Prévia do material em texto
Semana 1 1 Física Introdução à Física – Unidades e suas conversões Exercícios 1. (CEFET-SP) Uma pessoa percebeu que, durante 10 anos, para acender o seu aquecedor, consumiu uma caixa de palitos de fósforo a cada mês. Cada caixa apresenta, em média, 40 palitos. A ordem de grandeza do número de palitos consumidos ao final dos 10 anos é: a) 10 b) 102 c) 103 d) 104 e) 105 2. (UFPE-PE) Em um hotel com 200 apartamentos o consumo médio de água por apartamento é de 100 litros por dia. Qual a ordem de grandeza do volume que deve ter o reservatório do hotel, em metros cúbicos, para abastecer todos os apartamentos durante um dia? a) 101 b) 102 c) 103 d) 104 e) 105 3. (Ifpe - 2017) No passado, Pernambuco participou ativamente da formação cultural, étnica, social e, até mesmo, quantitativa da população brasileira. No período colonial, e com a chegada dos portugueses à região, em 1501, o território foi explorado por Gaspar de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da costa da colônia, possivelmente na atual localidade de Igarassu. A partir daí, a população da província só cresceu, porém, mesmo na época da ocupação holandesa (1630-1654), os colonos contavam entre 10 e 20 mil pessoas (não mencionamos aqui o grande quantitativo e mesmo pouco conhecido de indígenas que habitavam toda a província). Hoje, o Brasil possui cerca de 200 milhões de habitantes. Na Física, expressamos a ordem de grandeza como o valor mais próximo de uma medida em potência de 10. Em uma estimativa aproximada, podemos dizer que a ordem de grandeza do quantitativo de habitantes em nosso país, na atualidade, e de colonos, no período holandês, são, respectivamente, a) 10³ e 106 b) 106 e 10³ c) 108 e 104 d) 108 e 105 e) 1010 e 106 2 Física 4. (G1 - ifsp 2016) Mário sabe que sua caixa d’água está com problemas. Para a realização do reparo, foi dito a ele que a caixa d’água deveria estar, no máximo, com 625 mil centímetros cúbicos de água, o que representa um volume máximo de: a) 62,5 litros. b) 6,25 litros. c) 0,625 litros. d) 625 litros. e) 6.250 litros. 5. (Ufpr - 2010) Sobre grandezas físicas, unidades de medida e suas conversões, considere as igualdades abaixo representadas: 1. 6 m2 = 60.000 cm2. 2. 216 km/h = 60 m/s. 3. 3000 m3 = 30 litros. 4. 7200 s = 2 h. 5. 2,5 x 105 g = 250 kg. Assinale a alternativa correta. a) Somente as igualdades representadas em 1, 2 e 4 são verdadeiras. b) Somente as igualdades representadas em 1, 2, 4 e 5 são verdadeiras. c) Somente as igualdades representadas em 1, 2, 3 e 5 são verdadeiras. d) Somente as igualdades representadas em 4 e 5 são verdadeiras. e) Somente as igualdades representadas em 3 e 4 são verdadeiras. 6. (Cftce - 2007) Um fumante compulsivo, aquele que consome em média cerca de 20 cigarros por dia, terá sérios problemas cardiovasculares. A ordem de grandeza do número de cigarros consumidos por este fumante durante 20 anos é de: a) 102 b) 103 c) 105 d) 107 e) 109 3 Física 7. (Ufpe - 2005) Em um bairro com 2500 casas, o consumo médio diário de água por casa é de 1000 litros. Qual a ordem de grandeza do volume que a caixa d'água do bairro deve ter, em m3, para abastecer todas as casas por um dia, sem faltar água? a) 103 b) 104 c) 105 d) 106 e) 107 8. (Ufpe - 2001) O fluxo total de sangue na grande circulação, também chamado de débito cardíaco, faz com que o coração de um homem adulto seja responsável pelo bombeamento, em média, de 20 litros por minuto. Qual a ordem de grandeza do volume de sangue, em litros, bombeado pelo coração em um dia? a) 102 b) 103 c) 104 d) 105 e) 106 9. (Ufrrj 2005) Uma determinada marca de automóvel possui um tanque de gasolina com volume igual a 54 litros. O manual de apresentação do veículo informa que ele pode percorrer 12 km com 1 litro. Supondo-se que as informações do fabricante sejam verdadeiras, a ordem de grandeza da distância, medida em metros, que o automóvel pode percorrer, após ter o tanque completamente cheio, sem precisar reabastecer, é de a) 100. b) 102. c) 103. d) 105. e) 106. 10. (UFJF- MG) Supondo-se que um grão de feijão ocupe o espaço equivalente a um paralelepípedo de arestas 0,5cm, 0,5cm e 1,0cm, qual das alternativas abaixo melhor estima à ordem de grandeza do número de feijões contido no volume de um litro? a) 10 b) 102 c) 103 d) 104 e) 105 4 Física Gabaritos 1. D 10 anos x 12 meses = 120 meses 20 meses x 1 caixa (40 palitos) = 4800 palitos. 4800 = 4,8.103 ; 4,8 > 3,162 ; OG = 10.103 = 104. 2. A V = 200×100 = 2.104 L/dia ; 1dm3 = 1 L ; 1 L = 10-3 m3 ; V = 2.104x10-3 = 101 m3. 3. C Ordem de grandeza para a população atual: 6 8 8200 milhões 200 10 2 10 OG 10= = = Ordem de grandeza para a população da época da invasão holandesa: 3 4 420 mil 20 10 2 10 OG 10= = = 4. D 3V 625000 cm 625000 mL V 625L.= = = 5. B 1. Correta. 6 m2 = 6 (100 cm)2 = 6 × 104 cm2 = 60.000 cm2. 2. Correta. 216 km/h = 216 3,6 m/s = 60 m/s. 3. Errada. 3.000 m3 = 3.000 (1.000 L) = 3.000.000 L. 4. Correta. 7.200 s = 7.200 h 3.600 = 2 h. 5. Correta. 2,5 105 g = 5 3 2,5 10 kg 10 = 2,5 × 102 kg = 250 g 6. C 1 ano tem 365 dias, logo, 20 anos tem 365 . 20 = 7300 dias Pelo enunciado, são consumidos 20 cigarros durante o dia. Em 7300 dias serão consumidos: 20 . 7300 = 146000 𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜𝑠 𝑜𝑢 1,46 . 105𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜𝑠 O.G = 105 7. A 1 casa consome 1000 litros de água, logo, 2500 casas consomem 2500 . 1000 = 2500000 litros ou: 2,5 . 106𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 Sabemos que a conversão de litros para metros cúbicos é feita da seguinte forma: 1𝑚3 = 10−3𝑙 2,5 . 106. 10−3 = 2,5 . 103𝑚³ O.G = 103 5 Física 8. C Pelo enunciado, 20 litros de sangue são bombeados a cada 1 minuto. 1 dia tem 1440 minutos. Logo, sabemos que que o volume de sangue bombeado durante 1 dia é: 𝑉 = 20 . 1440 = 28800 𝑙𝑉 = 2,88 . 104 𝑙 O.G = 104 9. E Se a 1 litro é capaz de gerar 12km de movimento, podemos dizer que 54 litros podem gerar 54 x 12 = 648km. Como queremos a Ordem de Grandeza em metros, vamos converter de km para m e colocar esse valor em notação cientifica. 648𝑘𝑚 = 648000𝑚 = 6,4 . 105𝑚 Pela regra de O.G, caso o n° seja maior que 3,16, a O.G é a potência de 10𝑛+1. Logo, O.G é igual a 106. 10. D Volume ocupado por um grão V1 =0,5 cmx0,5 cmx1,0 cm = 0,25 cm3 = 0,25.10-3 dm3. 1 L ocupa um volume de 1 dm3 V2 = 1 dm3 1 L contém V2/V1 = 1 dm3/0,2510-3 dm3 = 4000 = 4.10³ 4 > 3,16 OG = 104. 1 Geografia Conceitos de Geografia Teoria Objeto de estudo da Geografia A Geografia estuda os fenômenos que se manifestam no espaço geográfico e que possuem alguma associação com o homem (relevo, indústria, política, clima, população, entre outros). Esse espaço difere-se do espaço natural, isto é, aquele que não sofreu interferência humana. Portanto, o espaço geográfico é aquele alterado pela humanidade e corresponde ao conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes, técnicas, prédios, carros) e de sistemas de ações (produção, trabalho, circulação, consumo), que expressam diferentes práticas sociais dos grupos que nele vivem. Nesse sentido, o espaço geográfico é resultado do trabalho humano e da sua relação com a natureza. As características desse espaço geográfico decorrem dos níveis técnicos e econômicos em que se encontra determinada sociedade. Uma sociedade mais desenvolvida pode explorar de forma mais intensa esse espaço geográfico, gerando diversos impactos ambientais. Meio natural e meio técnico Inicialmente, o homem vivia no que se denominava meio natural. A capacidade de transformação desseespaço estava relacionada ao tempo da natureza. A produção era limitada ao tempo da colheita, que não podia ser acelerada de forma alguma. Com a Revolução Industrial, a capacidade de transformar esse espaço evoluiu significativamente, e, hoje, o homem vive no meio técnico-científico-informacional. Conceitos-chave da Geografia Para analisar completamente esse espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, é necessário compreender quatro conceitos-chave: • Paisagem: É tudo aquilo que está ao alcance da vista. É resultado da combinação dinâmica entre elementos naturais e antrópicos, em uma dialética única, produzindo um conjunto indissociável, que é registro da evolução de determinada sociedade. Pode ser uma paisagem natural, que não sofreu alteração humana, ou uma paisagem cultural ou alterada, na qual a intervenção humana é marcante. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/ 2 Geografia • Região: Porção do espaço que, relativamente, representa um todo homogêneo, que se difere do seu entorno. A região é a superfície em que predomina uma mesma paisagem, um mesmo processo. Existem diferentes critérios para sua delimitação. Por exemplo, na regionalização abaixo, Pedro Pinchas Geiger utilizou critérios históricos e econômicos para criar uma regionalização específica do Brasil, que se difere da regionalização oficial do IBGE em cinco grandes regiões (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/ • Lugar: É resultado da relação subjetiva entre o homem e o espaço, estabelecendo uma relação afetiva e identitária. Pode ser seu bairro, rua ou cidade, pelos quais você possui um sentimento. Quem sabe a sua futura universidade não seja o seu lugar favorito? Esse conceito pode ser fortemente afetado pela indústria cultural, que, resumidamente, consegue transformar tudo em mercadoria para consumo em larga escala, até os bens culturais, como filmes, séries, livros, obras de arte e lugares. Pense em qualquer obra cinemática ou literária famosa que tenha um lugar que você queira visitar. A partir disso, consegue reconhecer o lugar abaixo? No filme Up - Altas Aventuras, a história é marcada por um simpático idoso que sonha em conhecer o Paraíso das Cachoeiras, que foi inspirado em um lugar real, na fronteira da Venezuela com o Brasil. Disponível em: https://static.tudointeressante.com.br/ 3 Geografia • Território: Espaço delimitado por e a partir de relações de poder. É importante entender que poder é fruto de uma relação, e não de uma posse. Assim, território consiste em uma área delimitada por fronteiras, na qual um grupo, naquele momento, exerce alguma forma de poder, legítimo ou não. Essa definição melhor atende à questão do Estado, isto é, organização política que controla o território. Todavia, território pode ser abordado a partir do conceito de nação, isto é, conjunto de pessoas que compartilham uma identidade, uma mesma origem étnica, idioma ou religião. Aquelas nações que controlam um território formam um Estado-Nação. Porém, nem todas as nações controlam um território. É o caso dos curdos, que constituem a maior nação sem território. Eles até querem formar seu Estado- Nação, o Curdistão, porém, esse está incluído no meio do território de outros Estados, o que se configura em uma questão muito complexa. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50012988 4 Geografia Exercícios 1. (UFV-MG) Observe as figuras adiante, que representam o uso do espaço de uma cidade em dois momentos distintos: O uso e a apropriação de determinados espaços pelos agentes sociais definem fronteiras que são determinadas por relações de poder. Tal processo estabelece uma ordem espacial, em que um grupo exerce poder sobre o espaço. Assinale o conceito geográfico que está relacionado às práticas espaciais expressas nas figuras acima: a) Região. b) Paisagem. c) Lugar. d) Território. e) Ambiente. 2. (UECE) Correlacione a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. Espaço geográfico 2. Paisagem 3. Território 4. Lugar 5. Região ( ) Para algumas correntes da geografia, pode ser entendido(a) como uma classe de área, que pode apresentar grande uniformidade interna e grandes diferenças quando comparada a outras áreas. ( ) As relações de poder construídas e estabelecidas são determinantes para a sua definição e delimitação. ( ) É, numa determinada porção do espaço, o resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de elementos físicos, biológicos e antrópicos que, reagindo dialeticamente, uns sobre os outros, fazem dela, um conjunto indissociável em perpétua evolução. ( ) É marcado(a) pelas relações de consenso, conflito, dominação e resistência onde se cria identidade e onde se vive. ( ) Conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações, que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos. 5 Geografia a) 1,2,4,3,5. b) 3,4,5,1,2. c) 5,3,2,4,1. d) 2,1,3,5,4. 3. (UFPI) Para o geógrafo Milton Santos, paisagem é "o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas por volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons (...). A dimensão da paisagem é a dimensão da percepção, o que chega aos sentidos." (Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1996, p.61-62). Considerando essa afirmação, analise as sentenças a seguir: I. A simples observação da paisagem não nos traz explicações sobre as funções das edificações, da organização dos sistemas de produção e de tecnologias empregadas. II. Apenas os elementos naturais são suficientes para entendermos o espaço geográfico, visível através das paisagens. III. Ao considerarmos os elementos naturais, as funções dos espaços construídos, as relações e as estruturas econômicas, sociais e políticas, estamos tratando do espaço geográfico e não apenas das paisagens. IV. As paisagens geográficas envolvem não somente os aspectos naturais, mas também os aspectos visíveis da cultura das sociedades. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 6 Geografia 4. (UFCG) A apreensão do lugar consiste na inter-relação dos processos local-global–local considerando, exponencialmente, o campo de forças estabelecido entre a cultura objetiva e a cultura subjetiva. Sobre o conceito de LUGAR é INCORRETO afirmar: a) O lugar é tido como um intermédio entre o mundo e o indivíduo. Neste, a lógica do desenvolvimento dos sistemas sociais não se manifesta pela unidade das tendências opostas à individualidade e à globalidade. b) A realidade que se constrói no lugar é tensa, pois se refere a um dinamismo que se recria a cada instante/momento entre homens, empresas, instituições e meio ambiente construído. c) No lugar as relações são, permanentemente, instáveis, em que globalização e localização, globalização e fragmentação são termos de uma dialética que se refaz com frequência. d) A individualização e especialização produtiva de cada lugar (re) produz sua rede urbana, função urbana, estrutura e uso do solo, habitação, renda, segregação social, meios de consumo e informação, papel do Estado entre outros. A uma maior globalidade corresponde uma maior individualidade. e) Ao revisitar os lugares, no mundo atual, encontraremos novos significados, novas identidades, pois esses são construídos no cotidiano/mundo vivido e considera as variáveis: objetos, ações, técnica, informação e tempo. 5. (UPE) O texto a seguir, escrito pelo geógrafo pernambucano Manuel Correia de Andrade, examina algumas questões relacionadas ao espaço geográfico. Analise-o. "O espaço geográfico, ao contrário do espaço natural, é um produtoda ação do homem. O homem, sendo um animal social, naturalmente atua em conjunto, em grupo, daí ser o espaço geográfico eminentemente social. A dicotomia entre as ciências da natureza e as ciências da sociedade é falsa, de vez que se torna difícil separar, de forma absoluta, o natural do social. O homem transforma sempre o espaço em que vive e, ao transformá-lo, transforma a própria natureza, fazendo com que os desafios naturais à sua ação sejam diversos da própria natureza modificada pelo homem." (ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. São Paulo: Editora Atlas S.A, 12 ed.) Com base no texto, é CORRETO afirmar que a) o espaço natural é formado e tão somente determinado pelas interações clima-relevo na superfície terrestre, sem a participação antrópica. b) o homem começou a produzir espaço geográfico no momento em que pôde abandonar as atividades de caça, pesca e coleta e passou a realizar trabalhos agrícolas e de criação de animais. c) a Geografia não pode ser considerada uma ciência social, porque se volta especialmente para a estruturação natural da superfície terrestre, que varia no tempo e no espaço; ela é uma ciência da Terra. d) a ação do homem sobre a natureza se dá, de forma uniforme, no tempo e no espaço, contudo a intensidade dessa ação é uma função inversa das necessidades sociais. e) os conceitos de modo de produção e de formações econômico-sociais não são mais necessários para a compreensão da produção do espaço geográfico em face da expressiva revolução técnico- científica. 7 Geografia Gabaritos 1. D Território corresponde a uma porção do espaço definida por relações de poder. É uma área que implica a existência de fronteiras e está sujeita às relações de poder de determinado grupo. Assim, a espacialização da área de prostituição e travestis, mapeada como um território de ação, implica relações de poder com aquele espaço. 2. C A primeira alternativa fala sobre uma área classificada a partir de certa uniformidade interna, se referindo ao conceito de região. A segunda alternativa fala sobre relações de poder, se referindo ao conceito geográfico de território. A terceira fala sobre um espaço geográfico que une diversos elementos e está sempre em evolução, nos remetendo as paisagens e a forma como elas se alteram ao longo do tempo. A quarta fala sobre criar identidade, onde se vive, nos remetendo a ideia de lugar. E por fim a última alternativa fala a respeito da junção do sistema de objetos e do sistema de ações, nos remetendo a ação humana, equivalendo, portanto, ao conceito de espaço geográfico. 3. E Observar a paisagem pode levar ao questionamento dos processos atuantes no espaço geográfico, mas não revela por si só as explicações por trás desses processos. A paisagem se constitui enquanto materialidade de processos atuantes. A II está incorreta pois o compreendemos o espaço geográfico como resultante da ação humana. 4. B O espaço geográfico constitui a totalidade da superfície terrestre apropriada pela humanidade. É produzido pelo trabalho humano em sua relação com o meio ambiente, do qual extrai os recursos naturais. A letra C está errada, pois essa ação não ocorre de forma uniforme, uma vez que a evolução técnica da humanidade permite uma alteração mais intensa em determinados momentos. A letra A está errada, pois o espaço natural pode conter elementos antrópicos, mas não o suficiente para alterá-lo. Uma pintura na parede ou um buraco no chão não fazem daquela paisagem um espaço geográfico. Esse conceito é um pouco relativo de acordo com as correntes de pensamento geográfico. A alternativa B é a mais correta. 5. A O lugar de fato é tido como um intermédio entre o mundo e o indivíduo. Nele, a lógica de desenvolvimento dos sistemas sociais se manifesta a partir da globalidade, que interfere diretamente nas individualidades e dinâmicas locais. O lugar é onde se manifesta a individualidade de um indivíduo, grupo ou sociedade. É constantemente construído e reconstruído a partir das relações entre local e global. 1 História Como Estudar História? Métodos e Sugestões Teoria O que é História para você? Como definiu o historiador francês Marc Bloch, a história é uma ciência que estuda os seres humanos e suas ações no tempo. Seja através dos aspectos políticos, culturais, econômicos ou sociais ou até mesmo utilizando fontes como memórias, filmes, documentos oficiais ou livros, o historiador, ao fim, tem como interesse fundamental as relações humanas e as suas contradições. Assim, as fontes que falam sobre o passado podem ser múltiplas e hoje, para o historiador, nada é descartável. Podemos citar como exemplo o próprio impacto das chamadas Fake News no desenrolar de questões políticas e sociais na contemporaneidade, pois, se um historiador rejeita uma fonte histórica por não ser legítima ou por não contar “uma verdade”, ele descarta também uma série de indagações que poderiam ser feitas ao documento, afinal, qual seria o propósito da mentira? O que teria levado alguém a falsificar um documento? Qual história o falsificador queria contar? Cena do filme "O capital no século XXI", uma referência ao lema da Revolução Francesa, porém com o nome da cantora Beyoncé. Disponível em: http://variluxcinefrances.com/2020/filmes/o-capital-no-seculo-xxi/ Posto isso, hoje, podemos considerar uma grande quantidade de fontes para estudar o passado, entre filmes, fotografias, estatísticas, lendas urbanas, documentos, roupas, marcas, livros, tecnologias etc. Para utilizar essas fontes e interpretar o passado, construindo uma narrativa, o historiador, portanto, deve sempre indagar tais fontes e levantar questões e problemas postos pelo presente de forma crítica. A questão do anacronismo também é fundamental ao se estudar história, pois, ao olhar para o passado, estamos sempre presos às convenções e aos problemas do presente, no entanto, ao estudar a história devemos sempre compreender o tempo através de suas próprias características, sem impor valores pessoais ou contemporâneos ao passado, pois este seria um olhar anacrônico. Um outro problema que também deve ser evitado para uma melhor compreensão do passado é o etnocentrismo. Essa prática, muito comum, acaba levando estudantes e historiadores a compreensões muitas vezes preconceituosas sobre uma determinada sociedade de um tempo. Afinal, definir que um grupo seria atrasado comparado ao outro, ou hierarquizar etnias e civilizações coloca mais uma vez a imposição de valores pessoais sobre o passado, desrespeitando uma outra característica fundamental da história, que é a 2 História relatividade do tempo e a sua não-linearidade. Diferentes sociedades possuem diferentes formas de se desenvolver e de lidar com o mundo e com a sua história, logo, isso também deve ser levado em conta ao estudarmos o passado. A divisão da História em períodos Assim, tendo em vista essas questões fundamentais sobre o estudo da história e tendo em mente que hoje os historiadores trabalham com uma ideia de história não linear, ou seja, sem uma noção de “início, meio e fim” e nem comparações entre o tempo histórico de diferentes grupos, vale destacar que, para fins didáticos, ainda realizamos uma divisão linear e cronológica da história no ocidente. Deste modo, o estudo da história, sobretudo não acadêmico, continua impregnado por uma visão eurocêntrica e limitada do tempo, mas que, apesar de ser muito criticada, por fim, auxilia na compreensão cronológica dos fatos estudados. Visto isso, um dos pontos fundamentais dessa cronologia, para as tradições ocidentais, seria o nascimento de Jesus Cristo que, para uma civilização historicamente cristã, esse é o momento mais importante da humanidade. Logo, seguimos esta orientação independente de outras religiões. Essa escolha, apesar de muito baseada também em aspectos astronômicos,revela como as relações de poder influenciam na maneira como a história é contada. Desta forma, ainda classificamos os séculos de acordo com períodos que se iniciam e terminam com eventos que tiveram grande poder de ruptura com o passado e que proporcionaram mudanças na própria estrutura da sociedade ocidental. Pré-História Período que trata das sociedades anteriores ao domínio da escrita. Essa nomenclatura é muito questionada atualmente já que traz, implicitamente, que os povos sem escrita não teriam história. Linha do tempo histórico utilizado pela cultura cristã ocidental. Pré-história Idade Antiga Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea 476 d.C. 1453 d.C. 1789 d.C. Invenção da escrita Queda do Império Romano Queda de Constantinopla Revolução Francesa 400 a.C. 3 História Idade Antiga A Idade Antiga se iniciou com as Civilizações da Antiguidade Oriental, as primeiras a desenvolverem um código escrito. A Idade Antiga se inicia em aproximadamente 4 mil anos a.C., com civilizações como os egípcios, os persas, os babilônios, etc, além da chamada Antiguidade Clássica, período em que se desenvolveram as civilizações grego e romana. Idade Média O período chamado de Idade Média durou aproximadamente mil anos. Ele se iniciou com a queda do Império Romano do Ocidente e se encerrou em 1453 com a Tomada de Constantinopla. É nele que estudamos o Feudalismo, período de fortalecimento da Igreja Católica. Idade Moderna A Idade Moderna se iniciou no século XV, período de transição do feudalismo para os Estados Nacionais Modernos. É um dos períodos mais cobrados nos vestibulares e costumamos caracterizá-lo, na Europa, como o período do Antigo Regime. Ele encerra com a Revolução Francesa em 1789. Idade Contemporânea A Idade Contemporânea se iniciou com a Revolução Francesa, contexto no qual muitos dos pilares da sociedade que vivemos hoje são fundados. Os acontecimentos dos séculos XIX, XX e XXI, incluindo os atuais, estão inseridos no que chamamos de Idade Contemporânea. Sendo assim, pela contagem do calendário Cristão, estamos no período conhecido como o século XXI Depois de Cristo (d.C.). Para a contagem dos séculos, basta observarmos o ano escolhido e separar os dois últimos algarismos. No caso de uma data que termine com dois zeros, por exemplo, 1800, eliminam-se os zeros, sobrando apenas o 18, logo, 1800 é o século XVIII. No entanto, se os dois últimos algarismos não forem zero, eles também podem ser riscados, mas, desta vez, acrescentamos +1 aos dois primeiros, assim, 1802, por exemplo, seria século XIX (1802 / +1 ou 1835 / +1). Lembrando que os séculos, em história, são sempre escritos usando os algarismos romanos: I, II, III, IV... Deste modo, vale reforçar que, apesar da cultura cristã ocidental utilizar essa forma como padrão para estudar, classificar e entender o passado, existem outras culturas, no entanto que, lidam com a história de outras formas. No caso judaico, por exemplo, o calendário está sempre 3.761 anos “a frente” do calendário cristão, enquanto o muçulmano, ao contrário se inicia no que consideramos o ano 622, que marca a fuga de Maomé para Medina. Também podemos destacar que alguns povos africanos e nativo-americanos, diferente destes outros, preferem compreender o tempo muito mais pela oralidade do que pela escrita, logo, também se relacionam com o passado e com a passagem do tempo de outra forma. 4 História Eixos temáticos Como muitas vezes os períodos históricos são muito abrangentes, entre os historiadores acadêmicos, ainda existe a análise histórica focada em eixos temáticos que são divididos da seguinte forma: Cultura A cultura dentro do estudo histórico ajuda a compreender a vida dos operários, camponeses e artesãos, assim como das elites, já que este conceito abrange comportamentos sociais em um determinado contexto e região. Com o conceito de cultura, podemos abordar assuntos como a religiosidade, a arte, os hábitos cotidianos, mentalidades, etc. É importante lembrar que as culturas não devem ser hierarquizadas, ao contrário disso, a valorização da pluralidade de culturas é um caminho para a construção de um conhecimento que respeite a diversidade das sociedades. Política Geralmente associamos o conceito de política aos governantes e tendemos a pensar em um passado recente. No entanto, a política é tão antiga quanto à humanidade, já que este conceito se relaciona à ideia de poder e de administração das relações humanas em grupo, ou seja, desde que os homens começaram a viver em grupo e tomaram consciência de sua existência, existiam atos políticos. O estudo da política nos ajuda, assim, a compreender que poderes são instituídos em cada conjuntura histórica e, claro, como se relacionam com o restante da sociedade. Sociedade O estudo da sociedade nos ajuda a compreender como nos organizamos no decorrer da história. As formas de organização social se transformam ao longo do tempo, assim como variam muito de região para região. É importante relacionar o conceito de sociedade com o de cultura e de política, já que estão em permanente diálogo. Economia O estudo da economia está associado às relações de produção e troca. Ou seja, debruça-se sobre as atividades produtivas e as relações a elas associadas. A forma como os indivíduos produzem traz, sem dúvidas, inúmeros impactos sobre as demais relações sociais. Assim, um estudo da economia é fundamental para compreensão de seus impactos das sociedades humanas em diversos contextos históricos. Dentro cultura ocidental cristã, a divisão do tempo em períodos históricos também possibilita a compreensão histórica através de três categorias: a estrutura (longa duração), a conjuntura (média duração), e os fatos históricos (curta duração), propostos pelo historiador francês Fernand Braudel. Essas três categorias também permitem olhar um determinado tempo através de uma mudança de escalas, facilitando assim a compreensão. A estrutura de um tempo histórico seria, por exemplo, as coisas que demoram muito a passar, que estão consolidadas em uma determinada sociedade, sem sofrer grandes rupturas, um exemplo seria o capitalismo na idade contemporânea, ou o feudalismo durante a Idade Média. A ruptura com essas estruturas normalmente marca momentos revolucionários de uma sociedade ou o início de uma nova fase e, geralmente, estão associadas a aspectos econômicos. 5 História Já a conjuntura, seria algo que também é lento, mas que não tem raízes tão fortes e por isso acaba sofrendo mais com a ação dos homens, como, por exemplo, as questões culturais e sociais. Podemos citar como conjunturas de um determinado período o renascimento artístico, a reforma protestante ou o período de formação dos Estados Totalitaristas no início do XX. Por fim, a curta duração seriam os conhecidos fatos históricos, de percepção imediata e extremamente instáveis, podendo sofrer alterações diretas pelas ações humanas. Geralmente, o que definimos como curta duração se relaciona com os acontecimentos políticos, fatos históricos como revoluções, golpes, atentados, pequenas guerras, campanhas militares, grandes eventos e coisas que mudam rapidamente. Pesa a visão: Não esquece que a história não acontece de forma beeem separadinha, porque ela é igual a nossa vida: tudo junto e misturado. Além disso, abandona essa ideia de que para estudar história é preciso gravar datas e nomes. De que forma a História tem interferido na sua história? De que forma você está fazendo História aí do outro lado da tela? O nosso lema (e o do Enem) é: pensamento crítico, bebê! 6 História Exercícios 1. (UFRGS 2018) Leia o texto abaixo: Linguisticamente, a Europa tornou-se o lar dos ‘arianos’, falantes de línguas indo-europeiasadvindas da Ásia. A Ásia Ocidental, por outro lado, foi o lar dos povos nativos de línguas semitas, um ramo da família afro-asiática que inclui a língua falada pelos judeus, fenícios, árabes, coptas, berberes, e muitos outros do norte da África e Ásia. Foi essa divisão entre arianos e outros, incorporada mais tarde nas doutrinas nazistas, que, na história popular da Europa, tendeu a encorajar o subsequente menosprezo das contribuições do Oriente para o crescimento da civilização. GOODY, Jack. O roubo da história. Como os europeus se apropriaram das ideias e invenções do Oriente. São Paulo: Contexto, 2015. p. 38-39. Assinale a alternativa que indica a visão de mundo aludida no texto. a) Antropocentrismo b) Eurocentrismo c) Paganismo d) Isolacionismo e) Humanismo 2. (UEA 2013) As ciências, as técnicas, as instituições políticas, as ferramentas mentais, as civilizações apresentam ritmos próprios de vida e de crescimento. (Fernand Braudel. Escritos sobre a história, 1969. Adaptado.) No fragmento, o historiador Fernand Braudel critica a classificação da história em grandes períodos unificados e homogêneos, ao ressaltar que a) a mudança histórica é orientada pelas concepções que os homens têm da política, da sociedade e da economia. b) as sociedades humanas seguiram, a partir da Revolução Industrial, um mesmo modelo de transformação histórica. c) as artes, a cultura e a tecnologia modificam-se, diferentemente dos fatos políticos, de maneira muito semelhante. d) a existência social dos homens é múltipla e que os elementos que a compõem modificam-se de forma desigual no decorrer do tempo. e) a economia é a determinação mais poderosa na vida dos homens e que a história da humanidade é impulsionada pelas novidades técnicas. 7 História 3. (Enem 2010) A política foi, inicialmente, a arte de impedir as pessoas de se ocuparem do que lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem. VALÉRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M. V. M. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996. Nessa definição, o autor entende que a história da política está dividida em dois momentos principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo, caracterizado por uma democracia incompleta. Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história política? a) A distribuição equilibrada do poder. b) O impedimento da participação popular. c) O controle das decisões por uma minoria. d) A valorização das opiniões mais competentes. e) A sistematização dos processos decisórios. 4. (Vunesp 2013) O desenvolvimento do capitalismo provoca transformações. Ao se expandir, o capitalismo encontra espaços com peculiaridades sociais, políticas e culturais diante das quais precisa adaptar-se para lograr sua implantação. Flexível, o capitalismo assume, por conseguinte, colorações diversas sobre a superfície do planeta, conservando e/ou dando novos significados a certos aspectos das diferentes culturas. (Marcos Lobato Martins. In: Carla Bassanezi Pinsky (Org.). Novos temas nas aulas de História, p. 138) O trecho apresentado ressalta a renovada importância da História a) regional. b) política. c) institucional. d) ambiental. e) demográfica. 8 História 5. (UEMA 2020) A sociedade brasileira passou por muitas mudanças em relação às mulheres. As pesquisas históricas nas últimas décadas têm mostrado a participação feminina em todos os acontecimentos de nossa história. Analise as imagens a seguir. Com base nas imagens e nos estudos históricos, compare a condição feminina, no Brasil, explicando duas mudanças dos papéis sociais femininos concernentes ao período colonial e à atualidade. Debret. O Jantar. c.1820. Disponível em: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/stj/wp- content/uploads/2015/11/Jantar_Debret.jpg Foto oficial da seleção brasileira feminina para Copa do Mundo de 2019/CBF. Disponível em: https://www.cbf.com.br/selecao- brasileira/noticias/selecao-feminina/selecao-brasileira- feminina-faz-foto-para-a-copa-do-mundo-2019 9 História Gabaritos 1. B O texto destaca como se deu o processo de construção linguística de uma Europa ligada essencialmente ao arianismo, apontando que sua formação remete a aspectos culturais do Oriente que foram sendo renegados ao longo do tempo. Além disso, o autor ressalta a fabricação do modus operandis da cultura cristã ocidental baseado em uma dicotomia entre nós (europeus) e eles (tudo aquilo que não é europeu), ou seja, apontando para uma visão eurocêntrica de mundo. 2. D O autor aponta pra um aspecto importante do estudo de história: a não linearidade. Segundo o trecho, é possível perceber que para ele os aspectos que compõem a história não podem ser vistos de forma homogênea e nem evolucionista, uma vez que cada sociedade possui o seu próprio ritmo de crescimento e tempo histórico. 3. C Para o autor, a política está ligada a dois processos que possuem um denominador em comum: a manutenção do poder na mão de uma minoria. Se em um primeiro momento a população era impedida de participar ativamente da política, no segundo momento, ele aponta para o fato de que é permitida a participação do povo, porém em um processo que elas não sabem como funcionam plenamente, em ambos facilita-se o controle do poder político por parte de uma minoria. 4. A O capitalismo pode ser considerado uma conjuntura histórica, que, de acordo com o autor do trecho, encontra peculiaridades provenientes de cada região, sociedade e cultura e, portanto, precisa encontrar formas de se adaptar a essas diferenças para lograr sucesso. 5. Analisando as imagens é possível perceber uma diferença gritante entre os períodos apontados, tanto socialmente quanto racialmente. Na primeira imagem, a mulher branca é representada dentro do período colonial em um ambiente familiar aonde sua função era de subserviência ao homem e a organização do lar. Dentro do mesmo contexto, a mulher negra é representada como uma escravizada ao dispor de seus donos. Já a segunda imagem, apresenta as mulheres ocupando um espaço que até pouco tempo era considerado, essencialmente, masculino. Outro fator que podemos apontar na segunda figura, é que essas mulheres estão em pé de igualdade entre elas, ainda que possamos fazer diversas ressalvas, diferentemente da primeira imagem que existia uma evidente hierarquização. 10 História 8 Matemática Questões tranquilas de Matemática do Enem 2020 Exercícios 1. Uma pessoa precisa comprar 15 sacos de cimento para uma reforma em sua casa. Faz pesquisa de preço em cinco depósitos que vendem o cimento de sua preferência e cobram frete para entrega do material, conforme a distância do depósito à sua casa. As informações sobre preço do cimento, valor do frete e distância do depósito até a casa dessa pessoa estão apresentadas no quadro. Depósito Valor do saco de cimento (R$) Valor do frete para cada quilômetro (R$) Distância entre a casa e o depósito A 23,00 1,00 10 B 21,50 3,00 12 C 22,00 1,50 14 D 21,00 3,50 18 E 24,00 2,50 2 A pessoa escolherá um desses depósitos para realizar sua compra, considerando os preços do cimento e do frete oferecidos em cada opção. Se a pessoa decidir pela opção mais econômica, o depósito escolhido para a realização dessa compra será o a) A. b) B. c) C. d) D. e) E. 8 Matemática 2. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria, produziram miniaturas de objetos em impressoras 3D de alta precisão. Ao serem ativadas, tais impressoras lançam feixes de laser sobre um tipo de resina, esculpindo o objetodesejado. O produto final da impressão é uma escultura microscópica de três dimensões, como visto na imagem ampliada. A escultura apresentada é uma miniatura de um carro de Fórmula 1, com 100 micrômetros de comprimento. Um micrômetro é a milionésima parte de um metro. Usando notação científica, qual é a representação do comprimento dessa miniatura, em metro? a) 1,0 x 10–1 b) 1,0 x 10–3 c) 1,0 x 10–4 d) 1,0 x 10–6 e) 1,0 x 10–7 3. Uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno é Templo de Kukulkán, localizado na cidade de Chichén Itzá, no México. Geometricamente, esse templo pode ser representado por um tronco reto de pirâmide de base quadrada. As quantidades de cada tipo de figura plana que formam esse tronco de pirâmide são a) 2 quadrados e 4 retângulos. b) 1 retângulo e 4 triângulos isósceles. c) 2 quadrados e 4 trapézios isósceles. d) 1 quadrado, 3 retângulos e 2 trapézios retângulos. e) 2 retângulos, 2 quadrados e 2 trapézios retângulos. 8 Matemática 4. A exposição a barulhos excessivos, como os que percebemos em geral em trânsitos intensos, casas noturnas e espetáculos musicais, podem provocar insônia, estresse, infarto, perda de audição, entre outras enfermidades. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todo e qualquer som que ultrapasse os 55 decibéis (unidade de intensidade do som) já pode ser considerado nocivo para a saúde. O gráfico foi elaborado a partir da medição do ruído produzido, durante um dia, em um canteiro de obras. Disponível em: www.revistaencontro.com.br. Acesso em: 12 ago. 2020 (adaptado). Nesse dia, durante quantas horas o ruído esteve acima de 55 decibéis? a) 5 b) 8 c) 10 d) 11 e) 13 8 Matemática 5. Um administrador resolve estudar o lucro de sua empresa e, para isso, traça o gráfico da receita e do custo de produção de seus itens, em real, em função da quantidade de itens produzidos. O lucro é determinado pela diferença: 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 – 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜. O gráfico que representa o lucro dessa empresa, em função da quantidade de itens produzidos, é 8 Matemática 6. O Estatuto do Idoso, no Brasil, prevê certos direitos às pessoas com idade avançada, concedendo a estas, entre outros benefícios, a restituição de imposto de renda antes dos demais contribuintes. A tabela informa os nomes e as idades de 12 idosos que aguardam suas restituições de imposto de renda. Considere que, entre os idosos, a restituição seja concedida em ordem decrescente de idade e que, em subgrupos de pessoas com a mesma idade, a ordem seja decidida por sorteio. Nome Idade (em ano) Orlando 89 Gustavo 86 Luana 86 Teresa 85 Márcia 84 Roberto 82 Heloisa 75 Marisa 75 Pedro 75 João 75 Antônio 72 Fernanda 70 Nessas condições, a probabilidade de João ser a sétima pessoa do grupo a receber sua restituição é igual a a) 1 12 b) 7 12 c) 1 8 d) 5 6 e) 1 4 8 Matemática 7. Os gráficos representam a produção de peças em uma indústria e as horas trabalhadas dos funcionários no período de cinco dias. Em cada dia, o gerente de produção aplica uma metodologia diferente de trabalho. Seu objetivo é avaliar a metodologia mais eficiente para utilizá-la como modelo nos próximos períodos. Sabe-se que, neste caso, quanto maior for a razão entre o número de peças produzidas e o número de horas trabalhadas, maior será a eficiência da metodologia. Em qual dia foi aplicada a metodologia mais eficiente? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 8. Uma empresa de ônibus utiliza um sistema de vendas de passagens que fornece a imagem de todos os assentos do ônibus, diferenciando os assentos já vendidos, por uma cor mais escura, dos assentos ainda disponíveis. A empresa monitora, permanentemente, o número de assentos já vendidos e compara-o com o número total de assentos do ônibus para avaliar a necessidade de alocação de veículos extras. Na imagem tem-se a informação dos assentos já vendidos e dos ainda disponíveis em um determinado instante. A razão entre o número de assentos já vendidos e o total de assentos desse ônibus, no instante considerado na imagem, é a) 16 42 b) 16 26 c) 26 42 d) 42 26 e) 42 16 8 Matemática 9. Um pé de eucalipto em idade adequada para o corte rende, em média, 20 mil folhas de papel A4. A densidade superficial do papel A4, medida pela razão da massa de uma folha desse papel por sua área, é de 75 gramas por metro quadrado, e a área de uma folha de A4 é 0,062 metro quadrado. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 28 fev. 2013 (adaptado). Nessas condições, quantos quilogramas de papel rende, em média, um pé de eucalipto? a) 4 301 b) 1 500 c) 930 d) 267 e) 93 10. A Figura 1 apresenta uma casa e a planta do seu telhado, em que as setas indicam o sentido do escoamento da água de chuva. Um pedreiro precisa fazer a planta do escoamento da água de chuva de um telhado que tem três caídas de água, como apresentado na Figura 2. A figura que representa a planta do telhado da Figura 2 com o escoamento da água de chuva que o pedreiro precisa fazer é a) c) e) b) d) 8 Matemática Gabaritos 1. C A questão diz que: De ônibus, é percorrido 2,0 km. De bicicleta, é percorrido 3,0 km. Vamos agora analisar o tempo que o aluno levaria de ônibus e de bicicleta em cada dia da semana. Para isso, vamos dividir a velocidade média por tempo que é percorrido de ônibus (2 km) e de bicicleta (33 km) Dia da semana Ônibus (km/h) Tempo de ônibus Bicicleta (km/h) Tempos de ônibus Segunda 9 2/9 = 0,22 15 3/15 = 0,2 Terça 20 2/20 = 0,1 22 3/22 = 0,13 Quarta 15 2/15 = 0,13 24 3/24 = 0,12 Quinta 12 2/12 = 0,16 15 3/15 = 0,2 Sexta 10 2/10 = 0,2 18 3/18 = 0,16 Sábado 30 2/30 = 0,06 16 3/16 = 0,18 Podemos ver que os únicos dias em que o tempo de bicicleta é menor do que o de ônibus é na segunda, quarta e sexta. São esses os dias em que o aluno deve seguir pela ciclovia. 2. C A questão diz que a miniatura tem 100 micrômetros e que um micrômetro é a milionésima parte de um metro, ou seja: 1 micrômetro = 1,0 x 10 – 6 metros A questão quer saber qual é a representação, em metros, da miniatura. Devemos nos lembrar que a miniatura possui 100 micrômetros, e então temos que: 100 micrômetro = 100 x 10 – 6 = 1,0 x 10 – 4 metros. 3. C A questão fala sobre o tronco de uma pirâmide de base quadrada, vamos agora observar as faces desse sólido: Temos 2 faces quadradas (a base inferior e a base superior) e 4 faces trapezoidais (as faces laterais). Logo, o gabarito é a letra C. 8 Matemática 4. E Para calcular o total de horas, devemos olhar a parte do gráfico que ultrapassa, está acima, a marca de 55 decibéis. A quantidade de horas que ultrapassa isso é dado, respectivamente, por: 3 + 3 + 3 + 1 + 3 = 13 horas. 5. A Pelo gráfico, no intervalo de x entre 5 e 15, temos que o valor do custo é maior que o da receita. Por esse motivo, temos que o resultado receita − custo é negativo nesse intervalo. O único gráfico que ilustra um lucro negativo para x entre 5 e 15 é o da letra A. 6. E A questão diz que em subgrupos de pessoas da mesma idade, a ordem é decidida por sorteio. Temos que o João está no subgrupo dos 75 anos, onde possuem outros 3 idosos. A sétima pessoa da lista, será tirada desse subgrupo. Como será feito sorteio, a probabilidade terá 1 caso favorável (João ser sorteado) e 4 casos possíveis (João, Heloisa, Marisa e Pedro). Logo a probabilidade é dada por: 𝑃 = 𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 = 1 4 7. C Faremos a razão entre o número de peças produzidas e o número de horas trabalhadas em cada dia: • Dia1: 800 4 = 200 • Dia 2: 1000 8 = 125 • Dia 3: 1100 5 = 220 • Dia 4: 1800 9 = 200 • Dia 5: 1400 10 = 140 Como a maior razão ocorre no dia 3, essa é a nossa solução. 8. A Calculando a razão: Total de assentos: 42. Assentos vendidos: 16. Assim, a razão é 16 42 . 9. E Temos que densidade d = 75 gm² Então, podemos montar uma regra de três da seguinte forma: 75g-1m² x-0,062 m² Multiplicando cruzado, temos x=75∙0,062 x=4,65 g 8 Matemática Então, em cada folha temos 4,65 g. Como um pé de eucalipto rende, em média, 20 mil folhas de papel A4, então temos: 20000 ∙ 4,65=93000 g Passando de gramas para quilogramas, temos 93 kg. Portanto, um pé de eucalipto, em média, rende 93 kg de papel. 10. B No enunciado diz que o telhado é dividido em 3 partes. Com isso, pensaremos na alternativa que mostra a direção do escoamento da água. A alternativa que representa isso é a de letra B. 1 Português Apresentação de Morfologia, Sintaxe e Semântica Teoria Morfologia A morfologia é a área da gramática que estuda a formação das palavras, sua estrutura e as classes gramaticais. Nessa área de estudo, a palavra é analisada isoladamente, sem, necessariamente, estar inserida em um contexto frasal, por exemplo, como é o caso da sintaxe. As classes gramaticais são classificadas em: • Classe de palavras variáveis: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo. • Classe de palavras invariáveis: conjunção, preposição, advérbio e interjeição. Sintaxe A sintaxe é a parte da gramática que estuda a organização das palavras em uma oração (estrutura frasal que, obrigatoriamente, se forma em torno de um verbo ou de uma locução verbal) e a organização das orações em um discurso. A sintaxe analisa a função que as palavras desempenham em uma oração/período. Essas funções são chamadas “funções sintáticas”. São elas: sujeito, predicado, agente da passiva, predicativos, complementos verbais, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal, aposto e vocativo. Além disso, ela também analisa o modo como as orações estão organizadas em um texto. Classe gramatical X Função sintática Como foi visto nas definições acima, as classes gramaticais são analisadas isoladamente, enquanto as funções sintáticas são analisadas em um contexto oracional. Veremos, a seguir, um exemplo que nos ajudará a entender a diferença entre esses conceitos. Analise a frase: A menina comeu o bolo de chocolate. Analisando morfologicamente, temos: A = artigo definido Menina = Substantivo simples Comeu = verbo O = artigo definido Bolo = substantivo De chocolate = locução adjetiva 2 Português Analisando, sintaticamente, a mesma estrutura, temos: A menina = sujeito A = adjunto adnominal Comeu = verbo transitivo direto O bolo = objeto direto O = adjunto adnominal De chocolate = adjunto adnominal Agora, vamos analisar outra estrutura: O bolo gostoso é de chocolate. Nesse caso, a análise morfológica é a mesma: O = artigo definido Bolo = substantivo Gostoso = adjetivo É = verbo De chocolate = locução adjetiva. No entanto, perceba que a função sintática das palavras não é a mesma da oração anterior, pois as palavras não desempenham funções sintáticas fixas. O bolo gostoso = sujeito O = adjunto adnominal Gostoso = adjunto adnominal É = verbo de ligação De chocolate = predicativo do sujeito Semântica A semântica estuda o significado e a interpretação do signifcado de um vocábulo, expressão ou até mesmo de uma frase em um determinado contexto. Alguns conceitos são extremamente importantes no campo da semântica. São eles: • Conotação – sentido figurado (não literal). • Denotação – sentido literal. • Sinonímia – palavras com sentidos semelhantes. • Antonímia – palavras com sentidos opostos. • Polissemia – mais de um significado para uma mesma palavra ou expressão. • Ambiguidade – mais de uma possibilidade de interpretação/duplo sentido. 3 Português Exercícios 1. (UEMG) Trabalivre Um dia minha mãe me disse Você já é grande, tem que trabalhar Naquele instante aproveitei a chance Vi que eu era livre para me virar Fiz minha mala, comprei a passagem O tempo passou depressa e eu aqui cheguei Passei por tudo que é dificuldade Me perdi pela cidade mas já me encontrei Domingo boto meu pijama Deito lá na cama para não cansar Segunda-feira eu já tô de novo Atolado de trabalho para entregar Na terça não tem brincadeira Quarta-feira tem serviço para terminar Na quinta já tem hora extra E na sexta o expediente termina no bar Mas tenho o sábado inteiro pra mim mesmo Fora do emprego Pra me aprimorar Sou easy, eu não entro em crise Tenho tempo livre Pra me trabalhar (Tribalistas). Disponível em: <https://www.letras.mus.br/tribalistas/trabalivre/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Assinale a alternativa correta a respeito dos elementos linguísticos da música “Trabalivre”. a) No excerto “Mas tenho o sábado inteiro pra mim mesmo / Fora do emprego / Pra me aprimorar”, o elemento coesivo de contraposição indica que o sábado representa um dia de descanso, ao contrário dos outros dias da semana. No entanto essa expectativa é quebrada quando se insere uma finalidade alheia ao descanso. b) Os verbos conjugados no presente do indicativo demonstram que as ações realizadas pelo eu lírico são pontuais e se dão no presente momentâneo do ato enunciativo. c) A colocação dos pronomes pessoais do caso oblíquo presentes no texto obedece à norma culta da língua portuguesa. Tal fato pode ser observado especialmente no verso “Me perdi pela cidade mas já me encontrei”. d) Os advérbios de modo dão o tom narrativo ao texto, utilizados para caracterizar ações durativas como a que se expressa no verso “O tempo passou depressa e eu aqui cheguei”. 4 Português 2. (Enem) Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores… E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. […] O vento varria os sonhos E varria as amizades… O vento varria as mulheres… E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos… O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. “Anda, apressando-se, como a fugir.” BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. Na estruturação do texto, destaca-se: a) A construção de oposições semânticas. b) A apresentação de ideias de forma objetiva. c) O emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo. d) A repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. e) A inversão da ordem sintática das palavras. 5 Português 3. (Fuvest) Examine a capa da revista Superinteressante, publicada em julho de 2019 a) Indique o duplo sentido presente na manchete de capa da revista, explicitando os elementos linguísticos utilizados. b) Explique como a imagem e o texto se combinam na construção do sentido 6 Português 4. (Fuvest 1ªfase) I. Diante da dificuldade, municípios de diferentes regiões do país realizaram um segundo “dia D” neste sábado. O primeiro ocorreu em 18 de agosto. A adesão, no entanto, ainda ficou abaixo do esperado. Agora, a recomendação é que estados e municípios façam busca ativa para garantir que todo o público‐alvo da campanha seja vacinado. II. Pensar sobre a vaga, buscar conhecer a empresa e o que ela busca já faz de você alguém especial. Muitos que procuram o balcão de emprego não compreendem que os detalhessão fundamentais para conseguir a recolocação. Agora, não pense que você vai conseguir naprimeira investida, a busca por um novo emprego requer paciência e persistência, tenha você 20 anos ou 50. Balcão de Emprego. Disponível em: <https://empregabrasil.com.br/> O termo “Agora” pode ser substituído, respectivamente, em I e II e sem prejuízo de sentidos nos dois textos, por a) Neste momento; Por conseguinte. b) Neste ínterim; De fato. c) Portanto; Ademais. d) Todavia; Então. e) Doravante; Mas. 7 Português 5. (UERJ) Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco. Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de Letras. Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade. Ainda que não aceitemos vender, aprisionar e condenar seres humanos ao trabalho forçado pela escravidão – mesmo quando o trabalho escravo permanece em diversas partes do território brasileiro –, por falta de qualificação, condenamos milhões ao desemprego ou trabalho humilhante. Em 1888, libertamos 800 mil escravos, jogando-os na miséria. Em 2010, negamos alfabetização a 14 milhões de adultos, negamos Ensino Médio a 2/3 dos jovens. De 1888 até nossos dias, dezenas de milhões morreram adultos sem saber ler. Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas. Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos. Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e professores. Somos escravocratas, porque construímos universidades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão. A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação. Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão. Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e economistas comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena. 8 Português Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço. Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravocratas. E ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação. Cristovam Buarque. Adaptado de O Globo, 30/01/2000 “Somo escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada,” (l.13) A forma sublinhada introduz uma relação de tempo. A ela, entretanto, se associa outra relação de sentido. Essa outra relação de sentido presente na frase acima é de: a) Causa b) Contraste c) Conclusão d) Comparação 9 Português Gabaritos 1. A A quebra de expectativa se da pelo fato de que o eu lírico usará o sábado para aprimorar suas capacidades em vez de descansar. 2. D É possível verificar no poema a repetição do fonema /v/, que pode ser associada ao barulho do vento. No plano sintático, vemos a repetição de estruturas como “O vento varria...”. 3. a) As duas possibilidades de interpretação são: i) “Para” sendo verbo no imperativo; “nóia” sendo vocativo. Nesse caso, a ideia é de parar a nóia, como se mandasse ela acabar. ii) A formação do substantivo “Paranóia”, que, na psiquiatria, é associado a alguns transtornos psicológicos, mas também é conhecido pela abreviação “nóia”. b) A imagem sugere alguém sentado em um momento de análise psicológia e, no lugar da cabeça/mente, há linhas circulares que marcam a “paranóia”, dificuldade de pensar racionalmente. 4. E No primeiro caso, a palavra “agora” tem sentido temporal: daqui pra frente. Já no segundo, ela marca uma quebra de expectativa e pode ser substituída por “no entanto”, “mas”, “entretanto”. 5. A Além de estabelecer uma relação de tempo, o conectivo “ao” também permite uma relação de causa. Para verificar, podemos trocá-lo pela conjunção causal “porque”: “Somos escravocratas porque deixamos que a escola seja tão diferenciada”. 1 Química Conceitos básicos de química Teoria A química é para muitos alunos a pior matéria. Mas nós aqui do Descomplica iremos te ajudar a mudar essa ideia. Mostrar que você é capaz de aprender química e mandar muito bem no vestibular. Muitas dificuldades que os alunos apresentam em química, vem de uma deficiência nos conceitos básicos da química. Essa ciência apresenta uma linguagem que pode ser complicada no primeiro momento, porém com o tempo ela vai se tornando mais tranquila. Para melhorar os nossos estudos futuros, vamos falar um pouco sobre alguns conceitos básicos que irão permitir que os assuntos posteriores sejam compreendidos mais facilmente. Alguns conceitos básicos • Átomo • Símbolos • Molécula • Íon • Fórmula • Reação Química Importante! Pode ficar tranquilo que todos esses assuntos irão ser abordados novamente de forma mais aprofundada. Nesse primeiro comento é como se fosse uma introdução sobre esses assuntos. Átomo Assunto super importante que está presente em toda a química. Vamos ver a evolução até chegarmos no átomo de hoje. Mas a base que nós precisamos saber é que o átomo é formado por um núcleo pequeno e bastante denso. Onde encontramos os prótons e os nêutrons. Lembra-se: Núcleo apresenta carga positiva. Além do núcleo, nós temos no átomo a eletrosfera, uma região maior, onde encontramos os elétrons. Lembra-se: A eletrosfera apresenta carga negativa. Para você ter anotado, segueuma definição bonitinha sobre átomo Átomo é a menor porção que mantém as características de um elemento químico. Os átomos são as unidades formadoras de todas as substâncias, podendo constituir as substâncias por si só, ou se combinando em moléculas. 2 Química Molécula Chamam-se moléculas quaisquer grupos neutros de átomos mantidos juntos por ligações covalentes (compartilhamento de elétrons). São as unidades formadoras de grande parte das substâncias. Exemplos: Água – H2O; Gás carbônico – CO2; Metano – CH4. Você reparou que a palavra neutro está em negrito? Isso é para chamar a sua atenção. Pois vai acontecer de não ser neutro. Aí nós iremos chamar de íons. Íon Quaisquer grupos que possuam carga (positiva ou negativa) não podem ser considerados átomos ou moléculas e são chamados de íons. O íon vai poder se positivo ou negativo. Íons de carga positiva são chamados cátions, e os de carga negativa, ânions. Essa carga positiva é proveniente de um excesso de cargas positivas, ou seja, tem mais prótons do que elétrons. Já no ânion, nós iremos ter mais elétrons do que prótons. Exemplos de Cátions: Amônio - NH4+; Cátion Alumínio – Al3+. Exemplos de ânions: Nitrato – NO3-; Cloreto – Cl-. Atenção! Sempre que nós pensarmos em estudar química, nós precisamos saber trabalhar com a tabela periódica. Fica tranquilo que nós iremos ter uma aula sobre isso. Mas o que eu quero que você saiba hoje sobre tabela periódica é: Na tabela periódica nós temos todos os elementos químicos. Mas o que são elementos químicos? Vamos definir agora! Elementos químicos é o conjunto de átomos com o mesmo número atômico. Dentro da química nós iremos trabalhar praticamente o tempo todo com símbolos e fórmulas. Vamos ver agora alguns conceitos básicos sobre símbolos e fórmulas químicas. Símbolo Os símbolos químicos são a forma escolhida para representar os átomos. Consistem em uma letra maiúscula, ou uma maiúscula seguida de uma minúscula. A maior parte dos símbolos tem origem no nome em latim dos elementos. A maioria é bastante intuitiva, mas alguns nem tanto. A prática e o contato com estes símbolos durante os estudos vão fixá-los facilmente na memória. Elemento químico Nome em latim Símbolo Fósforo Phosphorum P Potássio Kalium K Sódio Natrium Na Cobre Cuprum Cu Prata Argentum Ag 3 Química Ouro Aurium Au Chumbo Plumbum Pb Antimônio Stibium Sb Mercúrio Hydrargyrum Hg Estanho Stannum Sn O conhecimento dos símbolos elementares será importante para a consulta da tabela periódica. Nela, os elementos aparecem em símbolos acompanhados de informações importantes, geralmente neste formato: Essas informações podem acompanhar o símbolo sempre que forem relevantes, por exemplo nos estudos de atomística, com o número atômico abaixo do símbolo e o número de massa acima: Fórmula (ou fórmula molecular) As fórmulas químicas são a maneira como se representam as substâncias. Toda substância é composta por átomos em uma proporção definida. As fórmulas enumeram os átomos na forma de símbolos, com as respectivas proporções numéricas - ou o número de átomos presentes em cada molécula - subscritas depois de cada símbolo. Por exemplo: H2O – Fórmula química da água Em uma molécula existem 2 átomos de hidrogênio e 1 de oxigênio. Quando a substância contiver grupos de átomos que se repetem, pode-se utilizar parênteses para aplicar o índice numérico a todo o grupo: Mg(OH)2 – Fórmula química do hidróxido de magnésio Em uma molécula existe 1 átomo de magnésio e 2 grupos OH (hidroxila). Nos casos em que a unidade formadora da substância for o próprio átomo, como é o caso para os metais, sua fórmula é o próprio símbolo: Ni – Fórmula do níquel metálico. 4 Química Fórmula estrutural Apesar de as moléculas e ligações químicas não se comportarem exatamente como os representamos nas fórmulas estruturais, esta representação é muito útil para compreender as reações químicas e justificar propriedades das moléculas como a polaridade. Nesta representação de moléculas, os símbolos são unidos por traços representando ligações covalentes (elétrons compartilhados) entre os átomos: Fórmula estrutural do gás metano, de fórmula molecular CH4. Fórmula eletrônica (ou fórmula de Lewis) Nesta fórmula representam-se todos os elétrons de valência dos átomos da molécula. As ligações covalentes podem ser representadas como dois elétrons cada ou como traços: Fórmulas de Lewis para o trifluoreto de boro, de fórmula molecular BF3. Fórmula mínima ou empírica Esta fórmula indica a menor relação possível entre os elementos formadores de um composto químico. Exemplo: Glicose, fórmula molecular, C6H12O6, fórmula mínima, CH2O. Água oxigenada, fórmula molecular, H2O2, fórmula mínima, HO. Reação química Definimos reação química como qualquer processo que transforma substâncias químicas. As reações podem ser de vários tipos, de acordo com o tipo de substâncias envolvidas e o motivo químico pelo qual acontecem. São exemplos as reações de combustão, explosões, reações ácido-base, oxirredução, etc. Todas envolvem compartilhamento ou troca de elétrons de alguma forma. Representamos reações da seguinte forma: N2 (g) + 3 H2 (g) → 2 NH3 (g) A seta representa a transformação química dos reagentes (substâncias encontradas ao início da reação, à esquerda da seta) nos produtos (substâncias encontradas após a reação, à direita da seta). As fórmulas dos reagentes e produtos vêm acompanhadas à esquerda pelos índices estequiométricos (a proporção numérica entre as quantidades em que são consumidos/formados) e à direita pelo estado físico da substância, entre parênteses e subscrito (o estado físico algumas vezes é omitido, mas trata-se de uma representação incompleta; não esqueça de representá-lo). 5 Química Exercícios de vestibulares 1. O fenômeno da chuva ácida está relacionado ao aumento da poluição em regiões industrializadas. Os agentes poluentes são distribuídos pelos ventos, causando danos à saúde humana e ao meio ambiente. Gases gerados pelas indústrias, veículos e usinas energéticas reagem com o vapor de água existente na atmosfera, formando compostos ácidos que se acumulam em nuvens, ocorrendo, assim, a condensação, da mesma forma como são originadas as chuvas comuns. Um desses gases, o SO2, é proveniente da combustão do enxofre, impureza presente em combustíveis fósseis, como o carvão e derivados do petróleo. Ele leva à formação do ácido sulfúrico. O esquema ilustra esse processo. O ácido representado no esquema contém em sua molécula a) 3 átomos. b) 6 átomos. c) 7 átomos. d) 2 elementos químicos. e) 7 elementos químicos. 2. Os fertilizantes podem ser definidos como qualquer material orgânico ou inorgânico (mineral), de origem natural ou sintética, que é adicionado ao solo com vistas ao suprimento de certos elementos essenciais ao crescimento vegetal. Os fertilizantes são empregados, predominantemente, na forma sólida, contudo, podem ser aplicados também na forma de soluções ou suspensões. Os fertilizantes mais usados são do tipo NPK, fontes de nitrogênio, fósforo e potássio, elementos essenciais às plantas. A tabela a seguir apresenta possíveis compostos usados nos fertilizantes do tipo NPK. 6 Química FERTILIZANTES DO TIPO NPK POSSÍVEIS COMPOSTOS MAIS UTILIZADOS Nitrogenados sulfato de amônio 4 2 4 [(N H) SO ] nitrato de amônio 4 3 (NH NO ) ureia 2 [CO(NH) ] fosfato monoamônico 4 2 4 (NH H PO ) fosfato diamônico 4 2 4 [(NH ) HPO ] Fosfatados superfosfato simples 2 4 2 4[Ca(H PO ) 2 CaSO ]+ superfosfato triplo 2 4 2 [Ca(H PO ) ] escória básica 5 2 5 2 [(CaO) P O SiO ] farinha de ossos cozida 3 4 2 [Ca (PO ) ] fosfato monoamônico 42 4 (NH H PO ) fosfato diamônico 4 2 4 [(NH ) HPO ] Potássicos cloreto ou sulfato de potássio (KC e 2 4K SO ) Disponível em: http://tinyurl.com/nft6ftk. Acesso em: 28.08.2015. Adaptado. Analisando os compostos mais utilizados como fertilizantes fosfatados, os elementos químicos que estão presentes em todos eles são a) cálcio e fósforo. b) fósforo e oxigênio. c) fósforo e hidrogênio. d) silício e nitrogênio. e) cálcio e oxigênio. 3. Com base nos conceitos sobre símbolos químicos e fórmulas químicas, assinale o que for correto. (01) O símbolo de um elemento química sempre começar por uma letra maiúscula. (02) O número átomico de um elemento químico é sempre maior do que a sua massa. (04) A fórmula mínima da glicose (C6H12O6) é C2H6O2. (08) O símbolo do elemento cálcio deve ser representado CA. Soma: ( ) 7 Química 4. Nas Artes Plásticas, a Química tem um papel fundamental, como o uso de polímeros naturais e sintéticos, presentes em materiais plásticos e em técnicas de pintura. Um exemplo de polímero natural é a celulose, utilizada na confecção de telas. Esse polímero é formado pela união de moléculas de glicose. Na imagem, temos representada uma molécula de glicose, cuja formula molecular é a) 5 6 7 C H O b) 6 6 6 C H O c) 6 12 6 C H O d) 12 22 11 C H O e) 12 22 12 C H O 5. Analise a reação a seguir: A partir da reação, determine a fórmula molecular e empírica do produto formado. Determine quanto elementos e átomos estão presente em cada uma das substâncias do reagente. 8 Química Gabaritos 1. C Ácido sulfúrico: 2 4 H SO . Sete átomos por molécula: 7 átomos HHSOOOO. Três elementos químicos: elemento hidrogênio (H), elemento enxofre (S) e elemento oxigênio (O). 2. B Da análise de todos os elementos fosfatados da tabela, nota-se que todos possuem os elementos fósforo e oxigênio em sua fórmula química. 3. 01 (01) O símbolo de um elemento química sempre começar por uma letra maiúscula. (02) O número átomico de um elemento químico é menor do que a sua massa. (04) A fórmula mínima da glicose (C6H12O6) é CH2O. (08) O símbolo do elemento cálcio deve ser representado Ca. 4. C A fórmula molecular da glicose, a partir da figura representada é 6 12 6 C H O . 5. O produto está depois da seta: NH3 é a sua fórmula molécular e também a empírica. No reagente nós temos o N2 e o H2. Ambos apresentam 1 elementos e dois átomos cada um. 1 Redação A importância do repertório: a competência 2 Teoria Você sabia que a redação do Enem é avaliada a partir de 5 competências? É importante conhecermos os parâmetros de avaliação para progredirmos em relação à escrita do texto também. Além disso, essas competências compõem a grade de correção e avaliam o aprendizado do estudante ao final do Ensino Médio a partir do domínio das normas gramaticais, interpretação e planejamento textual, conhecimento do gênero textual solicitado (disssertativo-argumentativo), repertório socio-cultural produtivo, além do conhecimento de mecanismos de coesão textual. Veja: Competência 1 Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa Competência 2 Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa Competência 3 Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista Competência 4 Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação Competência 5 Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos Fonte: Cartilha do Participante - Enem 2019. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2019/redacao_enem2019_cartilha_participante.pdf Agora que você já conhece as cinco competências que avaliarão a sua redação no Enem, vamos focar na competência II e analisar como alcançar a nota máxima nesse quesito. Veja as especificações: 200 pontos Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo- argumentativo 160 pontos Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão 120 pontos Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão 80 pontos Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão 40 pontos Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais 0 ponto Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa. Nestes casos a redação recebe nota zero e é anulada Fonte: Cartilha do Participante - Enem 2019. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2019/redacao_enem2019_cartilha_participante.pdf 2 Redação Enem: Competência II De acordo com a Cartilha do Participante, na Competência II, espera-se do aluno “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa”. Dessa forma, para obter a pontuação máxima nessa competência é necessário: 1. Analisar, cautelosamente, a proposta e a coletânea é imprescindível para compreender o que a banca espera do seu texto. Deve-se, também, ter cuidado para não tangenciar a proposta e abordar tudo aquilo que ela pede. 2. O segundo fator analisado por essa competência está relacionado ao repertório que você irá apresentar. É necessário que você aplique conceitos interdisciplinares ao seu texto, mostrando que é capaz de relacionar seu conhecimento de mundo àquilo que está sendo cobrado pela banca. Em breve, veremos como enriquecer o repertório e a diferença que isso faz na dissertação. 3. Por último, para mandar muito bem, é preciso respeitar a estrutura da dissertação-argumentativa: não demonstrar pessoalidade, não ser apenas expositivo, argumentar sobre o tema, fazer parágrafos de introdução, desenvolvimento e conclusão. A importância do repertório na dissertação Quando lemos um texto argumentativo, esperamos que o autor consiga nos convencer sobre o seu ponto de vista. Para que isso aconteça, além de ser objetivo, claro e organizado, é importante que ele saia do óbvio, trazendo argumentos que despertem nosso interesse. Por isso, é interessante ler um texto que dialogue com os acontecimentos atuais, com aspectos culturais, com a história, com a literatura, etc. Atenção! Essas informações devem ter um propósito no seu texto, estando relacionadas à sua argumentação e coerentes com o que foi pedido pela banca. Informações soltas no texto, ainda que sejam interessantes, perdem a relevância se não estiverem articuladas ao seu ponto de vista. Lembre-se que uma referência usada na redação deve ser legítima (ou seja, verídica e real), pertinente (deve ter relação com o tema estabelecido) e produtiva (estar bem articulada ao desenvolvimento do texto). 1. Como enriquecer o repertório? Alguns fatores ajudam a tornar o texto mais interessante e farão com que o corretor perceba que você tem grande potencial argumentativo: • Referências interdisciplinares: fatos relacionados à história, à