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---------Colibacilose neonatal-------- Adrielly Alves Araújo Colibacilose é um termo genérico que abrange infecções causadas pela bactéria Escherichia coli produzindo geralmente diarreias severas . A colibacilose neonatal que pode ser chamada de “Diarreia neonatal”, acomete leitões em fase de maternidade (1-4 dias de idade - neonatos). Outras tipos de infecção causadas por E. coli em suínos são a Diarreia pós-desmame e a Doença do Edema. ----------Etiologia---------- A E. coli é uma bactéria bacilar gram negativa, móvel, anaeróbica facultativa, que coloniza e faz parte do trato intestinal normal de humanos e animais, vivendo como comensal. Pode causar doenças quando ocorrem desbalanços na sua população. As principais cepas de E. coli causadoras de Colibacilose neonatal são as classificadas como enterotoxigênica (ETEC) e enteropatogênica (EPEC) , as quais possuem fatores de virulência como intimina e fímbrias que permitem sua adesão ao enterócito, além de produção de várias outras toxinas importantes para a patogenia da doença e sua apresentação clínica. As fímbrias associadas a Diarreia neonatal são as fímbrias F4, F5, F6 e F41 devido a quantidade de receptores para elas nos enterócitos, sendo que os receptores para F5, F6 e F41 são presentes em maior número durante a primeira semana de vida dos leitões que diminuem com a idade, e os para F4 são totalmente expressados nos animais durante toda a vida, sendo também os receptores associados à diarreia pós-desmame. ----- -Epidemiologia-- ---- A infecção ocorre na fase de maternidade , principalmente em leitões de 1-4 dias de idade, causando grande mortalidade, principalmente nas proles de primíparas (geralmente menores e mais sensíveis), leitões com baixa ingestão de colostro ou colostro de baixa qualidade (geralmente ocorre em primíparas), granjas com baixa higiene, com falhas na ambiência como variações da temperatura, presenças de corrente de ar, frio e umidade, etc, todos fatores que afetam a imunidade dos leitões deixando-os suscetíveis às infecções. A infecção se dá por via oral, após chegar ao intestino as bactérias se aderem e colonizam o intestino delgado. Essa adesão é permitida por seus fatores de virulência, as adesinas e fímbrias F4, F5, F6 e F41 . A colonização por ETEC produz toxinas como a enterotoxina termoestável (ST) e enterotoxina termolábil (LT) que ativam respectivamente as enzimas guanilato ciclase e a adenilato ciclase fazendo Encontre mais resumos em: https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet com que haja diminuição da absorção intestinal junto ao aumento do AMPcíclico, inibição da bomba de Na/K, e consequente aumento de passagem de eletrólitos e água para o lúmen intestinal, juntos causando diarreia secretora . As EPEC causam destruição das microvilosidades causando diarreia crônica por má absorção e sequelas como má nutrição, retardo do crescimento e perda de peso. --- ---Sinais clínicos----- - Causa diarreia aquosa amarelada , evidenciada por períneo sujo nos leitões, desidratação observada pelo focinho seco e pelos opacos e arrepiados, além de hemoconcentração, acidose metabólica (devido a saída de íons bicarbonato para o lúmen intestinal) e morte. As colibaciloses, no geral, não causam lesões visíveis na necropsia ou histopatológico (macro ou micro) , exceto pela doença do edema. Algumas alterações que podem estar presentes são a parede intestinal flácida e conteúdo aquoso amarelado no interior do intestino , porém não sendo decisivo para nenhum diagnóstico. --------Diagnóstico-------- Com base nos sinais clínicos, isolamento bacteriológico e genotipagem das fímbrias e toxinas para diferenciação do tipo e E. coli causadora da doença. O isolamento de E, coli no trato gastrointestinal não é diagnóstico para colibacilose uma vez que a bactéria é uma comensal normal dos animais e humanos. Assim é necessária genotipagem das fímbrias e toxinas para confirmação de diagnóstico de colibacilose . --------- -Controle---------- Manter a imunidade dos leitões, com adequada colostragem com colostro de boa qualidade , no caso de primíparas pode-se fazer uso de banco de colostro ou mães de leite; Boas práticas de higiene na granja como vazio sanitário, desinfecção e limpeza com vassoura de fogo ou água aquecida (mínimo 80oC), higienização da vulva e úbere da matriz antes do parto; Evitar umidade, frio, correntes de ar e matéria orgânica; Vacinação das matrizes durante a gestação em duas doses, 4 e 2 semanas antes do parto em primíparas, ou em multíparas uma dose 2 semanas antes do parto para efetiva passagem de imunidade passiva para os leitões. --------Tratamento-------- Feito com uso de antimicrobianos a base de enrofloxacina, norfloxacina, gentamicina, neomicina, florfenicol, sulfas (associação de sulfametoxazol e trimetropim). Indicado antibiograma para caracterização da resistência das cepas. O tratamento suporte é feito por reposição de líquidos e eletrólitos. Encontre mais resumos em: https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet OBS: mesmo com o tratamento as cepas enteropatogênicas tendem a causar sequelas e gerar refugos devido à destruição das microvilosidades intestinais. -Me ajudou:------------------- ----------------------------------- Colibacilose neonatal: https://www.passeidireto.com/arquivo/44218328/colibacilose-neonatal-2 Caracterização genotípica e fenotípica de cepas de Escherichia coli associadas a diarreia pós-desmame em suínos: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16092015-093411/publico/MARINA _MORENO_Original.pdf Características dos patótipos de E.coli e implicações de E. coli patogênica para aves em achados de abatedouros frigoríficos: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/Ferando_Augusto_1c.pdf?1349206212 Colibacilose suína, patogenia, diagnóstico e tratamento: o que há de novo? https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/203063/Colibacilose%20su% c3%adna%2c%20patogenia%2c%20diagn%c3%b3stico%20e%20tratamento%20o% 20que%20h%c3%a1%20de%20novo%20-%20TCC%20-%20Bruno%20Aleir%20da% 20Cruz.pdf?sequence=1&isAllowed=y Encontre mais resumos em: https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet https://www.passeidireto.com/arquivo/44218328/colibacilose-neonatal-2 https://teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16092015-093411/publico/MARINA_MORENO_Original.pdf https://teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16092015-093411/publico/MARINA_MORENO_Original.pdf https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/Ferando_Augusto_1c.pdf?1349206212 https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/203063/Colibacilose%20su%c3%adna%2c%20patogenia%2c%20diagn%c3%b3stico%20e%20tratamento%20o%20que%20h%c3%a1%20de%20novo%20-%20TCC%20-%20Bruno%20Aleir%20da%20Cruz.pdf?sequence=1&isAllowed=yhttps://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/203063/Colibacilose%20su%c3%adna%2c%20patogenia%2c%20diagn%c3%b3stico%20e%20tratamento%20o%20que%20h%c3%a1%20de%20novo%20-%20TCC%20-%20Bruno%20Aleir%20da%20Cruz.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/203063/Colibacilose%20su%c3%adna%2c%20patogenia%2c%20diagn%c3%b3stico%20e%20tratamento%20o%20que%20h%c3%a1%20de%20novo%20-%20TCC%20-%20Bruno%20Aleir%20da%20Cruz.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/203063/Colibacilose%20su%c3%adna%2c%20patogenia%2c%20diagn%c3%b3stico%20e%20tratamento%20o%20que%20h%c3%a1%20de%20novo%20-%20TCC%20-%20Bruno%20Aleir%20da%20Cruz.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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