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Antivirais Aula: 01 - Professora: Nélio Doenças Humanas Virais Algumas das principais viroses que acometem os seres humanos: o Resfriado comum o Caxumba o Raiva o Rubéola o Sarampo o Hepatites o Dengue o Poliomielite o Febre Amarela o Varicela ou Catapora o Varíola o Meningite Viral o Mononucleose Infecciosa o Herpes o Condiloma o Hantavirose o AIDS Antivirais A maioria destes fármacos agem em Polimerases nucleares, inibindo-as. Isso faz com que os antivirais impeçam que o vírus se replique nas células. Lembrando... Os vírus não são NADA, se não estiverem dentro das células. Eles precisam das células para se multiplicarem. São intracelulares obrigatórios, seja ele de RNA, atuando no citoplasma; seja de DNA usando o genoma das células. As polimerases nucleares são enzimas que são importantes na formação de RNA mensageiro, RNA transportador, etc. Os antivirais mais conhecidos são: ● ACICLOVIR: é o mais conhecido e também o mais utilizado. ● VALACICLOVIR ● PENCICLOVIR ● FANCICLOVIR Estes fármacos acima agem muito bem nas polimerases do vírus Herpes simples 1 e 2, Varicela Zoster (que também é um tipo de Herpes) e agem apenas um pouquinho o Epstein Barr (causador da Mononucleose Infecciosa). São praticamente o mesmo fármaco, pois todos eles no final se transformam em Aciclovir dentro das células, através de enzimas. FOSCARNET: faz parte de outro grupo de antivirais, que agem nos vírus Herpes resistentes ao Aciclovir. Não tem no Brasil, mas podemos importar. GANCICLOVIR: derivado no Aciclovir que age especificamente na polimerase do Citomegalovírus (CMV). TENOFOVIR: é um antirretroviral para tratar paciente portadores do vírus HIV, mas que também age em polimerases do vírus da Hepatite B. ADEFOVIR e ENTECAVIR: age apenas na polimerase do vírus da Hepatite B. OSELTAMIVIR: é um anti-influenza. SOFOSBUVIR, DACLATASVIR, SIMEPREVIR e RIBAVIRINA: agem na polimerase do vírus da Hepatite C. As duas primeiras são as mais comuns. Ana Carolina Picanço OBS: cada uma das drogas acima possuem uma toxicidade, um tipo de interação, dose, etc., porém segundo o professor não somos obrigados a saber. Paciente com AIDS com Herpes Simples. Nestes pacientes as apresentações das doenças não são como estamos acostumados a ver, com pequenas vesículas que geralmente aparecem. O Herpes neste caso é mais agressivo, devido a imunodeficiência do indivíduo. Paciente com Herpes Zoster, também chamado de cobreiro popularmente. É uma infecção pelo vírus varicela zoster. Resolve muito bem com Aciclovir. Mecanismo de ação do aciclovir O pró fármaco inativo se transforma em fármaco ativo pela enzima timidina quinase viral. Enzima esta que é própria do vírus, ou seja, o próprio vírus ativa o fármaco. O fármaco ativo através da enzima guanosina monofosfato quinase da célula hospedeira se transforma em TRIFOSFATO DE ACICLOVIR, que faz uma inibição competitiva da DNA polimerase do vírus. Consequentemente, esta inibição impede o alongamento da cadeia de DNA do vírus bloqueando a replicação viral. Paciente com Varicela (Catapora). Em jovens adultos são lesões mais intensas do que em crianças menores. Se a doença se apresentar em uma criança menor (de colo) as lesões não costumam ser tão intensas e muita das vezes não se trata. Todavia, se a doença for em adolescente em diante, tem que tomar Aciclovir, porque o risco de complicações é muito maior. No caso da Varicela podemos utilizar: ACICLOVIR, VALACICLOVIR, PENCICLOVIR, FANCICLOVIR e FOSCARNET (em casos de Herpes resistente). O que muda de um para o outro é o preço e a posologia. OBS: existe uma relação entre pneumonia e varicela grave, onde o paciente fica em CTI. Ana Carolina Picanço O mesmo Herpes da Varicela pode fazer quadros de Encefalite, geralmente em regiões temporopariental, com alterações de comportamento. Nestes casos de Herpes Simples, pode se utilizar Aciclovir tópico. Não há necessidade de utilizar VO. Criança com quadro típico de Herpes Zoster facial com comprometimento oftálmico. Existe um macete: a partir do momento que tivermos um quadro de herpes zoster na ponta do nariz teremos o comprometimento do ramo oftálmico do nervo trigêmeo, obrigatoriamente. Podemos já avisar o paciente que isso vai acontecer. Síndrome de Ramsay Hunt: teremos primeiramente uma herpes zoster na orelha, que invade o conduto acompanhando o nervo facial, e lesa-o. Sendo assim, o pct terá paralisia do nervo facial. Isso é uma paralisia periférica e na maioria das vezes é definitiva. Pode se tentar fisioterapia e eletroneuroestimulação para reversão do quadro, mas as vezes não há sucesso. Lesão importante de fundo de olho por citomegalovírus. Este vírus pode causar uma coriorretinite grave, porém isso só acontece em indivíduos que possuem imunodeficiência severa. Isso pode levar a perda de visão, OBS: Em TODOS os pacientes com Herpes Zoster, seja um quadro simples ou agressivo, é OBRIGATÓRIO fazer a sorologia para HIV e investigar imunodeficiências. Vê-se que essa paciente foi acometida pelo herpes zoster de forma bem agressiva. A partir desse quadro suspeitou-se do HIV e ela foi diagnosticada com AIDS por conta de ter chegado com esse caso clínico. OBS: O que aprendemos diante disso? Todo paciente com herpes zoster tem que investigar imunodeficiência, SEMPRE!! OBS: O tratamento para esse tipo de lesão provocada pelo herpes zoster é Aciclovir, tem pouco efeito colateral, o que mais se vê em relação a essa droga é flebite. Nesses casos mais graves pode-se usar Aciclovir venoso. Lembrar que o Aciclovir tem preparação oral, tópica e venosa. Ana Carolina Picanço Influenza Droga para a Influenza é Oseltamivir e Zanamivir. Ambos são inibidores da neuraminidase (NA). Todo vírus da Influenza possui duas proteínas principais em sua parte externa, a Hemaglutinina e Neuraminidase. A hemaglutinina que serve para fixar o vírus na célula e a neuraminidase para quebrar essa ligação permitindo o vírus sair da célula em direção a outra célula para ampliar a infecção e multiplicação. As drogas possuem poucos efeitos colaterais e poucas interações medicamentosas. Essas drogas vão atuar da seguinte maneira → por atuarem na neuraminidase vão impedir com que o vírus saia da célula em que estava fixado em direção a outras células para continuar infectando, com isso reduz a multiplicação viral, pois sabe-se que o vírus depende de se adentrar em células para se multiplicar. Elas só são utilizadas em pacientes IMUNO-INCOMPETENTES (Idosos..) e que estejam com síndrome gripal. Exemplo: um senhor de 90 anos de idade, com febre, mal estar, cefaléia, rouquidão, dor no corpo e etc.. Lembrar que o ideal é entrar com o medicamento nas primeiras 48 horas. Mas se for feito após esse período tem uma eficácia de 40%-50%, ou seja, ainda vale a pena nas populações de risco. Agora, se estes fármacos forem usados em pacientes hígidos e jovens, seu efeito será de diminuir os dias de infecção, de 7 para 5 por exemplo. Vale a pena? Até vale (kkk), mas terá de gastar 70, 80 reais, então, fica a seu critério. OBS: Esses medicamentos são disponibilizados pelo SUS para o povo de risco. Abaixo um paciente com pneumonia grave, bilateralmente. Nem sempre vai ser H1N1, pode ser Influenza H1N2 por exemplo. A H1N1 é mais grave. Lembrando que em uma situação dessa, há indicação também de ATB, pois a chance de ter infecção bacteriana associada é grande. OBS: Ele voltou a falar da Nitazoxanida (Annita), que é um anti-helmíntico que tem um efeito interessante contra a Influenza. Ressaltando que seu uso em casos não complicados é interessante. Ex: Nós, que somos hígidos, saudáveis, seria legal fazer o uso. Além disso seu uso também seria interessante nas infecções por arboviroses (ZIKA e febre amarela). Além de ter seu efeito também na Hepatite C. Pode-se usar por 5 dias, 2 cp. Sarcov falta! Ana Carolina Picanço
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