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Conteúdo Programático 1 Unidade 1: Dimensionamento de elementos lineares à Torção 1.6 Torção combinada com MF e FC 1.7 Formas de ruptura por torção 1.8 Definição das forças e tensões na treliça 1.9 Critérios da norma para Torção Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 2 1.6 Torção combinada com MF e FC Comportamento de vigas com esforços combinados Sabemos que numa viga de concreto (retangular) as fissuras seguem uma trajetória inclinada de aproximadamente 45° com o eixo longitudinal da viga. Se o MF é elevado comparado ao MT, a zona comprimida pelo MF fica isenta de fissuras Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 3 1.6 Torção combinada com MF (M) e FC (V) Se (V) é elevada, uma face vertical deverá ficar isenta de fissuras (aquelas onde as tensões de cisalhamento da torção e do esforço cortante têm sentidos contrários) Isso fica demonstrado nos modelos de treliça adotado, onde as diagonais comprimidas para a cortante opõem-se às diagonais tracionadas da torção. As fissuras apresentam-se contínuas, em forma de hélice e em 3 das quatro faces. Na face, onde as tensões de compressão superam a de tração, não surgem fissuras Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 4 1.7 Formas de ruptura por Torção Após a fissuração, uma viga sob torção pode ter os seguintes tipos de ruptura: Escoamento dos estribos; Escoamento da armadura longitudinal; Escoamento dos estribos e da armadura longitudinal; Esmagamento do concreto antes do escoamento das armaduras; + = Além disso, pode ocorrer outros modos, COMO Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 5 1.7 Formas de ruptura por Torção 1. Ruptura por TRAÇÃO Após as primeiras fissuras pode ocorrer ruptura brusca por efeito das tensões de tração por torção; pode-se evitar através da colocação de uma armadura mínima. 2. Ruptura da ANCORAGEM A insuficiência da ancoragem do estribo pode causar seu “escorregamento” e deslizamento das barras longitudinais. O cuidado na ancoragem pode evitar essa forma de ruptura. Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 6 1.7 Formas de ruptura por Torção 3. Ruptura por COMPRESSÃO Com armaduras colocadas longitudinalmente e transversalmente pode surgir forte empenamento das faces laterais, ocasionando tensões adicionais ao longo das bielas comprimidas, podendo ocorrer seu esmagamento. Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 7 1.7 Formas de ruptura por Torção 4. Ruptura dos CANTOS A mudança de direção das tensões de compressão nos cantos, origina uma força que pode levar ao rompimento dos cantos da viga. Os estribos e as barras longitudinais dos cantos contribuem para evitar ruptura. Vigas com tensões muito elevadas devem ter o espaçamento dos estribos limitados a 10 cm para evitar essa ruptura. Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 8 1.8 Definição das forças e tensões na treliça generalizada A NBR 6118 considera o modelo de treliça generalizada para o dimensionamento de vigas de CA à torção, em concordância com a TRELIÇA PLANA concebida para a análise da força cortante. É dessa premissa que chega-se as equações de resistência no dimensionamento à torção uniforme no ELU da NBR 6118. Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 9 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 A NBR 6118 separa o estudo dos elementos lineares sujeitos à torção em: “Torção Uniforme” (item 17.5.1) “Torção em Perfis Abertos de Parede Fina” (17.5.2). Na disciplina abordaremos apenas a Torção Uniforme. A norma pressupõe “um modelo resistente constituído por treliça espacial, definida a partir de um elemento estrutural de seção vazada. As diagonais de compressão dessa treliça têm inclinação arbitradas de Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 10 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 A seção vazada equivalente se define a partir da seção cheia com espessura da parede equivalente he dada por: 1) Geometria da seção resistente – espessura equivalente do tubo (he) Item 17.5.1.4 NBR 6118:2014 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 11 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 12 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 a) Tensão na diagonal de compressão 2) Resistência das diagonais comprimidas de concreto b) Limitada pela norma ao valor máximo de: Item 17.5.1.5 NBR 6118:2014 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 13 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 14 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 3) Estribos normais ao eixo do elemento estrutural – armadura transversal cotg = cos/sen 4) Barras longitudinais paralelas ao eixo– armadura longitudinal Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 15 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 16 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 17 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 Segundo a NBR 6118, sempre que a torção for de equilíbrio deverá existir armadura resistente aos esforços de tração. A taxa mínima, com o propósito de evitar a ruptura brusca por tração, é: 5) Armadura mínima Item 17.5.1.2 NBR 6118:2014 Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 1. Dimensionamento de elementos lineares à Torção 18 1.9 Critérios da norma para Torção – NBR 6118 Essa armadura deve ser constituída por estribos verticais periféricos normais ao eixo do elemento e barras longitudinais, distribuídas ao longo do perímetro da seção resistente. Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 19 Dimensionar a viga de seção retangular em balanço abaixo sujeita unicamente a um binário aplicado em sua extremidade. A seção transversal é quadrada. Adotar: fck = 20 MPa e CA-50 cobrimento c = 30 mm estribo = 10 mm armaduras longitudinais: = 16 mm nos cantos = 8 ou 10mm nas faces. Exercício de Aplicação Fd = 140 kN h = 0.40 m b = 0.40 m Fd = 140 kN L = 2 m Estruturas de Concreto II Prof. MSc. Priscilla Camargo 19