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------Meningite estreptocócica ------ Adrielly Alves Araújo É uma doença infectocontagiosa relativamente frequete na suinocultura que afeta principalmente leitões nas fases de creche e terminação , causando sinais neurológicos, febre e, por vezes, morte súbita , mas também podendo causar septicemia, pneumonia, endocardite, artrite e aborto . Ela pode infectar outros animais como equinos, cães, gatos, caprinos, ovinos, pássaros e o homem, sendo uma zoonose . ----------Etiologia---------- É causada pela bactéria Streptococcus suis que possui 35 sorotipos identificados sendo os mais frequentemente associados à doença em suínos os de 1 à 9 . As diferentes cepas possuem virulência diferente sendo a cápsula um dos principais fatores de virulência que impedem sua fagocitose além de lhe conferir especificidade de sorotipo , também produzem proteínas de parede celular, fatores extracelulares e hemolisinas - alfa hemolíticas. São sensíveis à dessecação e à maioria dos desinfetantes, hipoclorito, amônia quaternária, iodo, porém é resistente ao álcool 70%. ------Epidemiologia------ Distribuição mundial, sendo que a maioria dos animais são assintomáticos com a permanência das bactérias no trato respiratório e/ou tonsilas, podendo ser excretadas para o ambiente contaminando outros animais. Sua morbidade é variada, de 5-50%, dependendo da cepa, virulência, imunidade , como desmame precoce, mistura de lotes, superlotação, estresse/variação térmica, umidade, ventilação inadequada e falta do vazio sanitário podem ser fatores predisponentes para a ocorrência da meningite estreptocócica. Sua transmissão pode ocorrer no momento do parto (perinatal), por via respiratória pela inalação (mais comum no crescimento e terminação) ou por vetores mecânicos como moscas. É uma zoonose considerada doença ocupacional causando meningite, surdez e endocardite. ---------Patogenia--------- A bactéria é inalada e atinge as tonsilas que agem como portas de entrada . Das tonsilas as bactérias se disseminam para os linfonodos mandibulares podendo permanecer sem causar a doença clínica - assintomáticos (maioria), ou então, se disseminarem causando septicemia, indo para as meninges, articulações, coração e outros tecidos podendo levar o animal a morte em poucas horas. ---- --Sinais clínicos--- --- Pode ocorrer nos lactentes causando diarreia, vômito e artrite . Os animais mais acometidos são os de 5-10 semanas de idade com hiperemia de pele e sinais neurológicos como tremor muscular, incoordenação, decúbito lateral, perda de equilíbrio, movimentos de pedalagem, opistótono, convulsões, cegueira e surdez, podem apresentar artrite com claudicação, e morte súbita quando a manifestação é superaguda. Na necropsia podem ser observadas lesões no sistema nervoso central como exsudação fibrinopurulenta das meninges, líquor turvo; artrite; abscessos e consolidação pulmonar , como agravantes de doenças pulmonares já existentes; equimoses, necroses no coração, endocardite vegetante e aderência de pericárdio; pode ocorrer exsudação serofibrinosa das serosas (semelhante à doença de Glasser). --------Diagnóstico-------- Histórico, sinais clínicos e lesões. Bacteriológico para confirmação, amostras de swab de meninges e líquor, líquido sinovial. Histopatológico de amostras do encéfalo. -- --------Controle---------- Tratamento dos doentes com antibiótico por via parenteral, ampicilina, amoxacilina, florfenicol, quinolonas, etc, com analsésicos e antiinflamatórios. Boas práticas de produção e biosseguridade, higiene, ventilação adequada, evitar umidade e quedas na imunidade, etc. Vacinas autógenas em leitões, melhor para imunização do lote frente aos sorotipos circulantes na granja. -Me ajudou:----------------------------------------------------- INFECÇÃO POR Streptococcus suis: UMA REVISÃO: PDF.
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