correspondendo cerca de 1% de todos os casos. → Constitui um grave problema de saúde pública e requer grandes investimento em pesquisa, diagnóstico precoce e tratamento. FATORES DE RISCO → Sexo – mais frequente no sexo feminino (99% dos casos). → Idade – superior a 40 anos, entretanto, é controverso em algumas literaturas. → Raça branca – maior incidência em mulheres brancas do que negras, sendo as asiáticas com o menor risco para a doença. → Antecedente pessoal de CA de mama – mulheres com história previa de CA de mama tem 50% de chance de desenvolver um câncer microscópico e 25% de CA na mama lateral. → História familiar – CA presente em parentes de primeiro e segundo grau aumenta o risco em até 2x. (câncer de mama genético corresponde a 10% do total de casos). → Antecedentes pessoais de outros tipos de Ca – como tumor de endométrio, ovário ou cólon e até mesmo pacientes que passaram por radioterapia para linfoma de Hodgkin. → História menstrual – quanto mais precoce a idade da menarca (antes dos 11 anos) e tardia a menopausa (após os 55 anos), maior a chance da doença. → História obstétrica – o CA de mama também é mais frequente em nulíparas e primíparas idosas, ou seja, mães após os 30 anos (segundo o min. Da saúde). → Uso de anticoncepcionais orais – aumenta um valor considerável do risco de desenvolver Ca de mama. → Terapia hormonal – associação de estrógenos e progesterona de forma terapêutica também aumenta o risco de ca de mama. → Fatores nutricionais – dieta rica em gordura ou mulheres obesas. → Uso crônico de bebidas alcoólicas – quanto maior a dose maior o risco de desenvolver o ca de mama. → Sedentarismo – a prática de atividade física é considerada um fator protetor. → Genética – mutações no gene BRCA 1 e BRCA 2: • BRCA 1 – responsável por 40% dos casos de câncer e ocorre na pré-menopausa. • BRCA 2 – ocorre principalmente na pós- menopausa. FISIOPATOLOGIA Carcinoma ductal invasivo (80%) Carcinoma lobular invasivo QUADRO CLÍNICO → Fase inicial normalmente é assintomática – dificultando a detecção precoce; → O sinal mais comum é o nódulo endurecido na mama (80% dos casos); → Pode ocorre saída espontânea de secreção sanguíneo pelo mamilo – presença de lesão maligna; → Nas formas mais avançadas: o Retração do mamilo e da aréola; o Edema cutâneo; o Ulcerações da pele. ANAMNESE E EXAME FÍSICO → O primeiro ponto é dar importância as queixas da paciente, com relação aos sintomas e história familiar. → O exame físico será realizado de forma didática em três partes: • Inspeção estática – paciente sentada com os braços abaixados, observa-se há alguma alteração na pele e coloração da mama. • Inspeção dinâmica – paciente coloca os braços acima da cabeça e observa-se há retração das mamas e aréolas. Ainda na inspeção dinâmica, pede a paciente para coloca as mãos na coxa, pressionando-as, isso faz com que os músculos peitorais se contraiam, o que pode evidenciar tumoração. • Palpação – deve ser feita com a paciente deitada e com as mãos sobre a cabeça. Isso favorece a percepção de alguns nódulos ou espessamentos. - As neoplasias malignas geralmente apresentam nódulos endurecidos e de pouca mobilidade. o Nesse momento é importante palpar também as axilas e as fossas supraclaviculares na procura de linfonodos de tamanho aumentados. PREVENÇÃO PRIMÁRIA → Quimioprevenção: o Feito pelo uso de tamoxifen, como prevenção. Proliferação Celular o O tamoxifen é uma droga semelhante ao estrógeno, só que ele realiza uma ação contrária, quando se liga aos receptores hormonais nas glândulas mamárias. o Isso faz com que as glândulas mamárias parem de ser estimuladas pelo estradiol. o É um tratamento usado por mulheres que apresentam risco de desenvolver tumores de mama e mutações nos genes BRCA-1 e BRCA-2. o Reduz o risco de câncer em até 70% → Mastectomia profilática: o Casos de maiores riscos, com mutações nos genes da BRCA. o Nessa cirurgia, retira-se o parênquima mamário, buscando preservar a pele e o mamilo. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA (RASTREIO) → A prevenção primária que foi falada consiste na tentativa de eliminar as chances de manifestar a doença, enquanto que a prevenção secundária consiste no diagnóstico precoce. Os principais exames são: → Autoexame: o É capaz de identificar o nódulo maior que 1cm. o Algumas pesquisas não conseguiram explicar a eficácia do autoexame e ainda demostraram riscos associados a prática, pois tendem a aumentar a intervenção para doenças benignas. → Mamografia (MMG): o RECOMENDAÇÃO DO MIN. DA SAÚDE: A recomendação é que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. o SOCIEDADE BRAS. DE MASTOLOGIA: recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco. o A mamografia permite encontrar estruturas de até 0,2mm com microcalcificações. o Lembrando que a radiação da mamografia é mínima e não possui risco para a paciente. o Para melhor analise da mamografia criou- se a classificação de BI-RADS, que padroniza os resultados e termina as condutas, além de definir as chances de malignidade. → Ultrassonografia: o É um bom método propedêutico que pode ser utilizado por pacientes com idade abaixo de 35 anos. o Pois, diferentemente da mamografia, permite uma melhor avaliação do parênquimamamário jovem. → Biospsia: o O diagnóstico definitivo é feito pela biópsia e exame citológico ou histológico. o É realizada então uma biópsia excisional, sob anestesia local e incisão periareolar. o Confirmado pela radiologia, o material é então encaminhado para exame histopatológico. o A biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF) é um procedimento simples, realizada em consultório ou ambulatório. Proliferação Celular ESTADIAMENTO TRATAMENTO → Estágio inicial: cirurgia → Localmente avançado: cirurgia ou quimioterapia + cirurgia. → Metástase: tratamento sistêmico.
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