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1ºAula
Tecnologias Educacionais na 
Educação
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• compreender a terminologia de tecnologias educacionais;
• interpretar as orientações dos documentos oficiais sobre as tecnologias;
• entender a função do professor mediante a escolha de integrar tecnologias educacionais à sua prática pedagógica.
Bem-vindos(as) a nossa primeira aula de Tecnologias Educacionais na 
Educação!
Nesta aula, abordaremos a temática das Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC), para que possamos compreender os entendimentos 
trazidos por tecnologias para o contexto escolar, uma vez que, para muitos, 
pode se resumir a utilização de um computador como ferramenta para o 
processo de ensino e aprendizagem da Matemática. Será que é apenas isso?
Para tanto, apoiaremo-nos orientações apresentadas pelos documentos 
oficiais, tais como: Parâmetros Curriculares Nacionais, Orientações Curriculares 
Nacionais para o ensino médio, pesquisas em Educação Matemática dentre 
outros. Elencarmos alguns pontos concernentes à prática docente apresentando 
as limitações e potencialidades do uso das tecnologias na educação.
Vejamos, a seguir, os objetivos de aprendizagem e as seções de estudo que 
pretendemos desenvolver com essa aula.
Bons estudos!
Bons estudos!
6Tec. Dig. de Inf. e Com.no Ens. de Matemática
1. 
Seções de estudo
Tecnologias educacionais e suas relações
2. Informática na Educação Matemática: alguns 
reflexos na prática docente
1 - Tecnologias educacionais e suas 
relações
As inovações tecnológicas têm propiciado grandes 
conquistas para o ser humano. Algumas tarefas, mediadas 
pelas novas tecnologias, permitem agregar cada vez mais no 
cotidiano de trabalho, facilitando atividades que, num passado 
nem tão distante, não poderiam ser realizadas. Deve-se levar 
em consideração que as escolas precisam englobar novas 
tecnologias para ascensão de propostas que se apliquem as 
práticas, nesta seção discutiremos como as tecnologias 
educacionais são compreendidas e quais os desafios 
decorrentes do uso delas.
Iniciando esta abordagem, surgem alguns 
questionamentos:
O que são as Tecnologias Educacionais? E como elas podem ser 
aplicadas no âmbito escolar?
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, as 
tecnologias da informação e comunicação, “em suas diferentes 
formas e usos, constituem um dos principais agentes de 
transformação da sociedade, pelas modificações que exercem 
nos meios de produção e por suas consequências no cotidiano 
das pessoas” (BRASIL, 1998, p. 43).
Há décadas, diversos autores discutem como as 
tecnologias podem se integrar no âmbito escolar, de forma que 
não seja apenas um instrumento de progresso na educação, 
mas, sim “um instrumento mediador entre o homem e o 
mundo, o homem e a educação, servindo de mecanismo pelo 
qual o educando se apropria de um saber, redescobrindo e 
reconstruindo o conhecimento” (NISKIER, 1993, p. 11).
Nesse contexto em que se discorre sobre a importância 
das tecnologias para o âmbito escolar, muitas experiências 
em pesquisas (NEVES, 2015; ROCHA, 2014) têm mostrado 
como professores em sala de aula lidam com a possibilidade 
de se trabalhar com tecnologias nas aulas de Matemática. Com 
isso, evidenciam-se muitas limitações, como a falta de técnicos 
que possam auxiliar na preparação do espaço de laboratório 
de informática e instalação de softwares; pouco tempo de aula 
para execução de uma proposta de ensino; rede com baixa 
velocidade de internet, o que pode inviabilizar a instalação 
de programas e plugins necessários para o funcionamento de 
alguns softwares. Mesmo com essas limitações, de acordo com 
Ponte (2000, p. 77): 
As TIC proporcionam uma nova relação 
dos actores educativos com o saber, um 
novo tipo de interacção do professor com 
os alunos, uma nova forma de integração 
do professor na organização escolar e na 
comunidade profi ssional. Os professores 
vêem a sua responsabilidade aumentar. Mais 
do que intervir numa esfera bem defi nida 
de conhecimentos de natureza disciplinar, 
eles passam a assumir uma função educativa 
primordial. E têm de fazê-lo mudando 
profundamente a sua forma dominante de agir: 
de (re) transmissores de conteúdos, passam a 
ser co-aprendentes com os seus alunos, com 
os seus colegas, com outros actores educativos 
e com elementos da comunidade em geral. 
Desse modo, é possível compreender que, ao integrar as 
TIC na prática profissional, é preciso que haja uma mudança 
na postura do professor, em relação às concepções de suas 
práticas pedagógicas, dos papéis que assumem em sala de aula 
no momento de inserção das ferramentas tecnológicas aliadas 
a um conteúdo específico, definindo quais são seus objetivos 
com o uso e os desafios que podem ser encontrados com a 
exploração de novas técnicas.
A Matemática, ao ser abordada em sala de aula, mostra 
que os alunos apresentam muitas dificuldades oriundas dos 
meios confusos pelos quais o professor tenta estabelecer 
relações entre o concreto e abstrato. A memorização de 
fórmulas, por exemplo, é uma prática excessiva do professor, 
pois não possibilita uma articulação entre aquilo que lhe 
apresentado como concreto e o vislumbramento do que é 
abstrato.
Desse modo, compete ao professor refletir, analisar 
e buscar novas alternativas no ensino da Matemática. Para 
fazer experiências de um mundo real, cometer “erros” rever 
os “erros”, tomar consciência dos “erros”, e tentar de novo. 
Assim, nas TIC, os softwares de geometria dinâmica (cabri-
géomètre, régua e compasso, geogébra etc.), por exemplo, 
possibilitam ao aluno o desenvolvimento de habilidades 
cognitivas que abrange altos níveis de aprendizagem, como 
a solução de problemas permeada por estratégias, onde o 
professor pode desafiá-los e conduzi-los a descoberta da 
construção de um conhecimento geométrico.
Nas pesquisas, observamos que os professores, ao serem 
indagados sobre a possibilidade da utilização de programas/
softwares, por exemplo, de geometria dinâmica, com seus 
alunos para melhor definir as propriedades, apresentam uma 
resistência quanto ao uso, pois não possuem capacitação 
para a sua utilização. Por outro lado, os que possuem 
justificam a insuficiência da capacitação para se fazer uso dos 
equipamentos da informática com seus alunos. Entretanto, 
reconhecem que quando o uso das tecnologias se dá de modo 
planejado, adaptado as finalidades educacionais, o processo de 
ensino e aprendizagem se torna satisfatório. 
Em tais circunstâncias, pode-se constatar que a maioria 
dos professores de Matemática relatam a utilização de 
ferramentas tecnológicas como softwares matemáticos com 
seus alunos, porém, na prática pedagógica, isso não ocorre.
Brito e Purificação (2006, p. 40) destacam que “nenhuma 
intervenção pedagógica harmonizada com a sociedade 
contemporânea e com inovações será eficaz sem a colaboração 
consciente do professor e sua participação na busca por 
emancipação social”. 
Nesse contexto, discutir os saberes e práticas docentes é 
uma tarefa delicada e que requer ações concretas diante das 
situações impostas aos professores, pois, mesmo o professor 
7
reconhecendo, que é preciso incorporar a tecnologia à sua 
prática, muitos se esquivam diante da “zona de risco” a quais 
estão sujeitos. Logo, é importante estruturar uma formação 
desses profissionais numa ação de reconstrução de conceitos 
matemáticos utilizando as TIC para propiciar mudanças 
significativas no ensino da Matemática.
Assim, o uso das tecnologias nas aulas de Matemática 
rompe com obstáculos de diálogo observados em sala de aula 
durante o processo de aprendizagem entre professor, aluno 
e saber. O saber está associado ao conhecimento que é parte 
integrante do processo de aquisição das experiências geradas 
na prática pedagógica, pelo professor e aluno.
Nota-se que diversas discussões são realizadas indagando 
como os educadores podem utilizar essas tecnologias em sala 
de aula, sendo que, grande parte deles não recebemnenhuma 
instrução por meio da escola de como utilizá-las. Muitas vezes, 
isso acaba impossibilitando o uso correto dessas tecnologias 
– ou por falta de recursos para instalação destas no âmbito 
escolar, ou por falta de instruções – permitindo então que os 
educadores optem pelo quadro e giz.
Segundo Brito e Purificação (2006, p. 33),
Para que as tecnologias não se constituam 
apenas em uma novidade e não se prestem 
ao disfarce dos reais problemas existentes, 
julgamos conveniente que os professores 
compreendam e aceitem que, atualmente, as 
mudanças nos proporcionam os instrumentos 
necessários para respondermos à exigência 
quantitativa e qualitativa de educação, que esta 
mesma provoca. O que precisamos saber é 
como reconhecer essas tecnologias e adaptá-
las às nossas fi nalidades educacionais.
De fato, as condições às quais o professor é submetido 
em sala de aula, muitas vezes, não permitem ingressar novas 
tecnologias em suas metodologias, lembrando que isso 
sofre influência de fatores como gestão escolar, ausência 
de políticas públicas na educação que discutem sobre o uso 
das tecnologias educacionais, desvalorização da carreira dos 
educadores e ausência de recursos para uma boa formação 
inicial dos docentes. Isso acarreta à aplicação de aulas nos 
quais o docente transmite conhecimento aos seus alunos, e 
esses conhecimentos são desconectados da realidade social, 
política e pessoal dos discentes.
Necessita-se, urgentemente de, uma boa formação 
continuada dos educadores para que possam se adaptar 
e reformular suas metodologias utilizando dos meios 
tecnológicos como ferramentas de apoio para o 
desenvolvimento de suas práticas docentes, em conjunto com 
as questões interdisciplinares que são aplicáveis em sala de 
aula.
Portanto, vincular as tecnologias educacionais no 
contexto nos quais os alunos estão inseridos, de acordo com 
as disciplinas e competências a serem discutidas em sala de 
aula, é, em nossa atualidade, como um grande desafio aos 
professores.
2 - Informática na Educação Matemática: 
alguns reflexos na prática docente
A informática como elemento didático da educação 
Matemática apresenta grandes vantagens, pois, como explica 
Mota e Ceolim (2002), as aulas de Matemática nem sempre 
são atrativas aos alunos, pois a maioria dos professores 
utilizam apenas aulas expositivas e com poucos recursos de 
audiovisual, assim, diante da possibilidade de usar elementos 
didáticos da Informática para aprender fazer cálculos e 
fórmulas Matemáticas passa a entusiasmar-se mais com as 
aulas e consequentemente aprende com mais facilidade.
De acordo com Fanti e Silva (2004), nas aulas de 
Matemática, o computador pode ser utilizado tanto como 
ferramenta de apoio para o ensino, como fonte de pesquisa 
e desenvolvimento de habilidades. Por meio do computador, 
o aluno pode construir conhecimentos a partir de jogos 
educativos que permitem a formulação de problemas a partir 
de situações desafiadoras. Na área da Matemática, muitos são 
os programas desenvolvidos para facilitar a aprendizagem dos 
alunos. 
Para Derkoski (2008), o trabalho do professor na 
educação Matemática requer habilidade e alto conhecimento 
das ferramentas tecnológicas. Diante disso, é importante que 
tenha uma formação adequada, com vasto conhecimento de 
uso dos softwares, bem como estar atualizando sempre seus 
conhecimentos e informações, pois esse é um campo que 
muda constantemente.
Observa-se que existe forte relação entre a Matemática e 
a informática. Nesse sentido, “os computadores trazem novas 
oportunidades à Matemática, também é a Matemática que 
os torna incrivelmente eficazes” (PONTE; CANAVARRO, 
1997, p.23).
Com isso, é preciso que o professor de Matemática 
tenha conhecimento a respeito dos recursos tecnológicos e 
ferramentas produzidas, pois elas deverão ser utilizadas na 
resolução de situações propostas aos alunos para investigação 
mediada com recursos tecnológicos, pois, ao considerarmos 
as competências almejadas no processo de ensino e 
aprendizagem com uso das tecnologias, é sempre esperado do 
professor a articulação entre os conhecimentos do conteúdo, 
técnico, pedagógico e tecnológico a fim de evitar o desejo 
de se distanciar do uso de recursos tecnológicos nas aulas 
mediante relatos de situações pouco eficazes para o ensino.
Assim, faremos algumas reflexões sobre as práticas 
vivenciadas por professores de Matemática, no que diz 
respeito ao uso das ferramentas tecnológicas em seu processo 
de ensino, dos limites e potencialidades que as TIC podem 
ocasionar na inserção do ambiente escolar e na aprendizagem 
dos alunos, serão aqui apresentados.
No âmbito educacional, configura-se, entre os 
professores, um discurso onde o que predomina de fato são 
teorias de uso de recursos tecnológicos, sendo notório a partir 
de relatos de muitos professores, a ansiedade, a insegurança, 
além do desconforto frente à utilização, advindas de um medo 
do fracasso frente ao novo.
Esse novo modelo didático emergente nas escolas orienta 
a criação de um vínculo com a sociedade que os circunda para 
inferir discussões sobre as possibilidades de atender os alunos 
que, uma vez egressos, irão atuar no mercado de trabalho. 
Tal associação deverá buscar alternativas plausíveis para um 
ensino promissor que possa desencadear um aprendizado 
8Tec. Dig. de Inf. e Com.no Ens. de Matemática
enriquecido de conhecimentos significativos na prática 
profissional.
No entanto, para que ocorra a promulgação de propostas 
que concernem com as necessidades das escolas, professores, 
alunos e sociedade, far-se-á necessário uma proposta 
pedagógica bem definida, pois, somente assim, se alcançará 
objetivos que indiciem soluções viáveis no processo de 
ensino, aprendizagem e prática profissional dos professores 
de Matemática.
Sabemos que a Matemática se apresenta na humanidade 
circundada por objetos, elementos da natureza, nas 
construções, inseridas no cotidiano da sociedade. Mas 
quando é enfatizada na sala de aula, o aprendizado para os 
alunos torna-se obsoleto. Isso se evidencia, por exemplo, na 
passagem da geometria plana para a geometria espacial, no 
Ensino Médio.
Desse modo, observamos que a Matemática tem se 
apresentado por séculos com um rigor matemático no qual 
as respostas são dadas frente a argumentações lógicas onde 
se toma como ponto de partida apenas as definições. Com 
isso, os professores, em suas práticas pedagógicas, adotam 
as propriedades que precisariam ser demonstradas a seus 
alunos de modo a torná-las concretas, frisando serem apenas 
definições importantes, instigando os alunos apenas a 
compreender as fórmulas, técnicas e/ou definições necessárias 
para a resolução de problemas matemáticos. Tal prática é 
questionada pelas Orientações Curriculares Nacionais quando 
a mesma propõe que:
No uso de tecnologia para o aprendizado da 
Matemática, a escolha de um programa torna-
se um fator que determina a qualidade do 
aprendizado. É com a utilização de programas 
que oferecem recursos para a exploração de 
conceitos e idéias Matemáticas que está se 
fazendo um interessante uso de tecnologia 
para o ensino da Matemática. Nessa situação, 
o professor deve estar preparado para 
interessantes surpresas: é a variedade de 
soluções que podem ser dadas para um mesmo 
problema, indicando que as formas de pensar 
dos alunos podem ser bem distintas; a detecção 
da capacidade criativa de seus alunos, ao ser 
o professor surpreendido com soluções que 
nem imaginava, quando pensou no problema 
proposto; o entusiástico engajamento dos 
alunos nos trabalhos, produzindo discussões 
e trocas de ideias que revelam uma intensa 
atividade intelectual (BRASIL, 2006, p. 89).
Ao contrário do que propõe as orientações curriculares 
nacionais para o ensino médio, é possível observar que os 
professores tratam o conteúdo por meio da reprodução 
de modelos prontos e acabados, que estão impregnados 
em suas concepções como as formas ideais de se adquirir 
conhecimentos pelos alunos. O professoré sempre visto 
como um mero transmissor de conhecimentos. No ensino, 
é inquestionável ao “olhar” dos alunos, e estes por vez, 
tratam a aprendizagem como forma de reprodução dos fatos 
concebidos pelo professor.
A inserção das TIC para o ensino da Matemática nos 
variados níveis de ensino surge para o professor como 
possibilidade de romper com a autonomia que se estabelece 
em sala de aula, pois é preciso ter a compreensão de que 
não se deve ensinar o que quiser ou a quem quiser, mas sim 
ter o compromisso de garantir o aprendizado de seu aluno. 
Desse modo, quando assume o papel de orientador, conduz 
os seus alunos a um conhecimento que, inacabado, pode 
ser construído de forma significativa, e as tecnologias nessa 
vertente, surgem para romper com esses paradigmas de que 
a geometria representa uma abstração aos alunos que tornam 
inativos a compreensão de um conceito.
Em pesquisa, Brito, Purificação e Neves (2010), quanto à 
inserção das tecnologias no ambiente escolar, apontam que os 
professores, ora apresentam sedução quanto ao uso de novas 
ferramentas para a sala de aula, ora apresentam medo de criar 
condições que oportunizem aos alunos serem protagonistas, 
que os provoquem, que os levem a sentir necessidades de criar 
suas próprias respostas, se imponham. Assim, prejudicam o 
processo de busca das metas que se tem a alcançar. 
Colocam dentre os vários papéis que o professor tem de 
assumir, o de desafiar os alunos nos conceitos já aprendidos 
para que esses possam enriquecer seus conhecimentos prévios, 
a partir de uma busca do professor por formas criativas e 
estimuladoras de desafiar as estruturas conceituais dos alunos. 
Assim, sendo um agente desafiador no processo do ensino, o 
professor é capaz, por meio do uso da tecnologia, promover 
uma aprendizagem significativa, que transite em todos os 
campos inexploráveis em um ensino tradicional.
Para ler e refl etir!
Conceitos de tecnologias
Relação entre tecnologias, técnicas e equipamentos
E comum ouvirmos dizer que “na atualidade, as tecnologias 
invadem 0 nosso cotidiano”. Alguns autores contemporâneos falam 
até que estamos vivendo em plena “sociedade tecnológica”. Nos 
fi lmes de fi cção científi ca, as chamadas civilizações tecnológicas 
são povoadas por robôs e outros equipamentos sofi sticados, 
dotados de um alto grau de inteligência, em muito superior a do 
“homem comum”. Na maioria das vezes, esses super-homens são 
criados por cientistas inescrupulosos que procuram de todas as 
maneiras dominar a raça humana e, para isso, contam com seus 
conhecimentos tecnológicos na criação de exércitos de ciborgs ou 
outras fi guras semelhantes.
Essa visão literária e redutora do conceito de tecnologia — 
como algo negativo, ameaçador e perigoso — deixa afl orar um 
sentimento de medo. As pessoas se assustam com a possibilidade 
de que se tornem realidade as tramas fi ccionais sobre o domínio 
do homem e da Terra pelas “novas e inteligentes tecnologias”. 
Tecnologia, no entanto, não signifi ca exatamente isso. Ao contrário, 
ela está em todo lugar, já faz parte das nossas vidas. As nossas 
atividades cotidianas mais comuns — como dormir, comer, 
trabalhar, nos deslocarmos para diferentes lugares, ler, conversar e 
nos divertirmos — são possíveis graças às tecnologias a que temos 
acesso. As tecnologias estão tão próximas e presentes que nem 
percebemos mais que não são coisas naturais. Tecnologias que 
resultaram, por exemplo, em lápis, cadernos, canetas, lousas, giz 
e muitos outros produtos, equipamentos e processos que foram 
planejados e construídos para que possamos ler, escrever, ensinar 
e aprender.
9
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino 
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: 
MEC/SEF, 1998.
BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas 
tecnologias: um repensar. 2. Ed. Curitiba: Ibpex, 2006.
BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I.; NEVES, T. G. 
Professores de Matemática e as Novas Tecnologias: medo e 
sedução. In: BELINE, Willian; COSTA, Nielce Meneguelo 
Lobo da. (Org.). Educação Matemática, tecnologia e formação 
Vale a pena ler
Vale a pena
Da mesma forma, para todas as demais atividades que realizamos, 
precisamos de produtos e equipamentos resultantes de estudos, 
planejamentos e construções específi cas, na busca de melhores 
formas de viver. Ao conjunto de conhecimentos e princípios 
científi cos que se aplicam ao planejamento, à construção e à 
utilização de um equipamento em um determinado tipo de 
atividade, chamamos de “tecnologia”. Para construir qualquer 
equipamento — uma caneta esferográfi ca ou um computador —, 
os homens precisam pesquisar, planejar e criar o produto, o serviço, 
o processo. Ao conjunto de tudo isso, chamamos de tecnologias.
Nas atividades cotidianas, lidamos com vários tipos de tecnologias. 
As maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo 
de tecnologia, para executar ou fazer algo, chamamos de técnicas. 
Algumas técnicas são muito simples e de fácil aprendizado. 
São transmitidas de geração em geração e se incorporam aos 
costumes e hábitos sociais de um determinado grupo de pessoas. 
As técnicas ligadas a algumas atividades profi ssionais, por exemplo, 
a pesca, a produção de alimentos ou a elaboração de alguns tipos 
de atividades artesanais, variam muito entre os povos e identifi cam 
uma determinada cultura.
Segundo o Dicionário de fi losofi a de Nicola Abbagnano (1982, 
p. 906), a tecnologia é “o estudo dos processos técnicos de um 
determinado ramo de produção industrial ou de mais ramos”. 
Já a técnica, no mesmo dicionário, “compreende todo conjunto 
de regras aptas a dirigir efi cazmente uma atividade qualquer. A 
técnica, neste sentido, não se distingue nem da arte nem da ciência 
nem de qualquer processo ou operação para conseguir um efeito 
qualquer: o seu campo estende-se tanto quanto o das atividades 
humanas”.
O conceito de novas tecnologias é variável e contextual. Em muitos 
casos, confunde-se com o conceito de inovação. Com a rapidez 
do desenvolvimento tecnológico atual, fi cou difícil estabelecer 
o limite de tempo que devemos considerar para designar como 
“novos” os conhecimentos, instrumentos e procedimentos que vão 
aparecendo. O critério para a identifi cação de novas tecnologias 
pode ser visto pela sua natureza técnica e pelas estratégias de 
apropriação e de uso. Nesse sentido, segundo Busato (1999, p. 
135), o rádio, “mais ouvido hoje nos walkmans ou nos carros do que 
em casa”, é uma tecnologia rejuvenescida, mas não tão nova. Ao se 
falar em novas tecnologias, na atualidade, estamos nos referindo, 
principalmente, aos processos e produtos relacionados com os 
conhecimentos provenientes da eletrônica, da microeletrônica 
e das telecomunicações. Essas tecnologias caracterizam-se por 
serem evolutivas, ou seja, estão em permanente transformação. 
Caracterizam-se também por terem uma base imaterial, ou seja, 
não são tecnologias materializadas em máquinas e equipamentos. 
Seu principal espaço de ação é virtual e sua principal matéria-prima 
é a informação.
Pense como seria a sua vida — e a de qualquer pessoa — se 
não tivéssemos as tecnologias nos ajudando a realizar as nossas 
atividades diárias. Eu não poderia agora, por exemplo, estar 
me comunicando com você, contando essa longa história de 
relacionamentos bem-sucedidos entre os homens e as tecnologias.
Fonte: KENSKI, V. M. Novas tecnologias na educação presencial e 
a distância. In: BARBOSA, R. L. L. (org.) Formação de educadores: 
desafi os e perspectivas. São Paulo: UNESP, 2003.
Retomando a aula
Chegamos ao fi nal da Aula 1. Espero que tenham 
tido um bom aproveitamento nos estudos. Vamos 
recordar os principais tópicos abordados em cada 
seção?
1 – Tecnologias Educacionais e suas relações
Constatamos que as tecnologias de informação e 
comunicação são ferramentas de grande importância na prática 
pedagógica do professor de Matemática, pois possibilitam que 
ele se distancie das práticas tradicionais do ensino em sala de 
aula promovendo nosalunos a possibilidade sede despertar o 
interesse e o gosto pelo estudo da Matemática.
Assim, pode-se concluir que a formação continuada dos 
professores de Matemática é de fundamental importância, 
pois é na busca permanente de novos conhecimentos e 
acompanhamento da evolução das tecnologias de comunicação 
que o professor pode inovar suas práticas pedagógicas, 
tornando o aprendizado dos alunos mais interessante e o 
ensino da Matemática mais eficaz.
2 – Informática na Educação Matemática: alguns 
reflexos na prática docente
Nessa seção, vimos que devemos desafiar, inovar e 
incentivar para que a Matemática perca seu mistério de 
disciplina árida e de difícil acesso, tornando-se suave e de fácil 
entendimento, é o papel do professor comprometido com 
o aprendizado e bom desempenho de seus alunos. Tendo 
o conhecimento da necessidade permanente e continua de 
formação para o uso correto das tecnologias da comunicação, 
assim, o professor terá mais recursos didáticos para realizar 
suas metas de ensino e aprendizagem com sucesso.
10Tec. Dig. de Inf. e Com.no Ens. de Matemática
de professores: algumas reflexões. 1 ed. Campo Mourão-PR: 
FECILCAM, 2010, v. 1, p. 31-57.
DERKOSKI, J. G. Ferramenta Informática, ensino da 
Matemática e a formação dos professores. Disponível em <http://
www.ajes.edu.br/arquivos/20081008094403.pdf -> Acesso em 
janeiro de 2019.
FANTI, E. L. C. Informática e Jogos no Ensino da Matemática. 
Informática e Jogos no Ensino da Matemática - II Bienal 
da Sociedade Brasileira de Matemática – Salvador - Bahia - 
25 a 29 de outubro de 2004. Disponível em <http://www.
bienasbm.ufba.br/M6.pdf> Acesso em janeiro de 2019.
MOTA, J. F.; CEOLIM, A. J. A informática na Matemática 
do ensino fundamental e médio. XI Encontro Anual de Iniciação 
Científica. Maringá, PR, de 1 a 4 de outubro de 2002. 
Disponível em: http://www.ppg.uem.br/Docs/pes/eaic/
XI_EAIC/trabalhos/arquivos/11-0475-0.pdf> Acesso 
em janeiro de 2019.
NEVES, T. G. Possibilidades e Limites de uma Prática 
Reflexiva para a Integração da Tecnologia no Ensino da Matemática. 
2015. 138 p. Dissertação (Mestrado em Educação 
Matemática) – Universidade Federal de Mato Grosso do 
Sul, Campo Grande, 2015.
NISKIER, A. Tecnologia educacional: uma visão política. 
Petrópolis: Vozes, 1993.
PONTE, J. P., & CANAVARRO, P. Matemática e novas 
tecnologias. Lisboa: Universidade Aberta. 1997. Disponível 
em: <http://www.matematica.pucminas.br/profs/web_
silvi/calculo2/artigos/show_file.pdf>. Acesso em janeiro 
de 2019.
PONTE, J. P. (2000). Tecnologias de informação e comunicação 
na educação e na formação de professores: Que desafios? Revista 
Ibero-Americana de Educação, 24, 63-90. 
ROCHA, K. M. Integração da Tecnologia: Um estudo 
da mobilização e construção de conhecimentos por 
acadêmicos de um Curso de Pedagogia. 2014. 136 p. 
Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo 
Grande, 2014.
COSTAS, José Manuel Moran. Educação Transformadora. 
Disponível em: < http://www2.eca.usp.br/moran/ >.
Vale a pena acessar
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