Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Victoria Karoline Libório Cardoso Assistência ao parto 2 Períodos ou fases do trabalho de parto 1° período - dilatação: intervalo entre o início do trabalho de parto até a dilatação completa (10 cm). Dura cerca de 6 a 8 horas e ocorre em torno de 3 cm de dilatação com o colo fino e em contração ritmada. ● Fase latente: ocorre com lenta dilatação do colo e padrões irregulares. ○ Entre 1 e 3 cm de dilatação por hora. ● Fase ativa: trata-se do trabalho de parto com rápidas dilatações e padrões regulares e dolorosos (contrações ritmadas). ○ Fatores: aceleração, dilatação máxima e desaceleração. ○ Subdivisões: ■ Período de dilatação: dilatação cervical. ■ Período pélvico: descida da apresentação. ○ Duração adequada para cada período de dilatação: ■ Multípara: 1 cm por hora - duração total entre 6 e 8 horas. ■ Nulípara: 1 cm a cada 2 horas - duração total entre 10 e 12 horas. Obs: tempo acima dos especificados o bebê começa a entrar em estresse fetal. ● Informações gerais: ○ As contrações ocorrem a cada 25 minutos no início. ○ Partograma: é o acompanhamento clínico da fase ativa, realizado com um gráfico que visualiza todas as informações do pré-parto. ○ Durante o trabalho de parto: incentivar que a paciente se movimente, tome banho com água quente, se sente e levante e relaxe o máximo possível para reduzir a ansiedade e colaborar com a expulsão do feto. ○ Importante: ■ Deve-se aumentar a ingestão de água, para a paciente não desidratar e só se faz hidratação venosa em casos específicos. ■ Deve-se limitar a ingestão de sólidos. ■ Não se recomenda o uso de tricotomia e de enteroclisma. Victoria Karoline Libório Cardoso ■ Deve-se avaliar o BCF a cada 30 minutos. ● Avaliação da vitalidade fetal: é importante avaliar os BCF com esteto de pinar ou doppler, durante e após as contrações. ● Avaliação da contração uterina: tem início no útero, próximo a implantação das trompas, com propagação para o resto do útero em sentido descendente. ○ Deve-se avaliar a intensidade, frequência e duração crescente a cada 10 minutos. 2° período - expulsão: tem início quando a dilatação chega aos 10 cm e termina com a expulsão completa do bebê. Dura cerca de 30 a 45 minutos. ● Assistência à expulsão fetal: ○ Incentivar esforços expulsivos da mãe quando chegar a dor, que é quando há a contração (fora desse período não se tem resultado). ○ Evitar a manobra de Kristeller - quando o médico pressiona o fundo uterino durante a contração para expulsar o bebê. ○ Orientar e auxiliar a deflexão abrupta do polo cefálico, com proteção perineal realizando a manobra de Ritgen. ○ Auxiliar a restituição na liberação dos ombros e em caso de dificuldade realizar a manobra de MCRoberts e em seguida aplicar pressão supra-púbica. ○ Indicações de clampagem imediata do cordão: ■ Mãe Rh negativo. ■ Mãe HIV positivo. Victoria Karoline Libório Cardoso ■ Sofrimento fetal aguda (hipóxia). ○ Episiotomia: a indicação é individualizada ■ Alargamento cirúrgico do orifício vaginal por incisão do períneo. ■ Quando indicada é realizada com polo cefálico no plano +2 de De Lee. 3° período - dequitação: ● Inicia-se com a expulsão completa do bebê e termina com a expulsão completa da placenta. ● Duração: 15 a 30 minutos. ● Essa fase de dequitação não pode ser muito prolongada, haja vista a possibilidade de fechamento do colo uterino. ● Para reduzir a incidência de hemorragia pós-parto, pode-se administrar nesse período 10 Ui de ocitocina intramuscular. ● Tipos de dequitação: ○ Baudelocque-Schultze (75%): ■ Implantação placentária no fundo uterino. ■ Menor chance de complicações. ■ Guarda-chuva invertido. ■ Sem perda de sangue concomitante. ○ Baudelocque-Duncan (25%): ■ Implantação placentária nas paredes laterais do útero. ■ Alto risco de complicações, devido ao sangramento concomitante. ■ Alto risco de retenção de restos placentários e de membranas. ● Revisão do canal de parto (protocolo para prevenção de hemorragias pós parto): ○ Deve-se avaliar a cavidade uterina, para investigação de suspeita de restos placentários. ○ Colo uterino: identificar e suturar lacerações. ○ Revisar: a mucosa vaginal e a região do períneo, identificando e corrigindo lacerações anorretais. ● Classificação e correções das lacerações: ○ 1° grau? mucosa e pele. ○ 2° grau: musculatura e fáscia. ○ 3° grau: esfíncter anal. ○ 4° grau: mucosa retal. 4° período - observação ou greenberg: ● Trata-se da primeira hora após o parto. Victoria Karoline Libório Cardoso ● É importante para evitar hemorragias puerperais. ● Ligaduras vivas de Pinard.
Compartilhar