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Disfunção Erétil incapacidade de atingir e/ou manter uma ereção com turgência peniana suficiente para alcançar atividade sexual satisfatória EPIDEMIOLOGIA bastante prevalente principalmente em maior idade. estudo nos EUA, entre 40 e 70 anos, 52% No Brasil, na mesma faixa etária, prevalência de 48,8%. Números imprecisos devido a pessoas que relutam em buscar tratamento devido a estigmas sociais, ignorância quanto a efetividade do tratamento e dificuldade para aceitar que é um distúrbio do envelhecimento FATORES DE RISCO A condição é sabidamente associada a: Sedentarismo; Obesidade; Dislipidemia; Hipogonadismo; Tabagismo; Alcoolismo; HAS; Diabetes mellitus; Depressão; Prostatectomia radical; Cirurgias pélvicas prévias; Medicamentos; Coronariopatia; Envelhecimento FISIOLOGIA COMO OCORRE EREÇÃO NORMAL? é necessário integração dos receptores periféricos (do SNP) + cérebro (SNC) Essa estrutura basicamente é composta por vários espaços cavernosos, que tendo o + → abrem-se arteríolas → enchimento de sinusóides seguido de aprisionamento de sangue por oclusão venosa COMO OCORRE A OCLUSÃO? através do plexo venoso subtunical, que fica abaixo da túnica albugínea (que são redes de fibras que envolvem corpos cavernosos e que ajudam a manter a rigidez) Dentro da túnica albugínea, passam veias que levam o sangue de volta normalmente. Porém, conforme os sinusóides vão enchendo, as veias vão colabando/comprimindo até atingir um limite de pressão (que seria a rigidez peniana) Também temos uma molécula muito importante nesse processo que é o NO PSICOLÓGICO O impacto da disfunção erétil vai além do desempenho físico sexual: afeta a qualidade de vida e relacionamento de um casal, pode ter sérios efeitos na autoestima e autoconfiança do homem, refletindo em suas relações interpessoais ETIOPATOGENIA O mais comum é ser de causa multifatorial para chegar na disfunção erétil VASCULAR: Aterosclerose é importante na determinação da disfunção erétil Nesse casos, a disfunção erétil é um marcador para possível comprometimento cardíaco futuro na doença aterosclerótica Pensando na diferença de calibre da artéria peniana e coronária, então a manifestação clínica de estose/oclusão, ocorrerá no sistema reprodutor, no arcabouço arterial que determina a ereção, do que numa artéria coronária Normalmente disfunção erétil ocorre 5 anos antes de apresentar evento cardiovascular importante (IAM/AVC) Assim, os problemas de caráter erétil são desencadeados pelos mesmos fatores de risco para doença aterosclerótica coronariana Segundo a 2ª Conferência de Princeton um paciente com disfunção erétil é um cardiopata até que o contrário seja provado O endotélio tem grande contribuição nos processos de ereção e detumescência dos corpos cavernosos. O principal neurotransmissor liberado pelos corpos cavernosos e pelas terminações nervosas é o óxido nítrico (NO), que é o responsável pela ereção. Trata-se de um vasodilatador periférico que atua no relaxamento das fibras musculares lisas das paredes dos vasos por influenciar o GMPc intracelular. Os níveis de NO nos corpos cavernosos podem ser influenciados pelos androgênios. Estes últimos influenciando a liberação nervosa, enquanto a liberação endotelial é independente NEUROLÓGICO lesões do SNC podem estar associadas a quadros de disfunção erétil de etiologia nervosa causas acidentes vasculares encefálicos, esclerose múltipla e trauma raquimedular. Lesões metabólicas periféricas como neuropatia diabética e alcóolica podem também serem associadas. ENDÓCRINO principal fator é a presença de diabetes Nessa população, os sintomas de disfunção tendem a aparecer de 5 a 10 anos antes do que nos homens sem o distúrbio metabólico. Aproximadamente 75% dos diabéticos apresentam problemas para ereção A qualidade da ereção e o grau de disfunção estão associados a um controle glicêmico insatisfatório, idade, tabagismo e de acordo com a duração da doença diabética SEDENTARISMO é de maneira independente deletério a função erétil. Os pacientes que deixam o hábito possuem uma prevalência da condição de apenas 9% enquanto nos que permanecem sedentários atinge 30% OBESIDADE E SOBREPESO também atuam negativamente sobre o desempenho erétil. O risco para a condição é 30% maior para homens com IMC maior ou igual a 28,7. DEFICIÊNCIA ANDROGÊNICA DO ENVELHECIMENTO MASCULINO também é causa de disfunção por levar a baixos níveis te testosterona circulante. Os prolactinomas assim como o hipogonadismo primário e secundário também são causas. TECIDO PENIANO Alterações histológicas do tecido do corpo cavernoso, como a diminuição do tecido elástico, aumento de fibras colágenas e perda de fibras musculares lisas estão descritas como causa da disfunção. A dislipidemia pode ser causa desses processos. Priaprismo, traumatismo e neoplasias que distorcem a arquitetura e a composição do tecido peniano podem cursar com disfunção erétil DROGAS Esses pctes são polifarmácia anti-hipertensivos e diuréticos são os mais comuns da prática clínica que interferem negativamente sobre a função erétil Porém, associados a eles estão as drogas com ação sobre o SNC, como antidepressivos, anticonvulsivantes As drogas bloqueadoras de androgênio também possuem efeito deletério (tto de próstata) Quando a necessidade anti-hipertensivo é incontestável deve ser optado por antagonistas da angiotensina II e IECAs pois têm menos interferência negativa com a função sexual DIAGNÓSTICO INICIA-SE COM EF + HISTÓRIA HISTÓRIA (PONTO-CHAVE): questionar fatores de risco, principalmente cardiovasculares e se há diabetes concomitante, ou se há história pregressa de cirurgia pélvica Histórico sexual: quando iniciou vida sexual? Qtas parceiras já teve e tem? Diário sexual - quantas relações, frequência alterou? Parceira satisfeita? Tipo de prática? Tem relação homossexual? Se masturba? Ereções espontâneas? Teve trauma psicológico que piorou vida sexual? Uso de medicação/substância que interfere na atividade sexual? AP e medicamentosos Trauma raquimedular? Aterosclerose manifesta? Diabético? Obeso? Sedentário? Tabagista? Pensar que essa população apresenta polifarmácia. Então, é importante ter o histórico medicamentoso o Drogas relacionadas a disfunção erétil – anti- hipertensivos, ADT/ansiolíticos, anti-histamínico, relaxate mm, anti-androgênico, O uso de questionários no diagnóstico pode ser útil, contudo, não são imprescindíveis. O mais usado é o International Index of Erectile Function (IIEF) que possui 15 questões para que o paciente preencha. Este não aborda apenas a ereção por si só, mas também a libido, orgasmos e satisfação que esses trazem e satisfação sexual global. Trata-se de questionário validade e aplicado em pesquisas Uma versão simplificada, o IIEF5 apresenta apenas 5 questões e classifica a disfunção em 5 categorias: Severa (5-7 pontos) Moderada (8-11 pontos Leve a moderada (12-16 pontos) Leve (17-21 pontos) Sem disfunção (22-25 pontos) EXAME FÍSICO Avaliar o pênis Determinar se pcte tem placa que determine curvatura peniana Próstata Ver se HPB ou CA (podem cursar c/ disfunção erétil) Testículo Ver sinais de hipogonadismo (caso não produza testosterona, necessário intervenção) Geral: PA, IMC, circunferência abdominal (para avaliar fatores de risco cardiovasculares) EXAMES LABORATORIAIS MÍNIMOS PARA DIAGNÓSTICO hematológico, glicemia de jejum, testosterona total (livre e calculada ser possível) e perfil lipídico pesquisar causas reversíveis: prolactina (se paciente tem adenoma hipofisário que tá fazendo prolactinoma hipotireoidismo é reversível também Se↑ risco cardiovascular → referenciados ao cardiologista para avaliação EXAMES ADICIONAS teste de ereção farmacológica, doppler peniano com teste farmacológico, fármaco-cavernosografia, arteriografia pudenda seletiva e eletroneuromiografia peniana, estão indicado em pacientes com disfunção erétil primária, pacientes jovens com história de trauma pélvico ou perineal que possam se beneficiar de cirurgia para revascularização, correção de deformidades penianas ou aqueles com doenças psiquiátricas complexas US DOPPLER PENIANO Avaliado tamanho Velocidade do fluxo nas artérias cavernosas Usa-se estresse farmacológico (dobutamina?) AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA é de grande valia para auxiliar no diagnóstico e tratamento. Uma vez que a disfunção possui um caráter psicogênico associado TRATAMENTO Primeira linha: inibidores da fosfodiesterase (PDE5) VO e/ou psicoterapia Segunda linha: autoinjeção intracavernosa Terceira linha: implante de prótese peniana TRATAMENTO VIA ORAL COM OS INIBIDORES DA PDE5 (1ª LINHA) Impedem que essa enzima (presente no corpo cavernoso) degrade o GMPc em GMP → mantendo vasodilatação local → permite ereção indicados quando a causa é orgânica, psicogênica e mista Os nitratos estão contraindicados (relacionado a eventos cardiovasculares) São exemplos de medicamentos VO: Sildenafila (viagra) com apresentações de 25, 50 e 100mg. A dose inicial costuma ser 50mg uma hora antes da atividade sexual. Conforme desempenho a dose pode ser diminuída ou aumentada, a frequência máxima recomendada é de uma vez ao dia. A ingestão de alimentos e álcool pode interferir em sua absorção Tadalafila: comprimidos de 20mg. A dose de recomendação é 20mg VO 30 a 60 minutos antes da atividade sexual. Tem vida média de 17,5 horas e o efeito pode se estender por 36 horas. Alimentos e álcool não interferem na absorção. – Vardenafila: é semelhante em composição a sildenafila. Possui comprimidos de 5, 10 e 20mg. Dose inicial é de 10mg, 25 a 60 minutos antes de relação sexual. Com base na tolerância e eficácia pode ser reduzido para 5mg ou aumentado para 20mg. O uso não deve ultrapassar uma vez ao dia. Sua absorção sofre interferência por alimentos e álcool. Iodenafila: inibidor seletivo da PDE5. Pode ser usado nas doses de 40; 80 e 160mg. Tem ação em 17 a 20 minutos e pode durar até 18 horas. Não tem sua eficácia influenciada por alimentos ou álcool, além de ser molécula inteiramente brasileira AUTOINJEÇÃO INTRACAVERNOSA DE DROGAS VASOATIVAS (2ª LINHA) A prostaglandina E1 tem sido bastante eficaz independente da etiologia da disfunção. Por ser rapidamente metabolizada a ocorrência de priaprismo é menor que 1% e a fibrose dos corpos cavernosos é infrequente efeito colateral mais importante é dor no local de aplicação, pode ser intensa e durar até 3 horas o que leva ao abandono do tratamento A medicação mais usada hoje é o Trimix, composto por PGE1, fentolamina e papaverina, essa formulação apresenta sucesso superior a 95% e é praticamente isenta de efeitos colaterais IMPLANTE DE PRÓTESE PENIANA (3ª LINHA) próteses de silicone são inseridas dentro dos corpos cavernosos que levam a ereção rígida e permanente. Contudo, há desconforto associado. As próteses hoje disponíveis são as de fio de prata revestidas por silicone mais maleável e confortável para o paciente; além das próteses infláveis constituídas por mecanismo hidráulico contido por silicone. A decisão de qual prótese utilizar deve ser baseada na causa base da disfunção, experiência do cirurgião bem como nos hábitos e nível socioeconômico do paciente em questão Ejaculação Precoce Tempo < 1 min após penetração vaginal Melhor definição: inabilidade em retardar ejaculação e que causa sofrimento pessoal (frustração, incômodo, evitar contato sexual) CAUSAS Indeterminada FATOR DE RISCO Disfunção erétil Transtorno de ansiedade QUADRO CLÍNICO Explorar histórico sexual DIFERENCIAR EP 1ª X SITUACIONAL Situacional – iniciando, problema no relacionamento, algum trauma DIAGNÓSTICO Clínico TRATAMENTO Anestésicos tópicos Tramadol
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