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Gabriela Carli – MED 112 RESUMO BIOQUÍMICA FISIOLÓGICA – PROVA 2 (capítulos 4, 5 e 6) GABRIELA DE PAULA CARLI – MED 112 CAPÍTULO 4 RESPIRAÇÃO TRANSPORTE DE OXIGÊNIO Introdução • Seres primitivos O2 por difusão • Seres mais evoluídos presença de tecidos o Mecanismo de transporte de gases proteína respiratória (plasma e hemácias spoiler: Hb). Passagem do Oxigênio • Depende, basicamente de gradientes de pressão. • Alvéolo sangue o Ar alveolar: pO2 = 100 mmHg o Sangue venoso: Po2 = 50mmHg o Oxigênio difunde do ar para o sangue. • Sangue tecidos o pO2 arterial = 100 mmHg (cai em exercício intenso) o pO2 celular = 40 mmHg o O2 difunde do sangue para a célula. Formas de transporte do O2 no sangue • Dissolvido no plasma pouco solúvel em água, pouco eficiente (4%) • Combinação com hemoglobina (4 cadeias protéicas unidas a grupos heme) o HB descendente da mioglobina (transporte de O2 de capilar para célula e armazena O2 e libera-o para o citocromo quando há queda de concentração dele). ▪ Mioglobina no homem: miocárdio, nos animais musculatura esquelética. • Formação da oxihemoglobina Hb liga com O2 (ligação coordenovalente – reversível) o Hemoglobina reduzida Hb não ligada a O2. ▪ Nome é obsoleto não ocorre reação de oxirredução. Grau de saturação da hemoglobina • Grau de saturação % de Hb ligada a O2 o Porcentagem de sítios de ligação para o O2 da Hb que estão ocupados. o 1 g Hb 1,34 mL de O2 (100% saturada) o Sangue (PROVA) ▪ Arterial 96% ▪ Venoso 64% • Mesmo conhecido como pobre em O2, seu grau de saturação ainda é alto. Curva de saturação • Ordenadas grau de saturação, abcissas pO2 • Mostra a % do total de locais de sítio de ligação da hemeproteína ocupada por moléculas de O2, em diferentes pressões parciais do gás. Gabriela Carli – MED 112 • Por que Hb >>>> mioglobina? o Mioglobina tem maior afinidade com O2 (satura em pressões menores de O2) o Curvas: Hb sigmoide, mioglobina hiperbólica ▪ Hb fora do sangue também tem curva hiperbólica o Ao chegar nos tecidos (baixa p O2), Hb libera 1/3 do seu O2 (96% 64% de saturação). o Ao chegar aos pulmões (alta p O2), rapidamente recupera sua saturação de 96%. o Se fosse a mioglobina ao chegar nos tecidos que tem baixo po2, liberaria de 1 a 2% do oxigênio (grande afinidade prende o O2 a si) • Um bom transportador não pode ter tanta afinidade com o O2 que ele transporta, pois precisa ser capaz de desprender-se facilmente dele quando chega aos tecidos a curva sigmóide da Hb (no contexto do eritrócito) mostra sua eficiência nisso. Efeito do O2 sobre dissociação acídica da Hb • O2 + Hb modifica a ionização da Hb pI cai de 6,8 para 6,6. • Ligação de Hb + prótons o HHb (ácido formado pela hemoglobina): pk = 7,9 ▪ Mais fraco base conjugada mais forte, prende o H+ ▪ Capta e transporta o H+ pelo sangue (reação isohidrica) o HHbO2 (AC. Formado pela oxihemoglobina): pK = 6,7 ▪ Mais forte maior dissociação e ionização das moléculas, menor afinidade a H+ • Neutralização de transporte o Nos tecidos Hb se dissocia do O2 O2 + Hb- o CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3- o HCO3- vai para o plasma em permuta com Cl- (desvio dos cloretos) o H+ transportado pela Hb livre ▪ reação isohídrica – neutraliza a acidez (evita queda de pH no sangue) e transporta o próton ▪ Hb- + H+ HHb pulmão novamente ligado a HCO3- Influencia pH e Pco2 sobre Hb + O2 • Hb + O2 HbO2 o Aumento de H+ (queda de pH) e aumento Pco2 deslocam o equilíbrio para a esquerda, liberando mais O2. o Efeito Bohr capacidade do CO2 concentrado induzir a desoxigenação da Hb (isso ocorre devido a produção de íons bicarbonato pelo CO2 + H2O). • Por que faz sentido? Contexto de atividade intensa carência de O2 o Induz maior liberação de O2 pela oxihemoglobina aumenta respiração aeróbica Gabriela Carli – MED 112 o Hb livre capta o H+ e evita a acidose do sangue (que ocorre pelo acumulo de lactato nos tecidos que respiraram anaerobicamente). • Curvas quanto maior a Pco2/pH, mais para a direita a curva de saturação se desloca reduz a saturação pois induz liberação de oxigênio nos tecidos. Influência 2,3-bisfosfoglicerato na Hb + O2 • 2,3-disfosfoglicerato reduz a afinidade da Hb pelo O2 o Sítio de ligação na parte central da molécula (diferente de O2) = MODIFICA a Hb. o Sua ligação compensa o decréscimo de oxigenação da Hb nos pulmões. o Síntese e degradação de 2,3-BPG são desvios da glicólise nos eritrócitos. ▪ Defeitos genéticos em enzimas glicolíticas modulam capacidade sanguínea de tranportar O2. • Deficiência de hexoquinase e queda de concentração de intermediários glicolíticos reduzem transporte • Deficiência piruvato quinase aumenta 2,3 – BPG. • Regulação da afinidade depende da po2 nos pulmões o Desoxigenação Queda po2 nos pulmões queda de po2 nos tecidos aumento do nível de 2,3 BPG reduz afinidade Hb pelo O2 Hb libera mais O2 para tecidos. o Aumento de 2,3 BPG em: ▪ Anemia (reduz Hb) ▪ Hipoxemia doenças pulmonares e cardíacas, grandes altitudes. TRANSPORTE DE GÁS CARBÔNICO (CO2) Introdução • O transporte ocorre por meio de diversas células diferenças de concentração favoráveis. Vias de transporte do CO2 no sangue • Dissolvido no plasma (7 a 9% do CO2) o Pco2 venosa 45 mmHg, pco2 arterial 40 mmHg. • Sob a forma de compostos carbamínicos (27 a 29%) Gabriela Carli – MED 112 o Co2 pode combinar diretamente com várias moléculas combina com NH2 de AA básicos compostos carbamínicos / ácido R-carbamínico / carbamino-proteína pode ionizar H+ + íon carbamato. o R-NH2 + CO2 R-NHCOOH R-NHCOO- + H+ o Maior contribuidora de Nh2 Hb (rica em lisina) ▪ Hb pode se combinar ao mesmo tempo com O2 e CO2. • Sob a forma de bicarbonato (64%) o CO2 + H2O 1 H2CO3 2 H+ + HCO3- o Reação 1 lenta, 2 rápida o No interior das hemáceas: 1 é catalisada pela ANIDRASE CARBÔNICA ▪ Ocorre reação isohídrica e desvio dos cloretos Transporte de H+ • 80% neutralizada pela reação isohídrica • Resto neutralizada por outros tampões dos eritrócitoS • Hb se liga a K+ das hemáceas no sangue arterial desoxigena nos tecidos liberação de K+ da oxihemoglobina forma base conjugada forte Hb- atrai íons H+ (sangue venoso). Transporte de HCO3- • Se acumula na hemácia formação de HCO3- no interior dos eritrócitos compensada eletronicamente pela liberação de K+ ligados a oxihemoglobina. • Desvio dos cloretos HCO3- permuta para o plasma (ocorre pelo aumento de bicarbonato na célula em relação ao plasma – difusão) Cl- permuta para o sangue (mantém equilíbrio de Donna). • Acumulo de íons no interior da hemácia afeta pressão osmótica, aumenta entrada de água na célula maior volume no sangue venoso. CAPÍTULO 5 HOMEOSTASE DO ÍON HIDROGÊNIO Introdução Gabriela Carli – MED 112 • Homeostase estado de equilíbrio do organismo o Do íon H+ equilíbrio em relação a concentração de prótons • Concentração hidrogênio-iônica intracelular varia de tecido para tecido, mas dentro de cada célula, pH é constante (varia pouco) o Próstata 4,5 o Osteoblastos 8,5 • pH do sangue 7,35 a 7,45 (células musculares e sanguíneas tem baixa tolerância a oscilações. o A vida é compatível com pH do plasma entre 6,7 e 7,8. o Queda de pH acidose e pode levar ao coma ▪ Mais comum ocorre grande produção de CO2 no organismo e metabolismos tem produtos ácidos (glicólise, CK, oxidação de AA sulfurados). o Aumento do pH alcalose e pode ocasionar a tetania ▪ Tetania = causada pela HIPOCALCEMIA (o aumento do pH do sangue aumenta a carga negativa das PTN plasmáticas, que são anfóteras e desprotonam ligam-se mais ao cálcio, diminuindo Ca++ livre no sangue). ▪ É um quadro pouco comum. Tampões do sangue • AC. Fraco (doa H+ e dissocia pouco) + base conjugada(recebe H+) capaz de conter variações de pH. • Funcionamento o AC. Fraco (HÁ) tem prótons de reserva (pois se dissocia pouco) capaz de neutralizar adição de OH- formando água (evita aumento do PH) o Base conjugada (A-)é forte e capta íons H+ converte em HÁ (evita queda de pH). • Tampão primeira linha de defesa do sangue contra variação de pH (isolados tem capacidade reduzida). o Das hemáceas: oxihemoglobina + Hb reduzida + PO4- + bicarbonato. o Do plasma: proteínas + fosfato + bicarbonato. • Representação: fração o Numerador é base conjugada (recebe H+), denominador é ácido fraco (doa H+) o TAMPÕES DOS ERITRÓCITOS ▪ Oxihemoglobinato HbO2- / HHbO2 ▪ Hemoglobinato Hb- / HHb ▪ Fosfato hpo4-- / h2po4- ▪ Bicarbonato hco3- / hhco3 o TAMPÕES DO PLASMA o Proteinato P- / HP- o Fosfato Fosfato hpo4-- / h2po4- Gabriela Carli – MED 112 o Bicarbonato hco3- / h2co3 O tampão bicarbonato • Pela equação de Henderson: pH médio do sangue = pH do tampão bicarbonato 7,4 o pK do AC. Carbônico (cte) 6,1 o log (HCO3-) / log (H2CO3) = 1,3 o pH = pK + log (hco3- / h2co3) = 6,1 + 1,3 = 7,4 (cte) • pH do sangue varia se: o AUMENTA aumenta hco3- e reduz h2co3 o REDUZ reduz hco3- e aumenta H2CO3. • Tampão de carbonato tem eficiência pequena (20:1). Contudo, é o tampão mais eficaz no sangue. Pela maior concentração de HCO3- (mais abundante da LEC). o Concentração regulável: bicarbonato pelos rins, AC carbônico pelos pulmões. o Interage com hemácias (tampões de Hb) aumenta eficiência. ❖ Setinha vermelha corresponde à adição de H+ no sangue ❖ Setinha azul corresponde à retirada de H+ no sangue. Papel dos pulmões • Regulam as concentrações de AC carbônico no sangue (tampão bicarbonato) • Aumento H+ no plasma (acidose) maior conversão bicarbonato (numerador) em AC carbônico (H2CO3) reduz bicarbonato H2CO3 se decompõe em H2O + CO2. o Aumento Pco2 aumenta ventilação pulmonar taquipneia (aumenta freqüência respiratória) e hiperpneia (aumenta amplitude da respiração) pulmão elimina excesso de CO2 e reconstitui tampão impede mudança de pH por garantir a manutenção do tampão HCO3- /H2CO3 • Aumento OH- no no plasma (alcalose) H2CO3 cede H+ neutraliza H+ + OH- h2o reduz níveis de H2CO3 e aumenta HCO3- (menor produção de co2 pela decomposição de H2CO3) co2 é consumido, se liga a H2O para repor H2CO3 o Reduz pco2 pulmão diminui a ventilação bradipneia e hipopneia pulmão acumula CO2 se combina com H2O forma H2CO3 e reconstitui tampão normal pede mudança de PH. Gabriela Carli – MED 112 • Alterações do íon H+ no sangue conseguem sensibilizar o centro respiratório do bulbo mesmo sem mudança na pco2, de forma que queda de pH aumenta a ventilação e aumento de pH aumenta a retenção de CO2 ação pulmonar é rápida, mas nunca completa. Aumenta eficiência do tampão. Papel dos rins • Principal órgão homeostático de H+ elimina excesso de acidez/alcalosidade pela urina (varia pH de 4,4 a 8,2). • Regulam a concentração do íon bicarbonato no sangue. o Excesso HCO3- (alcalose) rim deixa de passar esse excesso para a urina o Pouco HCO3- (acidose) rim vira fonte de bicarbonato para o sangue proporcionalmente à acidificação. • Células tubulares renais são ricas em ANIDRASE CARBÔNICA sintetizam H2CO3 dissocia H+ + HCO3- o H+ urina permutam com Na+ do filtrado (nos túbulos) acidifica urina. o HCO3- liga a Na+ bicarbonato de sódio vai para o sangue. • Acidose intensa e prolongada (demora mais) pode ser intensifica pela desaminação de AA no fígado, que produz uréia e libera H+ no sangue em acidose o fígado diminui síntese de uréia (reduz H+ no sangue) acumulo de compostos nitrogenados rim produz NH3- pela desaminação de AA nas células tubulares NH3- eliminado para túbulos em permuta com Na+ / hidrolise da glutamina eliminação de grupos amínicos para urina. o Rim combate a acidose ao permitir ao fígado diminuir a produção de prótons. Tamponamento celular • Contribuição para equilíbrio acido-basico: Células (principais: musculares) doadoras e receptoras de H+ o Acidose no LEC céls removem H+ do meio extracelular lançam K+ no sangue hiperpotassemia/hipercalemia; ▪ Hipercalemia pode provocar acidose, pois a permuta com H+ ocorre em excesso. o Alcalose no LEC céls liberam H+ no meio extracelular em permuta de K+ do sangue hipopotassemia/hipocalemia ▪ Hipocalemia pode provocar alcalose, pois se não tiver K+ sanguineo para trocar com H+ celular, não ocorre permuta. Mobilização do cálcio • Usada para combater acidose prolongada, mas que, apesar da sua eficiência, pode desmineralizar o esqueleto. • Redução pH facilita solubilização de fosfato de cálcio do osso para o sangue reage com H2CO3 forma 4 bicarbonatos aumenta fração do tampão bicarbonato. o Ca3(PO4)2 + 4 H2CO3 Ca(H2PO4)2 + 2 Ca(HCO3-) Alterações fundamentais do equilíbrio ácido-básico • Diferentes classificações o Tipo Gabriela Carli – MED 112 ▪ Respiratórias alteração primaria (aquela que origina o distúrbio) é de H2CO3 (denominador) ▪ Metabólica alteração primária é de HCO3- (numerador) o Sentido de alteração ▪ Acidose redução do pH ▪ Alcalose aumento do pH. o pH ▪ compensada pH permanece entre 7,35 e 7,45 ▪ descompensada pH fora da faixa normal. resposta primária origina o distúrbio resposta secundária tenta compensar o distúrbio, a fim de retornar ao quadro de homeostase. • Acidose metabólica DM descompensado lançamento de corpos cetônicos no sangue em excesso (ac acetoacético e betahidroxibutírico – mais fortes (desprotonam mais) cedem H+ para HCO3-) o reduz HCO3-, mas não aumenta H2CO3 devido à compensação pulmonar (sensibilizada pelo aumento de H+ desprotonado) reduz pco2 (evita aumento de H2CO3, que descompensaria com a redução de íon bicarbonato). • Alcalose metabólica ocorre em uso cte de bicarbonato de sódio. o Elevação HCO3- (primária) hiperventilação aumenta pco2 aumenta H2CO3 (compensa a elevação do íon bicarbonato) • Acidose respiratória casos de difteria (obstrução vias)/redução dos alvéolos para tocas gasosas (pneumonia) o Retenção de CO2 aumenta pco2 eleva H2CO3 aumento produção de bicarbonato nos rins (compensa elevação de H2CO3) • Alcalose respiratória ocorre por excitação do centro respiratório com drogas como o salicilato o Hiperventilação pulmonar reduz Pco2 reduz H2co3 eleva ph rins excretam mais HCO3 - (compensa a baixa de H2CO3) Avaliação prática do equilíbrio ácido-básico • Avaliação correta do equilíbrio ácido-base depende do tampão bicarbonato e de suas variáveis: Gabriela Carli – MED 112 o pH o concentração do íon bicarbonato o concentração de ácido carbônico. • Equação de henderson-Hasselbach: • Avaliação da suspeita deve ser clínica (anamnese e exame clínico) + exames laboratoriais complementação (gasometria arterial ou medição do pH da urina) • Medição do pH da urina uso de papel indicador próprio que, associado à determinação da “reserva alcalina” permite identificar origem do distúrbio do equilíbrio ácido base. o Como o pH da urina tende a variar com o pH do sangue, papel indicador pode mostrar o sentido da mudança. ▪ exceto em alcalose acompanhada de hipocalemia ph urina é ácido excreção de K+ e H+ pelos rins ocorre em permuta com Na+ do filtrado em hipocalemia: com menos K+ para ser permutado, mais H+ permuta com Na+ e é secretado, aumentando a acidez da urina. • Dosagem de reserva alcalina dá idéia do teor de bicarbonato no plasma. • Situações encontradas o pH urina alcalino + reserva alcalina elevada alcalose metabólica ▪ ph da urina sugere alcalose ▪ metabólica reserva alcalina elevada = alto teor de bicarbonato ▪ Elevação de bicarbonato (numerador) eleva pH sanguíneo. o pH urina alcalino + reserva alcalina baixa alcalose respiratória ▪ pH da urina alcalino alcalose ▪ respiratória causada pela queda na concentração de H2CO3 (denominador), sendo queda de HCO3- compensatória. o pH urina ácido + reserva alcalina elevada acidose respiratória ▪ pH da urina baixo sugere acidose ▪ reserva alcalina elevada = bicarbonato elevado (não acidificaria o sangue) compensatória ▪ respiratório acidose causada por ac carbônico elevado o pH urina ácido + reserva alcalina baixa acidose metabólica ▪ pH urina acido sugere acidose ▪ metabólica abaixamento dos íons bicarbonato (baixa reserva alcalina) provocou a acidose. • MACETES ESPERTOS o Como diagnosticar se é alcalose ou acidose? Olhar pH da urina (tendência das duas é a mesma) o Como descobrir se é metabólica ou respiratória? ▪ Respiratória reserva alcalina e pH seguem caminhos diferentes (uma aumenta e a outra diminui). ▪ Metabólica reserva alcalina e pH seguem a mesma tendência. • Se RA está baixa, pH está acido (ambos diminuem) • se RA está elevada, pH está alcalino (ambos aumentam) Gabriela Carli – MED 112 Gasometria arterial • exame invasivo que mede concentrações de O2, ventilação e estado ácido/básico • sangue arterial é recolhido com o paciente sentado, em repouso nos últimos 10 minutos anteriores e antes de qualquer manobra de função pulmonar. • Coleta a. radial perto do punho, braquial ou femoral. • Exame indicado quando há suspeita de irregularidade pneumonia, difteria, insuficiência renal crônica, DCOP, choque, cetoacidose DM. • PH entre 7,35 e 7,45. • PaO2 80 a 100 mmHG • Paco2 35 a 45 mmhg • Saturação de O2 95 a 100% • HCO3- 21 a 28 mEq/L • Base em excesso -2 a 2 mEq/L • USAR OS VALORES DE REFERÊNCIA, BASEANDO-SE NOS ESTUDOS DO CAPÍTULO, PARA AVALIAR OS PACIENTES. CAPÍTULO 6 – FUNÇÃO RENAL Introdução • Rim maior órgão excretor (+1 mi néfrons) excreta urina (variável). • Produção da urina o Filtração glomerular ▪ Endotélio gromerular filtrado glomerular (plasma sem proteínas). ▪ Glomérulo normal membrana glicoprotéica permite passagem de Hb e albumina plasmática (albumina é reabsorvida nos túbulos por pinocitose). ▪ A filtração depende do vol sangue exerce pressão hidrostática necessária à perfusão renal. ▪ Em caso de PA baixa - sistema renina- angiotensina- aldosterona: células musculares do aparelho justaglomerular renina (proteolítica) atua sobre angiotensinogênio forma angiotensina 1 (enzima conversora de angiotensina – ECA) angiotensina 2 (vasoconstritora) induz secreção aldosterona (córtex da suprarrenal). ▪ Em caso de PA alta – sistema calicreína-bradicinina: céls tubulares renais calicreína atua sobre cininogênio (alfa 2 globulina) calidina (vasodilatador) precursor bradicinina (vasodilatador). • Cininas bradicinina (9 AA) e calidina (bradicinina + lisina). • Calicreínas o Renal forma calidina o Plasmática (pró-enzima) pré-calicreína fator XII de coagulação (fator de Hagemann) bradicinina. Gabriela Carli – MED 112 o Reabsorção de água e solutos ▪ Passagem da luz dos tubos e da alça interior células de revestimento e meio intersticial. ▪ 70 a 80% do filtrado é reabsorvido no túbulo contornado proximal. Resto no TC distal e tubo coletor. ▪ Filtrado na alça de Henle (após TC proximal) sem Glc, isoosmótico com plasma, pH < plasma ▪ SOFRE INFLUÊNCIA HORMONAL. o Secreção ▪ Passagem de substâncias das células de revestimento túbulos contornados. ▪ RIM transfere diretamente para os túbulos íons: amônio, H+, penicilina e para amino hipurato. Parâmetros da função renal • Clareamento/depuração/clearence o Avalia a capacidade de remoção de uma substância pelo rim vol de sangue/plama com a quantidade de substância que é excretada na urina durante um minuto, ou seja, o volume de sangue que é purificado em 1 minuto. C = VOL DE SANGUE FILTRADO PELO RIM ML/MIN U = CONCENTRAÇÃO DA SUBSTÂNCIA NA URINA P = CONCENTRAÇÃO DA SUBSTÂNCIA NO PLASMA V = VOLUME DE URINA EM ML/MIN Gabriela Carli – MED 112 o OBS: essa equação pode ser substituída por 2 regras de três (olhar a transcrição). o Clareamento de substancia que não é nem reabsorvida nem secretada pelos rins (como manitol, inulina e creatinina) índice de filtração glomerular o Índice da creatinina 125 ml/min para individuo com 1,73 m2 de superfície corporal (varia por pessoa). o Usado para avaliar a funcao da filtração glomerular (se trabalha com creatinina por ser presente no organismo já). o Na clínica, coleta-se a urina e o sangue por 24H para avaliação. o Substancias com clareamento menor são REABSORVIDAS NOS RINS (Na+, Cl-, Glc, uréia, AA, AC úrico) SUBSTÂNCIA A) P = 60 mg/dL C = 150 ml/min 100 mL de plasma – 60 mg de urina 150 mL – X= 90 mg saem na urina 100 ml de plasma – 60 mg de urina 125 ml de plasma – y = 75 mg saem do plasma o Substancias com clearence maior são SECRETADAS NOS NÉFRONS e ELIMINADAS (h+, AMÔNIO, PENICILINA, AMINO HIPURATO) SUBSTÂNCIA B) P = 60 mg/dL C = 100 ml/min 100 mL de plasma – 60 mg saem na urina 100 ml de plasma – 60 mg de urina 125 ml de plasma – y = 75 mg saem do plasma • Transporte Maximo (TM) indica a capacidade máxima dos rins de reabsorver ou secretar uma substância. o Ex: Glc 100 mg/dL de concentração plasmática são 100% absorvidas. Em um individuo que filtra 125 ml/minuto, proporcionalmente, 125 mg serão reabsorvidos sem problemas. o Se aumentar-se a concentração sanguínea de Glc, aumenta-se a quantidade filtrada por min e a quantidade reabsorvida por minuto. Essa quantidade cresce de acordo com a concentração. o Há uma concentração plasmática em que aumenta-se velocidade de filtração e de presença na urina, mas sem aumentar a velocidade de secreção TM DE SECREÇÃO ▪ O TM de alguma velocidade é o momento em que a mesma se torna constante. Pode ser TM de filtração, secreção, reabsorção. Gabriela Carli – MED 112 • Limiar renal limite a partir do qual, se houver maior concentração de Glc, aparece a glicosúria (Glc no sangue). Ultrapassagem do TM (concentração plasmática na qual a velocidade de filtração glomerular é superior à velocidade de reabsorção. Varia de 140 a 200 mg/dL Mecanismos de excreção de água e eletrólitos • Excreção de Na+, Cl- e H2O o Rim de mamíferos produz urina com concentração proporcional ao volume de líquidos corporais. o Alça de Henle + tubo coletor região medular o Glomérulos e tubulos contorcidos proximal e distal região cortical. • Anatomia do néfron o Reabsorção obrigatória ocorre nos túbulos proximais, nos quais há reabsorção de 75% do Na+ (transporte passivo), Cl- e água (transporte passivo). ▪ Exceção: hormônio natriurético bloqueia a rebsorção de sódio e aumenta sua eliminação quando ocorre expansão do líquido extracelular (edema). o Ramo descendente da alça de Henle ▪ Permeável a água e solutos se concentram em toda a sua extensão, aumentando progressivamente, devido ao seu interstício hiperosmolar. o Extremidade da alça máxima concentração de soluto no lúmen e no interstício sistema de concentração de solutos e elevação de osmolaridade, baseado no princípio da “contra corrente”. Gabriela Carli – MED 112 o Ramo ascendente da alça de Henle ▪ Impermeável à água ▪ Bomba de sódio transfere Na+ do lúmen pro interstício. ▪ À medida que o líquido sobe, diminui a concentração de soluto pela expulsão de Na+. o Tubulo contorcido distal ▪ Filtrado chega hipotônico. ▪ Aldosterona reabsorção do íon Na+ (transporte ativo) em permuta com o íon K+. • A produção do hormônio aumenta ainda mais, para garantir a reabsorção de sódio urina pode ficar com pouco sódio. o Tubo coletor há gradiente osmótico favorável à reabsorção de água ▪ Tendência é que a água deixe o tubo coletor rumo ao interstício medular para manter o equilíbrioosmótico. ▪ Permeabilidade da parede do tubo depende do hormônio anti- diurétic (ADH) maior atividade em necessidade de poupar água. ▪ Parede é impermeável a solutos. Excreção de H+ • Filtrado no glomérulo secretado nos túbulos contornados (tanto os proximais quanto os distais). • Secreção em permuta com os íons Na+ trabalham junto com os K+ (na falta de um vai o outro). o Competição entre potássio e H+ para permutar com sódio. Excreção de K+ • Mecanismo eficiente é feito para evitar hiperpotassemia contudo mantém uma excreção alta mesmo em dieta isenta de K+ • Reabsorvido no túbulo proximal secretado no túbulo distal em permuta ao íon Na+ e sob influência da aldosterona. Excreção HCO3- • Chega a ser desprezível, ocorre em urina de pH = 6 • São filtrados pelo glomérulo e reabsorvidos passivamente no túbulo contorcido proximal. • Alcalose aumenta excreção Excreção de não eletrólitos • Uréia o Filtrada pelo glomérulo e 40% é reabsorvida passivamente. Não há secreção pelos túbulos. • Creatinina concentração na urina é 35 a 40 x maior que no plasma o Reabsorvida passivamente em quantidade pequena. o Polemica não há consenso se ela é reabsorvida ou secretada pelos néfrons. o Clareamento de creatinina endógena avaliação de função renal (clínica). ▪ No sangue aumenta em infecção e reduz em dieta hipoPTN. • Ácido úrico 85 a 90% é filtrado pelos glomérulos e reabsorvido pelos túbulos. Alguns estudos indicam secreção ativa. Gabriela Carli – MED 112 • • Glicose reabsorvida completamente antes de alcançar a alça de Henle. o Normal é não encontrá-la na urina (exceto em crianças, gestantes e diabéticos renais limiar renal baixo para glc). CAPÍTULO 7 – VITAMINAS Introdução • Compostos orgânicos que, em quantidades mínimas, são imprescindíveis para a homeostase. São micronutrientes. • Essencialidade: há substancias que são vitaminas para uma espécie, mas não para outra, pois há espécies capazes de sintetizá-las (ex. vit C) o Há situações em que a síntese ocorre, mas é insuficiente e exige ingestão diária. o Deficiências ou ausências estados carenciais que podem ser corrigidos pela ingestão em doses farmacológicas. ▪ Em caso de suspeita, a profilaxia é a administração de polivitamínicos (deficiência de uma ÚNICA é rara). • Tomar cuidado, pois excesso pode ser tóxico Histórico • Hipócrates efeito curativo do fígado cru para cegueira noturna • Lusíadas hipovitaminose das grandes navegações (escorbuto) • Sec XIX Hopkins: Fatores Alimentares acessórios (alimentos naturais continham pequenas quantidades). • 1913 isola fator da película do arroz e levedura amina: vitamina (termo mantido mesmo sabendo que nem todas tem amina). • 1920/40 historia da nutrição se confunde com as vitaminas. Classificação • Hidrossolúveis x lipossolúveis o Hidro excreção eficiente, ingestão pode ser abundante. o Lipo excreção difícil, pode levar a quadros de hipervitaminoses. São absorvidas com as gorduras da dieta e podem existir como pró- vitaminas. ▪ A, D, E, K • São separadas em 3 grupos segundo as suas funções. Obs: capítulos 7 e 8 (vitaminas e hormônios) estudo pelas tabelas
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