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/ DEFINIÇÃO Percepções da atualidade na Psicologia da Educação Humanista com as inteligências múltiplas; a inteligência emocional, seu objeto de estudo; e a importância para a formação do professor. PROPÓSITO Compreender a importância da Psicologia da Educação Humanista para a formação docente, indicando seus principais representantes e a aplicabilidade dos respectivos conceitos à prática pedagógica. OBJETIVOS / MÓDULO 1 Reconhecer a importância da Psicologia da Educação Humanista e da Gestalt como sua precursora MÓDULO 2 Distinguir os princípios da teoria de Carl Rogers e a sua aplicabilidade à Educação MÓDULO 3 Identificar atualidades da Psicologia da Educação Humanista, como a teoria das inteligências múltiplas e a abordagem da inteligência emocional MÓDULO 1 Reconhecer a importância da Psicologia da Educação Humanista e da Gestalt como sua precursora INTRODUÇÃO A Psicologia e a Pedagogia têm a sua origem na Grécia, ambas influenciadas pela Filosofia. Os primeiros a abordarem aspectos relacionados à Psicologia foram os filósofos gregos clássicos, há cerca de 200 anos a.C.. javascript:void(0) / CERCA DE 200 ANOS A.C O calendário que utilizamos é o chamado Gregoriano, que tem como “marco zero” o nascimento de Cristo, começando a partir daí a contagem dos anos da chamada Era Cristã. A sigla a.C., portanto, significa uma data acontecida antes do nascimento de Cristo. A Pedagogia também teve a sua origem na Grécia Antiga, onde eram chamados de pedagogos os escravos que acompanhavam a educação das crianças. Posteriormente, a Psicologia e a Pedagogia se afirmaram e se desenvolveram como ciências independentes. Observe este quadro, que indica o significado etimológico do nome e o objeto de estudo de cada uma das duas ciências: Significado etimológico da palavra Objeto de estudo Psicologia A expressão Psicologia deriva das palavras gregas psyché (alma, espírito) e logos (estudo, razão, compreensão). Psicologia poderia ser compreendida então, como o "estudo da alma" ou a "compreensão da alma". A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento do ser humano em seus diversos aspectos e em suas diversas manifestações. Pedagogia A palavra “pedagogia” é derivada de dois radicais da língua grega. Sua origem vem de paidos, que significava “criança”. O outro radical é agoge, que pode ser traduzido como “conduzir” ou “condução”. A origem de pedagogia tinha o significado de “conduzir a criança”, ou seja, ensiná-la e ajudá-la no crescimento. A Pedagogia é a ciência que estuda a Educação, os processos de ensino e de aprendizagem em / seus múltiplos aspectos. Fontes: Dicionário Etimológico e Gramática.net Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Foi tão grande a afinidade entre a Psicologia e a Educação que uma das áreas de estudo da primeira foi exatamente a “Psicologia da Educação”. Fonte: Shutterstock.com | Por Maros Markovic O QUE É A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO? Sem entrar na polêmica da utilização dos termos Psicologia da Educação e Psicologia Escolar, utilizaremos o primeiro, compreendendo-a como: / A PSICOLOGIA EDUCACIONAL PODE SER CONSIDERADA COMO UMA SUBÁREA DA PSICOLOGIA (...) QUE TEM COMO VOCAÇÃO A PRODUÇÃO DE SABERES RELATIVOS AO FENÔMENO PSICOLÓGICO CONSTITUINTE DO PROCESSO EDUCATIVO. ANTUNES, 2008 UMA BREVE VISITA À HISTÓRIA DA PSICOLOGIA O ano de 1879 é reconhecido como o marco do surgimento da Psicologia como ciência. Foi quando W. M. Wundt (1832-1920) fundou o primeiro laboratório de Psicologia Experimental na Universidade de Leipzig (Alemanha). Embora fosse muito diferente da concepção moderna dos laboratórios científicos, ele tem incrível importância histórica. W. M. WUNDT (1832-1920) Wilhelm Maximilian Wundt foi um médico, filósofo e psicólogo alemão. É considerado um dos fundadores da psicologia experimental. javascript:void(0) / Fonte:Shutterstock Da esquerda para a direita, Wundt é o terceiro. Os outros homens presentes no laboratório são pesquisadores. Ao estudar a História da Psicologia sempre nos deparamos com a citação da existência de “três grandes forças”: 1ª FORÇA EM PSICOLOGIA: O BEHAVIORISMO Skinner Skinner / Também chamado de comportamentalismo, tem como foco a observação e a modificação do comportamento humano. Seu representante mais conhecido foi B. F. Skinner (1904-1990). 2ª FORÇA EM PSICOLOGIA: A PSICANÁLISE Freud Freud Tem como grande descoberta a existência do inconsciente humano. Seu representante mais conhecido foi S. Freud (1856-1939). 3ª FORÇA EM PSICOLOGIA: A PSICOLOGIA HUMANISTA / Rogers Rogers Surgiu como uma reação às duas anteriores; valoriza a experiência consciente e trabalha com aspectos como criatividade, percepção, motivação, autorrealização. Seu representante mais conhecido foi C. Rogers (1902-1987). É JUSTAMENTE ESSA “TERCEIRA FORÇA” (OU SEJA, A PSICOLOGIA HUMANISTA) E SEUS IMPACTOS NA EDUCAÇÃO QUE VAMOS CONHECER. De acordo com Schultz e Schultz (2008), a Psicologia da Educação Humanista tem, como aspectos fundamentais: 1 Valorizar a experiência consciente, contrapondo-se à ênfase da Psicanálise nos processos humanos inconscientes. 2 Possuir uma visão positiva e otimista do indivíduo, na integralidade da natureza e da conduta humana (alguns autores chamam a Psicologia humanista de Psicologia positiva). / 3 Concentrar-se na liberdade de escolhas, na espontaneidade e no poder de criação do homem. 4 Definir como foco dos estudos tudo que é relevante para a condição humana. GESTALT, UMA TEORIA DA PERCEPÇÃO A Teoria da Gestalt (ou teoria da forma), conhecida pelos estudos da percepção humana e por ter se afirmado como importante escola terapêutica, é considerada uma corrente precursora da Psicologia humanista. Surgiu na Alemanha, na década de 1910, e colocava o ser humano no centro da Psicologia, com o status de protagonista, responsável pelas suas escolhas e crenças. Ela tem importância em várias áreas, como por exemplo: Fonte:Shutterstock O triângulo enxergado ao centro não existe. Ele é formado pela nossa percepção graças ao corte nos três círculos. A Gestalt estuda esse tipo de fenômeno. Agora vamos utilizar o DICIO (Dicionário Online de Português) para verificar o significado do termo Gestalt. Observe o verbete: / SIGNIFICADO DE GESTALT substantivo feminino [Psicologia] Teoria segundo a qual os fenômenos psicológicos são configurações, tomadas como organizadas, indivisíveis, articuladas e interligadas. Artes Plásticas. Teoria de que a percepção emocional ou estética de uma obra não está ligada à interpretação do espectador, sendo inerente à sua forma e conteúdo. Pronuncia-se: /guestalt/. Etimologia (origem da palavra gestalt). Do alemão Gestalt. Fonte: dicio.com.br TEÓRICOS MAIS IMPORTANTES DA GESTALT Quatro teóricos foram importantes no movimento gestaltista e, consequentemente, para a Psicologia humanista. Vamos conhecê-los? / autor/shutterstock MAX WERTHEIMER (1880-1943) realizou estudos sobre a percepção do movimento. / autor/shutterstock KURT KOFFKA (1886-1941) Sistematizou os princípios da Gestalt e relacionou-a com a Psicologia. / autor/shutterstock WOLFGANG KÖHLER (1887-1967) Realizou estudos do comportamento de chimpanzés e foi o criador do termo insight, percepção súbita e esclarecedora. / autor/shutterstock KURT LEWIN (1890-1947) Tido por muitos como o criador da Psicologia Social, criou a Teoria do Espaço Vital e iniciou os estudos de Dinâmica de Grupo como técnica e procedimento educativo. Antes de continuarmos, é importante explicar dois conceitos que apareceram: INSIGHT TEORIA DO ESPAÇO VITAL INSIGHT É uma percepção mental rápida e clara, uma descoberta, uma revelação. Acontece com frequência quando resolvemos problemas, buscamos a solução, nos debruçamos sobre ele até / que, de repente, a solução aparece, como se ela estivesse olhando para nós. Muitas vezes é ilustradocomo uma lâmpada que se acende na cabeça de uma pessoa. TEORIA DO ESPAÇO VITAL É o espaço vital ou campo psicológico correspondente a todos os fatos que determinam o comportamento de um indivíduo em certo momento. O meio físico, ou geográfico, faz parte dele como um dos componentes, mas o espaço vital equivale ao mundo que a pessoa o experimenta em determinado momento de sua vida. Leva em conta o próprio indivíduo, o meio e a totalidade dos fatos existentes e mutuamente dependentes naquele momento. Dele fazem parte as necessidades, as crenças, os valores, o sistema perceptivo e o motor do ser humano, por exemplo. Uma das áreas do espaço vital, de grande importância para o ser humano, é aquele onde se situa a escola, a aprendizagem formal e tudo que a ela se relaciona. UMA CURIOSIDADE SOBRE A GESTALT Um dos pontos importantes no estudo da Psicologia Humanista são os chamados testes de percepção, que se baseiam nos princípios e nas leis da Gestalt. Vamos ver dois deles. Preste bastante atenção ao que você percebe primeiro. 1º TESTE Alguns percebem primeiro o perfil de duas pessoas (área em preto); outros percebem a figura de um vaso (área em branco). MAS, POR QUE ISSO OCORRE? / Fonte:Shutterstock Fonte: Shutterstock.com | Por Peter Hermes Furian EXPLICAÇÃO Segundo a Gestalt, há uma tendência da percepção em buscar a boa forma, permitindo a relação entre figura e fundo. Essa figura é ambígua, fazendo com que, em um momento, os dois perfis de pessoas sejam figura (percebidos primeiro); em outro momento, os dois perfis se tornam fundo e o vaso aparece como figura. Não é possível ver o vaso e os perfis ao mesmo tempo. 2º TESTE Qual é o segmento de reta maior, A ou B? javascript:void(0) / Fonte:Shutterstock Fonte: Shutterstock.com | Por Peter Hermes Furian EXPLICAÇÃO Embora o segmento A pareça maior que o B, os dois têm o mesmo tamanho, é apenas uma ilusão de ótica. Nessa situação, não é possível alcançar o que a Gestalt chama de percepção da “boa forma” porque a imagem não apresenta equilíbrio, simetria, estabilidade, simplicidade e regularidade. ATENÇÃO Esses chamados “testes de percepção” não podem avaliar nada, são apenas exemplos dos princípios da Gestalt. Fonte: Shutterstock.com | Por WAYHOME studio javascript:void(0) / CONCLUSÃO TALVEZ VOCÊ ESTEJA SE PERGUNTANDO: QUAL A RELAÇÃO DA GESTALT COM A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO HUMANISTA? Além de precursora da Psicologia da Educação Humanista, a Gestalt influenciou os estudos do desenvolvimento e da aprendizagem humana. Seus princípios são aplicados, por exemplo, na produção de todo o material didático impresso ou virtual, como este que estamos utilizando, tornando-o mais harmonioso e amigável para a percepção dos professores e alunos. Fonte: Shutterstock.com | Por Iakov Filimonov Na sala de aula presencial, dentre a quantidade de estímulos perceptuais existentes, é necessário que o professor, os conceitos e materiais que apresenta, sejam “figura” (prioritários) para a percepção dos alunos a fim de fixar a atenção e a motivação para aprender. Se, ao contrário, forem “fundo” (secundários) para a percepção do aluno, haverá dispersão e desinteresse pela aula. / O professor sempre quer que a sua aula seja pregnante. Segundo a Gestalt, a pregnância de um objeto define a rapidez com que é percebido e assimilado, além da eficiência da comunicação da mensagem enviada ao receptor. Apesar de todo esse caminho parecer didático, é possível termos algumas dúvidas: 1 O que isso pode ajudar a um profissional ligado à educação ou a outra área? 2 Será que eu conseguirei entender um aluno? 3 E como posso fazer para conversar com outros profissionais? RESUMO A Psicologia e a Educação são dois campos diferentes, mas que se encontram no século XX. Eles se encontram, pois os dois lidam com a questão de como o aluno passa a ser percebido como alguém diante do ambiente, das trocas. Se ele é alguém, não podemos imaginar que ele seja um gravador, que quando começar a falar sobre baía, morro, montanha, ele automaticamente vá entender tudo o que ouviu. E que depois basta ser cobrado na prova para que prove saber. Fonte: Shutterstock.com | Por Monkey Business Images / DICA Um professor deve entender que ele não é o sujeito que vai condicionar o aluno, ou que vai corrigir seu caminho. O melhor que esse profissional pode fazer — como a Psicologia humanista nos mostrou — é pensar que o outro seja um sujeito. Uma pessoa, a qual possui uma teia de relações dinâmicas, que uma vez reconhecida deve ser estimulada. Então, se permitir os insights, se estimular o aluno como centro do seu olhar, terá mais capacidade de que ele o entenda, que construa algum tipo de conhecimento. Vamos entender como funciona Psicologia humanista e Educação na prática: / VERIFICANDO O APRENDIZADO A PSICOLOGIA DA GESTALT FOI DESENVOLVIDA POR VÁRIOS ESTUDIOSOS. UM DELES FORMULOU A CONHECIDA TEORIA DO ESPAÇO VITAL, DE GRANDE APLICAÇÃO NA PSICOLOGIA E NA EDUCAÇÃO. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O NOME DESSE TEÓRICO: A) Sigmund Freud B) Wolfgang Köhler C) Burrhus Frederic Skinner D) Kurt Lewin 2. UMA PROFESSORA SELECIONA COM CUIDADO O MATERIAL QUE VAI UTILIZAR PARA APRESENTAR UM CONCEITO NOVO AOS ALUNOS. ALÉM DISSO, ORGANIZA O ASSUNTO EM GRAUS DE DIFICULDADE E LANÇA MÃO DA VOZ E DOS GESTOS PARA SUBLINHAR OS ASPECTOS MAIS IMPORTANTES. SEGUNDO A GESTALT: A) Ela deseja que a aula e o conteúdo apresentado se tornem figura para os alunos. B) Ela deseja que os alunos não tenham insights durante a aula. C) Ela deseja que a aula e o conteúdo apresentado se tornem fundo para os alunos. D) Ela deseja que a aula não seja pregnante para os alunos. GABARITO / A Psicologia da Gestalt foi desenvolvida por vários estudiosos. Um deles formulou a conhecida teoria do espaço vital, de grande aplicação na Psicologia e na Educação. Assinale a alternativa que apresenta o nome desse teórico: A alternativa "D " está correta. Kurt Lewin foi um dos principais teóricos da Gestalt. Foi o fundador da Psicologia social e dos estudos sobre a teoria da dinâmica de grupo, utilizando métodos científicos para estudar os fenômenos que ocorrem em humanos, com aplicações na área organizacional e na Educação. Seu conceito mais conhecido foi o de “espaço vital”, um espaço psicológico e não físico, “(...) a totalidade de fatos que determinam o comportamento do indivíduo num certo momento” (LEWIN, 1973). 2. Uma professora seleciona com cuidado o material que vai utilizar para apresentar um conceito novo aos alunos. Além disso, organiza o assunto em graus de dificuldade e lança mão da voz e dos gestos para sublinhar os aspectos mais importantes. Segundo a Gestalt: A alternativa "A " está correta. Quando um professor dá uma aula, deseja sempre que ele próprio e o conteúdo se tornem “figura”, e não “fundo” para os alunos. Segundo a Gestalt, no processo de percepção, a figura é o elemento percebido primeiro e possui significado, destacando-se do fundo, que é menos significativo. Quanto aos insights, eles são desejáveis, pois constituem percepções rápidas, descobertas ligadas à compreensão, ao conhecimento, à intuição. Aprimoram a capacidade de apreender alguma coisa, pois as soluções de problemas surgem de forma repentina. MÓDULO 2 Distinguir os princípios da teoria de Carl Rogers e a sua aplicabilidade na Educação / PREMISSA No módulo anterior... Verificamos a estreita relação entre a Psicologia e a Pedagogia, o surgimento do Humanismo como a “terceira força na Psicologia”, em contraposição à Psicanálise e ao Behaviorismo. Vimos que a Psicologia da Educação Humanista se caracteriza pela visão positiva do ser humano, pela valorização das suas escolhas e pelo foco no que é relevante para a condição humana. Abordamos a Gestalt, também conhecida como Psicologia da forma, como precursora da Psicologia da Educação Humanista e seus vultos mais importantes. Fonte: Shutterstock.com| Por fran_kie AGORA, ESTUDAREMOS UM DOS TEÓRICOS MAIS IMPORTANTES DO HUMANISMO, CRIADOR DA ABORDAGEM EDUCACIONAL CHAMADA “LIBERDADE PARA APRENDER”. / PARA MIM, FACILITAR A APRENDIZAGEM É O OBJETIVO ESSENCIAL DA EDUCAÇÃO, A MELHOR MANEIRA DE CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO QUE APRENDE E DE APRENDER AO MESMO TEMPO A VIVER COMO INDIVÍDUOS. EU VEJO O PROCESSO QUE PERMITE FACILITAR A APRENDIZAGEM COMO UMA FUNÇÃO CAPAZ DE LEVAR A RESPOSTAS CONSTRUTIVAS, PROVISÓRIAS E EVOLUTIVAS PARA CERTAS INTERROGAÇÕES MUITÍSSIMO IMPORTANTES QUE ASSALTAM OS HOMENS ATUALMENTE. (ROGERS, 1986) VAMOS EXPLICAR MELHOR ESSA CITAÇÃO: Imaginemos uma professora que ama percepção do espaço. Alguém que acha que o homem que entende o espaço, entende melhor a vida. Porém, quando ela fala sobre Geografia física aos alunos, eles querem sair correndo. Pelo que lemos, se essa professora utilizar as ideias de Carl Rogers, ela pode ter alguns resultados diferentes. Se a educação é uma maneira de contribuir para o desenvolvimento do / indivíduo, então essa profissional não precisa chegar com a informação que tem, uma vez que se ela faz isso, o aluno não tem o que fazer. Da maneira com a qual essa profissional está agindo, o aluno só ouve, repete, anota, repete para si e esquece. Se ela conseguir que o aluno primeiro perceba que aquele conhecimento é importante, ela dará ferramentas para que ele consiga construir um pensamento sobre aquilo e assim a coisa pode ser diferente. Se, em vez de falar dos tipos de erosão, falar sobre o problema de uma região e pedir para que os alunos, com a ajuda da Geografia, desvendem o que está acontecendo, eles serão despertados pelo senso de empatia, pelo despertar do conhecimento. Fonte: Shutterstock.com | Por Monkey Business Images QUEM FOI CARL ROGERS? Fazendo uma breve biografia acadêmica de Carl Rogers (1902-1987), percebemos que o norte- americano teve uma formação inicial em Ciências Físicas e Biológicas, além de ter frequentado seminário teológico; e somente mais tarde se dedicou aos estudos da Psicologia, área de seu mestrado e doutorado. / Fonte:Shutterstock Carl Rogers. Fonte: Bettmann Archive INÍCIO DOS ESTUDOS Tendo iniciados seus primeiros experimentos clínicos ainda apoiados na teoria behaviorista, teria já trabalhado os princípios de ruptura com Freud e Skinner, aproximando-se das proposições de Otto Rank (1884-1939), que já havia se desligado da linha ortodoxa de Freud. INGRESSANDO EM PSICOLOGIA Carl Rogers, trabalhando com as questões da Psicologia e da clínica, passou a perceber que a prática poderia lhe dar mais possibilidades do que as amarras dos velhos conceitos acadêmicos. Isso fez com que o professor Carl Rogers cada vez mais se dedicasse à clínica, quando ele se torna professor universitário em Ohio (EUA), do que necessariamente à reprodução de seus mestres. CRÍTICAS Sua busca era centrar-se no paciente e nas demandas relativas ao paciente; sua produção e suas potencialidades de desenvolvimento e melhoria dos resultados. De todo modo, as críticas iniciais a que foi submetido, justamente por se afastar de pressupostos, naquele momento reconhecidos como clássicos; a relação com os estudantes ávidos por buscar e obter resultados que não se manifestavam somente nos manuais, elevou-o à condição de um autor em evidência na área da Psicologia, tornando-o um sucesso editorial. / “PROFESSOR ROGERS” Foi como professor da Universidade de Chicago (EUA) e secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico que ele escreveu seu método de terapia centrada no cliente, mudando a linha de formação dele próprio e se aproximando de pessoas como Kurt Goldstein (1878-1965), formulando uma teoria da personalidade e conduzindo pesquisas sobre a psicoterapia, o que muito pouco era feito com relação à abordagem do momento, a Psicanálise. APROXIMAÇÃO COM A EDUCAÇÃO Em 1957, Rogers passa a ensinar na Universidade de Wisconsin (EUA), onde se graduou; lá ele se aproximou definitivamente da Educação e do potencial de seus estudos para essa outra ciência. Seu estudo de psicoterapia é brilhante, intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia em pacientes diagnosticados por esquizofrenia, extrapolando para outras dificuldades que impactavam a vida dos pacientes e seus desenvolvimentos. Seus estudos sempre se atentavam ao paciente e às suas relações ambientais, sociais, com ênfase no envolvimento da família; o foco de sua abordagem buscava perceber as relações humanas como elemento primordial. RECONHECIMENTO Desde 1964, Rogers associou-se ao Centro de Estudos da Pessoa, em La Jolla, Califórnia (EUA), entrando em contato com outros teóricos humanistas, como Maslow (1908-1970), e filósofos, como Buber (1878-1965) e outros. Carl Rogers chegou ao auge de sua popularidade, passando a ser considerado referência por muitos, por verem nele uma linha diversa da marcada pelo uso dos medicamentos, das técnicas terapêuticas lineares e dos diagnósticos. A TRAJETÓRIA DE CARL ROGERS PODE PARECER UMA INFORMAÇÃO ENCICLOPÉDICA, MAS NOS AJUDA A COMPREENDER O TRAJETO DE SUA TEORIA. / A Psicologia não era um campo consolidado, ainda podemos chamar de campo inicial quando Rogers se interessa por ela e, por conta disso, fortemente dominado pelas relações freudianas. Os estudos sobre comportamento, reprodução, assimilação e as capacidades da mente humana faziam parte dos noticiários, das revistas científicas e eram considerados avanços importantes. Afinal, é importante lembrar que tanto Pedagogia como Psicologia, em termos científicos, como campo de pesquisa, eram relativamente recentes. Ainda que nomes importantes já viessem sinalizando outros caminhos, essa trajetória de rompimento nos dois campos de uma vez (Psicologia e Educação) não foi nada fácil. RESUMINDO A biografia de Rogers humaniza a pesquisa e o desafio vivido para que ela pudesse ter sido empreendida. Ao desenvolver um modelo de Psicologia centrado no paciente, permite um desdobramento de uma educação centrada no aluno. Esse paradigma não tem nada de simples ou pequeno, mas representa efetivamente uma mudança da maneira como o senso comum, ainda atualmente, pensa a Educação. “TERAPIA CENTRADA NA PESSOA”? Foi a abordagem psicoterapêutica criada por Carl Rogers, que considerava a saúde mental como principal questão da Psicologia, contradizendo, por exemplo, a ênfase na neurose, da Psicanálise e na modificação do comportamento observável, do Behaviorismo. O terapeuta precisa criar um clima de empatia, compreensão e aceitação, permitindo ao cliente expressar-se abertamente. Atua como um facilitador, sabendo que o paciente tem recursos para a autocompreensão e para mudar o próprio comportamento. Está fundamentada em três princípios: congruência, vivência livre dos sentimentos e atitudes; consideração positiva incondicional do terapeuta em relação ao paciente; compreensão empática, percebendo o quadro do paciente como se fosse o seu. / TODO O TRABALHO DA PSICOTERAPIA SE REFERE A UMA FALHA NA COMUNICAÇÃO. A PESSOA EMOCIONALMENTE DESADAPTADA, O 'NEURÓTICO', TEM DIFICULDADES, EM PRIMEIRO LUGAR, PORQUE ROMPEU A COMUNICAÇÃO CONSIGO PRÓPRIA E, EM SEGUNDO, PORQUE, COMO RESULTADO DESSA RUPTURA, A COMUNICAÇÃO COM OS OUTROS SE VIU PREJUDICADA. (ROGERS, 1997) Ao se tornar "moda" no campo da Educação, Rogers o fez partindo de um preceito fundamental: a educação deve ser centrada no aluno. Não é no problema do aluno, não é na fragilidade do aluno, não é para agradar ao aluno, mas sim no entendimento que é nesse sujeito complexo, cheio de relações, que é diferente, que efetivamente aprende, desenvolve e descobre que deve estar o olhar do educador. / Fonte: Shutterstock.com | Por Rawpixel.com CARL ROGERS E A PROPOSTA DE “LIBERDADE PARA APRENDER” A síntese das ideias de Rogers sobre a Educação está no livro Liberdade para aprender (1973), no qual questiona o papel da escola diante das questões sociais e da atualidade. Para ele, o papel daEducação seria o de libertar a curiosidade, a indagação e a criatividade dos alunos, permitindo que busquem seus próprios caminhos. Fala de dois tipos de aprendizagem: a que tem o formato de “tarefa imposta”, meramente intelectual, e a “experiencial”, significativa e repleta de confiança e aceitação mútua, que torna o indivíduo autoconfiante e criativo. Acredita que todos os indivíduos possuem uma potencialidade natural para aprender e que a aprendizagem flui naturalmente quando o aluno escolhe livremente a sua orientação e se defronta com problemas práticos, reais e do seu interesse. O professor é chamado de “facilitador da aprendizagem” porque, segundo Rogers, não se pode ensinar diretamente a alguém, o que se pode é facilitar a aprendizagem. O facilitador disponibiliza aos alunos recursos de aprendizagem (o conhecimento do professor também é um recurso de aprendizagem), cria um clima de confiança e aceitação mútua, permitindo a livre expressão das ideias. / Precisa apresentar três qualidades essenciais: Fonte:Shutterstock SAIBA MAIS No livro, também relata algumas experiências bem-sucedidas de aplicação dessa metodologia. Sintetizando, Rogers fala de dez princípios que norteiam a aprendizagem e precisam ser respeitados. Vamos ver quais são: 1 O ser humano possui aptidões naturais para aprender. 2 A aprendizagem autêntica supõe que o assunto seja percebido pelo estudante como relacionado aos seus objetivos e interesses. 3 A aprendizagem, que implica uma modificação profunda da organização interna, representa uma ameaça e o aluno tende a resistir a ela. 4 / Essa aprendizagem, que constitui uma ameaça interna, é mais facilmente assimilada quando as ameaças externas são minimizadas. 5 Quando o sujeito se sente pouco ameaçado, a experiência pode ser percebida de maneira diferente e o processo de aprendizagem pode se efetivar de forma positiva. 6 A verdadeira aprendizagem ocorre em grande parte por meio da ação. 7 A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa ativamente do processo. 8 A aprendizagem espontânea envolve a própria personalidade do aluno. 9 Independência, criatividade e autonomia são facilitadas quando a autocrítica e autoavaliação são privilegiadas em relação à avaliação feita por terceiros. 10 A aprendizagem mais importante, no mundo moderno, é aquela que conhece o seu funcionamento e permite ao sujeito a disposição para experimentar e assimilar suas mudanças. Vamos pensar um pouco como a proposta de Rogers é impactante para a sala de aula: EDUCAÇÃO NO SENSO COMUM EDUCAÇÃO EM ROGERS / Como o indivíduo aprende? O ser humano, na educação, deve absorver os conhecimentos transmitidos. Como o indivíduo aprende? O ser humano aprende, sempre, em todas as oportunidades, faz parte de seu cotidiano, independentemente da transmissão. O que aprende? Os interesses, objetivos e conteúdos são definidos pela instituição e pelo professor; é função do aluno ouvir. O que aprende? Os interesses do aluno são preponderantes para o aprendizado. Como se comporta? O aluno deve aceitar e repetir a educação recebida já que é para seu bem. Como se comporta? O aluno tende a resistir ao novo, ao que lhe tire da condição de conforto. Como se firma o aprendizado? O aluno aprende por absorção e recebimento das informações. / Como se firma o aprendizado? O aluno aprende pelo fazer, pelo interagir, pelo reconhecer. Qual a conclusão? A aprendizagem é padrão e todos os alunos devem receber da mesma forma e eles são classificados em graus. Qual a conclusão? A aprendizagem tem relação com a personalidade do aluno, seus interesses e como recebe a interação com o outro. EXEMPLO Imagine que uma das turmas lecionada por um tutor seja cheia de alunos. COMO PENSAR EM RELAÇÃO À PERSONALIDADE DE CADA UM PARA PODER DAR AULA? Devemos ter em mente que Rogers não está ensinando a dar aulas, mas sim explicando como o aluno aprende, o que chama a sua atenção. / EXPLICAÇÃO O tutor deve começar a perceber que o aluno não aprende só com ele, mas sim que o aluno tem um mar de colegas para troca. O que o autor nos traz é incômodo, pois é o conhecimento novo, é a importância de se melhorar o significado, pensar um pouco mais no que o aluno precisa. Uma sugestão seria, na próxima aula de relevo, pedir para os alunos identificarem onde é a casa deles, quem mora perto de lagoa, mora em morro, em plano, em vale e com isso organizar a sala pelas regiões. Assim, eles conversarão sobre o que é morar naquela condição, sobre o que tem de especial ou de problemático. O SEGUIDOR MAIS CONHECIDO DAS IDEIAS DE CARL ROGERS SOBRE EDUCAÇÃO Antes de terminarmos o módulo, vamos falar um pouco de Summerhill, uma escola fundada na Inglaterra, em 1921, pelo educador Alexander Sutherland Neill (1883-1973) e uma das pioneiras nas chamadas "escolas democráticas". Atualmente, Summerhill é dirigida pela filha de Neill, Zoe Readhead e atende alunos que cursam o que corresponde, no nosso sistema, ao ensino fundamental e ao ensino médio. Fonte:Shutterstock Alexander Sutherland Neill javascript:void(0) / Fonte:Shutterstock Escola Summerhill. Fonte: wikimedia.org É caracterizada por dois princípios: a possibilidade de os alunos escolherem se querem ou não assistir às aulas e a realização de assembleias, das quais todos participam, para decidir as normas da escola. QUANDO FAÇO PALESTRA PARA UM GRUPO DE PROFESSORES, COMEÇO POR DIZER QUE NÃO VOU FALAR SOBRE ASSUNTOS ESCOLARES, SOBRE DISCIPLINA OU SOBRE AULAS. DURANTE UMA HORA / MEU AUDITÓRIO OUVE EM ENLEVADO SILÊNCIO E, DEPOIS DO APLAUSO SINCERO, O PRESIDENTE ANUNCIA QUE ESTOU PRONTO PARA RESPONDER A PERGUNTAS. PELO MENOS TRÊS QUARTOS DAS PERGUNTAS QUE ME FAZEM VERSAM SOBRE MATÉRIA ESCOLAR E ENSINO. NÃO DIGO ISSO TOMANDO ARES SUPERIORES, DE FORMA ALGUMA. DIGO-O COM TRISTEZA E PARA MOSTRAR COMO AS PAREDES DAS SALAS DE AULAS E OS EDIFÍCIOS COM ASPECTO DE PRISÕES ESTREITAM A VISÃO DOS PROFESSORES, IMPEDINDO-OS DE VEREM AS COISAS VERDADEIRAMENTE ESSENCIAIS DA EDUCAÇÃO. O TRABALHO DELES TRATA COM UMA PARTE DA CRIANÇA QUE ESTÁ ACIMA DO PESCOÇO, E NATURALMENTE, A PARTE VITAL, EMOCIONAL DELA, FICA SENDO TERRITÓRIO ESTRANGEIRO PARA O MESTRE. EU GOSTARIA DE VER UM MOVIMENTO MAIOR DE REBELIÃO ENTRE NOSSOS JOVENS PROFESSORES. EDUCAÇÃO DE ALTO NÍVEL E DIPLOMAS UNIVERSITÁRIOS NÃO FAZEM A MÍNIMA DIFERENÇA NA CONFRONTAÇÃO DOS MALES DA SOCIEDADE. UM NEURÓTICO LETRADO NÃO FAZ DIFERENÇA ALGUMA DE UM NEURÓTICO ILETRADO. / (NEILL, 1980) Essa ideia não tem nada de simples. A educação formal, uma vez recebida, mesmo para aqueles que têm excelente desempenho pode não significar nada, mas ser tremendamente relevante a alunos que foram considerados fracos na análise de seus "resultados". Rogers e Neil apontam para o fato de que, quando é o centro, é no sujeito em que observaremos as transformações e é a partir dele que deve ser pensada a educação como um todo. Traços humanos devem ser postos em jogo, devem ser entendidos para que todos os componentes possam ser observados (cotidiano, tensões, medos, transformações) e para que a escola não vire um equivocado palco de disputas de inteligências mal formuladas. EM BUSCA DA INTELIGÊNCIA No processo educativo, professor e aluno experimentam mudanças em suas características pessoais de ser e perceber. QUERO QUE MEUS FILHOS ENTENDAM O MUNDO, MAS NÃO APENAS PORQUE O MUNDO É FASCINANTE E A MENTE HUMANA, CURIOSA. QUERO QUE ELES COMPREENDAM O MUNDO PARA QUE POSSAM FAZER DELE UM LUGAR MELHOR. CONHECIMENTO NÃO É O MESMO QUE MORALIDADE, MAS, SE QUISERMOS / EVITAR ERROS PASSADOS E TOMAR RUMOS POSITIVOS, PRECISAMOS ENTENDER. UMA PARTE IMPORTANTE DESSA COMPREENSÃO É SABER QUEM SOMOS E O QUE PODEMOS FAZER (...) AS VIVÊNCIAS DE COMPREENSÃO QUE VERDADEIRAMENTE IMPORTAM SÃO AS QUE FAZEMOS COMO SERES HUMANOS NUM MUNDO IMPERFEITO, QUE PODEMOS AFETAR POSITIVA OU NEGATIVAMENTE. (ROGERS, 1999) A provocação de Carl Rogers nos ajuda a perceber umpouco mais; é só para ficar com a ideia guardada, pois no próximo módulo estudaremos como a Psicologia humanista tem recentemente se dedicado a pensar as inteligências. Fonte:Shutterstock Fonte: Shutterstock.com | Por fizkes / RESUMO Estamos indo cada vez mais longe! Podemos entender que Rogers trouxe para a Educação uma mudança fundamental: o olhar sobre o aluno. O ALUNO NÃO É UM AGENTE PASSIVO DO CONHECIMENTO, MAS ELE É O PRÓPRIO PRODUTOR DO CONHECIMENTO. Sabemos que esse conceito é difícil. Imagine alguém chegando em uma sala de professores com essas ideias. Possivelmente, diversos colegas olhariam espantados. Isso se deve ao fato de que nós somos muito acostumados a imaginar que o professor vem para trazer o conhecimento. De fato, tem sentido. Devemos refletir que alguns de nós escolheu uma profissão quando temos um referencial. Por exemplo, alguns querem ser professor porque tiveram um professor fantástico. E não necessariamente estamos falando sobre a aula que aquele professor dava, mas sim pelas trocas que foram feitas, por acreditar nos alunos. Podemos entender em Rogers a questão do desafio, da ação. / Vamos entender como funciona Psicologia humanista e Educação na prática: VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. FIEL ÀS IDEIAS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO HUMANISTA, CARL ROGERS AFIRMA QUE O EDUCADOR, A QUEM CHAMA DE FACILITADOR DA APRENDIZAGEM, DEVE POSSUIR ALGUMAS ATITUDES QUE SÃO / CONSIDERADAS BÁSICAS. QUAIS SÃO ELAS? A) Autenticidade, aceitação, incongruência. B) Autenticidade, aceitação, compreensão empática. C) Autoritarismo, aceitação, compreensão empática. D) Autenticidade, aceitação de algumas atitudes dos alunos, compreensão empática. 2. ROGERS ENUNCIOU DEZ PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A LIBERDADE PARA APRENDER. UM DESSES PRINCÍPIOS É: A) O ser humano não possui motivação natural para a aprendizagem, por isso precisa ser treinado para issoA B) A verdadeira aprendizagem ocorre por meio da atenção na aula e no estudo do conteúdo. C) A aprendizagem autêntica supõe que o assunto seja percebido pelo estudante como relacionado aos seus objetivos e interesses. D) A aprendizagem ocorre por meio de estímulos e reforços, a mudança comportamental ocorre por meio do reforço — estímulo do comportamento desejado. GABARITO 1. Fiel às ideias da Psicologia da Educação Humanista, Carl Rogers afirma que o educador, a quem chama de facilitador da aprendizagem, deve possuir algumas atitudes que são consideradas básicas. Quais são elas? A alternativa "B " está correta. A autenticidade se refere à expressão sincera das próprias ideias, emoções e dos próprios sentimentos. Congruência: consiste na atitude autêntica diante do outro, na capacidade de estabelecer uma relação sem máscaras, genuína e espontânea. Rogers propõe a compreensão / empática e a “Aceitação de outro indivíduo, como pessoa separada, cujo valor próprio é um direito. É uma confiança básica — convicção de que a outra pessoa é merecedora de crédito. Apreço pelo aprendiz como ser humano imperfeito, dotado de sentimentos e potencialidades” (ROGERS, 1973). Essa aceitação deve ser relativa a todas as atitudes dos alunos. Todos os princípios da teoria rogeriana apontam a necessidade da educação democrática e nunca do autoritarismo. 2. Rogers enunciou dez princípios que norteiam a Liberdade para Aprender. Um desses princípios é: A alternativa "C " está correta. Um dos princípios da Psicologia da Educação Humanista Rogeriana é a crença no potencial humano. Segundo o autor, cada pessoa tem as respostas e os direcionamentos necessários para conduzir a própria vida. aprendizagem ocorre, em grande parte, por meio da ação e não da atenção na aula e no estudo do conteúdo. O autor afirma que a aprendizagem autêntica requer a motivação oriunda da percepção do aluno de que o que está sendo aprendido é pertinente em relação aos seus objetivos, àquilo que verdadeiramente lhe interessa. MÓDULO 3 Identificar atualidades da Psicologia da Educação Humanista, como a teoria das inteligências múltiplas e a abordagem da inteligência emocional PREMISSA / Encerramos o módulo anterior, que nos apresentou Carl Rogers – e as suas ideias sobre a liberdade para aprender e as características do professor “facilitador da aprendizagem” –, um dos mais conhecidos representantes da Psicologia da Educação Humanista. Essa corrente teórica não ficou restrita ao início do século XX, teve seguidores e dissidentes e frutificou em abordagens teóricas como as duas que veremos agora: a teoria das inteligências múltiplas e a teoria da inteligência emocional. Vamos conhecê-las! Este módulo será dedicado ao estudo de duas abordagens da inteligência, bastante contemporâneas e que trazem marcas perceptíveis da Psicologia da Educação Humanista. Fonte: Shutterstock.com | Por Radachynskyi Serhii CONCEITO DE INTELIGÊNCIA Para começar, vamos conceituar inteligência. O termo inteligência tem muitas definições que dependem, inclusive, da escola teórica que a define. Observe estas duas: Karl Jaspers [1883-1969] “A inteligência é a capacidade de utilizarmos um conjunto de instrumentos (atividade sensorial, memória, habilidade psicomotora e verbal e resistência à fadiga), de modo a nos adaptarmos a qualquer problema da vida.” W. Stern [1871-1938] / “A inteligência é a capacidade de adaptação a novas situações mediante o emprego consciente dos meios ideativos.” SAIBA MAIS Podemos utilizar também uma definição bastante genérica, mas muito abrangente: a inteligência é o conjunto de todos os atributos intelectuais do indivíduo, incluindo as capacidades de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar. Ela distingue o ser humano dos outros animais, embora estudos mostrem que outras espécies, além do homem, como os macacos e os cães, demonstram sinais de comportamento inteligente. INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: O QUE SÃO? Antes de tratarmos sobre inteligências múltiplas, vamos falar sobre quem é Howard Gardner (1943), um norte-americano, descendente de judeus fugidos do nazismo. Formou-se em Harvard (EUA), onde entrou para estudar História do Direito, mas acabou seguindo os passos do psicanalista Erik Erikson (1902-1994) e mudou a carreira acadêmica para os campos combinados de Psicologia e Educação. Fonte:Shutterstock Howard Gardner / Fez parte do Harvard Project Zero, que se destinava inicialmente às pesquisas sobre educação artística. Sua pesquisa era sobre as inteligências múltiplas. Lançou um livro, em 1993, chamado Inteligências múltiplas: teoria na prática, tornando-se um best-seller mundial e projetando o autor e a sua teoria. Os estudos de Howard Gardner sobre a inteligência tiveram grande impacto na Psicologia e na Educação no final do século XX. Gardner contradisse o conceito de QI (Quociente de inteligência) , ainda muito utilizado, e apresentou vários tipos de inteligência com suas respectivas características. Segundo o autor, nós já nascemos com essas inteligências, mas o desenvolvimento delas será determinado não apenas pelos fatores genéticos e neurobiológicos, mas também por fatores ambientais. O viés humanista do pensamento de Gardner pode ser bem percebido nessa citação do autor, ao falar da inteligência da criança e do papel do professor: O MAIOR DESAFIO É CONHECER CADA CRIANÇA COMO ELA REALMENTE É, SABER O QUE ELA É CAPAZ DE FAZER E CENTRAR A EDUCAÇÃO NAS CAPACIDADES, FORÇAS E NOS INTERESSES DESSA CRIANÇA. O PROFESSOR É UM ANTROPÓLOGO, QUE OBSERVA A CRIANÇA CUIDADOSAMENTE, E UM ORIENTADOR, QUE AJUDA A CRIANÇA A ATINGIR OS / OBJETIVOS QUE A ESCOLA, O DISTRITO OU A NAÇÃO ESTABELECEU. (GARDNER, 1995) Fonte: Shutterstock.com | Por rozbeh QUOCIENTE INTELECTUAL (QI) O chamado quociente intelectual (QI) era o padrão utilizado para avaliar a inteligência humana aceito no início do século XX e utilizado, por exemplo, para definir o desempenho escolar esperado das crianças, correspondente à idade delas. Os testes de QI, criados pelopsicólogo francês Alfred Binet (1857-1911,) eram amplamente utilizados e fundamentados na relação entre a idade mental e a idade cronológica. Acreditava-se que era possível verificar, por meio desses testes, se uma criança apresentava um desenvolvimento mental normal, avançado ou com atraso. O psicólogo alemão William Stern sugeriu que os escores dos testes de inteligência podiam ser expressos em termos de um quociente de inteligência ou QI, de acordo com a fórmula: / Ó Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EXEMPLO Se um indivíduo tem uma idade mental de 10 anos, segundo o resultado de um teste, e uma idade cronológica de 8 anos, seu QI será de 125. Com o decorrer dos estudos sobre a inteligência humana, Gardner percebeu que o conceito de quociente intelectual era insuficiente para explicar fenômeno tão complexo. Utilizando variadas formas de testagem, inclusive não verbais, estabeleceu que a capacidade cognitiva humana pode ser mais bem descrita como um conjunto de oito capacidades mentais e defendeu uma avaliação completamente diversificada do que ele denomina “inteligências múltiplas”. Esse perfil de inteligências caracteriza cada um de nós, e as múltiplas inteligências são desenvolvidas em diferentes graus. Gardner explica que algumas pessoas são mais capazes em certos setores que em outros, dependendo das inteligências mais desenvolvidas que possuem, mas todos nós somos “inteligentes”. É interessante refletirmos em Gardner que todos nós somos inteligentes, mais para algumas áreas e menos para outras, e que isso define uma identidade intelectual de cada um. Gardner propôs os seguintes tipos de inteligência: LÓGICO-MATEMÁTICA Quantificar dados e avaliar hipóteses. LINGUÍSTICA Lidar criativamente com palavras e símbolos. CORPORAL-CINESTÉSICA / Coordenar mente e corpo. MUSICAL Diferenciar sons, ritmos, tons e timbres. ESPACIAL Perceber o mundo tridimensionalmente. INTERPESSOAL Entender os sentimentos e motivações das pessoas, colocando-se no lugar delas. INTRAPESSOAL Entender a si mesmo e aos seus próprios sentimentos e desejos. NATURALISTA Compreender a relação entre os seres vivos e o ambiente. EXISTENCIAL Questionar o sentido da vida e da morte. SAIBA MAIS Primeiramente foram diagnosticadas as sete primeiras e somente com a continuidade das pesquisas foram reconhecidas a existência de mais duas formas de inteligência (naturalista e existencial). Como disse Gardner em uma de suas obras: / [...] PELO MENOS SETE DIFERENTES MODOS DE CONHECER O MUNDO — MODOS QUE EM OUTROS LUGARES EU DEFINI COMO AS SETE INTELIGÊNCIAS HUMANAS. DE ACORDO COM ESTA ANÁLISE, TODOS NÓS ESTAMOS APTOS A CONHECER O MUNDO ATRAVÉS DA LINGUAGEM, DA ANÁLISE LÓGICO- MATEMÁTICA, DA REPRESENTAÇÃO ESPACIAL, DO PENSAMENTO MUSICAL, DO USO DO CORPO PARA RESOLVER PROBLEMAS OU PARA FAZER COISAS, DE UMA COMPREENSÃO DE NÓS MESMOS. ONDE OS INDIVÍDUOS DIFEREM É NO "VIGOR" DESSAS INTELIGÊNCIAS — O ASSIM CHAMADO PERFIL DE INTELIGÊNCIAS — E NA FORMA COMO TAIS INTELIGÊNCIAS SÃO INVOCADAS E COMBINADAS PARA EXECUTAR DIFERENTES TAREFAS, RESOLVER PROBLEMAS VARIADOS E PROGREDIR EM VÁRIAS ÁREAS. (GARDNER, 1994) RESUMO Se unirmos as perspectivas que aprendemos com o Rogers com o tipo de inteligência do Gardner, podemos perceber que cada aluno é um e por isso devemos ofertar possibilidades para que o aprendizado possa se materializar. / EXEMPLO Quando pegamos um documento que tem sido muito trabalhado pela escola, como BNCC, em especial quando ela fala das fases do desenvolvimento da criança, os tipos de desenvolvimento que devem ser encorajados em cada fase, podemos reparar que já vimos isso. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) fala em educação por competência e quando lida com o desenvolvimento infantil aponta que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento passam por reconhecer uma série de aspectos que percebemos presentes na pesquisa de Gardner. DANIEL GOLEMAN E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Vamos encerrar este módulo apresentando um segundo movimento teórico importante na Psicologia e que tem as suas raízes na Psicologia da Educação Humanista. O conceito de inteligência emocional surgiu na década de 1990 e rapidamente ganhou projeção no cenário mundial, provocando polêmicas, consensos e dissensos. Estabelecia uma ruptura, de certa forma, com a ênfase na racionalização, base do pensamento científico ocidental, resgatando a importância dos aspectos emocionais. Daniel Goleman (1946) é um psicólogo, escritor e jornalista norte-americano, autor do best-seller Inteligência emocional. Foi aluno no Amherst College e na Universidade da Califórnia, ambos nos EUA. Recebeu o PhD na Universidade de Harvard (EUA) onde também lecionou. Foi jornalista do The New York Times, onde cobria a seção de ciências do comportamento e do cérebro. / Fonte:Shutterstock Daniel Goleman O conceito de inteligência emocional está ligado ao de “inteligência social”. Podemos afirmar que um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar e controlar as próprias emoções com mais facilidade. Sua formulação nos faz lembrar o conceito de “inteligência intrapessoal”, de Howard Gardner, que assim a define: (...) O CONHECIMENTO DOS ASPECTOS INTERNOS DE UMA PESSOA: O ACESSO AO SENTIMENTO DA / PRÓPRIA VIDA, À GAMA DAS PRÓPRIAS EMOÇÕES, À CAPACIDADE DE DISCRIMINAR ESSAS EMOÇÕES E EVENTUALMENTE ROTULÁ-LAS E UTILIZÁ-LAS COMO UMA MANEIRA DE ENTENDER E ORIENTAR O PRÓPRIO COMPORTAMENTO. A PESSOA COM BOA INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL POSSUI UM MODELO VIÁVEL E EFETIVO DE SI MESMA. UMA VEZ QUE ESTA INTELIGÊNCIA É A MAIS PRIVADA, ELA REQUER A EVIDÊNCIA A PARTIR DA LINGUAGEM, DA MÚSICA OU DE ALGUMA FORMA MAIS EXPRESSIVA DE INTELIGÊNCIA PARA QUE O OBSERVADOR A PERCEBA FUNCIONANDO. (GARDNER, 1995) Fonte: Shutterstock.com | Por Rawpixel.com ATENÇÃO / Se a escola fosse um palco linear onde todos fossem iguais e todas suas maneiras de medir fossem idênticas, nossos modelos tradicionais seriam precisos. No entanto, a escola é feita por pessoas, que têm diversas formas de inteligências e experimentos de como desenvolver essa inteligência. Gardner nos faz pensar em pessoas e em como reconhecemos pessoas. O professor também tem as suas inteligências, suas formas de organizar, ordenar, relacionar-se, mas cabe a ele perceber que precisa de conhecimento, instrumentalizações, não para transmitir, mas sim para desenvolver aspectos dessas inteligências. Grande desafio e, para tal, precisamos entender um pouco mais. QUAIS SÃO OS DOMÍNIOS BÁSICOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL? A vida atual e os desafios da modernidade fazem com que o conceito de inteligência emocional tenha, atualmente, bastante aplicação. Se pegarmos como exemplo dessa questão os professores, eles estão sendo constantemente desafiados em relação à manutenção da serenidade e do equilíbrio emocional. Segundo Daniel Goleman, no seu livro Inteligência emocional, há cinco domínios básicos a partir dos quais essa inteligência se desenvolve. Vamos ver quais são: AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL Autoconsciência - melhora no reconhecimento e na designação das próprias emoções. AUTOCONTROLE Controle emocional - habilidade do sujeito para gerir as próprias emoções. AUTOMOTIVAÇÃO Persistência - capacidade de canalizar produtivamente as emoções. EMPATIA Reconhecimento das emoções dos outros, capacidade de adotar a perspectiva do outro. SOCIABILIDADE Aptidão social - habilidade em relacionamentos interpessoais. / ALGUMAS VANTAGENS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Segundo Daniel Goleman, o desenvolvimento da Inteligência Emocional traz inúmeras vantagens não apenas intelectuais, mas na vida afetiva, social, profissional. Pessoas que possuem inteligência emocional bem desenvolvida, dentre outras coisas: 1 Apresentam menor ansiedade e estresse. 2 Possuem autoestima mais elevada. 3 Desenvolvem melhores relações sociais. 4 Manifestam maior responsabilidade e comprometimento.5 Têm maior poder de decisão. 6 Apresentam maior equilíbrio emocional. 7 São mais assertivas, têm metas e objetivos mais claros e persistentes. 8 Manifestam maior compreensão e empatia em relação ao próximo. Resumindo, o autor fala que a inteligência emocional é: / (...) A CAPACIDADE DE CRIAR MOTIVAÇÕES PARA SI PRÓPRIO E DE PERSISTIR NUM OBJETIVO APESAR DOS PERCALÇOS; DE CONTROLAR IMPULSOS E SABER AGUARDAR PELA SATISFAÇÃO DE SEUS DESEJOS; DE SE MANTER EM BOM ESTADO DE ESPÍRITO E DE IMPEDIR QUE A ANSIEDADE INTERFIRA NA CAPACIDADE DE RACIOCINAR; DE SER EMPÁTICO E AUTOCONFIANTE. (GOLEMAN, 1996) RESUMO A Psicologia acabou por gerar uma transformação importante na Educação pelo debate sobre o papel dos alunos, com a Gestalt, os insights, as “figuras” e técnicas para podermos efetivamente trabalhar com os alunos. Rogers ajudou a perceber que aluno tem autonomia, tem que ser lidado como indivíduo e que o processo de educação não é um ato fácil, aceito, mas sim um processo de mediação fundamental. Quanto a Gardner e Goleman, pudemos perceber que alunos precisam ser estimulados em suas inteligências, que são múltiplas, apresentam conjuntos emocionais fundamentais e devem estar no olhar do docente, buscando fortalecer o que é mais efetivo e trabalhar para despertar, fundamentar, estruturar as dificuldades que são apresentadas. Sempre com o olhar para o aluno. / COMENTÁRIO Na prática, os professores precisam perceber quais os alunos que são fortes em liderança, e contar com eles para ajudá-lo nos trabalhos baseados na solução de problemas. Uma possibilidade é eles ajudarem na integração dos grupos. É necessário ver quem tem mais facilidade física, e os que possuem um fundamento mais estrutural nas operações imediatas têm que ganhar função, participação. Existe um desafio pela frente, mas certamente com um conjunto de possibilidades bem mais ricas. / VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. HOWARD GARDNER DESENVOLVEU A CONHECIDA TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS. SOBRE UMA DELAS, DIZ GARDNER: “(...) EXECUTAR UMA SEQUÊNCIA MÍMICA OU BATER NUMA BOLA DE TÊNIS NÃO É RESOLVER UMA EQUAÇÃO MATEMÁTICA. E, NO ENTANTO, A CAPACIDADE DE USAR O PRÓPRIO CORPO PARA EXPRESSAR UMA EMOÇÃO (COMO NA DANÇA), PRATICAR UM JOGO (COMO NUM ESPORTE) OU CRIAR UM PRODUTO [...] É UMA EVIDÊNCIA DOS ASPECTOS COGNITIVOS DO USO DO CORPO” (GARDNER, 1995, P. 24). O AUTOR ESTÁ FALANDO DE: A) Inteligência espacial B) Inteligência interpessoal C) Inteligência musical D) Inteligência cinestésica 2. DANIEL GOLEMAN FALA DE CINCO DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. OBSERVE AS DUAS COLUNAS A SEGUIR. A PRIMEIRA TRAZ O NOME DE CADA DOMÍNIO DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL; A SEGUNDA APRESENTA O CONCEITO DE CADA DOMÍNIO, MAS ESTÁ FORA DE ORDEM. 1 – AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL 2 – AUTOCONTROLE 3 – AUTOMOTIVAÇÃO / 4 – EMPATIA 5 – SOCIABILIDADE ( ) CONTROLE EMOCIONAL, HABILIDADE DO SUJEITO PARA GERIR AS PRÓPRIAS EMOÇÕES. ( ) HABILIDADE EM RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS, APTIDÃO SOCIAL. ( ) RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES DOS OUTROS, CAPACIDADE DE ADOTAR A PERSPECTIVA DO OUTRO. ( ) AUTOCONSCIÊNCIA, MELHORA NO RECONHECIMENTO E DESIGNAÇÃO DAS PRÓPRIAS EMOÇÕES. ( ) CAPACIDADE DE CANALIZAR PRODUTIVAMENTE AS EMOÇÕES, PERSISTÊNCIA. NUMERE A 2ª COLUNA NA ORDEM CORRETA, FAZENDO CORRESPONDER AS DUAS COLUNAS. AGORA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A NUMERAÇÃO CORRETA: A) 2 – 5 – 1 – 4 – 3 B) 2 – 5 – 4 – 1 – 3 C) 5 – 2 – 4 – 1 – 3 D) 3 – 1 – 4 – 5 – 2 GABARITO 1. Howard Gardner desenvolveu a conhecida teoria das inteligências múltiplas. Sobre uma delas, diz Gardner: “(...) executar uma sequência mímica ou bater numa bola de tênis não é resolver uma equação matemática. E, no entanto, a capacidade de usar o próprio corpo para expressar uma emoção (como na dança), praticar um jogo (como num / esporte) ou criar um produto [...] é uma evidência dos aspectos cognitivos do uso do corpo” (GARDNER, 1995, p. 24). O autor está falando de: A alternativa "D " está correta. O enunciado fala da inteligência corporal – cinestésica, habilidade do uso do corpo todo para expressar ideias e sentimentos e para produzir ou transformar objetos. Ela é responsável pelo controle dos movimentos corporais em situações e ambientes diversos. 2. Daniel Goleman fala de cinco domínios da inteligência emocional. Observe as duas colunas a seguir. A primeira traz o nome de cada domínio da inteligência emocional; a segunda apresenta o conceito de cada domínio, mas está fora de ordem. 1 – Autoconhecimento emocional 2 – Autocontrole 3 – Automotivação 4 – Empatia 5 – Sociabilidade ( ) Controle emocional, habilidade do sujeito para gerir as próprias emoções. ( ) Habilidade em relacionamentos interpessoais, aptidão social. ( ) Reconhecimento das emoções dos outros, capacidade de adotar a perspectiva do outro. ( ) Autoconsciência, melhora no reconhecimento e designação das próprias emoções. ( ) Capacidade de canalizar produtivamente as emoções, persistência. Numere a 2ª coluna na ordem correta, fazendo corresponder as duas colunas. Agora, assinale a alternativa que apresenta a numeração correta: A alternativa "B " está correta. Assim Goleman, em sua obra Inteligência emocional (1996) fala dos cinco domínios da inteligência emocional: / 1 — Autoconsciência: reconhecer um sentimento quando ele ocorre — é o fundamento da inteligência emocional. 2 — Lidar com emoções: lidar com os sentimentos para que sejam apropriados é uma aptidão que se desenvolve na autoconsciência. 3 — Motivar-se: pôr as emoções a serviço de uma meta é essencial para centrar a atenção, para a automotivação e o controle, e para a criatividade. 4 — Reconhecer emoções nos outros: a empatia, outra capacidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, é a “aptidão pessoal” fundamental. 5 — Lidar com relacionamentos: a arte de se relacionar é, em grande parte, a aptidão de lidar com as emoções dos outros. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudamos a Psicologia da Educação Humanista e suas principais bases teóricas. O Humanismo surgiu fazendo sérias críticas à abordagem Behaviorista, pelo seu determinismo exacerbado, e à Psicanálise, e sua ênfase nos determinantes inconscientes do comportamento humano. Caracterizada pela visão positiva do desenvolvimento humano, considera a educação um fenômeno complexo demais para ser visto apenas por uma área do conhecimento, propondo abordagens multidisciplinares. A educação exige, primordialmente, o estabelecimento de boas relações interpessoais. Dá ao aluno posição proeminente nos processos de ensino e aprendizagem. Ele, da mesma maneira que o professor, é visto, em primeiro lugar, como uma pessoa, com todas as potencialidades e necessidades dos seres humanos. / REFERÊNCIAS ANTUNES, M. A. M. Psicologia escolar e educacional: história, compromissos e perspectivas. In: Psicologia Escolar Educacional. Campinas, v. 12, n. 2, p. 469-475, Dec. 2008. Consultado em meio eletrônico em: 1 set. 2020. GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. GARDNER, H. Estrutura da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1994. GOLEMAN, D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996. LEWIN, K. Princípios de psicologia topológica. São Paulo: Cultrix; Editora da Universidade de São Paulo, 1973. MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986. NEILL, A. S. Liberdade sem medo: Summerhill. São Paulo: IBRASA, 1980. ROGERS, C. R. Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 1997. ROGERS, C. R. Liberdade para aprender. Belo Horizonte: Interlivros, 1973. ROGERS, C. R. Liberdade de aprender em nossa década. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. ROGERS, C. R. Inteligência: um conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. / SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage Learning,2008. EXPLORE+ Se você deseja aprofundar ou reforçar aspectos do conteúdo que foi desenvolvido nos módulos, seguem algumas sugestões: Leia o livro Carl Rogers, de Fred Zimring, da Editora Massangana que fala de um dos principais expoentes da Psicologia da Educação Humanista. Assista ao clássico filme Sociedade dos poetas mortos (1989), onde vários princípios da Psicologia da Educação Humanista podem ser vistos. Busque na web por palestras, debates e vídeos sobre o psicólogo Howard Gardner. Uma delas se chama Para cada pessoa um tipo de educação. CONTEUDISTA Eloiza da Silva Gomes de Oliveira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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