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Bioquímica Metabolitos primários Hidratos de Carbono > Glúcidos > Glícidos São aldeídos ou cetonas poli-hidroxilados ou substâncias que os produzam por hidrólise. Cn(H2O)m n ≥ m Monossacáridos São os glúcidos mais simples, constituídos por uma só unidade (monómero). Não originam, por hidrólise, outras moléculas de hidratos de carbono. Conforme o número de carbono existentes na moléculas – diose, triose, tetrose, pentose, hexose, heptose, etc... 3-8 carbonos, -oses Com grupos aldeídos (CHO) e grupos cetonas (CO) -> Aldoses e Cetoses Troca-se “ul” por “ceto” quando se trata de uma cetose. Ex: ceto-hexose (frutose) -> hexulose O grupo aldeídos das aldoses tem poder redutor, pelo que são englobados na designação de açúcares redutores. O grupo cetónico, por si só, não tem capacidade redutora, ainda assim, muitas cetoses reduzem o licor de Fehling, por isso também são açúcares redutores. Assim, todos os monossacáridos e alguns polissacáridos são açúcares redutores. Glúcidos Monossacáridos Oligossacáridos Polissacáridos Lípidos Prótidos Aminoácidos Oligopéptidos Proteínas Ácidos nucleicos Estruturas supramoleculares Complexos multienzimáticos Ribossomas Elementos do citoesqueleto RNPs Esteroisomerismo Isómeros são moléculas que têm a mesma fórmula química mas diferentes estruturas. Enantiómeros são isómeros que diferem entre si na configuração de todos os carbonos assimétricos (espelho plano entre eles). Os que não são enantiómeros, ou seja, não diferem na configuração de todos os átomos de carbono assimétricos, são diastereómeros. Os que diferem em apenas um carbono assimétrico são epímeros. Fórmulas de projecção ou fórmulas de Fischer Baseiam-se na projecção, no plano do papel, da estrutura tetraédrica do átomo de carbono. Regra geral para determinar a qual das séries o monossacárido pertence: Se o –OH do carbono assimétrico de número mais elevado se encontrar para a direita, pertence à série D. Os monossacáridos mais comuns são da série D. Se o mesmo –OH estiver para a esquerda, será da série L. Todos os aminoácidos proteícos (excepto glicina) são da série L. Fórmulas de Haworth A anterior fórmula não dava para explicar certas reacções químicas nem certas propriedades físicas dos monossacáridos, como a mutarrotação, que é o poder rotatório de muitos açúcares quando em solução aquosa. Este fenómeno de mutarrotação e outra anomalias dos açúcares são resultado de estes se encontrarem em estruturas cíclicas, as quais originam duas formas isómeras, α e β – anómeros (são diastereómeros). Estes diferem na configuração no C1 (aldoses) e no C2 (cetoses). O anómero α da série D de monossacáridos é aquele em que o –OH ligado ao carbono anomérico se situa para baixo e o anómero β aquele em que o –OH se situa para cima. Na série L verifica-se o oposto. Os anéis e estruturas cíclicas mais comuns são as furanoses (anel de 5 lados) ou piranoses (6 lados). A forma de piranose prdomina em D-glucose, enquanto que a de furanose predomina nas da ceto-hexose D-frutose e na maioria das pentoses. Isómeros de conformação dos monossacáridos Para a estrutura cíclica, produzem-se diferentes conformações moleculares – isómeros de conformação – cada qual com um conteúdo energético próprio. As conformações em cadeira, barco, prega, etc. são as representações mais próximas da realidade, ainda assim, é frequente, por questões de simplicidade, recorrer às fórmulas planas de Haworth ou às fórmulas lineares de Fischer. A glicose e derivados é tão abundante na Natureza devido à sua conformação em cadeira, que minimiza os contactos mais chegados entre os maiores grupos funcionais. Estes ocupam preferencialmente a posição equatorial. De todas as D-adohexoses, apenas a β-D-glucose pode adoptar a conformação em cadeira com grupos maiores na orientação axial. Principais monossacáridos de importância biológica Estéres fosfóricos de açúcares Uma das reacções mais comuns em que os oxidrilos (-OH, grupo funcional dominante) participam é a esterificação, sendo os oligo e polissacáridos derivados éster dos monossacáridos. Outros ésteres de importância biológica são os glicósidos e os ésteres fosfóricos dos açúcares. Do ponto de vista industrial têm grande importância os ésteres dos ácidos acético e nítrico. Os nitratos de celulose, amido, glicerol, D-manitol e etilenoglicol são explosivos úteis. Do ponto de vista químico, a facilidade de reacção dos grupos -OH dos açúcares é, geralmente, na seguinte ordem: hemiacetal, álcool primário, álcoois secundários. Os ésteres fosfóricos dos açúcares são muito diversos e de grande importância no metabolismo celular. São, por exemplo, compostos intermediários da síntese e degradação de oligo e polissacáridos dos processos respiratório, fermentativo e fotossintético e, de um modo geral, da maioria dos processos oxidativos biológicos. Assim, são metabolitos intermediários da glicólise, via dos fosfatos de pentose, ciclo de Calvin e gluconeogénese, ocorrendo, por isso, em todas as células, onde desempenham funções biológicas primordiais. São, ainda, constituintes de coenzimas, nucleósidos, nucleótidos e ácidos nucleicos, bem como precursores de aminoácidos (exemplos: histidina, fenilalanina, tirosina e triptofano) e de muitas outras moléculas biológicas. Açúcares aminados e acetilados Os aminoacúcares resultam da substituição de um ou mais –OH por um grupo amina. Os mais importantes são a D-glucosamina e a D-galactosamina. São intermediários da glicólise, têm ocorrência comum nas células D-gliceraldeído e di- hidroxiacetona Aldopentose mais importante. Intermediário em várias vias metabólicas D-ribose Intermediário da via das pentoses fosfato e ciclo de Calvin D-eritrose Faz parte da constituição das paredes celulares. Ocorre em forma de piranose. D-Xilose Um dos poucos açucares da série L em plantas. Ocorre em forma de piranose e faz parte da constituição das paredes celulares, juntamente com a D-Xilose L-Arabinose Cetopentoses importantes. Intermediários em vias metabólicas D-Ribulose e D-Xilulose Açúcar e composto orgânico mais comum em forma livre ou combinada. Piranose D-Glucose Ocorre em quantidades reduzidas no sangue. Interfere com a manutenção do nível adequado de glucose no organismo D-Galactose L-Galactose D-Manose Açúcar mais doce. Ocorre em forma de furanose. D-Frutose Em tecidos vegetais D-Sedo-heptulose e D-mano- heptulose Poliálcoois ou polióis São compostos que resultam de açúcares por redução da função adeído ou cetona. Estão divididos em duas classes: Açúcares-álcoois (ex.: Glicerol, D-Treitol, D-Ribitol, D-Glucitol (sorbitol), D-Manitol, D- Galactitol (Dulcitol)). Ciclitóis Açúcares-ácidos Os açúcares podem ser oxidados, dando origem a açúcares-ácidos. Ácidos aldónicos – resultam da oxidação do grupo aldeído a –COOH Ácidos urónicos – por oxidação do álcool primário a –COOH Ácidos sacáridos ou aldáricos – oxidação simultânea do álcool primário e do grupo aldeído a grupo –COOH Ácido L-ascórbico (vitamina C) Os ácidos ascórbicos podem ser considerados como derivados enólicos dos ácidos aldónicos. O homem, juntamente com os outros primatas e a cobaia, é dos poucos mamíferos incapazes de sintetizar o ácido ascórbico, para o qual, portanto, este composto se comporta como vitamina. Sabe-se que o ácido L-ascórbico é necessário para a formação do colagénio e do material intercelular, para o desenvolvimento adequado das cartilagens, ossos e dentes e para a cicatrização das feridas, podendo ainda ser importante, possivelmente pelas suas propriedades redutoras, na manutenção de um elevado potencial redutor no protoplasma das células sãs. A deficiência extrema de vitamina C leva ao escorbuto, doença endémica da Idade Média e que grassou entre os marinheiros dotempo das descobertas. Esta doença é provocada por uma estrutura deficiente do colagénio, de que resultam lesões na pele, fragilidade dos vasos sangúneos e dificulade na cicatrização de feridas. Oligossacáridos São oligómeros de monossacáridos – 2 a 10 monómeros - ligados uns aos outros por ligações glicosídicas (pontes de hidrogénio). Consoante o seu grau de oligomerização, assim recebem as designações de dissacáridos, trissacáridos, tetrassacáridos, pentassacáridos, etc. A ligação glicosídica estabelece-se sempre entre grupos oxidrilo (OH-HO) do carbono hemiacetal de um açúcar (aldose ou cetose) e o de outro composto. Por cada ligação que se estabelece, liberta-se uma molécula de H2O, por isso os monossacáridos participantes são referidos por resíduos e o seu nome termina em –ilo. A substância formada (acetal) chama-se glicósido, podendo ser oligossacárido ou não, conforme a natureza do R. Em comparação com as ligações fosfodiéster nos ácidos nucleicos e as ligações peptídicas nas proteínas, há uma grande versatilidade quando se trata de estabelecer uma ligação glicosídica durante a formação de oligossacáridos. Nomenclatura Uma ligação glicosídica entre dois monossacáridos estabelece-se sempre entre o carbono anomérico do primeiro monossacárido e um grupo oxidrilo qualquer do segundo monossacárido. α-1,4 ou α(1→4) Para atribuir o nome sistemático a um oligossacárido, é necessário saber: 1 - O nome da cada um dos monossacáridos componentes (glucose, glucose); 2 - Se pertence à série D ou L; 3 - O tipo de anéis de cada um (furanose ou piranose); 4 - A configuração do carbono anomérico de cada um (alfa ou beta); 5 - O número dos átomos de carbono que participam em cada uma das ligações glicosídicas (1,4). Assim, o nome do oligossacárido é formado do seguinte modo: 1º monossacárido: (α ou β), série D ou L, nome do monossacárido, sufixo piranosilo ou furanosilo; (ex: α-D-glucopiranosilo) 1ª ligação glicosídica: (α ou β), seguida do número dos átomos de carbono entre os quais se estebelece a ligação glicosídica; (ex: α-1,4) (...) Último monossacárido: termina em –ose se o oligossacárido tiver propriedades redutoras ou termina em –ósido se o oligossacárido não tiver propriedades redutoras. Propriedades redutoras Quando um monossacárido se condensa com outro, para formar um dissacárido, a ligação glicosídica pode produzir-se com qualquer grupo oxidrilo livre do segundo monossacárido: Se este grupo -OH não for o do hemiacetal, o dissacárido originado terá acção redutora. (ex: lactose) Se este grupo -OH for o do hemiacetal, o dissacárido originado não terá acção redutora, pois os carbonos anoméricos estão bloqueados na formação da ligação glicosídica. Oligossacáridos de maior importância biológica Os conceitos de glicoma, exoglicoma e perfil glicómico Glicoma é a designação que se dá ao conjunto de todos os hidratos de carbono de uma célula, tecido, órgão ou organismo, quer estejam na forma livre, quer combinada. O exoglicoma é o conjunto de glicoproteínas, glicolípidos, etc., que constituem a bicamada lipídica da membrana celular. Desempenha importantes funções biológicas que se dão ao nível de adesão, interacção, sinalização e reconhecimento entre células. Polissacáridos São polímeros de monossacáridos, porém formados por um número elevado de unidades. Não são tão solúveis em água. Têm funções energéticas (glicogénio), de suporte (celulose, condroitinsulfato nos ossos), estrutural, regulação iónica e de pressão osmótica, etc. •O-α-D-glucopiranosilo-(12)-β-D-frutofuranósido Sacarose •O-α-D-glucopiranosilo-(11)- α-D-glucopiranósido Trealose •O-β-D-galactopiranosilo-(14)-D-glucopiranose Lactose •O-α-D-glucopiranosilo-(14)-D-glucopiranose Maltose •O-α-D-glucopiranosilo-(16)-D-glucopiranose Isomaltose •O-β-D-glucopiranosilo-(14)-D-glucopiranose Celobiose •O-α-D-galactopiranosilo-(16)-α-D-glucopiranosilo-(12)-β-D-frutofuranósido Rafinose •O-α-D-galactopiranosilo-(16)- β-D-frutofuranosilo-(21)- α-D-glucopiranósido Planteose Podem ser: Homopolissacáridos – são constituídos essencialmente por monossacáridos de um só tipo (ex: amido, glicogénio, celulose são polímeros da glucose apenas). Heteropolissacáridos – são constituídos por monossacáridos de mais de um tipo (ex: hemiceluloses, pectinas, gomas, mucilagens vegetais). Consoante o número de tipos de unidades monoméricas, podem-se classificar em homoglicanas (um só tipo) e heteroglicanas (mais do que um tipo). Nomenclatura Normalmente, indica-se os monossacáridos que os contituem e os vários de ligações peptídicas existentes. Polissacáridos de maior importância biológica Código dos açúcares O código glicómico ou código dos açúcares dos oligossacáridos, por comparação com o código genético ou com o código proteico. Os hidratos de carbono são o terceiro alfabeto da vida. Comparados com os aminoácidos e com nucleótidos, a sua versatibilidade para formar isómeros (palavras codificáveis) é inagualável. Os hidratos de carbono são muito mais complexos com mais grupos funcionais por carbono e com um número muito maior de centros quirais, fazendo com que a síntese química e a determinação da sua estrutura seja mais difícil. O conceito de Dogma central ignorou modificações pós-tradução (como a glicosilação das proteínas) que amplia as funções de uma só proteína codificada por um gene particular. É um homopolissacárido, constituído por monómeros de α-D- Glucopiranose; ligação: α-1,4, isto é, de facto, uma mistura de dois diferentes polissacáridos: amilose e amilopectina. Amido (Plantas) Proteína mais abundante nos vertebrados. Polissacárido de reserva animal, armazenado nó fígado e músculos. Mesma constituição da aminopectina, porém, cadeias bastante mais curtas e mais ramificadas e de maiores dimensões. Muito mais solúvel em água. Glicogénio (Animais e Plantas) Composto mais abundante das plantas (/água) constituinte das paredes celulares. Composto grande e ramificado formado por D-glucopiranose. Celulose (Plantas e invertebrados marinhos) Polissacáridos mucilaginosos, fortemente ramificados, produzidos por certas bactérias e formados por unidades de D-glucopiranose. Dextranas (bactérias) Polissacárido linear formado por unidades de D-glucopiranose presente nos tubos crivosos. Calose (Plantas) Lípidos São pouco solúveis em água e muito solúveis em solventes orgânicos, como o éter, acetona, álcool, benzeno, etc. Muitos lípidos quando hidrolisados libertam ácidos gordos. Desempenham funções biológicas a nível das estruturas (membranas celulares), quer como reserva energética, assim como outras funções, como hormonais. Características estruturais dos ácidos gordos São ácidos monocarboxílicos alifáticos, de cadeia carbonada longa linear não ramificada, com número par de átomos de carbono (14 a 20). As insaturações são ligações duplas (dobra de 30º), com configuração cis, não conjugadas entre C9 e C10. Nomenclatura Para todos os Ácidos Gordos (Saturados e Insaturados): X:Y → Para os Ácidos Gordos Insaturados (Localização das ligações duplas): cis/trans-Δx → Ácidos gordos Saturados | Insaturados \ Glicerolípidos Glicéridos monoglicéridos diglicéridos triglicéridos Fosfolípidos ág + fosfato Glicolípidos Esfingolípidos Esteróides, esteróis Pigmentos vegetais, vitaminas lipossolúveis. Hidrocarbonet os e céridos X = nº de átomos de carbono Y = nº de ligações duplas X = nº da ligação C-C onde a ligação dupla, contada a partir do terminal carboxilo. Se o ácido gordo tiver mais do que uma ligação dupla, será, p.e.: cis,cis-Δ9,Δ12 ω-x → As plantas sensíveis ao frio tem uma elevada percentagem de ácidos gordos saturados. As membranas tendem a “solidificar” num estado semi-cristalinoa temperaturas baixas. Lípidos das membranas de plantas resistentes ao frio tem uma elevada proporção de ácidos gordos insaturados do que as plantas sensíveis ao frio. O ser humano consegue sintetizar ω-9, porém não consegue sintetizar ácidos gordos ω-3 e ω- 6, que são essenciais, pelo que têm que ser fornecidos na dieta alimentar. Glicerolípidos O glicerol é um triálcool (3 carbonos). É solúvel el água e insolúvel em solventes orgânicos, ao contrário dos ácidos gordos. Por esterificação de ácidos gordos, dá origem a glicéridos. O inverso dá-se por hidrólise. Lípidos da membrana Os lípidos da membrana são fosfolípidos que contém uma extremidade hidrófila (polar) e uma extremidade hidrofóbica (apolar). Organizam-se em bicamadas e apresentam enorme mobilidade. A fluidez da bicamada depende da natureza química dos seus componentes, por exemplo, um aumento de colesterol diminui esta fluidez. Esfingolípidos O núcleo é composto por ceramida, ou seja, esfingosina ligada por uma ligação amida a um ácido gordo. Aminoácidos Composto orgânico que contém um grupo amina (H2N) + grupo carboxilo (COOH). Todos os aminoácidos que participam na constituição das proteínas são L-α-aminoácidos. X = nº da ligação C-C onde a ligação dupla, contada a partir do carbono metílico ou ω . ω também pode ser substituído por n. Ex: . ω-6 e ω-3, ou n-6 e n-3 – ácidos gordos essenciais. α-aminoácidos, β-aminoácidos, γ-aminoácidos, etc. Os aminoácidos de ocorrência natural podem dividir-se em três categorias: Aminoácidos proteicos – constituem as proteínas e encontram-se codificados no código genético. (20 + 2) Aminoácidos raros das proteínas - podem fazer parte da constituição das proteínas ocasionalmente, mas não se encontram codificados no código genético. A cistina (hidroxiprolina) é um importante aminoácido raro das proteínas, forma-se por oxidação espontânea de dois resíduos da cisteína. O colagénio tem na sua constituição hidroxiprolina e hidroxilisina. Para que haja a conversão de resíduos de prolina em resíduos de hidroxiprolina é necessária a presença do ácido L-ascórbico (vitamina C). Aminoácidos não-proteicos – ocorrem naturalmente na forma livre ou combinada, mas não constituem proteínas. Muitos destes aanp foram identificados em componentes tóxicos de plantas venenosas. Estes têm como função serem intermediários da biossíntese de aminoácidos proteicos e de outros compostos biológicos, de reserva e defesa. Ionização e propriedades ácido-base dos aminoácidos - Ponto isoelétrico (pI) Aminas Aminas biogénicas Aminas biologicamente activas, como norepinefrina, histamina e serotonina, que actuam primeiramente como neurotransmissores e são capazes de afectar a funcionalidade mental e a regulação da pressão sanguínea, temperatura corporal e outros processos corporais. Primárias → NH2R Secundárias → NHRR’ Terciárias → NRR’R’’ Quaternárias → N+RR’R’’R’’’ Há a distinção entre aminas biogénicas endógenas e exógenas. As aminas endógenas são produzidas em variados tecídos (ex: a adrenalina é produzida na medula adrenal e a histamina em mastócitos e fígado). As aminas são transmitidas localmente ou por via sanguínea. As aminas exógenas são directamente absorvidas pelas comida no intestino. O álcool pode aumentar a taxa de absorção. Ligação peptídica Ligação éster, do tipo amida, entre o grupo carboxilo de um aminoácidos e o grupo amida de outro aminoácido. O inverso é feito por hidrólise, catalisada por proteases. Por cada ligação liberta- se uma molécula de H2O, por isso cada aminoácido passa a chamar-se resíduo de aminoácido. (ex: tirosilo de tirosina, analilo de analina, etc.). Estas ligações podem ser: Ligação eupeptídica – a comum ligação peptídica entre o grupo grupo α-carboxilo e o grupo α-amina. Ligação isopeptídica – qualquer ligação que não seja eupeptídica. A ligação entre os grupos carboxilo e o grupo amina não pode se encontrar directamente ligado ao átomo de carbono α. (ex: ligações em que participem o grupo β-carboxilo do ácido aspártico, o grupo γ-carboxilo do ácido glutâmico, o grupo ε-amina da lisina e tanto o grupo carboxilo como o grupo amina da β-alanina. Nomenclatura de péptidos Os péptidos começam-se a enumerar, designar, contar a partir da extremidade que tem um grupo amina livre – terminal NH2. A configuração trans é mais estável (R longe um do outro) que a configuração cis, sendo, por isso, a configuração que predomina nas cadeias peptídicas. Oligopéptidos e polipéptidos São oligómeros de aminoácidos ligados sequencialmente (isto é, cabeça-com-pés, ou grupo carboxilo →grupo amina) uns aos outros por ligações peptídicas. Podem ser lineares (mais comum) ou cíclicos. Consoante o número de resíduso de aminoácidos constituientes, o oligopéptido é denominado dipéptido, tripéptido, tetrapéptido, etc. Péptidos bastante mais complexos, os polipéptidos, formados por várias dezenas a milhares de aminoácidos, são as estruturas unitárias que formam as proteínas. Estes só podem ser sintetizados ao nível dos ribossomas, aon contrário dos péptidos mais simples, cuja sintese é feita por enzimas. Péptidos de importância biológica Proteínas São polímeros, constituídos por uma ou mais cadeias polipeptídicas, sintetizados nos complexos mRNA-ribossoma. Os polipéptidos que não são sintetizados com ribossomas, não são proteínas. Sendo polímeros de aminoácidos, são constituídas por C, H, O e N, podendo ou não conter quantidades variáveis de S, P e metais (ex: Zn, Cu, Fe, Mn, Mg, etc.). Tem funções de defesa, hormonais, de transporte, biocatálise, reserva, movimento, estrutura, etc. Terá de pesar mais de 5 kDa (45 resíduos de aa) para que se distinga de um polipéptido. As modificações pós-tradução das proteínas e o splicing alternativo faz com que haja mais proteínas diferentes (106) do que genes (24000). Ómicas O transcritoma é o conjunto total de todos os mRNAs da célula que são transcritos sob uma determinada condição fisiológica e ambiental, tendo em consideração a abundância de cada um e, idealmente, incorporando os resultados do “splicing”. O proteoma, é o conjunto de proteínas expressas por um determinado tipo de célula, tecido, orgão or organismo, num dado estado fisiológico. O termo proteoma deriva de proteína e de genoma. O translatoma é o conjunto total das proteínas da célula expressas num dado momento, tendo em consideração a abundância de cada uma. Importante papel anti-oxidante na célula Glutationa Isolado do cristalino de vitela Ácido oftálmico Presente nos músculos dos mamíferos Carnosina e Anserina Presente nos músculos da cobra Ofidina Presente no cérebro. Semelhante à morfina. Encefalinas Importantes reguladores da circulação sanguínea Cininas e angiotensinas O metaboloma refere-se ao conjunto completo de metabolitos, intermediários de vias metabólicas, hormonas ou outras moléculas envolvidas em processos de sinalização, que se encontram numa amostra biológica, como, por exemplo, um organismo. Hierarquias no estudo da estrutura das proteínas Dada grande complexidade estrutural das moléculas proteicas, é frequente considerar quatro níveis básicos na estrutura das proteínas: Estrutura de nível primário – sequência de aminoácidos. Estrutura de nível secundário – formação de hélices α e folhas pragueadas β. Estrutura de nível terciário; Estrutura de nível quaternário. Como níveis de estrutura intermédios temos: A estrutura de nível supersecundário; Os domínios de estrutura – α (com hélices α), β (com folhas β) e α /β (com hélices e folhas). Acima da estrutura de nível quaternário podem considerar-se níveis de organização supramolecular como: Complexos multienzimáticos; Ribossomas Elementosdo citoesqueleto; ex. microtúbulos. Quanto à sua estrutura, as proteínas podem ser fibrosas (ex: colagénio, queratinas, etc.) ou globulares (hemoglobina, insulina, etc.). Desnaturação de proteínas É a alteração estrutural que destrói a sua conformação nativa, essencial à expressão da sua atividade biológica. Os agentes desnaturantes podem ser temperaturas elevadas, valores extremos de pH ou compostos químicos, como, p. ex., ureia, detergentes, metais pesados, solventes orgânicos. Estas desnaturação ocorre abruptamente em consequência de um pequeno incremento do agente desnaturante. A desnaturação tem sido utilizada no estudo dos tipos de ligações químicas responsáveis pela estrutura nativa de proteínas e ácidos nucleicos. A desnaturação pode ainda ser reversível ou irreversível, consoante se dê uma renaturação completa (molécula activa) ou incompleta (molécula inactiva), respectivamente, após a remoção agente desnaturante. Interactómica As interacções proteína-proteína normalmente envolvem transferência de informação mediadas por: Chaperonas moleculares – proteínas necessárias para que outras proteínas assumam a conformação biologicamente activa. (ex: proteassomas 20S e 26S e Rubisco). Assim a estrutura de nível terciário depende também da informação contida nos genes das outras proteínas que participam no seu processamento. Priões – agente infeccioso composto por proteínas com uma conformação aberrante. Agregados proteicos – são imunes a ataques proteolíticos. Nos agregados, as proteínas podem-se manter juntas por interações hidrofóbicas e electrostáticas e ligações covalentes. Glicoproteínas e exoglicoma São proteínas que possuem uma ou mais porções de hidrato de carbono (ou glicana) ligadas covalentemente à cadeia polipeptídica através dos grupos laterais de resíduos de aminoácidos. Portanto, as glicoproteínas são proteínas glicosiladas que adquiriram essa forma através do processo de glicosilação, que é um dos conhecidos mecanismos de modificação pós-traducional das proteínas. São glicósidos e por isso podem ser do tipo N- ou do tipo O- - N-glicoproteínas e O- glicoproteínas, dependendo do átomo do resíduo de aminoácido a que as glicanas estão ligadas. Embora usualmente uma dada glicoproteína possua glicanas apenas de um dos tipos, conhecem- se algumas que são simultaneamente do tipo N- e O- (p, ex., a fetuína bovina e a imunoglobina humana A). Lectinas As lectinas são proteinas com origem não imune (sem anticorpos), sem actividade catálica (sem enzimas), que reconhecem e se ligam de uma forma estável (sem enzimas) a estruturas de glicidos específicas. Estão presentes em todas as células e as suas funções fisiológicas são desconhecidas. Lipoproteínas São complexos entre lípidos e proteínas. Encontram-se, p. ex., no envelope bacteriano e no plasma sanguíneo. A principal função desta lipoproteína é manter a integridade estrutural do complexo de peptidoglicana da membrana externa. No plasma sanguíneo existem várias lipoproteínas, cuja função é o transporte e a distribuição de Iípídos (lipidos absorvidos dos alimentos, vitaminas lipossolúveis, hormonas), através dos sistemas sanguíneo e linfático. Costumam classificar-se de acordo com a sua densidade, em lipoproteínas VLDL (very low density Iipoprotein), de muito baixa densidade, as LDL, de baixa densidade, e as HDL (high density), de alta densidade. Têm a importante função de transportar, na forma solúvel, os Iípidos de outro modo insolúveis no plasma. As partículas de lipoproteínas contêm um núcleo hidrofóbico de estéres de colesterol e triacilgliceróis, rodeado por uma monocamada de fosfolípidos a que se associam colesterol, na forma livre, e as apolipoproteínas. Vitaminas São substâncas necessárias em pequenas quantidades para um normal funcionamento do organismo que não conseguimos sintetizar em quantidades adequadas para uma saúde normal (pode variar durante o ciclo de vida). Assim, temos que obtê-las através da alimentação. Há vitaminas que são solúveis em água (não são armazenadas) e vitaminas solúveis em lípidos (são armazenadas, normalmente são tóxicas com overdose). Muitas vitaminas são precursores de cofactores. São classificadas pela sua química e biológica actividade, não pela sua estrutura. Vão de A a K. Vitaminas solúveis em água: o Complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B7) – actuam como coenzimas, não são armazenadas. o Vitaminas hematopoiéticas (B9, B12) – pertencem à formação do sangue e células sanguíneas. o Vitamina C Vitaminas solúveis em lípidos: A, D, E, K Vitamina A (retinol) e β-caroteno Vitamina B1, tiamina – coenzimas: TPP Vitamina B2, riboflavina – coenzimas: FAD e FMN Vitamina B3, niacina – coenzimas: NADH, NAD+ e NADP+ Vitamina B5, ácido pantoténico – parte da coenzima A Vitamina B6, piridoxina – coenzimas: PLP Vitamina B7, biotina Coenzimas Algumas enzimas precisam de cofactores para a sua actividade. Coenzimas - compostos orgânicos com uma ligação fraca. Grupos prostéticos – grupos orgânicos fortemente ligados. Iões essenciais – essecialmente metálicos, fortes ou fracos. As coenzimas actuam como um grupo de transferência de reagentes. Hidrogénio, electrões e outros grupos podem ser transferidos. Grupos metabólicos maiores podem ser anexos ao centro activo da coenzima. Podem ser coenzimas metabolitos (sintetizadas de metabolitos comuns) ou de derivadas de vitaminas (que não são sintetizadas e sim obtidas). Apoenzima + Cofactor → Holoenzima (apenas proteína) (activa) (inactiva) Anti-vitaminas São compostos químicas que inibem a absorção ou a acção das vitaminas. Por exemplo, a avidina é uma proteína dos ovos que inibe a absorção da biotina. Compostos ricos em energia e ligações ricas em energia ATP, ADP, AMP e cAMP; GDP e GTP, UDP e UTP; NAD e NADP; FAD e FMN. Energia livre de Gibbs (G) – quantidade de energia capaz de realizar trabalho durante uma reacção a temperatura e pressão constantes. Reacção exergónica – liberta energia, G < 0 Reacção endergónica – ganha energia, G > 0 Entalpia (H) – representa o calor do sistema. Reacção exotérmica – liberta calor, H < 0 Reacção endotérmica – ganha calor, H > 0 Entropia (S) – representa a desordem do sistema. Há sempre um aumento da entropia numa reacção espontânea. S > 0 Enzimas São catalizadores biológicos que ocorrem em todos os organismos vivos. São sintetizadas no interior das células e responsáveis pelas taxas muito elevadas com que ocorrem as inúmeras reacções do metabolismo, nas condições de pH, temperatura e pressão do meio celular. As enzimas aumentam a taxa das reacções porque baixam a energia livre de activação das reacções químicas que catalisam, sem alterarem o seu ponto de equilíbrio, o qual acaba, inevitavelmente, por ser atingido, com ou sem enzima. É o tempo necessário para atingir o ponto de equilíbrio que é extraordinariamente diminuído por acção das enzimas. Têm uma capacidade catalítica extraordinariamente elevada e grande especificidade. Nas enzimas proteicas que requerem a presença de substâncias de natureza não-proteica para expressão da sua actividade catalítica, dá-se o nome de holoenzima à molécula completa do catalisador, de apoenzima à sua parte proteica e de coenzima, cofactor ou grupo prostético ao componente não-proteico. G = H - TS A equação de Arrhenius relaciona a velocidade de uma reacção química com a energia livre de activação (Ea) e a temperatura: A velocidade da reacção aumenta quando diminui Ea e/ou quando aumenta T. Natureza proteica e ribonucleica das enzimas Há enzimas, como a ribonuclease P, que são constituídas por RNA e proteína. As numerosasmoléculas de RNA são enzimas, significando que a capacidade catalítica e a informação genética podem coexistir na mesma molécula. (ex: ribozimas, grupo I de intrões de self-splicing, RNAse P, etc.) Catálise enzimática Este mecanismo pode considerar-se dividido em três fases sequenciais: 1 - Formação do complexo enzima-substrato; 2 - Ocorrência da reacção química; 3 - Libertação do produto formado. Todos estes passos são reversíveis: se uma enzima se liga ao substrato X e sintetiza o produto Y, a mesma enzima também se pode ligar a Y e transformá-lo em X; a enzima pode ainda ligar-se a X ou a Y e libertá-los sem a ocorrência de reacção química, ou pode converter X em Y e de novo Y em X, sem chegar a libertar Y. Por outro lado, a ligação de uma enzima ao seu substrato não é fixa nem permanente, obedecendo a um equilíbrio dinâmico em que as moléculas intervenientes estão continuamente a ligar-se e a separar-se. A grande especificidade característica das moléculas das enzimas levou ao desenvolvimento da teoria da chave e fechadura e da teoria do encaixe induzido, para explicar a formação do complexo enzima-substrato. As enzimas baixam a energia Iivre de activação das reacções químicas que catalisam recorrendo a cinco tipos de mecanismos: 1 - Efeitos de proximidade e de orientação; 2 - Catálise ácido-base; 3 - Catálise covalente; 4 - Tensão ou distorção; 5 - Alteração da natureza do meio de reacção (hidrófilo ou hidrófobo). A importância destes mecanismos no abaixamento da energia livre de activação pode ser ilustrada se imaginarmos uma reacção química hipotética entre duas moléculas, A e B. Em solução, para que ocorra reacção entre A e B, as moléculas têm de colidir uma com a outra com uma orientação apropriada e serem portadoras de um mínimo de energia capaz de vencer a barreira da energia de activação. k = A . e -Ea/(RT) Numa célula, com uma variedade muito grande de moléculas presentes, a probabilidade de ocorrência de colisões entre A e B é reduzida. Se admitirmos que a maior parte das colisões entre A e B não se processam com a orientação adequada e/ou que as moléculas não são portadoras do mínimo de energia, pode-se concluir que apenas uma fracção diminuta das colisões resulta em reacção. As enzimas conseguem frequentemente maximizar o número de colisões efectivas porque, ao ligarem A e B, fazem-nas colidir com uma orientação apropriada ao processo catalítico. Muitas vezes, a ligação às enzimas induz uma alteraçâo de conformação na molécula do substrato a aproxima a sua estrutura da do estado de transição. Diz-se que a enzima está saturada quando a velocidade da formação de produto não aumenta, mesmo que se adicione substratos. Especificidade enzimática As enzimas são fortemente específicas para os substratos cuja transformação catalisam, enquanto que outros catalisadores não o são. A especificidade enzimática está realacionada com as características da configuração do centro activo da enzima e a sua relação com a molécula dos possíveis substratos (tamanho, forma, etc.). Assim, as características únicas do centro activo de cada enzima fazem com que esta tenha possibilidade de discriminar entre compostos com configuração molecular próxima. Antes, pensava-se que as enzimas possuiam uma estrutura permanente e rígida à qual o substrato se ajustava para se puder ligar (teoria da “chave e fechadura”). Sabe-se agora que as enzimas alteram a sua conformação quando os substratos se ligam, que a orientação exacta dos grupos catalíticos do centro activo é necessária para que se dê a catalise e que os sustratos são capazes de induzir esta orientação. Por isso surgiu a teoria do encaixe induzido. A enzima é flexível e o próprio substrato consegue induzir conformações apropriadas à catálise. A especificidade enzimática pode ser: Especificidade absoluta – só pode usar um tipo de substrato (ex: urease usa apenas ureia); Especificidade de grupo, absoluta – só pode usar um grupo de substratos (ex: álcool desidrogenase só pode utilizar álcoois); Especificidade de grupo, relativa Especificidade estereoquímica – propriedade maioritária. Representa a capacidade que as enzimas têm de discriminar entre um dado substrato e o seu isóméro óptico. Classes enzimáticas Grande classe 1 – Oxidorredutases – reacções oxidação-redução (desidrogenases, redutases, etc.) Grande classe 2 – Transferases (fosforilases, cinases, etc.) Grande classe 3 – Hidrolases – por hidrólise Grande classe 4 – Liases – removem/adicionam compostos (sintases, amilases, etc.) Grande classe 5 - Isomerases Grande classe 6 – Ligases (sintetases) De um modo geral, o nome sistemático de uma enzima é formado por duas partes: a primeira consiste no nome do(s) substrato(s) e a segunda (terminada em ‘ase’) indica a natureza da reacção. É obrigatório incluir no nome da enzima, uma das 6 designações correspondentes às 6 grandes classes. (ex: ureia amido-hidrolase → urease). Isoenzimas Formas múltiplas de uma enzima que ocorre numa dada espécie, com a mesma especificidade para os substratos, mas com diferentes na sua estrutura. Catalizam a mesma reacção química. Sistemas multienzimáticos, sinzimas e abezimas Os sistemas multienzimáticos podem ser, por exemplo, Piruvato desidrogenase (mitocôndrio), Nitrogenase (fixação biológica de azoto), Glicina oxidase (fotorrespiração). As sinzimas são enzimas artificiais, muitas vezes proteínas derivativas. As abzimas são anticorpos catalíticos e hidrolizam proteínas, DNA, RNA ou polissacáridos encontrados no soro de pacientes com doenças virais e autoimunes. Velocidades de catálise Os principais factores que afectam a velocidade das reacções catalisadas por enzimas são: Concentração de enzima Concentração do substrato Temperatura pH Influência da concentração da enzima Existe proporcionalidade entre as velocidades iniciais (no tempo zero, t0) e as quantidades de enzima, isto é, Influência da concentração do substrato Equação de Michaelis Km representa o valor da concentração do substrato para o qual essa reacção se processa a uma velocidade igual a metade de Vmax. Representa o valor da concentração do substrato para o qual essa reacção se processa a uma velocidade igual a metade de Vmax. v = k [ E ] v V S m S Vmax é uma velocidade enzimática e portanto terá as dimensões dessa velocidade, exprimindo- se usuaImente em mol de produto formado por s. A constante Km é independente da quantidade de enzima presente na reacção, enquanto que Vmax depende dessa quantidade pois que quanto mais enzima estiver presente maior será a velocidade da reacção, tendo-se por definição (quando a enzima está saturada), Influência da temperatura A velocidade inicial da reacção enzimática aumenta regularmente com o acréscimo da temperatura. No entanto, a quantidade de substrato transformado em intervalos de tempo sucessivos vai decrescendo, para temperaturas superiores a um certo valor. Assim, por um lado aumenta a velocidade inicial (ou verdadeira actividade catalítica) da enzima, por outro conduz a uma progressiva inactivação das moléculas da enzima. A conjugação dos dois efeitos conduz à definição de uma temperatura óptima. Influência do pH As enzimas são usualmente activas apenas numa gama restrita da escala do pH. Além disso, verifica-se que existe normalmente um valor bem definido de pH para o qual a actividade catalítica de cada enzima é máxima - pH óptimo da enzima. Para grande número de enzimas, o pH óptimo, além de ser bem definido, situa-se próximo da neutralidade, ou quando muito entre os limites de pH 5 e 9. Dogma Central da Biologia O dogma central da biologia centra-se na transferência de informações sequenciais. Afirmava que a informação não pode ser transferida de novo de uma proteína para outra proteína ou ácidonucleico. Por outras palavras, uma vez que a informação entra numa proteína, não pode andar para trás para o ácido nucleico, o que se provou errado. A informação pode fluir entre as três famílias de polímeros. Glicólise É uma cadeia linear de 10 reacções que converte uma molécula de D-glucose em duas de piruvato. Entretanto, 2 ATP e 2 NADH são formados. A glicólise ainda fornece metabolitos intermediários para diversas reacções biossintéticas. Ocorre no citoplasma, na presença ou ausência de oxigénio. Em condições de anaerobiose, o piruvato é convertido em lactato ou etanol + CO2, por acção das fermentações lácticas e alcoólicas. Em condições de aerobiose, a glicose é degradada no ciclo de ácido cítrico e na cadeia transportadora de electrões. FASE DE CONSUMO ENERGÉTICO Glucose 2 ADP FASE DE PRODUÇÃO ENERGÉTICA 4 ADP 2 NAD + 2 Piruvato SALDO Destinos do piruvato As células possuem, tipicamente, pequenas quantidades de coenzimas, como por exemplo, o NAD. Assim, o NADH formado na glicólise tem que ser prontamente oxidado de volta a NAD+, sob 2 ATP 4 ATP 2 NADH Glucose 2 ADP + 2Pi 2 NAD + 2 Piruvato + 2H2O 2 ATP 2 NADH + 2H + D-Glucose + 2ADP + 2H3PO4 + 2NAD + → 2ácido pirúvico + 2ATP + 2NADH + 2H+ + 2H2O pena de se esgotar o conteúdo citosólico em NAD+ e a glicólise parar na reacção 6 por falta desta coenzima. O destino metabólico do piruvato produzido na glicólise, determinado pela presença ou ausência de oxigénio, condiciona o destino e a função do NADH formado na reacção nº 6 da glicólise, catalisada pela enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase. Em condições de aerobiose, O piruvato entra na mitocôndria, é descarboxilado oxidativamente pelo complexo multienzimático piruvato desidrogenase. O acetil-coA assim formado entra no ciclo do ácido cítrico. (ver na página ) Piruvato + CoA + NAD+ acetil-CoA + CO2 + NADH Nestas condições, os NADH (rico em energia) formados na glicólise vão para a mitocôndria por um mecanismo de shuttle do malatoaspartato ou do glicerol-fosfato, uma vez que a membrana interna da mitocôndria é impermeável ao NADH. Dependendo do mecanismo de shuttle, cada NADH da glicólise origina 2 ou 3 moléculas de ATP na cadeia mitocondrial de transporte de electrões. Mecanismo de shuttle do glicerol-3-fosfato Mecanismo de shuttle do malatoaspartato No cérebro e músculo esquelético Irreversível, funciona bem contra o gradiente de NADH 2 ATP – Os electrões são transferidos para o FAD Mais simples Coração, rins e fígado Reversível, a favor do gradiente 3 ATP – Cadeia transportadora de electrões Mais eficaz Em condições de anaerobiose, O ciclo do ácido cítrico e a cadeia mitocondrial de transporte de electrões estão parados e o piruvato não entra na mitocôndria. Assim, o NADH formado na glicólise acumula-se. Nestas condições, as células têm necessidade de re-oxidarem o NADH, senão a sua glicólise pode parar por falta de NAD+ necessário ao funcionamento da reacção 6. Se a glicólise parar, as células não conseguem produzir ATP, ficam “mortas”. Então as células recorrem à redução do piruvato a lactato (fermentação láctica) ou a etanol + CO2 (fermentação alcoólica) para poderem re-oxidarem o NADH para que a glicólise possa continuar. A função das fermentações é, portanto, a oxidação do NADH da glicólise. Gliconeogénese Costuma-se dizer que é uma via inversa à glicólise, excepto em 3 reacções catalizadas por enzimas diferentes. Começa a partir do piruvato, que não volta a ser fosfoenolpiruvato, pois isto é inviável gastando muita energia que não se tem. Como esta via é activada quando há falta de energia, poupá-la é indispensável, pelo que se usa uma via alternativa. Piruvato desidrogenase Ocorre principalmente no fígado e nos rins, onde temos a síntese de glicose a partir de substâncias que não são hidratos de carbono, que podem ser o lactato, piruvato, glicerol, etc. Esta via é activada quando ocorrem actividades físicas muito intensas ou jejum prolongado. Durante este jejum, as reservas de glicogénio hepático esgotam-se. Via das pentoses-fosfato Continuação do metabolismo dos glúcidos A glicólise, neoglucogénese e a via das pentoses-fosfato permitem ajustar Às necessidades celulares os teores de NADPH, ATP, ribose-5-P, ácido pirúvico, glucose. Já vimos a utilização do piruvato em condições de anaerobiose, mas e em aerobiose? Também vimos a utilização da glucose em reacções de oxidação, mas será que ela se oxida por completo? Em anaerobiose não ocorre oxidação total das moléculas orgânicas. Em aerobiose pode ocorrer oxidação total das moléculas orgânicas com formação de CO2 e água. o O2 é o aceitador final dos electrões, formando-se água o Forma-se CO2 resultante do carbono existente nos glúcidos o Grande parte da energia química contida nos glúcidos é “guardada” na forma de ATP Ciclo do ácido cítrico O ciclo de Krebs ocorre na mitocôndria e é onde se dá a oxidação completa da glicose até CO2. É uma via de 9 etapas que forma um ciclo. Nos organismos aeróbicos, como já referi, o piruvato sofre uma descarboxilação oxidativa pela fosfato desidrogenase para dar origem ao acetil-coA. Piruvato + CoA + NAD + acetil-CoA + CO2 + NADH Resumidamente, este ciclo pode ser descrito da seguinte forma: para iniciar uma volta do ciclo, o acetil-CoA transfere o seu grupo acetil para um composto com quatro átomos de carbono, o oxaloacetato, para formar o citrato (composto com seis átomos de carbono). Este, por sua vez, é transformado em isocitrato, também uma molécula de seis átomos de carbono, e este é desidrogenado, perdendo o CO2, para dar origem ao α- cetoglutarato (ou oxoglutarato), um composto com cinco átomos de carbono. http://www.infoescola.com/quimica/molecula/ Este também perde CO2 e liberta o succinato (composto de quatro átomos de carbono), sendo convertido enzimaticamente, numa reacção de três passos em oxalacetato com quatro átomos de carbono, com o qual o ciclo foi iniciado. Sendo assim, o oxalacetato está pronto para reagir com uma nova molécula de acetil-CoA e iniciar uma nova volta ao ciclo. 1. Formação de citrato O oxaloacetato reage com o acetil-CoA para formar citrato e coenzima A Irreversível Enzima: citrato sintase 2. Isomerização do citrato a isocitrato A formação reversível do citrato em isocitrato é feita por meio da formação intermediária do cis-aconitato. A aconitase pode promover a adição reversível da água na dupla ligação do cis-aconitato através de dois caminhos distintos, um levando a citrato e outro a isocitrato. Enzima: aconitase 3. Descarboxilação oxidativa do isocitrato a α-cetoglutarato Reacção de oxidação-redução (NAD+ é o oxidante) 1 molécula de CO2 e de NADH Enzima: isocitrato desidrogenase 4. Descarboxilação oxidativado α-cetoglutarato para formar Succinil-CoA Complexo multienzimático: α-cetoglutarato desidrogenase Parecida com a descarboxilação do piruvato para dar acetil-coA 1 molécula de CO2 e NADH SALDO: oxidação de 2 C → 2 CO2 5. Conversão do sucinil-CoA a Sucinato Fosforilação a nível do substrato GDP/ADP a GTP/ATP Enzima: sucinato sintetase 6. Oxidação do Succinato a Fumarato FAD a FADH Remoção de H Complexo succinato desidrogenase 7. Hidratação do Fumarato a Malato Reversível Adição de H2O à dupla ligação Enzima: fumarase 8. Oxidação do Malato para originar Oxalacetato 1 molécula de NADH Enzima: malato desidrogenase SALDO: 2 CO2; 1 GTP; 3 NADH; 1 FADH2; A oxidação do NADH rende 2,5 ATP; A oxidação do FADH2 rende 1,5 ATP; A oxidação de 2 C de acetil-Coa produz 10ATP O NADH e o FADH2 tem que ser reoxidados pela CTE. Saldo total do metabolismo aeróbico Se começarmos pela glucose, a glicólise para dar origem a 2 piruvatos rende: 2 ATP 2 NADH (= 5 ATP) A descarboxilação oxidativa converte 2 piruvatos a dois acetil-coA + 2 CO2 e rende: 2 NADH (= 5 ATP) A oxidação de 2 acetil-CoA para dar origem a 2 CO2 pela CTE rende: 20 ATP (2x10) SALDO: 32 ATP por glucose oxidada a CO2. A fermentação apenas rende 2 ATP. Ainda falta FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA FOTOFOSFORILAÇÃO Degradação de hidratos de carbono, gorduras e aminoácidos convergem nesta etapa final da respiração celular que conduz à síntese de ATP Ocorre na mitocôndria Redução do O2 a H2O com electrões dados pelo NADH e FADH2 Ocorre igualmente bem com ou sem luz Os organismos fotossintéticos capturam a energia do sol e aproveitam-no para produzir ATP Ocorre nos cloroplastos Oxidação de H2O a O2 com NADP+ como o último aceitador de electrões Está dependente da energia solar Fosforilação oxidativa A fosforilação oxidativa (transferência de electrões pela cadeia respiratória das células aeróbias) em que o OXIGÉNIO é aceitador final de electrões – sistema de transporte electrónico - STE (mitocôndrias). Os electrões são canalizados para aceitadores de electrões universais. A fosforilação oxidativa começa com a entrada dos electrões na cadeia respiratória. A maioria destes electrões surgem da acção das desidrogenases que recebem electrões de vias catabólicas e encaminham-nos para os aceitadores universais de electrões: NAD ou NADP FMN ou FAD NAD/NADP ligados a desidrogenases Flavoproteínas A fosforilação oxidativa é regulada pelas necessidades celulares energéticas Saldo do sistema de transporte de electrões Na ausência de fluxo de electrões ainda se mantém a síntese de ATP. Para a síntese de 1 ATP são necessários 4 H+ O coeficiente PO (nº de moléculas de ATP formado por par de electrões transferido para o oxigénio) verificada é: o 2,5 ATP por reoxidação de 1 NADH o 1,5 ATP por reoxidação de 1 FADH2 Para que se verifiquem estes valores de coeficiente PO é necessário: o Na reoxidação de NADH ocorra a formação de 10 H+ ao longo do STE (nos complexos I, III, IV) 10/4 = 2,5 ATP. o Na reoxidação de FADH2 ocorra a formação de 6 H+ ao longo do STE (nos complexos III, IV) 6/4 = 1,5 ATP Fotofosforilação Fase luminosa o Há conversão de energia luminosa em energia química → formação de O2, NADPH e ATP. o Há uma fotofosforilação não-cíclica – a que utiliza os foto-sistemas I e II com formação de O2 e outra cíclica, que utiliza o foto-sistema I e apenas produz ATP. - Fase escura o Síntese de compostos orgânicos, a partir da fixação de CO2 e utilizando o ATP e o NADPH formados na fase luminosa. (Ciclo de Calvin – ciclo fotossintético da redução do CO2 a glúcidos). o ADP + Pi → ATP + H2O 6CO2 + 18ATP + 12NADPH + 12H + + 12H2O → Glucose + 12NADP + + 18ADP + 18Pi Catabolismo dos lípidos A síntese e degradação dos ácidos gordos dão-se em vias metabólicas diferentes, que envolvem enzimas diferentes, correm em compartimentos celulares diferentes e há mecanismos de regulação que impedem que ambas ocorram simultaneamente. Hidrólise enzimática de triglicerídeos pelas lipases. Esta actua até degradar os tiglicerídeos a glicerol e 3 ácidos gordos. Hidrólise enzimática de fosfolípidos pela fosfolipase. Depois desta hidrólise enzimática, os ácidos gordos são catabolizados: Activação dos ácidos gordos no citosol: Como os ácidos gordos livres são pouco solúveis em água e muito solúveis em gordura não são capazes de atravessar a membrana mitocondrial. Para que isto seja possível, é necessário que estes sejam activados, ou seja, fosforilados. o que lhes permite reagir com a coenzima A livre e dar origem ao acil-CoA que é capaz de atravessar a membrana. Formação de acil-coA: Quando fosforilados (activos) podem reagir com a co-A livre e originam acil-CoA, que é capaz de atravessar a membrana. Transporte dos ácidos gordos activados através da membrana: Para que o acil-CoA passe pela membrana da mitocôndria, estes reagem com um aminoácido "especial", a carnitina, libertando a coenzima A. A carnitina esterificada é transportada para dentro da mitocôndria por um transportador específico, a translocase. Dentro da mitocôndria, a carnitina transfere o grupo acilo para uma outra molécula de CoA e a carnitina livre volta então para o citoplasma através do transportador. β-oxidação na matriz mitocondrial: A -oxidação dos ácidos gordos é uma importante fonte de energia para a produção de ATP na mitocôndria através da entrada de acetil-coA no ciclo de rebs e na CTE. Na β-oxidação forma-se o poder redutor, FADH2 e NADH , que leva à formação de ATP. É composta por 4 reacções: o 1ª reacção: O Acil CoA é oxidado por uma desidrogenase, portanto o H é removido dos carbonos alfa e beta. Forma-se uma ligação dupla entre estes dois carbonos e o FAD é reduzido a FADH2. o 2ª reacção: é uma hidratação, por acção de uma hidratase, adiciona-se H2O à ligação trans C=C e forma-se um grupo hidroxil, que é este –OH no carbono beta. o A 3ª reacção: Outra oxidação, desta vez a reduzir NAD a NADH. O grupo hidroxil é oxidado e forma-se um grupo cetona no carbono beta. o 4ª reacção: é uma tiólise, ou seja, parte-se a ligação entre estes carbonos, então há a formação de um grupo acil-coA com menos dois carbonos que o inicial e há também formação de acetil-coA Estes produtos ( acetil co-A, acil co-A, FADH2, NADH+ H +) podem servir de intermediários para a formação de corpos cetónicos, para o Ciclo do ácido cítrico (ou Krebs) ou para síntese lipídica. Quando o acetil-CoA formado não entra no ciclo do ácido cítrico e forma corpos cetónicos, surge uma doença bastante comum nos dias de hoje, a diabetes de tipo I. Isto acontece devido a baixa concentração de oxalacetato, que é determinante para que o acetil-CoA entre no ciclo. Por isso, quando este é reduzido, pouco acetil-CoA entra no ciclo de Krebs, promove-se a formação de corpos cetónicos, causa a doença. Anabolismo dos lípidos O acetil-coA é vem da degradação de aminoácidos, da glicólise e do shuttle citrato-malato- piruvato. Na biossíntese de ácidos gordos saturados, o substrato é o acetil-coA, e tem as seguintes etapas: O acetil co-A é transportado da matriz para o citosol Há formação de malonil-coA por carboxilação do acetil-coA Intermediários da síntese: malonil-ACP e acetil-ACP. Adição sequencial de 2C (provenientes do acetil-CoA) Redutor: NADPH (produzido na via dos fosfatos-pentose) CH3(CH2)n-CO-S-CoA + FAD + NAD + + CoA-SH → CH3(CH2)n-2-CO-S-CoA + FADH2 + NADH + H + + acetil-CoA Metabolismo dos aminoácidos e proteínas As proteínas são degradadas em aminoácidos. O turnover das proteínas é altamente regulado. O primeiro passo na degradação proteína é normalmente a remoção do α-amino azoto O ião amónia é convertido em ureia na maioria dos mamíferos. Os esqueletos carbónicos são convertidos noutros intermediários metabólicos maiores. Os aminoácidos usados para sintetizar proteínas são obtidos por degradação de outras proteínas. As proteínas destinadas à degradação são etiquetadas com ubiquitina e são degradadas por proteassomas. Os aminoácidos são também uma fonte de azoto para outras biomoléculas. Ao contrário do excesso de hidratos de carbono, que podem ser armazenados no corpo humano como glicogénio ou gordura, o excesso de aminoácidos não pode ser armazenado. Este excesso é usado como combustível. Os esqueletos carbónicos dos aminoácidos são convertidos em: o Acetil-coA o Acetoacetil-coA o Piruvato o Intermediáriosdo ciclo de ácido cítrico. O grupo azotado do aminoácido é convertido em ureia e excretado. A glucose, ácidos gordos e corpos cetónicos podem ser formados por aminoácidos. Catabolismo das proteínas As proteínas dietéticas são uma fonte vital para os aminoácidos, são hidrolisadas a aminoácidos e absorvidas para a corrente sanguínea. A degradação de proteínas celulares também é vital. Estas são degradadas em diferentes velocidades. Tanto pode demorar minutos como uma vida inteira. Degradação das proteínas É a hidrólise (pelas proteases) das proteínas nos seus aminoácidos constituintes. É um processo exergónico. As três alterações do metabolismo proteico como resposta ao stresse são: Turnover de proteínas – síntese e degradação são processos endergónicos in vivo. Alteração rápida na concentração de proteínas e adaptação a novas condições ambientais como o stress, estruturas anómalas, erros estruturais, etc. Há duas vias de degradação de proteínas: Vias lisossomais/vacuolares; Via da ubiquitina-proteassoma – responsável pela degradação de centenas e milhares de proteínas. Muitos destes substratos são proteínas regulatórias, como factores de transcrição ou reguladores do ciclo celular. Outros são proteínas aberrantes que precisam de ser eliminadas para prevenir agregação ou toxicidade. RP – Partícula regulatória CP – partícula do núcleo proteassomal Catabolismo dos aminoácidos Em geral, o catabolismo dos aminoácidos inicia-se com a separação dos grupos amina dos seus esqueletos carbonados. A remoção dos grupos α-amina dos aminoácidos para dar os 2- oxoácidos correspondentes é conseguida a custa de dois tipos de reacções: Transaminação; COOH | H2N – C - H | R1 Aminoácido 1 COOH | C = O | R2 2-oxoácido 2 COOH | H2N – C - H | R2 Aminoácido 2 COOH | C = O | R1 2-oxoácido 1 COOH | H2N – C - H | CH2 | CH2 | COOH Ácido L-glutâmico COOH | C = O | CH2 | CH2 | COOH Ácido 2-oxoglutâmico Desaminação oxidativa. As reacções de transaminação são catalisadas por enzimas genericamente designadas por transaminases ou aminotransferases. Participam na transferência de um grupo amina de um aminoácido dador para um 2-oxoácido receptor, com a formação de um novo oxoácido e de um novo aminoácido. A transaminação não resulta, por isso, na remoção líquida de azoto dos aminoácidos. Contudo, permite que os grupos amina dos diversos aminoácidos se concentrem num só aminoácido, o glutamato/ácido L-glutâmico. A reacção de desaminação redutiva é catalisada pela enzima glutamato desidrogenase (GDH). Esta reacção liberta o amónio do glutamato e forma ácido 2-oxoglutárico. Exemplo de uma reacção de transaminação Reacção de desaminação oxidativa pela glutamato desidrogenase Remoção do azoto O primeiro passo da degradação dos aminoácidos é normalmente a remoção do azoto. Este não se pode armazenar nem acumular, porque é tóxico. O fígado é o local onde se dá maior degradação proteica nos mamíferos. A desaminação oxidativa produz α-cetoácidos, que são degradados noutros intermediários metabólicos. Este processo converte, também, os grupos α-amina em iões de amónio (NH4+) e estes são, na maioria dos vertebrados, convertidos a ureia. + → + + H2O + NADP + → + NH3 + NADPH + H+ → O amónio é tóxico para as células porque separa as CTE da mitocôndria e do cloroplasto, isto é, permite a continuação do fluxo de electrões sem a correspondente do ATP de acordo com a teoria quimiosmótica. Esta teoria consiste na síntese de ATP pela passagem de H+ do lúmen dos tilacóides, em resposta ao gradiente de pH. A membrana é impermeável aos H+, mas é permeável ao NH4 + (amónio) e aos NH3 (amoníaco). Se [NH4 +] na mitocondria, citoplasma ou cloroplasto aumenta, a forma NH3 predomina no estroma do cloroplasto devido ao alto pH. Assim, o NH3 entra no lúmen do tilacóide. Como no lúmen o pH é relativamente mais baixo, o NH3 tem tendência para captar um protão, transformando-se em NH4 +. Este sai do tilacóide, entra no estroma, onde o pH é mais alto. Assim, o NH4 + perde o protão e converte-se em NH3. Ciclo da ureia Os organismos aquáticos são amonotélicos (NH3), os vertebrados são ureotélicos (Ureia) e as saves, répteis e insectos são uricotélicos (ácido úrico). Nos animais ureotélicos, o amónio libertado durante o catabolismo dos aminoácidos é convertido em ureia na mitocôndria e citoplasma das células do fígado, pela acção sequencial de cinco enzimas . O ciclo da ureia está ligado ao ciclo do ácido cítrico: “ rebs Bi-cycle”. [H+] alto pH baixo Estroma do cloroplasto [H+] baixo pH alto Lúmen do tilacóide NH3 NH4 + NH3 NH4 + H+ H + Só os organismos ureotélicos são capazes de catalisar a hidrólise da arginina, catalisada pela arginase (reacção 5 do ciclo da ureia), a reacção responsável pela natureza cíclica do ciclo da ureia. A síntese da ureia é dispendiosa do ponto de vista energético, requerendo a hidrólise de 4 moléculas de ATP por volta do ciclo – são necessárias duas moléculas de ATP para converter o AMP formado na reacção 3 em ATP. Daqui dizer-se que uma dieta excessivamente rica em proteína sobrecarrega o fígado. O fumarato produzido é hidratado a malato e este oxidado a oxaloacetato pelas enzimas do ciclo do ácido cítrico. O oxaloacetato é, depois, transaminado a aspartato. Assim, ambos os átomos de azoto da ureia têm origem em aminoácidos: um é derivado do amónio libertado por desaminação oxidativa (reacção 1); o outro é fornecido pelo aspartato. O bicarbonato fornece o átomo de carbono da ureia. Embora a ureia represente o principal produto final do metabolismo do azoto nos mamíferos terrestres, sabe-se que os ursos em hibernação podem utilizar a ureia para a biossíntese de aminoácidos. Destino dos esqueletos carbonados Após remoção do azoto, o esqueleto carbonado dos aminoácidos é convertido em sete metabolitos intermediários, os quais podem ser directamente oxidados a CO2 e H2O no ciclo do ácido cítrico ou usados na síntese de glucose ou de ácidos gordos. Aminoácidos glucogénicos são aqueles cujos esqueletos carbonados são convertidos em piruvato ou em intermediários do ciclo do ácido cítrico e que podem, por isso, ser utilizados na síntese de glucose pelas reacções da gluconeogénese. Aminoácidos cetogénicos são aqueles cujos esqueletos carbonados são metabolizados a acetil-CoA ou acetoacetato, precursores dos ácidos gordos e dos corpos cetónicos. Corpos cetónicos são compostos formados pela cetogénese no organismo, sendo o acetoacetato e os produtos dele derivados, o ácido β-hidroxibutírico e a acetona (CH3COCH3). Com excepção das sementes oleaginosas em germinação e de alguns microrganismos que possuem o ciclo do glioxilato, todos os outros organismos são incapazes de sintetizar glucose a partir do acetil-CoA ou do acetoacetato. Alguns aminoácidos, como a isoleucina, a fenilalanina, a tirosina e o triptofano são simultaneamente glucogénicos e cetogénicos, uma vez que parte do seu esqueleto carbonado é glucogénica e a outra parte é cetogénica. Notar que alguns aminoácidos são glucogénicos numas condições e cetogénicos noutras. Anabolismo dos aminoácidos e proteínas Assimilação do carbono CO2 Hidratos de Carbono Assimilação do azoto Fotossíntese N2 NH4 + NO3 - NO3 - NH4 + NH4 + NH4 + Assimilação do enxofre SO2- SO4 2-Assimilação do azoto À semelhança da assimilação do carbono e do enxofre (e contrariamente à do fósforo), é feita por plantas e microrganismos. A assimilação do azoto pode ser definida como o processo pelo qual o azoto passa de formas inorgânicas para combinação orgânica. Os organismos que fazem a fixação biológica do azoto (N2) contêm um compexo multienzimático – a nitrogenase – capaz de quebrar a ligação covalente tripla que une os dois átomos de azoto do N2. Nas plantas da família das Leguminosas, estabelece-se uma relação simbionte entre bactéria fixadora do azoto (do género Rhizobium), que fornece NH4 + à planta, e a planta, que abastece a bactéria de fotoassimilados (i.e., hidratos de carbono). A nitrogenase é inibida pelo O2, o que justifica a presença da legoglobina nos nódulos, que ficam, assim, avermelhados. A parte proteica da legoglobina é fornecida pela planta e o respectivo grupo heme pela bactéria simbionte. O NO3 trata-se de uma forma de azoto que pode ser absorvida e armazenada nos vacúolos das folhas das plantas. A sua redução ao nível de amoníaco dá-se pela acção sequencial de duas importantes enzimas, que consomem potencial redutor produzido pelas reacções fotoquímicas da fotossíntese: a nitrato redutase (NR), que reduz o nitrato a nitrito, e a nitrito redutase (NiR), que reduz o nitrito a amoníaco. O NH4 + trata-se de uma forma tóxica de azoto, não podendo, por isso, acumular-se nas células (desacopla as cadeias de transporte de electrões). O amónio é assimilado, isto é, incorporado em aminoácidos pelo funcionamento do ciclo da glutamato sintase. Aminoácidos essenciais Os aminoácidos que não podem ser sintetizados por um organismo em quantidade suficiente são denominados aminoácidos essenciais ou indispensáveis e têm que ser fornecidos pela dieta alimentar. Aqueles que podem ser sintetizados pelo organismo, a partir de precursores disponíveis, em quantidade suficiente para satisfazer as suas necessidades são denominados não-essenciais ou dispensáveis. Nitrogenase Nitrato redutase Nitrito redutase AMINOÁCIDOS AMINOÁCIDOS Esqueletos Carbonados São considerados aminoácidos essenciais para o homem a valina (Val), a leucina, (Leu), a isoloeucina (Ile) , o triptofano (Trp), a fenilalanina (Phe), a lisina (Lys), a metionina (Met) e a treonina (Thr). A arginina (Arg) e a histidina (His) são sintetizados em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades do homem adulto, mas não as de uma criança em crescimento. Estes aminoácidos são, por isso, designados por semi- ou meio-essenciais. A tirosina (Tyr) e a cisteína (Cys) são considerados não-essenciais se a dieta alimentar tiver quantidades suficientes de fenilalanina e de metionina, respectivamente. Isto porque os mamíferos formam tirosina directamente a partir da fenilalanina e porque a cisteína deriva o seu enxofre dametionina. Em geral, os aminoácidos essenciais são aqueles com estruturas mais complicadas e formados por vias metabólicas mais complexas, enquanto que os aminoácidos não-essenciais têm biossínteses mais simples, a partir de precursores que estão normalmente presentes em todas as células. A deficiência em um ou mais aminoácidos essenciais na dieta de um organismo origina, tipicamente, um balanço de azoto negativo, isto é, o azoto total excretado pelo organismo excede o que é absorvido, indicando degradação das proteínas dos tecidos para fornecer o (ou os) aminoácido que falta para a síntese de novas proteínas prioritárias ou essenciais à sobrevivência do organismo. Os restantes aminoácidos que compõem essas proteínas acumulam-se e sofrem catabolismo – daí a excreção do azoto e o balanço de azoto negativo. Biossíntese de aminoácidos Os 20 aminoácidos proteicos são agrupados em 6 famílias de acordo com os metabolitos que lhes fornecem o esqueleto carbonado. Os intermediários glicolíticos, do ácido cítrico e das pentoses-fosfato são as fontes de esqueletos carbonato Glutamina e Glutamato. Intermediários de várias vias são os percursores para a síntese de certos aminoácidos. Assimilação do enxofre É a incorporação do enxofre inorgânico no aminoácido cisteína, é feita por plantas e microrganismos. Há duas vias para a síntese de cisteína nos seres vivos: Via da sulfidrilação directa – as plantas e microrganismos usam H2S para sintetizar a cisteína. Via da transulfuração – os mamíferos usam o esqueleto carbonado da serina e enxofre da metionina para formar cisteína. Assim, a metionina e não a cisteína, é um aminoácido essencial para os mamíferos. O fluxo de energia nos seres vivos e a integração do metabolismo Os organismos estão organizados em grupos baseados nas suas necessidades nutricionais e metabólicas que são diversas. Tradicionalmente, estes grupos têm sido baseados em dois critérios: a natureza da fonte energética, a natureza da fonte de carbono e macromoléculas biológicas. Fotoautotróficos Fonte de carbono: CO2 Fonte de energia: luz solar Ex: cianobactérias, algas, plantas Quimioautotróficos Fonte de carbono: CO2 Fonte de energia: compostos inorgânicos oxidados utilizados para fixar CO2 Ex: bactérias nitrificantes, archaea. Fotoheterotróficos Fonte de carbono: de compostos orgânicos produzidos por outros organismos Fonte de energia: luz solar Ex: bactéricas verdes não-sulfúricas Quimioheterotróficos Fonte de carbono: de compostos orgânicos produzidos por outros organismos Fonte de energia: da oxidação de compostos orgânicos Ex: maioria das bactérias, protozoários, fungos e animais Os organismos fotossintéticos (normalmente autotróficos) fazem a fotossíntese para obterem os materiais que necessitam para crescer. Principais funções da fotossíntese: Obter energia (ATP) a partir da luz do sol Obter potencial redutor (NADPH) a partir da água e da luz do sol Obter esqueletos carbonados (hidratos de carbono) sintetizados a partir de CO2 atmosférico e do ATP e NADPH produzidos na fotossíntese. Os não fotossintéticos (normalmente heterotróficos) obtêm os hidratos de carbono directa ou indirectamente da ingestão de organismos fotossintéticos. Respiram para obterem materiais que necessitam para crescer. Principais funções da respiração: Obtenção de ATP Obtenção de poder redutor (NADH) Obtenção de esqueletos carbonatos. As células utilizam três tipos de substratos respiratórios: Proteínas Lípidos Hidratos de carbono Há três processos de produzir ATP na natureza: Fosforilação a nível do substrato (glicólise e ciclo do ácido cítrico); Fosforilação oxidativa (cadeia mitocondrial de transporte de electrões); Fotofosforilação (cadeia de transporte de electrões do cloroplasto). Potencial redutor O NADH é produzido durante a respiração (glicólise, oxidação β dos ácidos gordos, ciclo do ácido cítrico e ciclo do glioxilato). É oxidado na cadeia mitocondrial de transporte de electrões, com formação de ATP (fosforilação oxidativa). O NADPH é produzido pela via dos fosfatos de pentose e pela cadeia de transporte de electrões do cloroplasto. É consumido pelas reacções biossintéticas ou oxidado pelas mitocôndrias vegetais. Cadeias transportadoras de electrões Os sistemas de transporte de electrões consistem em séries de portadores de electrões associados à membrana que funcionam de forma integrada para transportar electrões do dador primário de electrões (NADH/FADH2 ou H2O) para o aceitador final de electrões (oxigénio ou NADP+). Os electrões podem mover-se numa cadeia de doadores e aceitadores. Na CTE, os electrões fluem num gradiente. O movimento do transporte dos electrões é sempre feito com uma baixa redução de potencial (maior tendência para doar electrões ou baixa afinidade aos electrões). Para os portadores com alta redução de potencial (maior tendência para aceitar electrões ou maior afinidade paraos electrões). Nutrientes Energéticos Hidratos de C Lípidos Proteínas Produtos pobres em energia CO2 H2O NH3 Macromoléculas Celulares Proteínas Polissacáridos Lípidos Ácidos nucleicos Precursores Moleculares Aminoácidos Açúcares Ácidos gordos Bases azotadas Catabolismo Anabolismo Cadeia de transporte de electrões mitocondrial A CTE está localizada na membrana interna da mitocôndria. A cadeia mitocondrial de transporte de electrões ou cadeia respiratória das células vegetais é mais complexa do que a das células animais. Podemos, assim, considerar: A via principal de transporte de electrões, que ocorre nas mitocôndrias vegetais e animais, dita via citocrómica ou via sensível ao cianeto: Esta via cataliza um fluxo de electrões do NADH ao O2. O transporte dos electrões faz-se com a formação de um gradiente de protões (usado para a síntese de ATP). Consiste em 5 complexos. O NADH e a FADH2 são moléculas ricas em energia, porque cada uma delas possui um par de electões com um elevado potencial de transferência: - NADH E’0 = -0,32 V - FADH2 E’0 = -0,04 V Têm, por isso, potenciais de redução negativos, ao passo que o O2 tem um potencial de redução fortemente positivo (E’0 = +0,82 V). Como o NADH tem um potencial de redução mais negativo que o FADH2, a sua oxidação pelo O2 liberta mais energia do que a do FADH2: NADH + H+ + 1/2O2 → NAD + + H2O ΔG O’ = -218 kJ.mol-1 FADH2 + 1/2O2 → FAD + H2O ΔG O’ = -166 kJ.mol-1 Por este motivo, na cadeia de transporte de electrões, a oxidação de uma molécula de NADH dá origem à síntese de 2,5 a 3 moléculas de ATP, enquanto que a oxidação de uma molécula de FADH2 fornece apenas 1,5 a 2 moléculas de ATP. Os electrões do NADH e a FADH2 não são transferidos directamente para o O2. Eles são transferidos através de uma série de moléculas transportadoras, cujos potenciais de redução vão aumentando sucessivamente até ao O2. Isto permite libertar a energia em pequenas porções, tornando termodinamicamente mais eficiente a sua conservação sob a forma de ATP. As vias alternativas de transporte de electrões, que ocorrem exclusivamente nas mitocôndrias vegetais. http://dc389.4shared.com/doc/Z8X5ALXo/preview.html https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/SlidesAula2.pdf - 36 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/AULA3_4.pdf- 70, 144, 180 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides6.pdf – 45, 56, 77, 125 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides7.pdf - 106, 163, https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides-aula11.pdf - 75, 107, https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_Aula_12.pdf - 39 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/aula16debioquimica-metabolismglicidos2.pdf - 67 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_aula21.pdf - 72, 98 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_aula22.pdf - 67, 21 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_aula23.pdf – 18, 103, 165, http://www.ebah.com.br/content/ABAAABmFQAG/funcoes-metabolicas-nos-animais-que-hibernam http://dc389.4shared.com/doc/Z8X5ALXo/preview.html https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/SlidesAula2.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/AULA3_4.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides6.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides7.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides-aula11.pdf%20-%2075 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_Aula_12.pdf%20-%2039 https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/aula16debioquimica-metabolismglicidos2.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_aula21.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_aula22.pdf https://www.isa.utl.pt/files/priv/UC/Bioquimica/2011-2012/Slides_aula23.pdf http://www.ebah.com.br/content/ABAAABmFQAG/funcoes-metabolicas-nos-animais-que-hibernam
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