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INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO PROF. VALÉRIO SOUSA NUTRIÇÃ O DESEMPENHO FÍSICO FATORES GENÉTICOS TREINAMENTO FÍSICO FATORES PSICOLÓGICOS NUTRIÇÃO MASSA MUSCULA R GORDUR A CONTROLE PONDERAL REPOSIÇÃO HIDRO-ELETROLÍTICA REPOSIÇÃO ENERGÉTIC A FADIGA Onde buscar a verdadeira informação??? ? Metabolismo Conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula. Divide-se em anabolismo e catabolismo. É a síntese de compostos grandes a partir de unidades pequenas Em geral, estas reações precisam de energia (endergônicas). É a degradação de compostos grandes em unidades pequenas Em geral, estas reações liberam energia (exergônicas). Alimento Nutrient e tudo aquilo que ingerimos com o intuito de saciar a fome substâncias contidas nos alimentos e que desempenham funções específicas no organismo SUBSTRATO ENERGÉTICO CONSUM O DEMAND A Taxa metabólica de repouso (TMR) (~60 a 75%) Efeito térmico dos alimentos (ETA) (~10%) Efeito térmico da atividade física (~15 a 30%) COMPONENTES DA DEMANDA ENERGÉTICA DIÁRIA Gasto Energético Basal: É a quantidade de energia utilizada em 24h por uma pessoa completamente em repouso, 12 horas após uma refeição, em temperatura e ambiente confortáveis. Gasto Energético de Repouso : Muitas vezes utilizado de forma equivocada como um sinônimo do GEB corresponde ao gasto nas mesmas condições, contudo apresenta influência de fator adicional. Em geral, o GER é maior que o GEB em 10-15%. Gasto de Energia Total: É a somatória do gasto de energia em repouso, energia gasta em atividades físicas e o efeito térmico dos alimentos, em 24 horas. ✦ Carboidratos ✦ Proteínas ✦ Lipídios ✦ Vitaminas ✦ Minerais ✦ Água macronutri entes micronutri entes ENERGIA RE GU LA ÇÃ O ME TAB ÓLI CA NUTRIENTES CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS Átomos de C, H, O ✔ 4,0 kcal/g ✔ Simples ✔ Complexos SIMPLES Monossacarídeos - 1 único açúcar por molécula Dissacarídeos - 2 açúcares por molécula COMPLEXOS Oligossacarídeos – 3 a 10 açúcares Polissacarídeos - Moléculas complexas, com inúmeros açúcares, resultado da condensação de um grande número de monossacarídeos CARBOIDRATOS SIMPLES Monossacarídeos - glicose (é a forma de açúcar que circula no sangue), frutose (açúcar das frutas), galactose (parte da lactose, açúcar do leite) Dissacarídeos - sacarose (açúcar da cana ou beterraba), maltose (açúcar do malte e cevada), lactose (açúcar do leite) . DISSACARÍDEOS Formados por 2 monossacarídeos Maltose = glicose + glicose Sacarose = glicose + frutose Lactose = glicose + galactose CARBOIDRATOS COMPLEXOS Oligossacarídeos: Maltodextrina – produto intermediário da quebra do amido, abundante em suplementos nutricionais. Polissacarídeos: glicogênio (forma sob a qual a glicose se armazena no organismo), amido (principal produto de reserva vegetal - cereais, sementes, raízes, tubérculos, frutos, caules, folhas dos vegetais ex: mandioca, batata doce,...), componentes de fibras – hemicelulose, pectinas, celulose (resistente às enzimas digestivas) Armazenamento: Reino vegetal – Amido Reino animal – Glicogênio Funções: • Produção de energia • Manutenção da integridade do SNC • Metabolismo normal das gorduras • Preservação das proteínas ✔ Glicogênio Muscular ✔ Glicogênio Hepático ✔ Glicose Sangüínea TOTAL DE ENERGIA ENERGIA - CARBOIDRATOS (300 a 400 g) (80 a 90 g) (5 a 10 g) 1500-2000 kcal REGULAÇÃO DOS ESTOQUES DE GLICOGÊNIO MUSCULAR E HEPÁTICO GLICOGÊNIO MUSCULAR O estoque é destinado para o fornecimento de energia pra célula muscular. ✔ Toda glicose que entra na célula muscular permanece para fins de armazenamento e geração de energia ✔ Durante o esforço esses estoques são solicitados principalmente em alta intensidade ✔ Estímulos hormonais (secreção de glucagon, adrenalina e GH) promovem a glicogenólise – hidrólise do glicogênio a glicose-1- fosfato e depois a glicose-6-fosfato ✔ Glicose-6-fosfato inicia a via glicolítica GLICOGÊNIO HEPÁTICO Lançar glicose na circulação – manutenção da glicemia ✔ Este fato se deve à glicose-6-fosfatase (enzima exclusivamente hepática ✔ Enquanto a glicose se mantém fosforilada, não é reconhecida pelos transportadores celulares e não consegue chegar à corrente sanguínea ✔ O hepatócito converte a glicose-6-fosfato, produto da glicogenólise, em glicose livre e assim consegue transportá- la para o meio extracelular (corrente sanguínea) GLICOGÊNIO MUSCULAR TIPO DE EXERCÍCIO INTENSIDAD E DURAÇÃ O Período de Recuperação: 24 a 72 h Ressíntese do Glicogênio Muscular Diet a Gliconeogênes e Grande reserva de glicogênio Pequena reserva de glicogênio ATIVIDADES DE ALTA INTENSIDADE Formação de ácido lático, devido à alta demanda energética associada a uma baixa produção de ATP ✔ O piruvato necessita entrar na mitocôndria por transporte ativo para promover maior produção de energia. A limitação de ATPs provoca acúmulo de piruvato no citoplasma. ✔ O ácido lático, em indivíduos treinados, devido às adaptações do treinamento, é exportado do músculo e captado pelo fígado para ser convertido em glicose. ✔ Dessa forma o indivíduo é capaz de sustentar o exercício por mais tempo – menor acúmulo de ácido lático e maior oferta de energia ATIVIDADES PROLONGADAS Utiliza outros substratos e não só a glicose ✔ A velocidade de produção de ATPs no exercício aeróbio, é cerca de 4x menor, quando comparada ao anaeróbio. Contudo, este se restringe somente ao citoplasma e dura apenas alguns minutos. ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS Um escala que descreve quão rapidamente o alimento é convertido em glicose no sangue Concentrações normais de glicose no sangue: 70 a 110 miligramas por decilitro de sangue Hiperglicemia: > 140 mg/dl Hipoglicemia: < 40 a 50 mg/dl ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS Depende de alguns fatores como: ✔ Forma com que o alimento é ingerido – líquido ou sólido ✔ Conteúdo de fibras, proteínas e gordura ✔ Método de processamento e preparo do alimento CARBOIDRATOS DE ALTO ÍNDICE GLICÊMICO IG (glicose = 100) IG (pão branco = 100)Glicose Cornflakes Batata cozida Bebidas esportivas Pão branco Pão integral Melancia Mel Arroz branco 9 7 8 4 8 5 9 5 7 0 13 8 11 9 12 1 13 6 10 1 CARBOIDRATOS DE MODERADO ÍNDICE GLICÊMICO IG (glicose = 100) IG (pão branco = 100)Aveia Muesli (cereal) Arroz integral Sorvete Banana madura Manga Suco de l j 6 6 6 8 5 9 6 1 5 2 9 4 9 7 8 3 8 7 7 4 CARBOIDRATOS DE BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO IG (glicose = 100) IG (pão branco = 100)Cereais (farelo) Leite Iogurte de frutas Banana verde Maçã Laranja Macarrão Feijão 4 2 2 7 3 3 3 0 3 6 6 0 3 9 4 7 4 3 5 2 Tanto a hipoglicemia como a ausência de glicogênio muscular podem precipitar a fadiga. Portanto, manter a concentração ideal de glicose sangüínea, glicogênio hepático e muscular é essencial em vários tipos de eventos atléticos. Os CHOs são responsáveis por aproximadamente 40% da energia do corpo em repouso. Durante o exercício leve a gordura é uma importante fonte de energia, porém, à medida que o indivíduo começa a fazer exercício moderado o uso de carboidratos começa a ser de 50% ou mais. Quando o exercício se torna mais intenso, os CHOs passam a ser o substrato mais utilizado. CARBOIDRATOS E EXERCÍCIO A via metabólica dos CHOs é mais eficiente do que a da gordura, pois é capaz de produzir ATP para contração muscular 3 vezes mais rápido. Para metabolizar a gordura, é preciso de uma maior quantidade de oxigênio. Com 1l de oxigênio, os carboidratos rendem cerca de 5,05cal e as gorduras cerca de 4,69cal. CARBOIDRATOS E EXERCÍCIO CARBOIDRATOS - RECOMENDAÇÕES ✔ 5 a 10 g/kg (SBME, 2003) ✔ 55 a 70% (SBME, 2003) ✔ Fibras: 25 a 30 g ✔ OTIMIZAR A RECUPERAÇÃO MUSCULAR: 5 a 8g/kg de peso/ dia. ✔ Longa duração e/ou treino intensos: até 10g/kg peso/ dia ✔ Para provas longas: 7 a 8g/kg de peso ou 30 a 60g de CHO para cada hora de exercício ✔ Após exercício exaustivo: CHO simples 0,7 a 1,5g/ kg de peso no período de 4hs. ✔ Complexos: 55 a 70% VCT/dia ✔ Simples: <10% VCT/dia Ç ✔ Duração de 1 semana * 3 primeiros dias de exercícios extenuantes e dieta com baixa quantidade de carboidratos (100g/dia) * 3 dias que antecedem a competição cessa os exercícios e ingere dieta com alta quantidade de carboidratos Considerações atuais para que haja a supercompensação: * Atividade da enzima glicogênio sintetase - Restrições não precisa ser tão severas: 250 a 300g/dia - Exercícios praticados devem ser os mesmos das competições - Redução do volume de treinamento 3 dias antes ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS PRÉ E PÓS-ESFORÇO FÍSICO Dieta padrão Horário das refeições Componentes específicos das refeições Ingestão de fluidos Alimentos inadequados FINALIDADES DA REFEIÇÃO PRÉ-ESFORÇO FÍSICO Maximizar os depósitos de glicogênio Minimizar a digestão durante o esforço Saciar a fome Fornecer fluidos Evitar desconfortos gástricos REFEIÇÕES PRÉ-ESFORÇO FÍSICO 3 a 4 horas antes Rica em carboidratos (alto ou moderado índice glicêmico) Pobre em gorduras e fibras Ingestão de fluidos REFEIÇÕES PRÉ-ESFORÇO FÍSICO 1 a 2 horas antes Rica em carboidratos (baixo ou moderado índice glicêmico) Pobre em gorduras e fibras 1 hora: 1g CHO/kg PC 2 horas: 2g CHO/kg PC 3 horas: 3g CHO/kg PC REFEIÇÕES DURANTE O ESFORÇO FÍSICO Reposição hidroeletrolítica e energética Ingestão periódica (a cada 15-20 minutos) Carboidratos (30-60 g/hora) - até 6% Ingestão de fluidos (proporcional a perda de PC) REFEIÇÕES PÓS-ESFORÇO FÍSICO Reposição energética 0,7 a 1g CHO/kg PC (a cada 2 horas) Rica em carboidratos e proteínas (alto índice glicêmico) 7 a 10g CHO/kg PC (total de 24 horas) Ingestão de fluidos REFEIÇÃO COM CARBOIDRATOS Moderado/Alto Índice Glicêmico (macarrão, arroz, batata, pão branco) 200-300 g 1-2 h Moderado/Baixo Índice Glicêmico (frutas*, sucos*, maltodextrina) prefêrencia por bebidas/gel 1-1,5 g/kg mc D U R A N T E A N T E S A P Ó S Preferência por bebidas/gel concentração (~6%) 30-60 g/h Alto Índice Glicêmico (pão francês, macarrão, arroz, batata, frutas*, sucos adoçados) 75-100 g a cada duas horas 7-10g/kg/24 horas ATÉ 8 hs 3-4 h PROTEÍNAS Átomos de C, H, O, N - 4,0 kcal/g ✔ As proteínas são formadas por aminoácidos que se juntam por meio de ligações peptídica. ✔ Os aminoácidos podem ser classificados em essenciais (que devem ser obtidos pela alimentação, pois o organismo não produz) ou não- essenciais (são formados no organismo). Essenciais: Triptofano, lisina, treonina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, metionina e histidina Não essenciais: Glicina, alanina, cisteína, tirosina, prolina, glutamato, arginina, serina, asparagina, glutamina, aspartato AMINOÁCIDO S Os alimentos com quantidades adequadas dos nove aminoácidos essenciais responsáveis pela vida, são chamados de proteínas completas ou de alto valor biológico, enquanto os que apresentam deficiência de um ou mais aminoácidos essenciais são chamados de proteínas incompletas ou de baixo valor biológico. Origem animal Origem vegetal Leit e Carne s Peixe s Ovo s Queijo s Arro z Leguminosa s Pães Frutas secas PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS • Crescimento e reparação tecidual – componentes de todas as células, como por exemplo, as proteínas do músculo contrátil. Elas podem ser consideradas a base estrutural do tecido muscular. • Transporte de substâncias – lipoproteínas (transportam triglicerídeos) • Regulação metabólica – forma enzimas, hormônios (insulina), anticorpos. • Contração muscular • Produção de energia** ✔ Não é considerada fonte de energia importante durante o exercício ✔ Entretanto, sob certas condições ela pode representar uma fonte significativa de energia ✔ 5% do custo energético total da atividade PROTEÍNAS E EXERCÍCIO ✔ Endurance prolongado - a proteína pode contribuir com até 15% do custo energético total ✔ À medida que o atleta esgota os estoques de carboidratos, o organismo cataboliza algumas de suas proteínas para produzir energia ✔ A magnitude da sua contribuição depende de fatores, como: intensidade e duração do exercício e disponibilidade substratos PROTEÍNAS E EXERCÍCIO Contribuição dos Nutrientes no Metabolismo Energético ✔ A alanina liberada pelos músculos ativos é transportada até o fígado, onde é desaminada (processo onde se retira da molécula o nitrogênio, restando o esqueleto de carbono). O esqueleto de carbono restante é transformado em glicose e a seguir, é lançado no sangue e transportado até os músculos ativos. ✔ Os fragmentos de carbono provenientes dos aminoácidos que formam a alanina podem ser oxidados, a seguir, para a obtenção de energia dentro da célula muscular específica. CICLO DA ALANINA ✔ Após 4 horas de exercício contínuo, a produção hepática de glicose derivada da alanina pode ser responsável por 45% da glicose total liberada pelo fígado. A energia derivada desse ciclo pode atender de 10 a 15% da necessidade total do exercício. CICLO DA ALANINA Durante exercícios intensos: ✔ Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) são os mais utilizados pelos músculos para a produção de energia ✔ Alanina e glutamina são utilizados pelo fígado para a produção de glicose ✔ Glutamina: importante para sistema imune, e substrato para células intestinais. A liberação de alanina é reduzida à proporção que os estoques de glicogênio são debilitados. Glutamina: aa mais abundante. Durante primeiros minutos de exercício a [ ] plasmática se eleva e intramuscular mantém, mas com a continuidade do exercício há redução de 10 a 15%. . Todos esses processos ocorrem paralelamente à diminuição do conteúdo de glicogênio muscular. A diminuição da [ ] de glicogênio muscular leva à redução de intermediários do ciclo de Krebs durante o exercício, diminuindo assim a oxidação de AGL, podendo levar a fadiga. Alta ingestão protéica ? ? HIPERTROFIA NÃO ACONTECE SOMENTE ÀS CUSTAS DE PROTEÍNA!!! PROTEÍNA » SEDENTÁRIOS : ✔ 0,8g/kg pc/dia Canadian Dept. of National Health and Welfare (1983) US Food and Nutrition Board (1989) Food and Agricultural Organization (1985) ✔ 1,0g/kg pc/dia Australian National Health and Medical Research Council (1987) Dutch Nutritional Board for Women (1988) ✔ 1,2g/kg pc/dia Dutch Nutritional Board for Men (1988) PROTEÍNA » EXERCÍCIOS RESISTÊNCIA : Lemon (1990): 1,2 g/kg pc/dia Tarnopolsky (1992): 1,2 a 1,6g/kg pc/dia » TREINAMENTO DE FORÇA: Tarnopolsky (1992): 1,2 a 1,7g/kg pc/dia Lemon (1992): 1,2 a 1,8g/kg pc/dia MSSE (2000): 1,6 a 1,7g/kg pc/dia Culturistas : ???? ✔ Sedentários 0,8 a 1,2 g/kg de PC/dia ✔ Ativos até 2,0 g/kg de PC/dia ✔ Atletas de resistência 1,2 a 1,4 g/kg de PC/dia ✔ Atletas de força, velocidade ou potência 1,4 a 1,7 g/kg de PC/dia NECESSIDADES PROTÉICAS MÉDIAS DIÁRIAS EM INDIVÍDUOS ADULTOS DIETAS HIPERPROTÉICAS ✔ Problemas renais ✔ Osteoporose (aumento na excreção de cálcio) ✔ Hipercolesterolemia ✔ Corpos cetônicos (acidez no sangue) ✔ Gota (purinas metabolizadas em ácido úrico) LIPÍDIO S • Completa s (AVB) Insaturado s GORDURA DO LEITE E DERIVADOS, CARNES, MARGARINA, ÓLEO DE COCO E AMENDOIM ÓLEO DE MILHO, SOJA, GIRASSOL, AMÊNDOA; ÓLEO DE PEIXE, AZEITE DE OLIVA Saturados PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS ✦ Depósitos de energia ✦ Fonte de energia ✦ Proteção ✦ Isolamento térmico ✦ Carreador de vitaminas Lipídios – classificação geral ✔ Lipídios simples ✔ Lipídios compostos ✔ Lipídios derivados Lipídios Simples ✔ Também chamados de gorduras neutras. ✔ Composto basicamente pelos triglicerídios – 3 ácidos graxos + 1 glicerol GLICEROL ÁCIDOS GRAXOS Alta solubilidade em água Cadeias de átomos de carbono (4 a 20 carbonos) • Menos de 6 carbonos: cadeia curta • 6 a 12 carbonos: cadeia média • 14 ou + carbonos: cadeia longa ÁCIDOS GRAXOSSaturados = não possuem duplas ligações na sua estrutura Quanto maior a cadeia hidrocarbonatada maior será a insolubilidade e maior ponto de fusão (mais duros em temperatura ambiente). FONTES: gorduras animais (carnes, laticínios) e óleo de coco e amendoim. Insaturados = são compostos de cadeia hidrocarbonatada com uma (monoinsaturados) ou mais duplas ligações (poliinsaturados) Apresentam menor ponto de fusão quando comparados aos saturados. Monoinsaturados = o mais comum deles é o oléico (óleo de oliva, de canola, de amendoim, nozes, amêndoas e abacate) Poliinsaturados = o mais predominante na dieta é o linoléico. As principais famílias de ácidos graxos poliinsaturados são ω-3 e ω-6. (grãos integrais, vegetais e peixes de água fria e salgada, Lipídios Derivados ✔ Formados por lipídios simples e compostos COLESTEROL ÁCIDO PALMITICO, OLÉICO, LINOLÉICO, ESTERÓIDES, CORTISOL... ✔ Mais conhecido ✔ Não contém ácidos graxos em sua estrutura, porém apresenta características químicas dos lipídios ✔ Forma eficiente de armazenar energia em espaço relativamente pequeno ✔ A gordura tem 9 kcal/g, mais que o dobro dos CHOs e da ptns e além disso, há pouca água na gordura corporal em comparação aos 3g de água armazenados com cada grama de CHO. EX: Se toda energia extra que temos armazenada na forma de gordura fosse armazenada na forma de glicogênio, o organismo seria ao menos 2x maior e mais pesado. Armazenamento ARMAZENAMENTO: A maior parte dos triglicerídios fica armazenada no tecido adiposos, cerca de 80.000 a 100.000 calorias, para um adulto saudável. Os triglicerídios do interior das células musculares e os que ficam entre elas podem fornecer aproximadamente 2.500 a 2.800 calorias, enquanto os do sangue fornecem apenas 70 a 80 calorias. GORDURAS E EXERCÍCIO: As duas principais fontes de energia para produção de ATP durante o exercício são os carboidratos, na forma de glicogênio muscular e a gordura, na forma de ácidos graxos. Em geral, uma mistura das duas fontes de substratos é usada durante o exercício, porém os valores quantitativos podem variar em função de vários fatores, como: intensidade, duração, dieta e condição de treinamento do indivíduo. Principais locais de estocagem de carboidratos, proteínas e gorduras no corpo de um homem saudável de 70 kg Loc al Dieta Mista Alto CHO Baixo CHO Carboidratos (CHO) Fígado (glicogênio) Sangue e fluido extracelular (glicose) Músculo (glicogênio) 60g (240kcal) 10g (40kcal) 350g (1400kcal) 90g (360kcal) 10g (40kcal) 600g (2400kcal) < 30g (120kcal) 10g (40kcal) 300g (1200kcal) Gordur asLoc al Dieta Mista Adipócit os Músculo 10kg (93000kcal) 0,5kg (3850kcal) Proteína s Fontes corporais Plasma Vísceras Músculos Não estocados Duração/Intensidade do exercício • Exercícios < 30% VO2 máx gorduras >70% VO2 máx carboidratos 1-aumento dos níveis de adrenalina 2-recrutamento de fibras rápida Fatores que controlam a utilização do substrato Intensidade/Duração 1-aumento da lipólise 2-aumento dos AGL (saguíneo e muscular) 3- este processo e lento, portanto ocorre após alguns minutos 4-baixos níveis de insulina Possíveis conversões... ... Conversões Possível??? Proteína Glicose Proteína Ácido graxo Glicose Ácido graxo Glicose Proteína Ácido graxo Glicose Ácido graxo Proteína Sim Sim Sim Não Não Não { Avaliação Nutricional “O estado nutricional de um indivíduo reflete o grau pelo qual as necessidades fisiológicas de nutrientes estão sendo atendidas.” Prof. Valério Sousa Antropometria: medida do tamanho corporal e suas proporções. Ex: PESO, IMC, estatura, circunferência abdominal e cintura, circunferência de braço, pregas cutâneas. Indicadores do Estado Nutricional Importância: evidencia alterações precoces do estado nutricional, antes de alterações celulares e/ou orgânicas. Ex: - Albumina ( > 3,5 g/dl); - Vida médias= 20 dias; Transferrina (200-400mg/dl); Vida média = 7 dias; Pré-albumina (20md/dl); Vida média = 3 dias; Proteína transportadora de retinol (3-5 mg/dl); Vida média = 2 horas;Bioquímica Peso/ idade; Índice utilizado para crianças até 7 anos. Acompanha o crescimento infantil. Situação global da criança. Altura/ idade; Expressa o crescimento linear. Índice que expressa a qualidade de vida de uma população Peso/altura; Expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e altura. Parâmetros para avaliação nutricional na criança. Recordatório de 24hs – é questionado ao paciente, sua ingestão alimentar do dia anterior. Freqüência alimentar – fornece dados qualitativos, ou seja, de como está a qualidade da dieta do paciente. Ex: questiona-se o consumo de leites e derivados/semana. Se aquém das necessidades, sabe-se que a ingestão de cálcio está prejudicada, predizendo riscos de fraturas, ostedistrofia e osteoporose.Avaliação de consumo alimentar História dietética: O paciente registra todo o consumo de alimentos e bebidas num período de 1 a 7 dias. Depois de anotadas, é feita uma avaliação da ingestão de nutrientes. Avaliação de consumo alimentar Detecta sinais e sintomas associados a desnutrição. Limitação: só se desenvolve no estágios já avançados da desnutrição. Ex: Sinais de anemia (mucosa ocular); desidratação, icterícia, febre, atrofia temporal, abdome escavado, cacifo (edema). Exame físico Consiste na aplicação de dietas especiais com finalidade terapêutica FINALIDADE: Visa prevenir agravos e recuperar a saúde do indivíduo através de uma conduta dietoterápica individualizada, adequada ao quadro clínico e ao tratamento farmacológico a que o paciente está sendo submetido. Dietoterapia Físicas: Consistência, temperatura, fracionamento, volume Químicas: Aumento ou diminuição do VET, normo, hiper, hipo ( CHO, PTN, LIP) Vitaminas, minerais, líquidos, condimentos, fibras (normal, aumentada, diminuída) Aumento ou diminuição dos tipos de alimentos (ex: dieta restrita em sódio) Características da Dieta Adequada em Kcal e nutrientes. Fracionamento 06 refeições Cumpre as 04 leis da alimentação (Quantidade, Qualidade, Harmonia e Adequação) Inclusão de alimentos variados em qualquer consistência e temperatura Para pacientes com funções gastrointestinais e mastigação preservadas Dieta Normal Normal em Kcal e nutrientes Tecido conjuntivo e fibras modificados pela cocção e subdivisão Fracionamento de 04 a 05 refeições Objetivo: facilitar a mastigação e digestão Dieta Branda Normal em Kcal e nutrientes Consistência sob forma de purê, pasta, creme Fracionamento de 04 a 05 refeições Indicada para pacientes com dificuldades de mastigação e/ou alterações gastrointestinais, pacientes em pós-operatório. Dieta Pastosa Normal em Kcal e nutrientes Exclui a mastigação e requer o mínimo de trabalho digestivo Fracionamento de 03 em 03 horas Para pacientes em situação pré ou pós operatório, com funções gastrointestinal alterada ou quando existe dificuldade de mastigação e/ou deglutição. Dieta Semi-Líquida Normal em Kcal e nutrientes Tecido conjuntivo e fibras modificados pela cocção e subdivisão Fracionamento de 02 em 02 horas Para pacientes em situação pós operatório, com funções gastrointestinal alterada ou no preparo para cirurgias ou exames do trato digestivo Dieta Líquida Completa Hipocalórica, hipo em todos os nutrientes Finalidade: hidratar o paciente Preparações coadas Volume 200 a 250 ml Isenta de leite Tempo máximo de utilização: 03 dias Dieta Líquida Restrita Dieta Hipossódica Dieta Laxativa Dieta Obstipante Dieta com restrição líquida Dieta Zero Outras Classificações