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Patologia Geral e da Nutrição – Diabetes Mellitus Prof. Dr. Vitor Alexandre Pezolato Faculdade Einstein – Limeira, SP Graduação em Nutrição Introdução Teremos a Diabetes tipo 1 e 2 Doença causada por hiperglicemia crónica e distúrbios no metabolismo de carboidrato, dos lipídios e proteínas pelo defeito na secreção/ ação da insulina. DM 1: Resultado do desequilíbrio entre a efetividade da produção de insulina e as necessidades glicêmicas da célula, com o objetivo de manter a homeostase. Produção de insulina insuficiente ou ausente pela célula beta do pâncreas, e/ou uma resistência à ação deste hormônio DM - 1 Agressões auto-imunes à célula beta pancreática Presença de anticorpos dirigidos a componentes da ilhota de Langerhans Fisiopatologia: Inadequado aproveitamento dos substratos energéticos Elevação da concentração do glucagon Aumento da produção de glicose hepática Hiperglicemia extracelular e glicopenia intracelular Lipólise Proteólise Produção de corpos cetônicos Glicogenólise, neoglicogênese Ação da insulina: Ligação aos receptores na membrana. Migração de glicotransportadores (GLUT) DM - 1 Agressões auto-imunes à célula beta pancreática Presença de anticorpos dirigidos a componentes da ilhota de Langerhans Fisiopatologia: GLUT 2: pâncreas e fígado; GLUT 4: tecido adiposo e muscular Diminuição da Migração do GLUT Hiperglicemia excede 180mg/dL – Glicosúria Diurese osmótica – poliúria, perda de eletrólitos e desidratação Acúmulo de corpos cetônicos – acidose metabólica e respiração rápida para eliminar CO2. Cetoacidose diabética = catabolismo. DM - 1 Fisiopatologia: DM - 1 Fisiopatologia: Classificação Etiológica Fisiopatologia: Classificação Etiológica Fisiopatologia: Epidemiologia Estudo Multicêntrico de Prevalência DM Tipo 2 no Brasil Epidemiologia Estudo Multicêntrico de Prevalência DM Tipo 2 no Brasil Histórico Familiar e IMC Epidemiologia CONTROLE GLICÊMICO NO BRASIL 85% DM2 e 15% DM1 Adequado EUA e EUROPA PERGUNTA O que a Desnutrição tem em Comum com a Obesidade? E de Diferente? HIPERGLICEMIA Nível de Insulina Sérica Arritmia Aumento da PA Fome excessiva Sede excessiva 13 Introdução Ins IRS-1 IRS-2 IRS-3 IRS-4 Ins α β T PI3Kp110 S Ou Ação inibitória Glut-4 AKT mTOR Síntese Proteica GSK-3 Síntese de Glicogênio AMPK Oxidação de ácidos graxos P70S6K Hardie e Sakamoto, 2006 IRS 1 (substrato de receptor de insulina)= fosforila substratos protéicos e transporte de glicose PI3K (fosfatidilinositol-3-cinase)= importante para regulação da mitogenese AKT = Serina Tirosina quinase mTOR = alvo da rapamicina dos mamíferos - Hipertrofia Aumento do AMPK (proteina quinase ativa por AMP) = Aumento do armazenamento de glicogenio nos miócitos SERINA = resistência à insulina TIROSINA 14 15 DM - 2 DEFINIÇÃO DM 2 é a falência genética programada da célula beta para compensar a resistência herdade ou adquirida à insulina. DM - 2 Padrão de Secreção de Insulina DM 2 é a falência genética programada da célula beta para compensar a resistência herdade ou adquirida à insulina. DM - 2 Secreção de Insulina Intolerância à glicose Aumento do efeito hiperglicêmico do Glucagon > Gliconeogênese Hiperglicemia pós-prandial Hiperinsulinemia tardia DM - 2 Principais Defeitos Metabólicos Insulinorresistente periférico no músculo e no adipócito Redução na secreção de insulina Aumento da produção hepática de glicose Causas da disfunção Genes diabetogênicos Envelhecimento Glico/lipotoxicidade Lipotoxicidade COMO? Diabetes MODY O que é: O termo MODY vem da sigla em inglês para Maturity Onset Diabetes of the Young – ou, em uma tradução livre, algo como diabetes juvenil de início tardio. O diabetes MODY é caracterizado pela produção ou ação prejudicada da insulina, decorrente de mutações em apenas um de uma série de possíveis genes Ter sido diagnosticados com menos de 25 anos de idade; Ter um dos pais com diabetes; Ter diabetes na família há pelo menos duas gerações; Não precisar necessariamente utilizar insulina. Diabetes LADA O que é: Trata-se de uma forma de instalação lenta de diabetes autoimune que, como o diabetes tipo 1, ocorre porque o pâncreas deixa de produzir insulina adequadamente, provavelmente devido a algum motivo que lentamente danifica as células produtoras de insulina no pâncreas. Hiperfagia (aumento da fome) Polidipsia (sede e ingestão de água excessivas) Poliúria (micção excessiva) É, frequentemente, visão turva. Estima-se que mais de 50% das pessoas diagnosticadas como portadoras de diabetes tipo 2 não relacionada à obesidade podem realmente ter LADA A detecção de um nível baixo de peptídeo-C e anticorpos contra as ilhotas de Langerhans reforçam e sustentam este diagnóstico. Nova Classificação de DM Grupo N % Nome proposto Características Tratamento 1 577 6,4 Diabetes autoimune grave – Engloba essencialmente o DM tipo 1 e LADA – Início em idade mais jovem – IMC mais baixo – Controle metabólico ruim – Deficiência de insulina – Anti-GAD positivo – Risco de cetoacidose ao diagnóstico de 31% Insulina foi prescrita em 42% 2 1575 17,5 Diabetes insulino-deficiente grave – Semelhante ao grupo 1, porém Anti-GAD negativo – HBA1c alta – Maior incidência de retinopatia – Risco de cetoacidose ao diagnóstico de 25% – Insulina foi prescrita em 29% – Uso maior de Metformina 3 1373 15,3 Diabetes insulino-resistente grave – Resistência à insulina – IMC elevado – Maior incidência de doença renal do diabetes – Maior risco de complicações crônicas numa média de 3,9 anos Insulina em <4% 4 1942 21,6 Diabetes leve relacionado à obesidade – Obesidade – Idade mais jovem – Não insulino-resistente Insulina em <4% 5 2513 39,1 Diabetes leve relacionado à idade – idade mais avançada – Alterações metabólicas discretas. Insulina em <4% Nova Classificação de DM RESUMO DAS COMPLICAÇÕES Retinopatia diabética Principal forma de cegueira, assintomática no início Comum depois de 20 anos de diabetes (25x vezes mais); Exsudativa: Ocorre por hemorragias e a dislipidemia pode afetar a vascularização. Proliferativa: Vasos anormais, aneurismas, destruição da retina. RESUMO DAS COMPLICAÇÕES Retinopatia diabética Principal forma de cegueira, assintomática no início Comum depois de 20 anos de diabetes (25x vezes mais); Exsudativa: Ocorre por hemorragias e a dislipidemia pode afetar a vascularização. Proliferativa: Vasos anormais, aneurismas, destruição da retina. RESUMO DAS COMPLICAÇÕES Nefropatia Diabética Alteração do endotélio dos vasos renais, levando a alteração da pressão glomerular Reduz a função renal lentamente Perda de albumina, influenciando nas taxas de cicatrização Pode levar a Hemodiálise RESUMO DAS COMPLICAÇÕES Neuropatia diabética Lesão nervosa Afeta o sistema nervoso periférico, motor e autonômico Pode ser reversível ou irreversível Fazer testes de sensibilidade (estesiometro) Buscar alterações na pele Observar diferentes níveis de PA Realizar um EMG Alta glicemia nos nervos periféricos É convertida em Sorbitol Inibe transportes metabólicos e da bomba de sódio/potássio Acumulo de sódio intracelular ocorre alteração no potencial de repouso Diminuem a velocidade Degeneração Walleriana Glicotoxicidade Diabéticos 15 a 46 x maior que não Diabéticos Fatores de risco adicional: Mais de 10 anos da doença: 50% sem diagnóstico Controle glicêmico ruim Hipertensão arterial e dislipidemia Neuropatia e doença vascular periférica Comprometimento cardíaco Comprometimento retiniano ou renal : Microangiopatia avançada Risco de amputação Pé Diabético Um desafio Multidisciplinar e Organizacional 29 1/4 dos pacientes evoluem para amputação contralateral Cerca de 50% de pacientes diabéticos com infecção de membros inferiores e submetidos a amputação morrem no período de cinco anos. Weledji and Fokam Treatment of the diabetic foot – to amputate or not? BMC Surgery 2014, 14:83 J Diabetes Metab Disord.2014;4(13): 79-87. Diabetic footrisk factors in type 2 diabetes patients: a cross-sectional case control study. Nehring, Mrozikiewicz-Rakowsk, et al Mortalidade Vasculopatia + Neuropatia Alterações metabólicas + Imunodeficiência Lesões tróficas – ulcerações – infecção Amputação Óbito Capacidade de resposta Fisiopatologia Pé diabético infeccioso Febre; Dor no local infectado; Aparecimento de pus; Dores musculares; Diarreias; Fadiga; Tosse. Pé diabético isquêmico 2/3 2012 Infectious Diseases Society of America clinical practice guideline for the diagnosis and treatment of diabetic foot infections. Clin Infect Dis. 2012 Jun;54(12):e132-73. dos casos Indicações: Revascularização: Angioplastia com balão/ stent Derivação com veia safena Pé diabético isquêmico DESAFIO Paciente J.J.K., 41 anos, ex-fumante, possui 1,65m com 72kg, sedentária, realizou exames de sangue em jejum, os quais mostraram que a glicemia apresentava 125mg/dL, ainda aumento do potássio sérico. 1-) Você acredita que o quadro dela possa ser reversível, mesmo que ela apresente HAS? O exame bioquímico chegou, tento os resultados: Hb: 16,2 g/100ml Glicemia 347mg/dL Hb Glicada: 15,2% Ureia 23mg/dL CT: 244mg/dL HDL: 71mg/dL LDL: 154mg/dL TG: 97mg/dL 2-) Sua paciente teve alterações no exame bioquímico, assim identifique quais são as principais alterações e o que elas podem acarretar, além de explicar como a sensação de fome e sede constante que sua paciente está passando. DESAFIO 2 Paciente L.I.L.S. 28 anos, atleta de Handebol, 1,87m, pesado 94kg, BF de 11,4%, DM-1, explique, patofisiologicamente, o que ocorre em seu organismo frente as alterações energéticas impostas pela atividade física.
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