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Cromoproteínas

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Júlia Corrêa - 2025.2
 Bioquímica - Ana Paula
 1º Período
1
 Cromoproteínas Cromoproteínas Cromoproteínas . . .
 1) Definição
Cromoproteínas são hemoproteínas Globulares, um grupo de proteínas que con-
têm heme como radical prostético ligado à proteína.
Exemplos:
Citocromos - proteínas que contêm heme e que auxiliam na cadeia respirat-
ória mitocondrial;
Grupo Heme da catalase - parte do sítio ativo da enzima que degrada o H2O2;
Hemoglobina e Mioglobina - são as duas hemoproteínas mais abundantes dos
seres humanos, os quais ligam-se ao oxigênio reversivelmente.
2) Tipos de cromoproteínas
CITOCROMOS
São proteínas que contêm grupo HEME semelhante a hemoglobina, mas que
atuam no transporte de elétrons, geralmente ligados à uma membrana animal
(mitocôndrias e retículos) ou vegetal (cloroplastos) ou em bactérias.
HEMOGLOBINA
Þ Hemoglonina A
 Assume estrutura esférica (globulares);
 Possui estrutura quaternária;
 Tetrâmera (possui 4 unidades)
- Alfa1+ beta1 se une e forma um dímero (ligação forte)
- Alfa2 + beta2 se une formando outro dímero (ligação forte)
- Os dimeros se unem e formam o tetrâmero. (ligação menos forte).
 É uma metaloproteína, ou seja apresenta um componente prostético que não
é proteico (metal ferro/ferroso +2);
Cada unidade de hemoglobins é composta de 8 cadeias em alfa hélice sepa-
rados por Prolina, que é um AAS que não se curva
Estrutura da hemoglobina
Júlia Corrêa - 2025.2
 Bioquímica - Ana Paula
 1º Período
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O ferro se liga à cada unidade através da protoporfirina IX, que é formado por
4 anéis de nitrogênio com Fe+2 no centro do anel. O Fe se liga para fora da es-
trutura com o oxigênio e para baixo com Histidina, que por sua vez, se liga as
unidades alfa1 e 2, beta 1 e 2.
* Sendo assim cada molécula de hemoglobina carrega 4 moléculas de oxigê-
nio.
A Hemoglobina A está presente em 90% dos organismos.
Þ Hemoglonina F
Existe no feto até os primeiros meses de vida em grande quantidade;
No adulto apenas 2% é hemoglobina fetal.
Þ Hemoglobina A2
Presente no organismo em pequenas concentrações.
Þ Hemoglobina A1C ou glicada
Esta presente em torno de 3 a 5,7% (valor normal) do indivíduo;
Decorre de uma reação não enzimática entre a glicose sanguínea e a hemo-
globina, formando a Hemoglobina Glicada;
Essa hemoglobina pode ser dosada e representa o padrão ouro de controle
do diabetes (a dosagem mostra a média de 3 meses de glicode do paciente).
Quanto maior a taxa de glicose, maior será a taxa de Hemoglobina Glicada.
* A dosagem de Hemoglobina Glicada é uma das melhores formas de acom-
panhar se o paciente diabético está com um bom ou mau controle.
* O gráfico mostra que quanto maior o nível de Hemoglobina Glicada, maiores
Júlia Corrêa - 2025.2
 Bioquímica - Ana Paula
 1º Período
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são as chances de desenvolver doenças como retinopatia (doença na vis-
ta),nefropatia (problema nos rins), neuropatia e microalbuminúria (preditor de
doença renal).
Þ Hemoglobina S
Alteração que causa anemia falciforme
3) Hemoglobina X Mioglobina
Þ Hemoglobina
É um tetrômero;
Possui 8 cadeias alfa hélice;
Possui afinidade variável por oxigênio;
Esta localizada no sangue;
Quando a concentração de O2 possui facilidade para se ligar a ele;
Ex: no pulmão quando tem uma alta concentração de O2 rapidamente a he-
moglobina vai captar e oxigenar os tecidos.
Quando a concentração de O2 está mais baixa, por exemplo nos tecidos loca-
lizados mais na periferia, a hemoglobina tem uma baixa afinidade mas conse-
gue se desligar do oxigênio e liberar ele para oxigenar os tecidos.
Þ Mioglobina
É um monômero;
Possui 8 cadeias alfa hélice;
Possui alta afinidade por oxigênio;
Localizada nos músculos;
Tem a função de reservar oxigênio muscular, evitando que ocorra a fermenta-
ção lática.
4) Fenômeno de Cooperação
Quanto mais a hemoglobina vai se ligando ao oxigênio ela vai se tornando
mais relaxada e sua forma mais arredondada, isso facilita que a Hb faça mais
ligações com oxigênio;
Þ Coperatividade positiva ou interação Heme-Heme
O efeito da ligação da primeira molécula de oxigênio à hemoglobina confere
afinidade crescente para as ligações que serão subsequentes, de maneira
que a afinidade do último O2 a se ligar a hemoglobina será cerca de 300x mai-
or do que o primeiro O2 que se ligou.
No caso da mioglobina, que possui apenas uma unidade e uma ligação com
O2 esse fenômeno de cooperatividade não existe.
Júlia Corrêa - 2025.2
 Bioquímica - Ana Paula
 1º Período
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5) Curva de Saturação
Na Hb, no início a afinidade por O2 é baixa (curva do tipo sigmóide). Mas a
medida que vai saturando, com o fenômeno de cooperação, aumenta a afi-
nidade da Hb pelo O2.
Já na Mioglobina, como só tem uma unidade, a saturação é alta porque pos-
sui afinidade máxima logo no começo (curva do tipo hiperbólica).
Ex: ocorre no músculo cardíaco e esquelético.
6) Fatores que alteram a capacidade de ligação da hemoglobina
Þ Presença de CO2 e em ambiente ácido ~> ocorre inibição alostérica e a he-
moglobina perde a afinidade pelo O2.
Dentro da hemácia, a enzima anidrase carbônica transforma CO2 em ácido
Carbônico e H+. Isso faz com que a hemoglobina perca alostericamente a afi-
nidade pelo O2, os liberando de forma cooperativa.
Assim todos os O2 se desprendem nos tecidos aonde há mais CO2 (Efeito Bohr)
Þ Efeito Bohr
É a alteração da curva do oxigenio pela alteração do pH.
Liberação do oxigênio pela hemoglobina aumenta com a diminuição do pH
ou quando a PCO2 está aumentada. Essa ligação diminui a afinidade da Hb
pelo O2, deslocando a curva de dissociação para a direita.
pH ácido - facilita a liberação de oxigênio pela hemoglobina.
pH básico - diminui a liberação de oxigênio pela hemoglobina, aumenta a afi-
nidade.
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Þ Níveis de 2.3 BPG (Bifosfoglicerato)
O BPG é um isômero do ácido glicolítico, presente nas hemácias. Liga-se com
maior afinidade à hemácia desoxigenada por interagir melhor com as subuni-
dades beta da forma tensa. Dessa forma, diminui aafinidade pelo oxigênio,
promovendo de forma alostérica a liberação de moléculas de O2 remanes-
centes ligadas à hemoglobina, aumentando a capacidade das hemácias de
liberar O2 nos tecidos que mais necessitam.
Leva também a uma queda do pH dentro da hemácia desviando a curva de
dissociação para a direita - Efeito Bohr.
* Anêmicos crônicos, doentes pulmonares crônicos e moradores de grandes al-
titudes, possuem níveis aumentados de 2,3 BPG para facilitar a entrega de O2
nos tecidos.
7) Curva de dissociação da Hemoglobina Fetal
A Hb fetal possui maior afinidade com o O2 do que a hemoglobina A da mãe
que permite o feto seja oxigenado com a Hb A (da mãe).
A hemácia fetal não se liga a 2,3 BPG como a hemácia da mãe, por isso ela
possui mais afinidade e segura o O2.
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 Anemia Falciforme 
.
1) Características gerais
É uma doença hereditária caracterizada pela alteração da hemoglobina das
hemácias do sangue, tornando o formato delas semelhante a uma foice.(He-
moglobina S).
A hemoglobina é esencial para a saúde de todos os órgãos de corpo por ser
responsável pelo transporte de oxigênio e conferir cor aos globulos vermelhos.
Essas células tem sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, po-
dendo causar a anemia e trombos.
Essa condição é mais comum na raça negra.
É causado por uma alteração no DNA, ao invez de ter um aminoácido glutâ-
mico, a célula mutante possui uma valina no lugar.
Normalmente, cerca de 200 bilhões de hemácias (que possuem a hemoglobi-
na são destruídos por dia. Já na pessoa que possui a condição de anemia fal-
ciforme cerca de 400 a 600 bilhões de hemácias são destruídas por dia.
2) Manifestações clínicas e complicações das doenças falciformes
Crise álgica
- Sintoma agudo;
- Associado a isquemia tecidual aguda causada pela vaso-oclusão;
- Acompanhada de evidentes sinais inflamatórios, como edema e calor.
- O formato da célula falciforme leva ao bloqueio do fluxo sanguíneo, poden-
do gerar isquemia, necrose e trombose.
- Síndrome mão-pé: processo inflamatório iniciado por necrose da medula
óssea nas porções distais dos membros. Gera dor intensa e pode levar a ampu-
tação.
Sistema linfo-hematopoético
- Anemia;
- Asplenia;
- Esplenomegalia crônica (rara);
- Episódios de sequestro esplânico agudo.
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Pele
- Palidez;
- Icterícia;
- Úlceras na perna.
Sistema Nervoso central
- Acidente isquêmico transitório;
- Infarto;
- Hemorragia cerebral.
Cardiopulmonar
- Cardiomegalia;
- Insuficiência cardíaca;
- Infarto pulmonar
- Pneumonia.
Urogenital
- Priapismo
- Hipostenúria, proteinúria
- Insuficiência renal
3) Diagnóstico
A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diag-
nóstico da doença, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada
pelo teste do pezinho quando a criança nasce.
4) Tratamento
Os portadores precisam de acompanhamento médico constante. Quanto
mais cedo começar, melhor será o prognóstico. Apesar de o tratamento não
ser específico, em algumas situações pode haver indicação de ações para di-
minuir as crises dolorosas (hidroxiureia), isquemias cerebrais de repetição (tera-
pia de transfusão regular), terapia da quelação de ferro para aqueles que re-
cebem transfusões com frequência e acumulam ferro no organismo e, mais ra-
ramente, a troca de hemácias (eritracitaferese).
 A doença pode ter cura através do transplante alogênico de medula
óssea. 
https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/veja-as-doencas-identificadas-pelo-teste-do-pezinho/
Júlia Corrêa - 2025.2
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 Metahemoglobinemia Metahemoglobinemia Metahemoglobinemia ...
1) Características gerais
Metahemoglobina: É uma forma de proteína da hemoglobina cujo ferro do
grupo HEME está sob a forma Fe+3 e não Fe+2 que é a forma da hemoglobina
normal.
O sangue adquire uma cor castanha azulada.
Quantidades elevadas levam a alterações, podendo ser causadas por doen-
ças genéticas, através da deficiência de enzimas como:
- Metahemoglobina redutase
- G-6-fosfatodefidrogenase
- Piruvato cinase
Fatores externos
- Aminas
- Clorobenzeno
- Dapsona: medicamento para tratamento de hanseníase
- Nitroprussiato de sódio: medicamento para tratar hipertensão.
- Cloroquina: medicamento usado contra lupus e malária.
- Nitrito e nitrato: contaminação por meio deles.
~> essas doenças ou fatores externos podem aumentar os níveis de metahe-
moglobina fazendo com que o Fe+3 se ligue a hemoglobina.
2) Sintomas
Pés, mãos, lábios azulados
Júlia Corrêa - 2025.2
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 1º Período
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Sintomas muito relacionados com a diminuição da oxigenação.
Cefaleia
Tonteira
Cianose
Taquicardia
Dificuldade respiratória
3) Diagnóstico
Dosagem de metahemoglobina no sangue
* Oxímero de pulso não faz diagnóstico de metahemoglobinemia
4) Tratamento
Uso de Azul de Metileno (atua revertendo o excesso de metahemoglobinemia)
O uso de Azul de metileno é indicado principalmente quando é por intoxica-
ção, para pacientes com hipóxia celular,dispineia, confusão mental ou dor to-
ráxica, ou quando os níveis de metahemoglobinemia excedem 30%.
5) Envenenamento por cianeto
Cianeto de hidrogênio ou Ácido cianídrico tem elevada afinidade formando
cátions metálicos em locais catalíticos de várias enzimas importantes.
Sua toxidade decorre da capacidade que possui de se ligar ao ferro da enzi-
ma citocromo oxidase mitocondrial da cadeia transportadora de elétrons, blo-
queando a oxigenação celular e a fosforilação oxidativa. (bloqueia o ciclo de
krebs)
Ocorre uma Hipóxia Histotóxica
A vítima apresenta aspecto rosado, o coração e cérebro da pessoa entra em
falência, apresenta arritimia, convulsões podendo levar a morte.
Sintomas:
- Se for ingerido ocorre queimação na língua, esôfago e estômago.
- Se for inalado, ocorre irritação nasal e ocular.
Foi muito usado durante a 2ª Guerra Mundial nas câmaras de gás para o exter-
mínio de judeus.
Ainda hoje, o cianeto é utilizado no controle de pragas no porão de navios,
cianeto de ouro é usado na douração de certos metais e também em revela-
ção de material fotográfico.
A planta mandioca-brava muito comum no nordeste é muito tóxica por conter
altas concentrações de cianeto.
6) Tratamento
Kit cianeto: Nitrito de amila (por inalação), nitrito de sódio 3%(por via EV) e tios-
sulfato de sódio (via EV).

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