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Aula prática número 2 1. TÍTULO: Visualização da bactéria do iogurte (Bacilo lácteo). Realizada na data: 12/03/2016 2. OBJETIVO: Observar a bactéria presente no iogurte como Bacilo lácteo e conhecer a morfologia do procarionte. 3. RESUMO: Utilizou-se o M. O. disposto sobre a bancada, colocando em uma lâmina limpa, uma gota de iogurte e após a lamínula, assim foi possível a microscopia. Focalizou-se as imagens e observou-se os aumentos de 40, 100 e 400 X, com pouca dificuldade. Realizou-se desenhos esquemáticos da célula procarionte, especificamente do reino monera. Foi observado com sucesso. 4. INTRODUÇÃO: Células procarióticas (do grego pro - anterior + karyon - núcleo, núcleo primitivo) são o tipo de células mais simples. Não têm núcleo individualizado, contendo o material genético disperso no interior da célula, denominando-se nucleoide. São, também, células desprovidas de alguns organelos (partes constituintes das células), como as mitocôndrias, complexo de Golgi, etc. Este tipo de células encontra-se em bactérias e cianobactérias. O iogurte que comemos é, na realidade, um alimento que contém microrganismos vivos. Se você está lembrado, microorganismos são seres vivos que só conseguimos enxergar com o auxílio de instrumentos especiais, como os microscópios. O iogurte, portanto, é uma substância na qual vivem milhões e milhões de seres vivos microscópicos que estão comendo, se reproduzindo e morrendo. O iogurte é geralmente obtido pela fermentação do leite, por acção de duas bactérias – Streptococcus thermophilius e Lactobacillius bulgaricus – que transformam a lactose (o açúcar do leite) em ácido láctico. Como são adicionadas após o processo de pasteurização do leite, estas bactérias permanecem “vivas”, tornando os iogurtes verdadeiros “alimentos vivos”. Um dos aspectos positivos é o facto de estas duas bactérias conseguirem manter no organismo um meio ácido que impede o desenvolvimento de outros microorganismos e leveduras prejudiciais que podem causar infecções. Para além desta vantagem, as bactérias do iogurte ajudam o nosso corpo a reagir quando a flora intestinal se encontra fraca ou na presença de microorganismos prejudiciais. No Brasil, o aumento do consumo de iogurte começou em 1970 e continuou, com uma taxa excepcional de crescimento, devido aos mais variados produtos disponíveis come rcialmente (BRANDÃO, 1987). Sabe-se, que os leites fermentados, como o iogurte provêm muitos benefícios à saúde. Os microrganismos utilizados para a obtenção destes produtos são capazes de influir positivamente sobre a microbiota intestinal, produzindo efeitos anticarcinogênicos e hipocolesterâmicos, entre outros (SABOYA; OETTERER; OLIVEIRA, 1997). As bactérias do iogurte, principalmente, lactobacilos e estreptococos são eubactérias heterotróficas que obtém energia pelo processo da fermentação láctica (degradação anaeróbica da glicose ou de outros compostos orgânicos para obtenção de energia), onde o produto final é o ácido láctico. Elas fermentam a lactose do leite formando ácido láctico, que se dissocia em lactato e H+ (prótons).O próton acidifica o meio, desnaturando as proteínas do leite, como a caseína, provocando sua desnaturação e, conseqüente, precipitação. As bactérias tradicionais utilizadas na fermentação de iogurtes, não pertencem à flora intestinal, não são resistentes à bile e, consequentemente, não sobrevivem durante a passagem através do trato gastrointestinal, portanto não são consideradas como probióticas. 5. MATERIAIS E MÉTODO: 5.1) Materiais utilizados a. Microscópio óptico (Olympus CX21) b. 1 Lamínula c. 1 Lâmina d. 1 Conta-gotas e. Papel absorvente f. Iogurte natural 5.2) Procedimento experimental: 1. Colocou-se uma gota de Bacilo lácteo sobre a lâmina com auxílio de um conta-gotas; 2. Não adicionou-se água por ser produto líquido; 3. Evitou-se a formação de bolhas colocamos a lamínula em posição de 45. 4. Secou-se o excesso de líquido entre lamínula e lâmina retirou-se com auxílio de papel absorvente, para manter a lamínula fixa; 5. Seguiu-se as etapas da colocação de Bacilo lácteo sobre a lâmina no: · Colocou-se a lâmina pronta sobre a platina do microscópio; · Centralizou-se a amostra sobre o orifício na platina, utilizando o charriot; · Posicionou-se corretamente a objetiva de 4X no eixo óptico, encaixando-a com o revólver; · Observou-se o material com a objetiva de menor aumento, 4X; · Levantou-se a platina na sua altura máxima, girando o parafuso macrométrico; Olhou-se através das oculares e abaixar lentamente a platina, com o parafuso macrométrico, até que a letra de jornal apareça focalizada; · Procedeu-se à focalização final com ajustes no parafuso micrométrico; Ajustou-se a distância interpupilar, segurando nas bordas laterais da parte deslizante no tubo; · Regulou-se o feixe luminoso, utilizando os controles de variação da intensidade de luz e o diafragma-íris, que melhoram a nitidez na imagem do material em estudo; · Analisou-se todo o material preparado, movimentando a lâmina com o charriot, e escolher um campo de interesse para os esquemas a serem realizados; · Transferiu-se para a objetiva de 10X, utilizando o revólver, novamente ajustar o foco da imagem, com os parafusos macrométrico e micrométrico, e regular o feixe luminoso, quando se fez necessário; · Transferiu-se para a objetiva de 40X, ajustar o foco da imagem utilizando somente o parafuso micrométrico, e novamente regular o feixe luminoso, se necessário; 6. Ilustrou-se a letra em cada objetiva visualizada e em cada aumento analisado; 7. Ao terminar as observações procedeu-se a retirada do material analisado: a. Desligou-se a luz do microscópio; b. Transferiu-se para a objetiva de menor aumento; c. Abaixou-se a platina e retiramos a lâmina e clocou-se a capa protetora sobre o M.O. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A qualidade do laboratório e equipamentos, a boa orientação da tutoria, as etapas do preparo, metodologia do trabalho, a focalização e visualização de materiais, registro das informações, foram que permitiram microscopia com sucesso, assim evitamos a quebra lâminas ou o dano aos equipamentos. Lembrando a importância dos Equipamentos Individual de Proteção (EPI) para evitar acidentes no laboratório. Observa-se uma imagem confusa, não apresentava-se uma forma explícita (figura 1). Verificou-se um formato de esponja, com imagem confusa ainda, não sendo possível a visualização perfeita (figura 2). Observou-se que as bactérias variaram de tamanho, e que apresentavam uma forma alongada, assim constatou-se que era bactéria do tipo bacilo, os bacilos apresentavam, freqüentemente, cadeias longas (figura 3). 7. CONCLUSÃO: Nesta experiência foi utilizou-se o iogurte, visto que na sua constituição estão presentes bactérias que facilmente são visualizadas a partir da experiência. Com mais experiência no manejo do M.O., isso facilitou a visualização. As bactérias são extremamente pequenas, com isso, para facilitar a visualização, abaixar um pouco o condensador do microscópio, com visualização perfeita. Conclui-se que as bactérias observadas tem uma forma alongada, nem todos as bactérias tem tamanhos e formas iguais. 8. REFERÊNCIAS: ARAGÃO, M. E. F. Biologia Celular. UAB UNICENTRO, 2010. BRANDÃO, S. C. C. Tecnologia da fabricação de iogurte. Revista do Instituto de Laticínios Candido Tostes, v. 42, n. 250, p. 3-8, 1987. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 7ª ed. Editora Guanabara Koogan , Rio de Janeiro-R.J., 2000. 339p. ROBERTIS, E.D.P.; ROBERTIS, .E.M.F. Jr. Bases da Biologia Celular e Molecular. 2ª ed. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro-R.J., 1993. 307p. SABOYA, L.V.; OETERER, M.; OLIVEIRA , A.J. Propriedades profiláticas e terapêuticas de leites fermentados – Uma revisão. Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos , 31(2): 176-85, jul./dez., 1997.